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Bruna Oliveira – 144 Aula de Antônio 2021.1 Fratura Exposta Foco de fratura que se comunica com exterior através de uma solução de continuidade na pele ou para uma estrutura contaminada como: boca, tubo digestivo, ânus, vagina..., sendo esses dois últimos mais frequentes nas fraturas do anel pélvico. As da tíbia (a nível do parachoque) são as mais frequentes e geralmente decorrentes de acidentes automobilísticos. Mecanismos de lesão: • Menos frequente com trauma indireto de baixa energia (mecanismo torcional) • Mais comum com trauma direto de alta energia (para-choque de automóvel) Prioridades: • ABCDE • Lesões associadas, principalmente neurológicas • Tétano • ATB de amplo espectro. A maioria das infecções é por staphylo. • Fixação Exame físico: • Devido a natureza subcutânea da tíbia, a fratura é facilmente visível • Inspeção: são frequentes equimoses, lacerações e perdas de pele • Grau de contaminação • Quanto mais distal, mais difícil a regeneração • Examinar as condições neurovasculares • Feridas devem ser cobertas com gazes para evitar infecção • Classificar a fratura exposta conforme recomendações de Gustilo e Anderson Avaliação radiográfica: • São necessárias incidências do membro AP e perfil, incluindo articulações acima e abaixo da fratura • Arteriografia é indicada se comprometimento vascular estiver presente (sem pulso, sem perfusão etc) Lesões associadas: • Em cerca de 30% dos casos • Comumente a fíbula é fraturada e sem grau de cominuição se correlacionada com a gravidade da lesão • As articulações ... • Avaliação das estruturas neurovasculares • Fraturas do pé são comuns • OSSO EXPOSTO = OSSO MORTO • Osteomielite não tem cura, tem que ressecar. • Músculo pode ficar exposto • Síndrome compartimental precisa ser tratada precocemente com fasciotomia o Deve palpar, se tiver muito tensa pode ser síndrome compartimental o Deve fazer a descompressão com uma incisão longitudinal e deixar aberto (não precisa aproximar) Padrões das fraturas da tíbia: A. Simples: 2 fragmentos B. Borboleta C. Cominutiva: 3 ou mais fragmentos Classificação: • Análise das partes moles é feita melhor durante o desbridamento cirúrgico • GRAU 1 o Ferida puntiforme </= 1cm o Contusão muscular mínima o Mecanismo de dentro para fora (baixa contaminação) • GRAU 2: o Laceração de pele entre 1 – 10cm o Danos extensos para os tecidos moles • GRAU 3a; o Laceração extensa de tecidos moles (10cm) o Pele com cobertura suficiente • GRAU 3b: o Lesão extensa de tecidos moles o Pele sem cobertura suficiente → necessita de avanço de retalho ou enxerto livre • GRAU 3c: o Lesão vascular → reparo cirúrgico Objetivos: • Prevenir infecção • Estabilização • Consolidação • Função Tratamento das lesões dos tecidos moles: • Fazer limpeza com água corrente • Após avaliação inicial, a ferida é coberta com curativo estéril e a perna imobilizada • Adequada profilaxia tetânica e uso de ATB • Desbridamento e irrigação são realizados dentro das primeiras 6h se possível. • Planejamento cuidadoso das incisões na pele • Importante explorar a ferida, uma vez que as fraturas de grau 1 podem carrear detritos/debris para o interior do foco fraturário • Retirada de corpos estranhos e de pequenos fragmentos ósseos soltos • Músculos necróticos são desbridados e a fáscia é deixada totalmente aberta. Bruna Oliveira – 144 Aula de Antônio 2021.1 • Após o desbridamento é feito irrigação com no mínimo 10L de ringer lactato ou solução salina 0,9% • Colar de septopal → cimento ortopédico impregnado por ATB. Usado em defeitos ósseos grandes até realizar enxerto ósseo retardado. o Sem colar de TB: 16% / Com colar: 4% • Fasciotomias são realizadas, se indicadas • Após irrigação e desbridamento, devem ser colocados novos campos cirúrgicos para fixação da fratura • Esponjas para sugar a secreção o terapia de pressão negativa (troca a cada 5 a 7d) o Compressas estéreis ou esponjas caso n tenha • Cobertura: o Deve ser realizada dentro de 7d após a lesão o A maioria das feridas de grau 1 cicatrizarão por segunda intenção ou podem ser fechadas primariamente após irrigação e desbridamento o Fechamento primário retardado geralmente é indicado para fraturas de grau 2 e 3 o Fraturas de grau 3b necessitam de retalho simples ou enxerto de rotação o Malha sintética pode ser usada em casos de grandes perdas cutâneas com musculatura subjacente viável. Deve ser colocada sobre as partes moles para ajudar a granular mais rápido o Fraturas de terço proximal da tíbia podem ser cobertas com retalhos de rotação dos gastrocnêmicos o Fraturas do terço médio podem ser cobertas com retalho de rotação do solear o Fraturas de terço distal geralmente necessitam de enxerto livre para cobertura Fixação das fraturas expostas da tíbia: • Tratamento depende do padrão da fratura e dos danos para as partes moles: o Haste intramedular (grau 1) o Redução aberta e fixação interna com placas e parafusos (graus 1 e 2) o Fixadores externos (graus 3a e 3b)
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