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Movimento Retilíneo Uniforme - MRU

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Cinemática da Partícula: Movimento em 
Uma Dimensão – Movimento Retilíneo 
Uniforme - MRU
APRESENTAÇÃO
Os conceitos de posição e velocidade são essenciais para a descrição mecânica de um sistema, 
sendo utilizados de forma explícita ou implícita em todas as subáreas da física. Nesta Unidade 
de Aprendizagem estudaremos a definição de velocidade e veremos como ela permite 
relacionarmos os conceitos de posição e tempo. Além disso, analisaremos o movimento mais 
simples, com velocidade constante. Esta é a primeira etapa necessária para o domínio das leis do 
movimento.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Calcular a velocidade média de um sistema a partir das informações de posição e tempo.•
Resolver problemas de movimento envolvendo velocidades constantes.•
Construir gráficos de velocidade em função do tempo a partir de gráficos de posição em 
função do tempo.
•
DESAFIO
Um exemplo de movimento no qual pode ser indesejável que a velocidade se mantenha 
constante é o processo de aquaplanagem que um carro pode sofrer por estar com pneus velhos 
passando em alguma estrada coberta com água. Nesta situação, o carro pode não conseguir frear 
e acidentes podem ocorrer.
Suponha que você se encontra em um carro com velocidade v1 que começa a aquaplanar em 
uma estrada retilínea e não desacelera. A uma distância d = 300 m à sua frente se encontra um 
outro veículo, se movendo com velocidade v2 = 90 km/h. Considere que sua velocidade é mais 
alta e que o outro veículo só poderá desviar a uma distância H = 2 km do ponto onde você está. 
Qual o maior valor da velocidade v1 possível para que os dois veículos não colidam antes do 
desvio? 
INFOGRÁFICO
Acompanhe no Infográfico o funcionameto do Movimento Retilíneo Uniforme.
CONTEÚDO DO LIVRO
Para aprofundar seus conhecimentos sobre o movimento retilíneo uniforme, acompanhe um 
trecho do capítulo Cinemática em uma dimensão, do livro Física: Uma Abordagem Estratégica 
que servirá como base teórica para esta Unidade de Aprendizagem.
Bons estudos!
Randy Knight leciona Física básica há 25 anos na Ohio State University, EUA, e na California 
Polytechnic University, onde atualmente é professor de física. O professor Knight bacharelou-
se em Física pela Washington University, em Saint Louis, e doutorou-se em Física pela Univer-
sity of California, Berkeley. Fez pós-doutorado no Harvard-Smithsonian Center for Astrophy-
sics, antes de trabalhar na Ohio State University. Foi aí que ele começou a pesquisar sobre o 
ensino da física, o que, muitos anos depois, o levou a escrever este livro.
Os interesses de pesquisa do professor Knight situam-se na área de laser e espectroscopia, 
com cerca de 25 artigos de pesquisa publicados. Ele também dirige o programa de estudos am-
bientais da Cal Poly, onde, além de física introdutória, leciona tópicos relacionados a energia, 
oceanografia e meio ambiente. Quando não está em sala de aula ou na frente de um compu-
tador, o professor Knight está fazendo longas caminhadas, remando em um caiaque, tocando 
piano ou usufruindo seu tempo com a esposa Sally e seus sete gatos.
Sobre o AutorSobre o Autor
K71f Knight, Radall.
 Física 1 [recurso eletrônico] : uma abordagem estratégica /
 Randall Knight ; tradução Trieste Freire Ricci. – 2. ed. – Dados
 eletrônicos. – Porto Alegre : Bookman, 2009.
 Editado também como livro impresso em 2009.
 ISBN 978-85-7780-519-8
 1. Física – Mecânica. 2. Mecânica newtoniana. I. Título. 
CDU 531/534
Catalogação na publicação: Renata de Souza Borges CRB-10/1922
Uma corrida, seja entre corredores, ciclistas ou carros de corrida, exemplifica a idéia 
de movimento. Hoje em dia usamos cronômetros eletrônicos, gravadores de vídeo e ou-
tros instrumentos sofisticados para analisar os movimentos, mas não foi sempre assim ao 
longo da história. Galileu, que no início do século XVII foi o primeiro cientista a estudar 
experimentalmente o movimento, usava sua própria pulsação para medir o tempo!
Galileu fez uma distinção nítida entre a causa do movimento e a descrição do mesmo. 
A cinemática é o nome moderno para a descrição matemática do movimento sem consi-
derar sua causa. Ela se origina da palavra grega kinema, que significa “movimento”. Você 
conhece essa palavra pela variação portuguesa cinema � filmes! Neste capítulo sobre a 
cinemática, desenvolveremos as ferramentas matemáticas para descrever os movimentos. 
Depois, no Capítulo 5, voltaremos nossa atenção para a causa do movimento.
Iniciaremos nosso estudo da cinemática com o movimento em uma dimensão: isto 
é, o movimento em linha reta. Corredores, carros de corrida e esquiadores são apenas 
alguns exemplos de movimento unidimensional. A cinemática do movimento bidimen-
sional � movimento de projéteis e movimento circular � será abordada no Capítulo 4.
2.1 Movimento uniforme
Se você dirige seu carro a constantes 110 quilômetros por hora (km/h), percorrerá 110 
km durante a primeira hora de viagem, outros 110 km durante a segunda hora, mais 110 
km na terceira e assim por diante. Este é um exemplo do que se chama de movimento 
uniforme. Neste caso, 110 km não é sua posição, e sim, a variação de sua posição du-
rante cada hora, ou seja, seu deslocamento . Analogamente, uma hora é o intervalo de 
tempo , e não, um instante de tempo. Isso sugere a seguinte definição: o movimento 
em linha reta no qual deslocamentos iguais correspondam a intervalos de tempo 
sucessivos iguais é chamado de movimento uniforme.
2
Olhando adiante �
O objetivo do Capítulo 2 é que você 
aprenda a resolver problemas sobre 
o movimento em linha reta. Neste 
capítulo, você aprenderá:
Entender a matemática da posição, ■
da velocidade e da aceleração para 
movimentos em linha reta.
Usar uma representação gráfica de ■
um movimento.
Usar uma estratégia específica ■
para resolução de problemas de 
cinemática.
Compreender o movimento de ■
queda livre e o movimento em 
planos inclinados.
Em retrospectiva �
Cada capítulo deste livro foi elaborado 
com base em idéias e técnicas 
desenvolvidas nos capítulos anteriores. 
Cada Em Retrospectiva despertará 
sua atenção para seções específicas 
que são de importância maior para o 
presente capítulo. Uma breve revisão 
destas seções o ajudará em seu 
estudo do capítulo. Revise:
Seções 1.4-1.5 Velocidade e ■
aceleração
Seção 1.6 Movimento em uma ■
dimensão
Seção 1.7 Resolução de problemas ■
em física
Uma velocista de nível internacional 
desenvolve uma tremenda aceleração 
na arrancada de uma corrida.
Cinemática em uma 
Dimensão
Cinemática em uma 
Dimensão
CAPÍTULO 2 ■ Cinemática em uma Dimensão 35
O qualificativo “qualquer” é importante. Se durante cada hora você dirige a 110 
km/h por meia hora e pára por 30 minutos, você percorrerá 55 km em cada hora sucessi-
va. Mas você não realiza deslocamentos iguais durante intervalos sucessivos de 30 mi-
nutos, de modo que seu movimento não é uniforme. Quando você dirige o tempo todo a 
110 km/h está em movimento uniforme porque realiza deslocamentos iguais sem que 
importe como escolha os sucessivos intervalos de tempo.
A FIGURA 2.1 mostra como o movimento uniforme aparece em diagramas de movi-
mento e em gráficos da posição versus tempo. Observe que o gráfico posição versus 
tempo para o movimento uniforme é uma reta. Isso vem da exigência de que todos os 
 correspondentes ao mesmo sejam iguais. De fato, uma definição alternativa de 
movimento uniforme é: um objeto está em movimento uniforme se e somente se seu 
gráfico de posição versus tempo é uma linha reta.
A declividade de um gráfico em linha reta é definida com base em “quanto ele se 
eleva quando nos movemos na horizontal”. Uma vez que a posição é indicada no eixo 
vertical, a “elevação” de um gráfico posição-versus-tempo é o deslocamento do obje-
to, . O quanto “nos movemos na horizontal” corresponde ao intervalo de tempo . 
Conseqüentemente, a declividade é . A declividade de um gráfico em linha reta éconstante, portanto todo objeto em movimento uniforme corresponde a um mesmo valor 
de durante qualquer intervalo de tempo .
No Capítulo 1 definiu-se a velocidade média como . Para o movimento unidi-
mensional isso equivale a, simplesmente,
 
(2.1)
Ou seja, a velocidade média é a declividade do gráfico da posição versus tempo. 
A velocidade tem unidades do tipo “comprimento por tempo”, como “quilômetros por 
hora” ou “milhas por segundo”. A unidade de velocidade do SI é metros por segundo, 
abreviada por m/s.
NOTA � O símbolo da Equação 2.1 significa “é definido como” ou “é equivalente 
a”. Isso é uma afirmação mais forte do que dizer que os dois lados são iguais. �
A Equação 2.1 nos permite associar a declividade de um gráfico de posição versus 
tempo, que é uma grandeza geométrica, a uma grandeza física que chamamos de velo-
cidade média vmed. Esta é uma idéia extremamente importante. No caso do movimento 
uniforme, onde a declividade é a mesma em todos os instantes, ela representa o 
fato de que a velocidade média é constante e não está variando. Conseqüentemente, uma 
definição final de velocidade média é: um movimento de um objeto é uniforme se e 
somente se sua velocidades vx e vy são constantes. Neste caso, não há necessidade al-
guma de usar o subscrito “média” para uma velocidade que, de fato, não varia, de modo 
que deixaremos de lado o subscrito e nos referiremos à velocidade média como vx ou vy.
Pedalar constantemente em um piso 
horizontal constitui um bom exemplo de 
movimento uniforme.
t
Deslocamentos 
iguais
O gráfico da posição é uma 
linha reta. A declividade 
da linha é v
med
.
Os deslocamentos entre quadros 
sucessivos são os mesmos. Os 
pontos estão igualmente 
espaçados e v
x
 é uma constante.
x
FIGURA 2.1 Diagrama de movimento e 
gráfico da posição versus tempo para o 
movimento uniforme.
EXEMPLO 2.1 Patinando com velocidade constante
O gráfico de posição versus tempo da FIGURA 2.2 representa os movi-
mentos de dois estudantes sobre patins de gelo. Determine suas velo-
cidades e descreva seus movimentos.
MODELO Representes os dois estudantes como partículas.
VISUALIZAÇÃO A Figura 2.2 é uma representação gráfica dos movi-
mentos dos estudantes. Os dois gráficos são linhas retas, o que signi-
fica que os dois patinadores movem-se com velocidades constantes.
RESOLUÇÃO Podemos determinar as velocidades dos estudantes me-
dindo a declividade dos gráficos. O patinador A realiza um deslo-
camento � 2,0 m durante o intervalo de tempo � 0,40 s. 
Assim, sua velocidade é
,
,
, , , ,
,
,
,
,
,
declividade
declividade
FIGURA 2.2 Representações gráficas de dois estudantes sobre 
patins de gelo. Continua
36 Física: Uma Abordagem Estratégica
O Exemplo 2.1 apresenta vários pontos importantes que devem ser enfatizados. Eles 
estão resumidos no Box Tático 2.1.
BOX TÁTICO
2.1 Interpretando gráficos de posição versus tempo 
 Declividades maiores correspondem a velocidades com módulo maior.
 Declividades negativas correspondem a velocidades negativas e, daí, a movi-
mentos para a esquerda (ou para baixo).
 Declividade é uma razão entre intervalos, , e não, uma razão entre coorde-
nadas. Ou seja, a declividade não é, simplesmente, x/t.
 Faremos distinção entre a declividade real e a declividade com significado físico. 
Se você decidisse usar uma régua para medir a elevação vertical e o comprimento 
horizontal de um gráfico, poderia calcular a declividade real da linha desenhada na 
página. Mas esta não é a declividade da qual estamos falando quando igualamos a 
velocidade à declividade da linha. Em vez disso, tratamos de obter a declividade 
dotada de significado físico, medindo a elevação vertical e o comprimento hori-
zontal usando as escalas assinaladas nos eixos correspondentes. A “elevação” 
é apenas um número de metros; o “comprimento” horizontal é um determinado 
número de segundos. O significado físico desses dois valores inclui suas unidades, 
e a razão dessas unidades fornece as unidades de declividade.
Exercícios 1–3 
O que chamamos de rapidez (ou velocidade escalar) v de um objeto significa quão 
rapidamente ele se move, independentemente da orientação do movimento. Isto é igual a, 
simplesmente, v � |vx| ou v � |vy|, o valor absoluto ou módulo da velocidade do objeto. No 
Exemplo 2.1, por exemplo, o patinador B tem �2,0 m/s de velocidade, porém sua rapidez é 
de 2,0 m/s. A rapidez é uma grandeza escalar, e não, um vetor.
NOTA � Nossa análise matemática de movimento é baseada na velocidade, e não na 
rapidez. Os subscritos em vx e vy são parte essencial da notação, lembrando-nos de que, 
mesmo em uma dimensão, a velocidade é um vetor. �
A matemática do movimento uniforme
Necessitamos de uma análise matemática do movimento que seja válida sem considerar 
se o objeto se move ao longo do eixo x, do eixo y ou de qualquer outra linha reta. Conse-
qüentemente, será conveniente escrever as equações para um “eixo genérico” que cha-
maremos de eixo s. A posição de um objeto será representada pelo símbolo s, e sua velo-
cidade, por vs.
NOTA � As equações escritas em termos de s são válidas para qualquer movimento 
unidimensional. Em um problema específico, entretanto, você deve usar x ou y, que 
são mais apropriados do que s. �
Considere um objeto em movimento uniforme ao longo do eixo s com o gráfico de posi-
ção linear versus tempo mostrado na FIGURA 2.3. A posição inicial do objeto é si no instante 
ti. A expressão posição inicial refere-se ao ponto de partida de nossa análise ou ao ponto 
sf
ti tf
s
si
Posição 
inicial
Posição 
final
t
A declividade da 
linha é .
FIGURA 2.3 A velocidade é encontrada a 
partir da declividade do gráfico da posição 
versus tempo.
Precisamos ser mais cuidadosos com o patinador B. Embora ele 
percorra uma distância de 1 m em 0,50 s, seu deslocamento tem 
uma definição muito precisa:
É muito importante que se dê atenção redobrada aos sinais! Isso 
leva a
AVALIAÇÃO O sinal negativo indica que o patinador B está se movendo 
para a esquerda. Nossa interpretação do gráfico é que os dois estudan-
tes estão patinando em sentidos opostos. O patinador A parte de x � 
2,0 m e se move para a direita com 5,0 m/s de velocidade. O patinador 
B parte de x � 1 m e se move para a esquerda com �2,0 m/s de ve-
locidade. Os módulos de suas velocidades, de � 18 km/h e 7,2 km/h, 
são razoáveis para praticantes de skate e patinadores.
CAPÍTULO 2 ■ Cinemática em uma Dimensão 37
de partida em um problema; o objeto pode ou não ter estado em movimento anteriormente 
a ti. Em um instante posterior tf, o ponto final de nossa análise ou o ponto final de um 
problema, a posição final do objeto será sf.
A velocidade do objeto vs ao longo do eixo s pode ser determinada encontrando-se a 
declividade do gráfico:
 
(2.2)
A Equação 2.2 é facilmente rearranjada para
 (2.3)
A Equação 2.3 aplica-se a qualquer intervalo de tempo durante o qual a velocidade 
seja constante.
A velocidade de um objeto em movimento uniforme nos dá o valor da variação 
de sua posição durante cada segundo. A posição de uma partícula com velocidade de 
20 m/s varia em 20 m durante cada segundo de movimento: 20 m durante o primeiro 
segundo de seu movimento, outros 20 m durante o próximo segundo e assim por 
diante. Se o objeto parte de si � 10 m, ele estará em s � 30 m depois de 1 segundo de 
movimento, e em s � 50 m depois de 2 segundos. Pensar na velocidade desta manei-
ra o ajudará a desenvolver uma compreensão da conexão existente entre velocidade 
e posição.
EXEMPLO 2.2 Almoço em Cleveland?
Bob sai de casa, em Chicago, EUA, às 9h e viaja para leste a constantes 
60 mph. Susan, 400 milhas a leste de Pittsburg, sai no mesmo horário 
e viaja para oeste a constantes 40 mph. Onde eles se encontrarão para 
um almoço?
MODELO Eis um problema onde, pela primeira vez, podemos pronta-
mente pôr em ação todos os aspectos de nossa estratégia para resolução 
de problemas. Para começar, represente Bob e Susan como partículas.
VISUALIZAÇÃOA FIGURA 2.4 mostra a representação física (o diagrama 
de movimento) e a representação pictórica. Os espaçamentos iguais en-
tre os pontos do diagrama de movimento indicam que se trata de movi-
mento uniforme. Ao avaliar a informação fornecida, percebemos que o 
instante de partida, 9h, não é relevante para a resolução do problema. 
Conseqüentemente, o tempo inicial é escolhido como, simplesmente, t0 
� 0 h. Bob e Susan estão viajando em sentidos opostos, portanto a ve-
locidade de um dos veículos deve ser negativa. Escolhemos um sistema 
de coordenadas em que Bob parte da origem e se move para a direita 
(leste), enquanto Susan move-se para a esquerda (oeste). Assim, Susan 
terá uma velocidade negativa. Note como indicamos os símbolos usados 
para a posição, a velocidade e o tempo em cada ponto do movimento. 
Preste especial atenção à maneira como os subscritos são usados para 
diferenciar os diferentes pontos do problema e para distinguir os sím-
bolos de Bob dos de Susan.
Uma dos objetivos com a representação pictórica é estabele-
cer o que precisamos descobrir. Bob e Susan encontram-se quando 
possuem a mesma posição no mesmo instante t1. Assim, queremos 
encontrar (x1)B no instante em que (x1)B � (x1)S. Note que (x1)B e (x1)
S são as posições de Bob e Susan, respectivamente, que são iguais 
quando eles se encontram, e não, as distâncias que eles percorre-
ram.
RESOLUÇÃO O objetivo da representação matemática é partir da repre-
sentação pictórica para uma solução matemática do problema. Podemos 
começar usando a Equação 2.3 para determinar as posições de Bob e de 
Susan no instante t1 em que se encontram:
Note duas coisas. Primeiro, iniciamos escrevendo o conteúdo 
todo da Equação 2.3. Somente depois é que simplificaremos, abando-
nando os termos que sabemos serem nulos. Você terá menos chance 
de cometer erros acidentais se seguir este procedimento. Segundo, 
substituímos o símbolo genérico s pelo símbolo x específico para a 
posição horizontal e substituímos os subscritos genéticos i e f pelos 
símbolos específicos 0 e 1, respectivamente, que definimos em nossa 
representação pictórica. Esta também é uma boa técnica para resolu-
ção de problemas.
Encontram-se aqui
Conhecido
Determinar
(x1)B
(x0)B = 0 mi (vx)B = 60 mph
(x0)S = 400 mi (vx)S = –40 mph
t0 = 0 h t, é quando (x1)B = (x1)S
(x0)S, (vx)S, t0(x1)B, (vx)B, t1
(x1)S, (vx)S, t1
0
(x0)B, (vx)B, t0
Chicago
Susan
X
Pittsburgh
Bob
vB
a = 0 a = 0
vS
FIGURA 2.4 Representação pictórica do Exemplo 2.2. Continua
38 Física: Uma Abordagem Estratégica
É instrutivo olhar para este exemplo de um ponto de vista gráfico. A FIGURA 2.5 mos-
tra os gráficos da posição versus tempo para Bob e Susan. Note a declividade negativa 
do gráfico de Susan, indicando sua velocidade negativa. O ponto de interesse é a inter-
secção das duas linhas; é este o ponto onde Bob e Susan têm a mesma posição no mesmo 
instante. Nosso método de solução, em que igualamos (x1)B e (x1)S, é realmente a solução 
matemática exata do problema de determinar a intersecção de duas linhas.
PARE E PENSE 2.1 Qual gráfico da posição versus tempo representa o movimento mostrado 
no diagrama de movimento abaixo?
t t t t
x
x
x x x
Diagrama de movimento
(b) (c) (d) (e)
0
0t
x
(a)
0 0 0 0
t (h)
x (mi)
0 2 4 6
400 
300 
200 
100 
0
Susan
Bob
Bob e Susan 
encontram-se aqui.
FIGURA 2.5 Os gráficos da posição versus 
tempo para Bob e Susan.
A condição para que Bob e Susan se encontrem é
Igualando os dois lados direitos das equações anteriores, obtemos
Isolando t1, obtemos o instante do encontro
Finalmente, inserindo este tempo de volta na equação para (x1)B, 
obtemos
Embora isto seja um número, ele não é a resposta para a questão. 
A frase “240 milhas” por si só não fornece nenhum significado. Uma 
vez que este é o valor da posição de Bob, e que ele estava dirigindo 
para leste, a resposta à questão é “eles se encontram 240 milhas a 
leste de Chicago”.
AVALIAÇÃO Antes de parar, devemos testar se esta resposta parece 
razoável ou não. Certamente esperávamos uma resposta entre 0 mi-
lha e 400 milhas. Também sabíamos que Bob estava dirigindo mais 
rapidamente do que Susan, de maneira que esperávamos que o lo-
cal de seu encontro estivesse mais próximo de Chicago do que de 
Pittsburg. Nossa avaliação significa que 240 milhas é uma resposta 
aceitável.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
DICA DO PROFESSOR
Acompanhe na Dica do Professor como esse movimento simples, porém tão frequente em nosso 
cotidiano, pode ser analisado.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) A distância entre as cidades brasileiras de Porto Alegre e Belo Horizonte é de 
aproximadamente d1= 1340 km, a distância entre Belo Horizonte e Salvador vale, 
aproximadamente, d2= 960 km. Em uma viagem a trabalho, você vai de Porto Alegre 
até Salvador em 2 horas e 10 minutos e, na sequência, vai para Belo Horizonte em 
mais 1 hora e 45 minutos. Suponha que as trajetórias estejam todas contidas ao longo 
de uma reta. Qual alternativa indica os valores da distância total percorrida, do 
deslocamento total e da velocidade média total ao longo da viagem? 
A) 3260; 1340; 342,13.
B) 2300; 1340; 587,23.
C) 1340; 960; 832,34.
D) 3260; 1340; 587,23.
E) 1340; 3260; 832,34.
O velocista jamaicano Usain Bolt é considerado por muitos o ser humano mais rápido da 
atualidade. Na tabela encontram-se os dados de seus melhores desempenhos.
2) 
Supondo que ele conseguisse se deslocar com a maior velocidade média dentre os 
desempenhos acima em uma pista circular com raio R=30 m, quanto tempo levaria para 
que completasse uma volta?
A) 21,34s
B) 2,87s
C) 0,06s
D) 18,04s
E) 19,47s
3) Você trabalha em uma empresa de transporte e precisa buscar um pacote que se 
encontra com outro funcionário. A cidade na qual ele se encontra está a uma 
distância D=120 km e ele se desloca com velocidade de 80 km/h indo para onde você 
está. De acordo com o prazo que você deve cumprir, é necessário que você o encontre 
em 35 minutos. Para isso, qual deve ser a velocidade com a qual você vai ao encontro 
dele? Suponha a trajetória retilínea. 
A) 76,57km/h
B) 80km/h
C) 285,71km/h
D) 205,74km/h
E) 126,90km/h
4) Considere o movimento indicado pelo gráfico de posição em função do tempo. Chamando 
de v1 a velocidade da partícula no intervalo de tempo de -4s a -3s, v2 a velocidade média 
entre -4s e -1s e v3 a velocidade entre -1s e 1s, selecione a alternativa que ordena 
corretamente essas três quantidades.
A) v3 < v1 = v2
B) v1 < v2 < v3
C) v3 < v2 < v1
D) v1 < v2 = v3
E) v1 = v2 = v3
5) Considere o movimento indicado pelo gráfico de posição em função do tempo. Assinale a 
alternativa que indica o gráfico correto da velocidade em função do tempo. 
 
A) 
 
B) 
 
C) 
 
D) 
 
E) 
 
NA PRÁTICA
É possível trocar a medida de distância por uma medida de tempo? 
O Movimento Retilíneo Uniforme é extremamente simples e não costuma se manter para 
intervalos grandes de tempo, porque a velocidade de um objeto só se mantém constante caso ele 
não interaja com mais nenhum sistema. Apesar disso, a descrição de um movimento como MRU 
pode ser uma aproximação extremamente útil se pensarmos em termos da velocidade média. 
Costumamos dizer, por exemplo, que a cidade do Rio de Janeiro se encontra a umas 6 horas de 
distância de São Paulo indo de ônibus. Ou que se encontra a umas 4,5 horas indo de carro. A 
unidade "horas" indica uma medida de tempo e não de distância. A ideia implícita nessas 
afirmações é a de que os 430 km de estrada, ligando essas duas cidades, pode ser percorrido de 
ônibus em 6 horas, movimentando-se a uma velocidade média de 430 km/6h = 71,7 km/h ou que 
pode ser percorrido em 4,5 horas em um carro movendo-se a 430 km/4,5h = 95,6 km/h. 
Naturalmente, em uma viagem, não se manterá sempreesses valores. Alguns trechos serão 
percorridos com maior ou menor velocidade, mas a aproximação de velocidade constante nos 
permite trocar a medida de distância por uma medida de tempo. 
Essa mesma noção aparece, em maior escala, quando utiliza-se a unidade "anos-luz" para 
descrever distâncias entre galáxias, por exemplo. Esta unidade indica a distância que a luz 
percorre ao viajar por um ano em MRU com velocidade c = 2,998 x 108 m/s. 
 
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Me Salva! CIN10 - MRU
Vídeo disponibilizado pelo canal Me Salva! sobre o Movimento Retilineo Uniforme.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Física para Universitários
Bauer, Wolfgang; Westfall, Gary D.; Dias, Helio. Física para Universitários, Porto Alegre: 
Bookman, 2012
Física - V1 - Uma Abordagem Estratégica
Knight, Randall D. Física - V1 - Uma Abordagem Estratégica - Mecânica Newtoniana, 
Gravitação, Oscilações e Ondas, Porto Alegre: Bookman, 2009.
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