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Schistosoma mansoni e Fasciola hepatica Universidade Estadual de Maringá Departamento de Ciências Básicas da Saúde Parasitologia Básica Classe trematoda •Endoparasitos; •Corpo não segmentado e recoberto por cutícula (lisa, espinhosa); •Uma ou mais ventosas; •Presença de tubo digestivo; •Alguns são hermafroditas; •Achatados, recurvados, ovais ou alongados; Schistosoma mansoni Schistosoma mansoni • Schistosoma mansoni Ocorre na África, América Central e América da Sul. • Doença é conhecida popularmente por xistossomose, xistose, doença dos caramujos, mal do caramujo, moléstia de Pirajá da Silva, barriga d‘água. https://phil.cdc.gov/Details.aspx?pid=21588 Vetor Caramujos do gênero Biomphalaria > Biomphalaria glabrata, B. tenagophila, B. straminea; Vetor Maior molusco 40 x 11mm Vetor Verme adulto – Macho Mede 1 cm, cor esbranquiçada, corpo com projeções dividido em 2 porções: •Anterior ventosa oral e ventral •Posterior canal ginecóforo http://www.brasilescola.com/doencas/esquistossomose.htmhttp://www.ufrgs.br/parasite/siteantigo/Imagensatlas/ Animalia/Schistosoma%20mansoni.htm https://phil.cdc.gov/Details.aspx?pid=11193 Verme adulto - Fêmea Mede 1,5 cm, cor mais escura (sangue), tegumento liso, corpo dividido em 2 porções: •Anterior ventosa oral e ventral •Posterior glândulas vitelinas e ceco • Mede 150 x 60μm, oval e apresenta lateralmente um espículo • Contém embrião chamado de miracídio > ovo maduro Ovo http://dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Schistosomiasis_il.htm https://estudeparasitologia.wordpress.com/2016/05/28/schistosoma-mansoni/ Esquistossomose •Granuloma • Mecanismo de isolamento, neutralização e absorção do ovo; • Inicia obstrução de vasos; • Descompensação hepática; Esquistossomose •Ascite Esquistossomose • Circulação porta obstruída > circulação coleteral na tentativa de diminuir a hipertensão portal (10% dos casos); • Cilíndrico e ciliado (vivem cerca de 8 a 10 h em meio aquático) Miracídio http://www.cpqrr.fiocruz.br/posgraduacao/cienciasdasaude/Laboratorios.php • Medem 500 μm • Cauda bifurcada • Ventosas oral (glândulas de penetração) e ventral (musculatura desenvolvida) > penetração; Cercária http://www.cpqrr.fiocruz.br/posgraduacao/cienciasdasaude/Laboratorios.php https://phil.cdc.gov/Details.aspx?pid=345 Cercária de Schistosoma mansoni penetrando na pele Fonte: Lambertucci, JR. Mem Inst Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Vol. 105(4), July 2010 Esquistossômulo ∙Penetração ativa das cercárias na pele e mucosa > 10-16h – luz solar e calor ∙ Pés e pernas ∙ Locais de maior transmissão: Valas de irrigação, açudes, pequenos córregos; Ciclo biológico Fonte da imagem: https://www.cdc.gov/dpdx/schistosomiasis/index.html (adaptado) Infecção Diagnóstico Circulação sanguínea Migra para a veia portal no fígado e se transformam em adultos Cercária perde sua cauda durante a penetração e se torna um esquistossômulo Penetram na pele Após a liberação do caramujo, as cercárias infectantes nadamOs estágios no caramujo incluem duas gerações de esporocistos e produzem cercárias Miracídio penetra no caramujo Ovo se rompe liberando o miracídio Se encontram nas veias mesentéricas superiores, depositam ovos nas pequenas vênulas, os ovos são movidos progressivamente em direção ao lúmen e são eliminados com fezes Diagnóstico • Sedimentação espontânea; • Kato-Katz • cálculo dos ovos para estimar a carga parasitária; • Estima-se, indivíduo sem hipertensão porta, 16 ovos/g de fezes corresponde a 1 casal; • Com hipertensão 5 ovos/g por casal; Método Kato-Katz (método quantitativo) • Para estimar a carga parasitária Método Kato-Katz (método quantitativo) Fasciola hepatica Fasciola hepatica •Parasito dos canais biliares de ovinos, bovinos, caprinos, suínos e outros mamíferos silvestres, podendo ocasionalmente parasitar o homem. •Está em expansão geográfica •Conhecido popularmente como “baratinha do fígado”. http://www.agronegocios.eu/noticias/fasciolose/ Fasciola hepatica • Vetor > Lymnaea columella e L. viatrix; Fasciola hepatica •Morfologia Ovo Miracídio Cercária Verme adulto Fasciola hepatica •Morfologia – ovos • Amarronzados, ovalados, casca fina, aspecto granulado no interior contendo miracídeo dentro > resistência de 9 meses; • Presença de opérculo> por onde saem os miracídios; Fasciola hepatica •Morfologia – miracídio • Ciliado para movimentação; • Forma que vai penetrar no caramujo; • Vida média de 6h; • Atraído pelo muco produzido pelo molusco; Fasciola hepatica • Esporocisto • Dentro do molusco • 1 miracídio > 1 esporocisto > 5 à 8 rédias > cercárias; • Pode realizar várias gerações de rédias; Fasciola hepatica •Morfologia - cercária • Cercárias (parecida com do S. mansoni, mas sem cauda bifurcada); • Se modifica para metacercária e se fixa na vegetação; Fasciola hepatica • Morfologia – Metacercária • Saindo do caramujo, perde a cauda em alguns minutos; • Se encista, aderindo à vegetação; • Apresenta uma membrana de proteção > infectante por 3 meses; • Baixas T°C > até 1 ano; Fasciola hepatica •Morfologia – verme adulto – Aspecto de folha, com 3cm de comprimento por 1,5cm largura; – Cor pardo-acizentada, com espinhos na porção anterior do tegumento > fixação; – Apresenta ventosa oral e ventral (acetábulo, para fixação); – Hermafrodita; – Presente na árvore biliar do hospedeiro; – Capacidade de oviposição: até 20 mil por dia Fasciola hepatica • Verme adulto Verme adulto Fasciola hepatica Fasciola hepatica •Verme adulto Fasciola hepatica Parasito em ducto biliar Transmissão •Ingestão de água ou vegetação (plantas aquáticas) contaminadas com metacercárias http://plantas-e-pessoas.blogspot.com/2009/12/montia-fontana-portulacaceae.html; https://br.depositphotos.com/123596448/stock-photo-an-adult-cow-grazing-in.html Ciclo biológico Fonte da imagem: https://www.cdc.gov/dpdx/fascioliasis/index.html (adaptado) Ovos embrionados na água Ovos não embrionados nas fezes Adultos se encontram no ducto biliar do hospedeiro Desensistamento ocorre no duodeno Metacercária nas plantas aquáticas é ingerida por humanos e animais Transformação em metacercáriaEsporocisto Rédia Cercária Molusco Miracídio rompe o ovo e penetra no molusco Infecção Diagnóstico Fasciola hepatica •Diagnóstico •Clínico: • Muito difícil devido ausência de sinais e sintomas clássicos da parasitose; •Laboratorial: • Fase aguda, sem postura de ovos > sorologia, eosinofilia (80 a 90%), VHS elevado, bilirrubinas e transaminases alterados; • Sorológico: ELISA (possui reação cruzada com esquistossomose e hidatidose); IFI, reação de fixação do complemento; • Fase crônica, com postura de ovos nas fezes (via ducto biliar) > sedimentação espontânea ou métodos de concentração;
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