Buscar

MARTINELLI BARACHO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

MARTINELLI BARACHO ,Fernando Surgimento da qualidade
A qualidade é um tema há muito tempo presente na história da humanidade
 e para melhor compreendê-la é necessário um itinerante passeio pela 
História. 
 Ao se comparar os conceitos de qualidade de artesãos de séculos 
Passados com os de metalúrgicos da indústria moderna, por exemplo, certamente
 teremos respostas muito distintas.
Os arte tesãos eram trabalhadores especialistas que par ticipavam ativa-
mente e tinham total controle de todos os processos da linha de produção, 
atendiam seus clientes, tentavam compreender e atender suas necessidades 
e produziam sob medida, ou seja, par ticipavam desde a concepção até o 
pós-venda.
Os critérios de qualidade adotados pelos artesãos variavam de cliente 
para cliente, e eram especicados pelos próprios ar tesãos ou pela peque -
na equipe de colaboradores, quando existia. Dessa forma, o procedimento 
de controle e inspeção de qualidade do produto eram feitos de forma na-
tural, ao mesmo tempo em que o ar tesão se utilizava de conceitos bastante 
modernos de gestão, como atender as necessidades do cliente, o mesmo 
utilizava conceitos ainda mais importantes para a área de qualidade, como 
conformidade, especicação e conabilidade pag. 20
. Nesse período, o foco do con-
trole da qualidade estava no produto e não no processo, e o próprio artesão 
era responsável pela inspeção e controle de todos os produtos.
“A ordem produtiva com foco na customização e não na padronização 
perdurou até o nal do século XIX, época em que a montadora de automó-
veis Panhard e Levassor (P&L) ainda montava seus veículos, atendendo as 
necessidades de cada um de seus abastados clientes”. (CARVALHO; PALADINI, 
2005, p.3)
Com a R evolução I ndustrial veio também uma nova ordem produtiva, 
onde o foco era a padronização e produção em larga escala, e não mais a 
customização; resumindo, era melhor vender muito do que para poucos.
Pág 14 os Gurus da qualidade e sua contribuições para a qualidade
Walter Shewhart – CEQ e PDCA
Nasceu em New Canton (EUA) em 1891 e faleceu em 1967. Estudou na Universidade de Illinois e na Universidade da Califórnia. Atuou como consultor em organizações como o Departamento de Guerra Americano, as Nações Unidas e o Governo Indiano, além de lecionar em Harvard, Rutgers e Princeton.
Suas principais contribuições para com a Área da Qualidade na Industria foram a criação do CEP e CEQ (Controle Estatístico de Qualidade) e o desenvolvimento do PDCA.
Através do CEQ, tornou-se possível agilizar os processos de análise nas Industrias de produção em massa com base na avaliação de amostras, onde os resultados eram montados com bases estatísticas.
O PDCA (Plan, Do, Check and Act) desenvolvido por Shewart foi disseminado por Deming, que conheceremos adiante neste artigo, e foi de grande influência para o desenvolvimento da Alta Qualidade nas indústrias no século XX.
Armand V. Feigenbaum – 9 M’s
Nascido em Nova Iorque no ano de 1922, morreu apenas em 2014. Concluiu seu Doutorado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Se tornou Diretor Mundial de Produção da GE(General Electric) em 1958 e em 1961 se tornou presidente da ASQC (Sociedade Americana de Controle de Qualidade), além de fundar a General Systems.
Dentre suas contribuições para a Qualidade, destaca-se a metodologia que consiste em que todos os colaboradores e processos estejam comprometidos para com a Qualidade, sempre buscando a satisfação do cliente como objetivo principal.
Concluiu também que existem 9 fatores (9M’s) que afetam a Qualidade: Dinheiro(Money), Gerência(Management), Pessoas(Man), Mercados(Markets), Motivação(Motivation), Materiais(Materials), Maquinas(Machines), Métodos(Methods) e Montagens do Produto(Mounting Product Requirements).
William Edwards Deming – “Fora da Crise” e 14 P’s
Nasceu em Sioux City (EUA) no ano de 1900 e morreu no ano de 1993. Estudou nas Universidades de Wyoming, Colorado e Yale. Foi chamado pelo governo Estadunidense em 1951 para ajudar no censo japonês e posteriormente juntou-se a estudiosos japoneses que procuravam alguém para transmiti-los seu conhecimento sobre qualidade e gerenciamento em meio à reconstrução do Japão após a Segunda Guerra Mundial.
Foi um dos maiores consultores de Grandes Empresas. Atuou em empresas como a Ford (Por volta de 1981) além de publicar seu livro “Fora da crise” pelo MIT.
Desenvolveu sua teoria dos 14 Pontos de Gerenciamento (que serão assunto de outro artigo) que garantiam Qualidade, Produtividade e Competitividade, sempre visando a Qualidade como uma filosofia de gestão.
Joseph M. Juran – JMS e Diagrama de Pareto
Nascido em 1904 na cidade de Braila (Romênia), mudando-se para os Estados Unidos em 1912. Veio a falecer apenas em 2008. Estudou nas Universidades de Minnesota e Chicago. Trabalhou na Western Electrical Company e prestou consultoria para empresas como Gillette e Hamilton Watch.
Criou o Juran Management System (JMS) que consistia em tornar o Planejamento, Controle e Melhoria da Qualidade pontos fundamentais para a estratégia empresarial, no intuito de dimunuir ao máximo possível as falhas e buscar sempre a satisfação do cliente.
Também disseminou o Diagrama de Pareto (de Vilfredo Pareto) no cenário organizacional. A adaptação afirma que 80% dos problemas são causados por 20% das causas, mas não se podem desprezar as outras causas.
Kaoru Ishikawa – Diagrama de Ishikawa e 7 Ferramentas da Qualidade
Nascido em 1915 em Tóquio, faleceu no ano de 1989. Graduou-se na Universidade de Toquio e lecionou Engenharia na mesma. Atuou como Técnico Naval no Exército Japonês e na Nissan Liquid Fuel. Posteriormente juntou-se a União Japonesa de Cientistas e Engenheiros (JUSE), assim como William Deming, para auxiliar em pesquisas sobre Controle de Qualidade.
Expandiu conceitos de outros Gurus da Qualidade e agregou outro significado e importância para a mesma. Introduziu conceitos como Círculo de Qualidade, Causa e Efeito (denominado de Diagrama de Ishikawa) e as 7 ferramentas da Qualidade.
Levou a importância da Qualidade e pós-venda para os mais altos cargos das Empresas e mencionou a importância de a mesma estar presente em todos os setores da Empresa. Tratava a Qualidade e Melhoria Contínua como uma filosofia de análise e planejamento fundamental.
Philip B. Crosby – “Quality is free” e Vacina da Qualidade
Nascido em 1926 na cidade de Wheeling (EUA), veio a falecer em 2001. Estudou na Universidade Kent State. Trabalhou na Crosley Corporation, Martin Marietta, foi Vice-Presidente da ITT e Fundou a Philip Crosby Associates e a Carrer IV.
Atuou como escritor e obteve sucesso com suas obras “Quality Is Free” (A Qualidade é Gratuita) e “Quality Is Still Free” (A Qualidade ainda é Gratuita), dentre outras.
Considerava a prevenção o mais importante dos pilares da Qualidade, apresentando a “Vacina da Qualidade” que consiste em: Determinação, Formação e Liderança.
Desenvolveu os conceitos de “Zero Defeitos” e “Fazer bem à primeira vez”, que seriam resultado da prevenção com base em estratégias que vem de cima para baixo na estrutura da Empresa e através da formação (educação) dos colaboradores.

Outros materiais