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Físico-Química Profa. Dra. Juliana Luna Bilheiro Peixoto Misturas de gases • O problema que aparece ao se tratar de uma mistura gasosa é o de determinar a contribuição que cada componente traz para a pressão total da amostra. • No século XIX, John Dalton fez a seguinte formulação: • A pressão parcial de um gás perfeito numa mistura de gases é a soma das pressões parciais dos gases. De um modo mais geral, temos: p= pA + pB +... Em que, para cada gás J ( um gás qualquer), se tem: Pj= njRT/V Densidades de gases e massa molar • A densidade tem unidades de massa por unidades de volume. • Reajustando a equação ideal dos gases com M como massa molar, teremos: Fórmula da massa molar 1) A massa molar média da atmosfera na superfície de Titã, a maior lua de Saturno, é 28,6 g/mol. A temperatura da superfície é 95 K e a pressão, 1,6 atm. Supondo o comportamento ideal, calcule a densidade da atmosfera de Titã. Resposta: 5,9 g/ L Exercícios 2) Calcule a massa molar média do ar seco se sua densidade for 1,17 g/L a 21 ºC e 0,97 atm. Resposta: 29,0 g/mol Teoria cinética dos gases • Teoria de moléculas em movimento. – Os gases consistem de um grande número de moléculas em movimento aleatório constante. – O volume de moléculas individuais é desprezível comparado ao volume do recipiente. – As forças intermoleculares (forças entre moléculas de gases) são insignificantes. – A energia pode ser transferida entre as moléculas, mas a energia cinética total é constante à temperatura constante. A energia cinética média das moléculas é proporcional à temperatura. Teoria cinética dos gases • A pressão de um gás resulta do número de colisões por unidade de tempo nas paredes do recipiente. A ordem de grandeza da pressão é dada pela frequência e pela força da colisão das moléculas. • As moléculas de gás têm uma energia cinética média. • Cada molécula tem uma energia diferente. À medida que a temperatura aumenta, a energia cinética média das moléculas de gás aumenta. Os Gases Reais Os gases reais tem seu comportamento diferenciado dos ideais e este desvio é explicado pelas interações moleculares. Tipos de interação: Forças atrativas contribuem para a compressão. Forças repulsivas de curto alcance contribuem para a expansão. Os Gases Reais Interações Intermoleculares As interações intermoleculares são importantes quando a temperatura é muito baixa e as pressões elevadas. A pressões baixas o gás comporta-se como ideal Fator de compressibilidade Relação entre volume do gás real pelo volume do gás com comportamento ideal. RT pV Z m= O desvio da idealidade de um gás real pode ser medido pelo afastamento de seu volume verdadeiro, V, relativamente ao volume previsto para o seu comportamento como um gás ideal, Vid. Z=Vreal/Videal Z=pV/nRT Esse desvio (afastamento) da idealidade é avaliado por meio do chamado fator de compressibilidade, Z. Z – Representação Gráfica RT pV Z m= Para um gás ideal Z = 1. Para pressões muito baixas Z = 1 para todos os gases. Para pressões elevadas Z > 1 (mais difícil comprimir). Para pressões intermediárias Z < 1 (mais fácil comprimir). Condensação Quando vamos do ponto A ao ponto F, passando pelos pontos ABCDEF sobre a isoterma, vemos nitidamente a transição de fase ocorrendo quando dentro do sistema notamos a interface de separação entre a fase líquida e a fase gasosa. • Um gás real se comporta como um desvio do comportamento de um gás ideal e a forma desse desvio depende das interações entre as moléculas. • A primeira tentativa de correção se dá mediante a introdução do conceito de volume excluído molar covalente (b) dentro da equação PV=nRT. Assim, a equação se transforma em: P(V-nb)=nRT • O fator b está relacionado ao volume que as moléculas excluem, proporcional ao tamanho aparente das moléculas, ou seja, aquele volume que não está livre para a movimentação das moléculas, sendo, portanto, uma medida das interações repulsivas Em uma segunda aproximação, o efeito do fator interação molecular atrativa (a) é considerada na equação de Van der Waals [P + a(n/V)2][V- nb]=nRT P= nRT/(V-nb) – an2/V2 • A pressão frequência das colisões do gás depende da s com as paredes e da força de cada colisão. • A frequência das colisões e a respectiva força são reduzidas pelas forças atrativas, que atuam com uma intensidade proporcional a concentração molar. • A frequência e a força das colisões são reduzidas pelas forças atrativas, a pressão é reduzida proporcionalmente ao quadrado da concentração molar. Equações de estado de Van der Waals Em termos de volume molar 1) Calcular a pressão a que se encontra submetida uma amostra contendo 1 mol de isobutano à 20 °C, ocupando um volume de 10 litros. a) Se considerássemos comportamento ideal; b) Se considerássemos comportamento de Van der Waals, com a= 12,87 L2atm.mol-2 e b = 0,1142 L.mol-1 .
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