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_História da Naval

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HISTÓRIA 
NAVAL
WWW .ENGEMARINHA .COM .BR 
 
HISTÓRIA 
NAVAL
RESUMO COMPLETO
OFICIAIS TEMPORÁRIOS | MARINHA DO BRASIL
 
Primeiramente, parabéns pelo seu comprometimento e obrigado pela confiança em 
nosso trabalho :) 
 
Tenha certeza que você deu um passo importantíssimo rumo à sua aprovação! 
 
Você já largou na frente dos outros milhares de candidatos, mas isso não é garantia de 
vitória. 
 
Agora que tem em suas mãos um material diferenciado, que preparamos com muito 
carinho e pensando em facilitar a sua aprendizagem, você precisa fazer sua parte! 
 
Pode contar com o Engemarinha para o que precisar e pode ter certeza que não 
mediremos esforços para ajudá-lo a realizar seu sonho. 
 
Um Forte Abraço e Bons Estudos! 
Equipe Engemarinha
Olá Futuro Oficial da Marinha do Brasil,
           smv@engemarinha.com.br
                          www.bit.ly/oficiais-temporarios
      www.bit.ly/cp-cem
                 (11) 99554-8683 - WhatsApp
E-mail:
Curso Online (RM2):
Curso Online (CP-CEM):
Treinamento Metacognitivo:
http://www.bit.ly/oficiais-temporarios
http://www.bit.ly/cp-cem
 
 
 
1 
ÍNDICE 
A História da Navegação .............................................................................................. 4 
OS NAVIOS DE MADEIRA ........................................................................................................................................... 4 
O DESENVOLVIMENTO DOS NAVIOS PORTUGUESES ......................................................................................... 5 
O DESENVOLVIMENTO DA NAVEGAÇÃO OCEÂNICA: OS INSTRUMENTOS E AS CARTAS DE MAREAR 6 
A VIDA A BORDO DOS NAVIOS VELEIROS ............................................................................................................ 7 
A Expansão Marítima Europeia e o Descobrimento do Brasil ............................... 8 
FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO PORTUGUÊS E A EXPANSÃO ULTRAMARINA ........... 8 
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DE PORTUGAL .......................................................................... 9 
A DESCOBERTA DO BRASIL .................................................................................................................................... 10 
O RECONHECIMENTO DA COSTA BRASILEIRA .................................................................................................. 10 
A expedição de 1501/1502 ......................................................................................................................................... 10 
A expedição de 1502/1503 ......................................................................................................................................... 10 
A expedição de 1503/1504 ......................................................................................................................................... 11 
As expedições Guarda-Costas .................................................................................................................................... 11 
A expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza ............................................................................................ 11 
Invasões Estrangeiras ao Brasil ................................................................................. 12 
CORSÁRIOS FRANCESES NO BRASIL NO SÉCULO XVIII .................................................................................. 12 
Rio de Janeiro - França Antártica (1555-1567) .......................................................................................................... 13 
Maranhão - França Equinocial (1611-1615) .............................................................................................................. 14 
INVASÕES HOLANDESAS NA BAHIA E EM PERNAMBUCO ............................................................................. 14 
Holandeses na Bahia .................................................................................................................................................. 14 
A ocupação do Nordeste Brasileiro ............................................................................................................................ 15 
A insurreição em Pernambuco ................................................................................................................................... 15 
A derrota dos holandeses em Recife .......................................................................................................................... 16 
Formação da Marinha Imperial Brasileira .............................................................. 17 
A VINDA DA FAMÍLIA REAL ................................................................................................................................... 17 
http://www.temporario.engemarinha.com.br/curso-smv-marinha
 
 
 
2 
POLÍTICA EXTERNA DE D. JOÃO E A ATUAÇÃO DA MARINHA: A CONQUISTA DE CAIENA E A 
OCUPAÇÃO DA BANDA ORIENTAL ....................................................................................................................... 18 
ELEVAÇÃO DO BRASIL A REINO UNIDO .............................................................................................................. 19 
O RETORNO DE D. JOÃO VI PARA PORTUGAL .................................................................................................... 19 
A INDEPENDÊNCIA .................................................................................................................................................... 19 
A FORMAÇÃO DE UMA ESQUADRA BRASILEIRA .............................................................................................. 20 
OPERAÇÕES NAVAIS ................................................................................................................................................. 20 
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR ............................................................................................................................ 21 
A Atuação da Marinha nos Conflitos da Regência .................................................. 22 
PERÍODO REGENCIAL (1831-1840) .......................................................................................................................... 22 
CONFLITOS INTERNOS ............................................................................................................................................. 22 
GUERRA DA CISPLATINA (1825-1828) .................................................................................................................... 24 
GUERRA CONTRA ORIBE E ROSAS ........................................................................................................................ 25 
A Atuação da Marinha na Guerra da Tríplice Aliança .......................................... 26 
O BLOQUEIO DO RIO PARANÁ E A BATALHA NAVAL DO RIACHUELO ....................................................... 27 
NAVIOS ENCOURAÇADOS E A INVASÃO DO PARAGUAI ................................................................................. 28 
PASSAGEM DE HUMAITÁ ......................................................................................................................................... 29 
O AVANÇO ALIADO E A DEZEMBRADA ............................................................................................................... 29 
A OCUPAÇÃO DE ASSUNÇÃO E A FASE FINAL DA GUERRA ........................................................................... 29 
A Marinha na República ............................................................................................ 30 
REAPARELHAMENTO NAVAL DE 1904 ................................................................................................................. 30 
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL ................................................................................................................................ 31 
PERÍODOENTRE GUERRAS ..................................................................................................................................... 31 
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ................................................................................................................................ 32 
GUERRA DA LAGOSTA ............................................................................................................................................. 33 
PODER NAVAL ............................................................................................................................................................ 34 
 
http://www.temporario.engemarinha.com.br/curso-smv-marinha
 
 
 
3 
 
Legenda: 
- Dê uma olhada com atenção, há a possibilidade deste assunto estar na prova! 
- Este assunto é extremamente IMPORTANTE, pode estar na sua prova!
http://www.temporario.engemarinha.com.br/curso-smv-marinha
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS NAVIOS DE MADEIRA 
 
 
 
NAVIO: uma embarcação grande, construída há mais de 
dois mil anos. Empregava-se a madeira, pois ela foi o 
primeiro material que se mostrou mais adequado para a 
construção naval. 
 
 
 
 
 
GALÉS: eram embarcações movidas principalmente por 
remos, algumas com muitos remadores, embora pudessem 
também ter velas. 
 
 
 
 
 
A História da Navegação 
Quais são os meus objetivos? 
❖ Identificar os tipos básicos de navios da antiguidade; 
❖ Identificar os desenvolvimentos tecnológicos necessários para as grandes navegações. 
 
 
 
 
 
5 
 
O DESENVOLVIMENTO DOS NAVIOS PORTUGUESES 
 
CARAVELA: era uma embarcação rápida, de fácil 
manobra, de proporções modestas e que, em caso de 
necessidade, podia ser movido a remos. Eram navios 
de pequeno porte, de três mastros, um único convés. 
Foi com uma caravela que Bartolomeu Dias dobrou 
o Cabo da Boa Esperança, em 1488. É de salientar 
que a caravela é uma invenção portuguesa, em 
conjunto com os conhecimentos que haviam 
adquirido dos árabes ou muçulmanos. 
 
 
NAU: denominação genérica dada a navios de grande porte com 
capacidade de 200 pessoas, utilizados na Era das Grandes 
Navegações em viagens de grande percurso. Destinado ao 
transporte de mercadorias e pessoas. 
 
 
 
 
GALEÃO: navio de guerra maior e com mais canhões, para 
combater turcos no Oriente, corsários e piratas. Foi a origem do 
navio de guerra. 
 
 
 
Por que surgiram os navios de guerras? 
Os navios de guerra surgiram para proteger os navios mercantes de ataques piratas. 
Eram mais estreitos e de fundo chato, visando oferecer pouca resistência à água. A 
propulsão principal era o remo, inicialmente manejado pelos próprios guerreiros, depois por escravos. 
 
 
 
 
 
 
6 
 
O DESENVOLVIMENTO DA NAVEGAÇÃO OCEÂNICA: OS 
INSTRUMENTOS E AS CARTAS DE MAREAR 
 
Vela latina é uma vela triangular que surgiu por volta 
de 200 a.C. na região do mar Mediterrâneo e cuja vantagem 
consiste no fato de um navio poder navegar contra o vento. 
Todavia este tipo de velas veio a ser adaptada e otimizada por 
volta de 1420 pelos marinheiros portugueses. As velas 
latinas, que geralmente são triangulares, têm uma das suas faces 
adjacentes a um mastro. 
 
Desenvolvimentos tecnológicos que somados as questões políticas, permitiram com que 
Portugal liderasse as navegações oceânicas a partir do final do século XV: 
 
• Bússola: é composta por uma agulha imantada 
que se alinha e aponta para o polo norte 
magnético, direção muito próxima ao norte 
verdadeiro terrestre. 
• Cronômetro (relógios): eram instrumentos muito 
imprecisos, devido aos movimentos do navio. 
 
• Astrolábio: instrumento utilizado para medir latitude, através 
da medição do ângulo entre o Sol em sua passagem meridiana e a 
vertical. Com isso, a latitude não era difícil de se calcular e era através 
dela e da estimativa de quanto o navio havia se deslocado, que os 
navegadores da época sabiam aproximadamente onde estavam. 
 
 
 
Outros instrumentos utilizados mais tarde, como 
quadrante e o sextante, mediam a altura do Sol através do 
ângulo em relação ao horizonte. 
 
 
 
 
 
7 
 
As Cartas Náuticas eram muito imprecisas, e somente a partir do século XVI passou-se a utilizar a 
Projeção de Mercator, onde os meridianos e paralelos são representados por linhas retas, que se 
interceptam formando ângulos de 90 graus, modelo utilizado até hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
A VIDA A BORDO DOS NAVIOS VELEIROS 
 
A vida a bordo dos navios veleiros era muito difícil. A 
comida, sem a possibilidade de ser refrigerada, era deficiente 
em vitaminas. Isto, causava doenças como o beribéri, pela 
carência de vitamina B, e o escorbuto, falta de vitamina C. 
Doenças estas, que foram responsáveis pelo maior número de 
mortes em navios. 
 
Para absorver mais o conteúdo, assista à aula do Prof. Pedro Sérgio, clicando 
na imagem abaixo: 
 
https://www.youtube.com/watch?v=UB6DL1DALNI
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO PORTUGUÊS E A 
EXPANSÃO ULTRAMARINA 
 
Portugal foi um país pioneiro em várias 
medidas entre a Idade Média e a Idade Moderna. 
Ainda no século XIII, tornou-se o primeiro Estado 
formalizado na Europa, após a expulsão dos 
mouros da Península Ibérica, movimento 
denominado “Reconquista”, o que lhe favoreceu 
em vários aspectos. Com uma unificação política 
garantida, a condição de primeiro país incentivou 
novos investimentos dentro do panorama que se 
tinha no Velho Mundo. Naquela época, o comércio era muito fundamentado nas negociações de 
produtos feitas no Mar Mediterrâneo. Entretanto, com a conquista dos turcos nessa rota de navegação, 
houve a necessidade de se buscar novos caminhos para se obter as especiarias oriundas do Oriente, 
que tanto agradava ao mercado europeu. Portugal reunia condições favoráveis para os negócios que 
marcavam o momento, era um país já unificado, dispunha de uma condição geográfica favorável 
para se lançar ao mar e contava com um grupo de investidores interessados nos negócios 
marítimos. 
 
A Expansão Marítima Europeia e o 
Descobrimento do Brasil 
Quais são os meus objetivos? 
❖ Descrever o emprego do poder marítimo no desenvolvimento de Portugal 
❖ Descrever o reconhecimento da costa brasileira 
❖ Descrever os principais motivos e resultados das primeiras expedições 
 
 
 
 
 
9 
 
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DE PORTUGAL 
 
Portugal estava em vantagem para liderar as navegações oceânicas a partir do início do 
século XV, principalmente, devido a sua estabilidade política e a união de interesses entre a 
realeza e a burguesia mercantil. 
 
A expansão marítima 
portuguesa caracterizou-se por 
duas vertentes. A primeira, de 
aspecto imediatista, realizada 
ao norte do continente 
africano, visava à obtenção de 
riquezas acumuladas naquelas 
regiões através de prática de 
pilhagens. Na segunda 
vertente, o objetivo colocava-se 
mais a longo prazo, já que se 
buscava conquistar pontos estratégicos das rotas comerciais com o Oriente, criando ali 
entrepostos (feitorias) controlados pelos comerciantes lusos. Foi o caso da tomada das cidades 
asiáticas. 
Em 1492, Colombo sob as ordens dos Reis 
Católicos de Espanha, alcançou o continente americano. 
Então, visando defender seus interesses, enquanto 
aumentava seu conhecimento náutico, Portugal negociou 
um tratado com a Espanha, em 1494, conhecido como 
Tratado de Tordesilhas, para dividir as terras 
"descobertas e por descobrir" entre ambas as Coroas fora 
da Europa. 
O longo processo de desenvolvimento da navegação oceânica português e reconhecimento do 
litoral africano culminou com a chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498, após circunavegar a 
África. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
A DESCOBERTA DO BRASIL 
 
A segunda expedição portuguesa para as 
Índias, após a bem-sucedida viagem feitapor 
Vasco da Gama em 1498, tinha o objetivo 
principal de chegar às Índias para negociar 
tratados comerciais. A esquadra era composta 
por experientes navegadores e bastante 
numerosa, comandados por Pedro Álvares 
Cabral. 
Não se confirma ainda se de maneira 
intencional ou não, mas Cabral ao afastar-se demais da África para fugir das correntes e ventos 
contrários, acabou chegando ao Brasil em 1500. 
 
O RECONHECIMENTO DA COSTA BRASILEIRA 
 
A expedição de 1501/1502 
 
Preocupado em realizar o reconhecimento da 
nova terra, D. Manuel enviou, antes mesmo do retorno 
de Cabral, uma expedição composta por três caravelas 
comandadas por Gonçalo Coelho, tendo a companhia 
do florentino Américo Vespúcio. Nessa expedição 
seriam nomeados os acidentes geográficos e elaborado 
um mapa do litoral brasileiro. 
 
A expedição de 1502/1503 
 
Essa segunda expedição foi resultado do arrendamento da Terra de Santa Cruz (nome inicial 
das nossas terras) a um consórcio formado por cristãos-novos (judeus que se converteram ao 
cristianismo), encabeçado por Fernando de Noronha, e que tinha a obrigação, conforme contrato, de 
mandar todos os anos seis navios às novas terras com a missão de descobrir, a cada ano, 300 léguas 
avante e construir uma fortaleza 
 
 
 
 
 
11 
 
A expedição de 1503/1504 
 
Comandada novamente por Gonçalo 
Coelho, decidiram percorrer o litoral em direção 
ao sul, onde se detiveram durante cinco meses em 
um ponto cujas coordenadas indicam ter sido no 
litoral do Rio de Janeiro, onde ergueram uma 
fortificação e deixaram 24 homens. 
 
As expedições Guarda-Costas 
 
Os franceses começaram a frequentar nosso litoral comercializando o pau-brasil 
clandestinamente com os índios. Portugal procurou, a princípio, usar de mecanismos diplomáticos. 
Notando que ainda era grande a presença de contrabandistas franceses no Brasil, D. Manuel resolveu 
enviar o fidalgo português Cristóvão Jaques, com a missão de realizar o patrulhamento da costa 
brasileira. 
 
A expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza 
 
 
Em 1530, com o propósito de realizar uma 
política de colonização efetiva, Dom João III, Rei de 
Portugal e Algarves, organizou uma expedição ao 
Brasil. A esquadra de cinco embarcações, bem armada 
e aparelhada, reunia quatrocentos colonos e tripulantes. 
Comandada por Martim Afonso de Sousa, tinha uma 
tríplice missão: combater os traficantes franceses, 
penetrar nas terras na direção do Rio da Prata para 
procurar metais preciosos e, ainda, estabelecer 
núcleos de povoamento no litoral. Portanto, iniciar o povoamento das terras brasileiras. Para isto 
traziam ferramentas, sementes, mudas de plantas e animais domésticos. 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que é um Corsário? 
Um corso, ou corsário era alguém que, por missão ou carta de corso (ou "de marca") 
de um governo, era autorizado a saquear navios de outra nação (guerra de corso). Os 
corsos eram usados como um meio fácil e barato para enfraquecer o inimigo, por perturbar as suas 
rotas marítimas e suas colônias. Com os corsos, os países podiam enfraquecer os seus inimigos sem 
ter de arcar com os custos relacionados com a manutenção e construção naval. 
 
 
 
CORSÁRIOS FRANCESES NO BRASIL NO SÉCULO XVIII 
 
As descobertas territoriais feitas por portugueses e espanhóis no final do século XV e início do 
XVI e os lucros advindo da exploração colonial, deixaram outras nações europeias interessadas neste 
empreendimento. Após o Tratado de Tordesilhas, que dividiu as recém-descobertas terras entre 
espanhóis e portugueses, aumentou-se muito o descontentamento dos países que ficaram de fora como, 
por exemplo, Holanda, França e Inglaterra. Estes países começaram então a investir na invasão das 
terras recém-descobertas, entre elas as colônias portuguesas, principalmente o Brasil. 
 
 
 
Invasões Estrangeiras ao Brasil 
Quais são os meus objetivos? 
❖ Identificar as consequências da guerra de corso para o Brasil colonial 
❖ Descrever as motivações que levaram a França a invadir a colônia de Portugal 
❖ Descrever a expulsão dos franceses do território brasileiro 
❖ Descrever as motivações que levaram a Holanda a invadir a colônia de Portugal 
❖ Descrever a expulsão dos holandeses do território brasileiro 
 
 
 
13 
 
 
A França utilizou a estratégia de 
empregar corsários para, através de ações que 
visavam ao lucro, causar danos nos mares a seus 
inimigos. Eles não eram piratas, pois tinham 
uma patente de corso, que lhes davam 
autorização real para agir. Tinham, portanto, o 
direito de ser tratados como prisioneiros de 
guerra, enquanto os piratas podiam ser 
enforcados se apanhados. 
 
Rio de Janeiro - França Antártica (1555-1567) 
 
O corsário francês, liderado por 
Villegagnon, chegou à Baía de Guanabara em 
1555, instalou o núcleo da colônia – que chamou 
de França Antártica – na ilha que atualmente tem 
seu nome e construiu uma fortificação, dando-lhe 
o nome de Forte de Coligny. 
Os franceses contavam com a amizade dos 
tupinambás. Eles comerciavam com os franceses 
por meio de trocas (escambo) – recebiam 
machados, facas, e outros objetos. Em troca, 
forneciam o pau-brasil, que cortavam na floresta e traziam para a colônia, além de outros produtos da 
terra e alimentos. 
A reação portuguesa ocorreu quando o Governador Mem de Sá, em 1560, atacou o Forte de 
Coligny com uma força naval de soldados e índios que trouxera da Bahia, arrasando-o. Mem de 
Sá concluiu que era necessário ocupar definitivamente o Rio de Janeiro para garantir a expulsão 
dos invasores. Dessa vez enviou, em 1563, seu sobrinho Estácio de Sá à testa da nova força naval, 
com ordens para fundar uma povoação na Baía de Guanabara e derrotar definitivamente os 
franceses. Os franceses que se renderam foram enviados de navio para a França. 
 
 
 
 
 
14 
 
 
Maranhão - França Equinocial (1611-1615) 
 
Desde o final do século XVI, o Maranhão 
passou a ser um local regularmente frequentado por 
navios franceses. Em 1612, ocorreu nova tentativa 
francesa de apossar-se de terras americanas: a França 
Equinocial, com a fundação da cidade de São Luís. 
Com isto, as autoridades portuguesas organizaram 
várias e poderosas expedições militares para atacar e 
expulsar os franceses do Maranhão. 
Em 1614, uma força naval comandada por Jerônimo de Albuquerque, nascido no Brasil, 
chegou ao Maranhão para combater os franceses. Sendo considerada por muitos a primeira 
força naval comandada por um brasileiro. 
 
INVASÕES HOLANDESAS NA BAHIA E EM PERNAMBUCO 
 
Invasões holandesas é o nome normalmente dado, na historiografia brasileira, ao projeto de 
ocupação da Região Nordeste do Brasil pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (W.I.C.) 
durante o século XVII. As invasões holandesas foram o maior conflito político-militar da colônia. 
Embora concentradas no atual Nordeste, não se resumiram a um episódio regional. Fizeram parte do 
quadro de relações internacionais entre os Estados europeus: foi uma luta pelo controle do açúcar, 
bem como das fontes de suprimento de escravos. 
 
Holandeses na Bahia 
 
A invasão holandesa de Salvador (BA) 
foi planejada pela Companhia das Índias 
Ocidentais com o propósito de lucro, a ser 
obtido com a exploração da cultura do açúcar. 
Em 8 de maio de 1624, chegaram à Baía de 
Todos os Santos; no dia seguinte, iniciaram o 
ataque a Salvador. 
 
 
 
 
15 
 
A armada luso-espanhola chegou a Salvador em 29 de março de 1625. Era a maior força naval 
que até aquela data atravessara o Atlântico. Cerca de 20 navios holandeses se abrigavam sob a proteção 
dos fortes e a cidade de Salvador era defendida por tropas holandesas. Iniciou-se o ataque luso-
espanhol e, em 1º de maio, os holandeses renderam-se. 
 
A ocupação do Nordeste Brasileiro 
 
Em 1629, a Companhia das Índias Ocidentais resolveu dirigir seus esforços para Pernambuco 
em vezde tentar reconquistar a Bahia. Olinda e Recife (PE) foram conquistadas em 1630. 
Entre 1631 e 1640, dentro do período da união de Portugal com a Espanha, foram 
enviadas três esquadras luso-espanholas ao Brasil. Os holandeses também enviaram forças 
navais, com reforços de tropas, para proteger suas conquistas no Brasil. Ocorreram, 
consequentemente, encontros que resultaram em diversos combates navais. Os holandeses, por 
sua vez, conseguiram manter o domínio do mar e se aproveitaram dele para bloquear os portos 
principais e atacar o litoral do Nordeste do Brasil, expandindo sua conquista. 
 
A insurreição em Pernambuco 
 
Em junho de 1641, assinou-se uma 
trégua de dez anos com os holandeses em Haia. 
Essa trégua interessava à Companhia das 
Índias Ocidentais, que via seus lucros 
consumidos pelas ações militares, e aos 
portugueses, que estavam em guerra com a 
Espanha e precisavam reduzir as frentes de 
combate. Às vésperas do armistício, os 
holandeses trataram de alargar suas conquistas, 
ocupando o Sergipe e o Maranhão, no Brasil, e 
Angola e São Tomé, na África. Após a Restauração de Portugal, foi enviado um novo governador-
geral para o Brasil, Antônio Teles da Silva. Embora oficialmente o governo português respeitasse a 
trégua, para evitar uma guerra declarada contra a Holanda, sigilosamente aprovava a insurreição no 
Brasil. 
 
 
 
 
16 
 
 
 Em 19 de abril de 1648, travou-se a Primeira Batalha dos Guararapes e os holandeses, mais 
numerosos e com fama de estarem entre os melhores soldados da Europa de então, foram derrotados 
no campo de batalha. 
 
A derrota dos holandeses em Recife 
 
Apesar de ainda manterem o domínio do mar, o 
ânimo dos tripulantes estava diminuindo, ocasionando 
motins, destituição de comandantes e o regresso de 
navios amotinados para a Holanda. Por décadas, o Poder 
Marítimo holandês havia preponderado nos oceanos, 
mas, em meados do século XVII, reapareceu a 
concorrência séria da Grã-Bretanha, que teve como 
consequência a Guerra Anglo-Holandesa de 1652. 
Tornou-se, portanto, inviável para os holandeses manter 
o domínio permanente do mar na costa do Brasil. 
Em dezembro de 1653, a quarta frota da Companhia do Brasil portuguesa chegou ao 
Brasil. O comandante da frota, Pedro Jaques de Magalhães, decidiu bloquear Recife e apoiar os 
revoltosos luso brasileiros. As posições holandesas foram, sucessivamente, sendo conquistadas e a 
rendição de Recife finalmente ocorreu no final de janeiro de 1654. O longo êxito dos holandeses no 
Brasil foi resultante do esmagador domínio do mar que conseguiram manter durante quase todo o 
período da ocupação. Mesmo quando Recife já estava cercado e era inviável vencer em terra, ainda 
conseguiram, por longos anos, suprir a cidade por mar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A VINDA DA FAMÍLIA REAL 
 
 
Ao saber da chegada do Exército 
invasor de Napoleão, devido a Portugal não 
acatar o Bloqueio Continental imposto pela 
França à Inglaterra, o Conselho de Estado 
com o Príncipe Regente D. João acordaram 
na retirada para o Brasil de toda a Família 
Real. Em 29 de novembro de 1807, a Família 
Real embarca rumo ao Brasil. 
Junto com a Família Real, todo o 
aparato burocrático e administrativo foi 
transferido para o Rio de Janeiro. Dentre as primeiras decisões de D. João, já no dia 11 de março 
de 1808, está a instalação do Ministério dos Negócios da Marinha e Ultramar. 
 
 
 
 
Formação da Marinha 
Imperial Brasileira 
 
Quais são os meus objetivos? 
❖ Descrever os antecedentes históricos do processo de independência do Brasil 
❖ Conhecer os acontecimentos da incorporação da Província Cisplatina e a ocupação da 
Guiana Francesa 
❖ Descrever o emprego do poder naval no processo de independência do Brasil 
 
 
 
 
 
18 
 
POLÍTICA EXTERNA DE D. JOÃO E A ATUAÇÃO DA MARINHA: A 
CONQUISTA DE CAIENA E A OCUPAÇÃO DA BANDA ORIENTAL 
 
 A transferência da sede da monarquia 
portuguesa para a sua colônia americana fez com que 
a política externa de Portugal passasse a ser decidida 
no Brasil, instalando-se no Rio de Janeiro o 
Ministério da Guerra e Assuntos Estrangeiros. D. 
João declarou guerra ao Napoleão e aos franceses e 
considerou nulos os tratados assinados anteriormente 
com aquele país. Com o objetivo de ampliar seu 
império na América, eliminar a ameaça francesa e, ao 
mesmo tempo, vingar-se da invasão napoleônica em 
Portugal, D. João resolveu ocupar a Guiana Francesa, incorporando-a aos seus domínios. Para 
tanto, enviou uma força militar com o objetivo de restabelecer os limites entre o Brasil e a Guiana. 
Recebendo reforço naval da Inglaterra, as forças portuguesas partiram para o ataque e, em janeiro de 
1809, tomaram posse da colônia em nome de D. João. 
Em 1815, com a derrota de Napoleão, a posse da colônia voltou a ser reivindicada pelo governo 
francês. A questão passou a ser discutida pelo Congresso de Viena., e somente em 1817 os portugueses 
deixaram Caiena (região da Guiana), com a assinatura de um convênio entre a França e o novo Reino 
Unido de Portugal, Brasil e Algarves. 
Outro movimento importante de D. João na 
política externa, foi a ocupação da Banda Oriental, 
atual Uruguai. Visando repelir a anexação da região 
pela Argentina, D. João enviou para lá um grupamento 
do exército português em 1811. Tendo sido devastada 
pelas batalhas e a desordem, uma assembleia formada 
por deputados representantes de todas as localidades da 
Banda Oriental aprovou por unanimidade a 
incorporação da região à Coroa portuguesa, fazendo parte do domínio do Brasil com o nome de 
Província Cisplatina, em 1821. 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
ELEVAÇÃO DO BRASIL A REINO UNIDO 
 
Com a queda de Napoleão, os portugueses esperavam que seu rei retornasse para Portugal e 
trouxesse a Corte de volta para Lisboa. Entretanto, o monarca permaneceu no Rio de Janeiro e, para 
viabilizar esta situação, elevou o Brasil a uma condição equivalente de Portugal com a formação do 
Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Enquanto os comerciantes e fazendeiros brasileiros 
desfrutavam do afrouxamento dos laços coloniais, a sociedade portuguesa via-se deixada em segundo 
plano, com o território luso sendo administrado por uma junta sob controle de um militar britânico. 
 
O RETORNO DE D. JOÃO VI PARA PORTUGAL 
 
Estourou então na Cidade do Porto um movimento revolucionário liberal. O estado 
revolucionário da antiga metrópole provocou o retorno do Rei em 26 de abril de 1821, deixando seu 
filho D. Pedro como Príncipe Regente. 
 
A INDEPENDÊNCIA 
 
Em 7 de setembro de 1822, o 
Príncipe D. Pedro declarava a 
Independência do Brasil. Porém, só as 
províncias do Rio de Janeiro, São Paulo e 
Minas Gerais atenderam de imediato à 
conclamação emanada das margens do 
Ipiranga. As capitais das províncias ao 
Norte do País mantiveram sua ligação 
com a metrópole, a resistência mais forte estava justamente em Salvador, Bahia, onde essa 
guarnição era mais numerosa. No sul, a recém incorporada Província Cisplatina viu as 
guarnições militares que lá ainda estavam dividirem-se perante a causa da Independência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
A FORMAÇÃO DE UMA ESQUADRA BRASILEIRA 
 
O governo brasileiro, por intermédio de seu 
Ministro do Interior e dos Negócios Estrangeiros 
José Bonifácio de Andrada e Silva, percebeu que 
somente com o domínio do mar conseguiriam 
manter a unidade territorial brasileira. 
A Esquadra Brasileira foi aparelhada com 
subscrição pública, arrecadação proveniente da 
população, uma espécie de "vaquinha". Havia poucos navios e muita falta de pessoal, pois a profissão 
era proibida aos brasileiros e questionava-se a lealdade dos portugueses que decidiram permanecer no 
Brasil. O nascimento da Marinha Imperial, portanto, se deu em regime de urgência, aproveitando os 
navios que tinham sido deixados no porto doRio de Janeiro pelos portugueses, que estavam em mal 
estado de conservação, e os oficiais e praças da Marinha Portuguesa que aderiram à Independência. 
Este conjunto de navios de guerra, a Esquadra, impediria que chegassem aos portos das cidades 
brasileiras ocupadas pelos portugueses os reforços que Portugal enviasse, interceptando e combatendo 
os navios que os trouxessem. 
A Marinha Brasileira contribuiu para a Independência do Brasil, permitindo que do 
território da colônia portuguesa na América emergisse um só país, com um grande território. 
 
OPERAÇÕES NAVAIS 
 
 Para liderar a recém-formada Marinha 
Brasileira, José Bonifácio convidou o experiente 
almirante Lord Cochrane, e outros experientes 
comandantes europeus a entrar a serviço do Brasil. 
 Cochrane colocou Salvador sob bloqueio 
naval, capturando os navios que provinham o 
abastecimento da cidade, que já se encontrava 
sitiada por terra pelas forças brasileiras. 
Pressionados pelo desabastecimento, as tropas portuguesas abandonaram a cidade em 2 de 
julho. O próximo passo para expulsão dos portugueses do Norte-Nordeste brasileiro foi no Maranhão, 
 
 
 
 
 
 
21 
 
onde o contingente da Marinha atuou tanto num sentido 
apaziguador, mesmo diplomático, como trazendo a 
ordem pela força das armas. 
As operações navais na Cisplatina 
assemelharam-se às realizadas na Bahia, sendo 
empreendido um bloqueio naval conjugado com um 
cerco por terra a Montevidéu. O desabastecimento 
provocado pelo bloqueio e pelo cerco por terra, somado a desalentadora notícia que Montevidéu 
era a última resistência portuguesa na ex-colônia, provocou a evacuação do contingente português da 
Cisplatina em novembro de 1823. 
 
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR 
 
Foi uma revolta na Província de 
Pernambuco, em 1824, que colocou em 
perigo a integridade territorial do 
Império, uma vez que a revolta se 
espalhou por quase todo o Nordeste. As 
forças rebeldes foram derrotadas com a 
atuação conjunta da Marinha e do Exército Brasileiro. 
 
Para absorver mais o conteúdo, assista à aula do Prof. Pedro Sérgio, clicando 
na imagem abaixo: 
 
https://www.youtube.com/watch?v=aIiDuhe2ZfI
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERÍODO REGENCIAL (1831-1840) 
 
Pressionado pela população, em 7 de abril de 1831, 
D. Pedro I abdicou do trono em favor de seu filho, D. Pedro 
de Alcântara, que tinha apenas cinco anos de idade. Como 
o herdeiro não tinha idade para assumir o trono, instalou-se 
no Brasil um governo regencial. No período regencial, o 
conturbado ambiente político da Corte refletiu nas 
províncias do Império em movimentos armados que 
explodiram por todos os principais centros regionais. 
 
 
CONFLITOS INTERNOS 
 
A Marinha da Independência e da Guerra Cisplatina, constituída por elevado número de navios 
de grande porte, foi sendo transformada em uma Marinha de unidades menores, onde revoltas 
deflagradas em diversas províncias foram abafadas pelo governo regencial com a utilização da 
Marinha e do Exército. 
 
 
A Atuação da Marinha nos 
Conflitos da Regência 
Quais são os meus objetivos? 
❖ Reconhecer a influência da Marinha nos conflitos internos 
❖ Descrever a importância da Marinha na Guerra Cisplatina 
❖ Identificar os feitos da Marinha na Guerra contra Oribe e Rosas 
 
 
 
 
 
 
23 
 A Marinha se fez presente: 
• No rápido transporte de tropas do 
Exército Imperial da Corte e de outras 
províncias até as áreas conflagradas; 
• No abastecimento das tropas que 
lutavam nas províncias rebeladas, 
pois não existiam estradas que ligassem 
a Corte às províncias do Norte e do Sul; 
• Cumpriu ações de bloqueio nos 
portos ocupados pelos rebeldes, 
evitando que recebessem qualquer 
abastecimento vindo do mar, como 
armas e ou compradas no estrangeiro. 
• Atuando diversas vezes em 
desembarques, lutando com grupos 
rebelados, lado a lado com tropas do Exército, da Guarda Nacional e milicianos; 
 
REVOLTA ATUAÇÃO DA MARINHA BRASILEIRA 
Cabanagem (1835 – 1840) 
Bloqueou o porto de Belém, dificultando o seu abastecimento, 
bombardeou posições rebeldes, desembarcou tropas do Exército 
e embrenhou-se nos rios amazônicos para dar combate aos mais 
isolados focos de revolta. 
Guerra dos Farrapos 
(1835 – 1840) 
Transporte e abastecimento das tropas e apoiando ações em terra 
com o fogo dos canhões embarcados. Combateu uma pequena 
flotilha de embarcações armadas dos rebeldes. 
Sabinada (1837 – 1838) 
Combatida com um bloqueio naval na província e o combate a 
uma diminuta Força Naval montada pelos rebeldes com navios 
apresados. 
Balaiada 
Teve a participação do Capitão-Tenente Joaquim Marques 
Lisboa, futuro Marquês de Tamandaré (Patrono da Marinha 
do Brasil). A Marinha atuou combatendo os rebeldes 
isoladamente ou apoiando forças em terra. 
Revolta Praieira 
Contingentes de marinheiros e fuzileiros navais desembarcaram 
dos navios para reunir-se aos defensores da capital na batalha, 
enquanto os canhões da Marinha fustigaram as investidas 
dos revoltosos. 
 
 
 
 
 
 
24 
 
GUERRA DA CISPLATINA (1825-1828) 
 
O Brasil recém-
independente envolveu-se numa 
guerra com as Províncias Unidas do 
Rio da Prata, atual Argentina, pela 
posse da então Província brasileira 
da Cisplatina, atual República 
Oriental do Uruguai, anexada ainda 
por D. João VI, em 1821. 
A Marinha Imperial brasileira 
na Guerra Cisplatina lutou com a Força Naval argentina, mas também atuou contra os corsários que, 
com Patentes de corso emitidas pelas Províncias Unidas do Rio da Prata e pelo próprio Exército de 
Lavalleja, atacavam os navios mercantes brasileiros por toda a nossa costa. 
A guerra não envolvia só a disputa pela posse do território da Província Cisplatina, mas 
tinha como objetivo o controle do Rio da Prata, área geográfica de suma importância estratégica 
desde o início da colonização europeia na América do Sul. No estuário do Rio da Prata desembocavam 
dois grandes rios (Uruguai e Paraná), que constituíam o caminho natural para a penetração no 
continente sul-americano, representando uma estrada fluvial para a colonização, o acesso aos recursos 
naturais e a viabilização das trocas comerciais por todo o interior da América do Sul. 
O embate entre a Esquadra brasileira e a Esquadra argentina teve lugar no estuário do Rio da 
Prata e nas suas proximidades – região com grande número de bancos de areia que dificultava a 
navegação. Os navios argentinos atacavam e, quando repelidos, escapavam da perseguição dos navios 
brasileiros pelos estreitos canais que se formavam entre os vários bancos de areia da região, em sua 
maioria desconhecidos dos marinheiros brasileiros. 
Como primeira ação de guerra, a Força Naval brasileira no Rio da Prata, comandada pelo Vice-
Almirante Rodrigo Lobo, estabeleceu um bloqueio naval no Rio da Prata, pretendendo impedir 
qualquer ligação marítima entre as Províncias Unidas e os rebeldes de Lavalleja, e dos dois adversários 
com o exterior. 
O adversário, apesar de contar com um menor número de navios de guerra, tinha suas ações 
facilitadas não só pelo conhecimento da conformação hidrográfica do estuário do Rio da Prata, como 
também por permanecer operando próximo ao seu porto base, o ancoradouro de Los Pozos, em Buenos 
Aires, onde seus navios eram abastecidos e reparados. 
 
 
 
 
 
25 
 
A batalha de Monte Santiago eliminou o poder combatente argentino, restando-lhe o 
corso. No fim, os altos custos da guerra para ambos os países, somados à intermediação inglesa, 
levaram ao reconhecimento da independência do Uruguai. 
 
 
GUERRA CONTRA ORIBE E ROSAS 
 
Rosas era da liderança da Confederação 
Argentina e Oribe era líder do partido de oposição ao 
governo uruguaio, ambos queriam anexar o Uruguai às 
Províncias Unidas. O Império brasileiro, que se opunha 
frontalmente à anexação, apoiava o governo constituído 
do Uruguai, exercido pelo PartidoColorado. 
A Força Naval brasileira, composta por quatro 
navios com propulsão a vapor e três navios a vela, tinha como obstáculo o Passo de Tonelero, onde o 
inimigo instalara uma fortificação guarnecida por 16 peças de artilharia e 2.800 homens. Devido à 
pouca largura do rio naquele trecho, os navios brasileiros seriam obrigados a passar a menos de 400 
metros daquela fortificação, recebendo o peso da artilharia inimiga. A solução encontrada pelo Chefe-
de-Esquadra Grenfell foi o emprego conjunto dos navios a vela e a vapor na operação de transposição 
daquele obstáculo. 
Os navios a vela, mais artilhados, foram rebocados pelos navios a vapor, mais rápidos e 
ágeis nas manobras. Tonelero foi vencida em 17 de dezembro de 1851, com as tropas 
desembarcando em Diamante com sucesso. 
O Exército de Buenos Aires foi derrotado pelas tropas brasileiras e de seus aliados platinos, em 
fevereiro de 1852. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A livre navegação nos rios e os limites 
entre o Brasil e o norte do Paraguai eram 
motivos de discordância entre os dois países. 
Para os brasileiros, era muito importante 
acessar, sem empecilhos, a Província de Mato 
Grosso, navegando pelo Rio Paraguai. 
Sabendo disto, os paraguaios mantinham a 
questão dos limites, reivindicando a livre 
navegação no Rio Paraguai, que dava acesso ao 
Oceano Atlântico, facilitando a exportação dos 
seus produtos. 
Com a morte de Carlos López, então 
presidente do país na época, ascendeu ao 
governo do Paraguai seu filho, Francisco 
Solano López, que ampliou a política externa do País, estabelecendo laços de amizade com o General 
Justo José de Urquiza, que liderava a Província argentina de Entre Rios, e com o Partido Blanco 
uruguaio. Com a invasão do Uruguai por tropas brasileiras contra o governo do Presidente uruguaio 
Manuel Aguirre, do Partido Blanco, Solano López considerou que seu próprio país fora agredido e 
declarou guerra ao Brasil. Como foi negada pelos argentinos a permissão para que o exército paraguaio 
A Atuação da Marinha na 
Guerra da Tríplice Aliança 
 Quais são os meus objetivos? 
❖ Identificar os motivos que causaram a Guerra da Tríplice 
❖ Descrever a importância da participação da Marinha do Brasil na Guerra do Paraguai 
❖ Descrever a importância da Batalha Naval do Riachuelo para a Guerra 
❖ Descrever como a Batalha Naval do Riachuelo foi vencida 
❖ Compreender por que, apesar de decisiva, a Batalha do Riachuelo não deu fim à guerra 
 
 
 
27 
atravessasse seu território para atacar o Rio Grande do Sul, Solano invadiu a Província de Corrientes, 
envolvendo a Argentina no conflito. 
Os seguintes atos de hostilidade do Paraguai levaram à assinatura do Tratado da Tríplice 
Aliança contra o Governo do Paraguai, pelo Brasil, Argentina e Uruguai, em 1º de maio de 1865: 
 
• O apresamento do Vapor brasileiro Marquês de Olinda, que viajava para Mato Grosso 
transportando o novo presidente dessa província, em 12 de novembro de 1864, em Assunção; 
• A invasão do Sul de Mato Grosso por tropas paraguaias, em 28 de dezembro de 1864; 
• A invasão de território da Argentina por tropas paraguaias, em 13 de abril de 1865, ocupando 
a Cidade de Corrientes e apresando os vapores argentinos Gualeguay e 25 de Mayo. 
 
Os navios brasileiros, no entanto, mesmo os de propulsão mista, eram adequados para 
operar no mar e não nas condições de águas restritas e pouco profundas que o teatro de 
operações nos Rios Paraná e Paraguai exigia; a possibilidade de encalhar era um perigo sempre 
presente. Além disso, esses navios, com casco de madeira, eram muito vulneráveis à artilharia de 
terra, posicionada nas margens. 
 
O BLOQUEIO DO RIO PARANÁ E A BATALHA NAVAL DO RIACHUELO 
 
Foi designado o comandante das Forças Navais Brasileiras em Operação o Almirante 
Joaquim Marques Lisboa, Visconde de Tamandaré. A estratégia naval adotada foi a de negar o 
acesso ao território paraguaio através do bloqueio. Os rios eram as principais vias de comunicação 
da região e Tamandaré resolveu designar seu chefe de estado-maior, o Chefe-de-Divisão Francisco 
Manoel Barroso da Silva, para assumir o comando da Força Naval brasileira, que subira o rio 
para efetivar o bloqueio no afluente 
do Rio Paraguai. 
Na Batalha de Riachuelo, o 
Almirante Barroso investiu com a 
proa da Fragata Amazonas (não 
possuía esporão) sobre os navios 
inimigos, usando a manobra de 
abalroamento. 
 
 
 
 
28 
 
Desta forma, a Esquadra paraguaia 
foi praticamente aniquilada, e não teria 
mais participação relevante no conflito. 
Estava garantido o bloqueio que impediria 
que o Paraguai recebesse armamentos e, 
até mesmo, os navios encouraçados 
encomendados no exterior. Comprometeu, 
também, a situação das tropas invasoras e, 
pouco tempo depois, a guerra passou para o território paraguaio. 
Tudo levava à ilusão de que a Tríplice Aliança venceria a guerra em pouco tempo, mas 
isto não ocorreu. Humaitá ainda era uma fortaleza inexpugnável, o Brasil precisava dos navios 
encouraçados encomendados para destruir a fortaleza. Navios oceânicos de calado inapropriado 
para navegar em rios, de casco de madeira, sem couraça, como os da Força Naval brasileira que 
combatera em Riachuelo, não teriam bom êxito. Era evidente que o Brasil necessitava de navios 
encouraçados para o prosseguir com as ações de guerra. 
 
 
NAVIOS ENCOURAÇADOS E A INVASÃO DO PARAGUAI 
 
Os navios encouraçados começaram a chegar à 
frente de combate em dezembro de 1865. O Encouraçado 
Brasil, foi o primeiro que chegou a Corrientes em 
dezembro de 1865. No Arsenal de Marinha da Corte, no 
Rio de Janeiro, iniciara-se a construção de outros navios 
encouraçados, especificados para lutar naquele teatro de 
operações fluviais. Durante a guerra, foram incorporados 
à Armada brasileira 17 navios encouraçados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
PASSAGEM DE HUMAITÁ 
 
Na madrugada de 19 de fevereiro de 1868, 
iniciou-se a Passagem de Humaitá. Essa divisão era 
formada por seis navios encouraçados. Após a 
passagem, três dos seis navios tiveram que ser 
encalhados, para não afundarem devido às avarias 
sofridas no percurso. Estava, no entanto, vencida 
Humaitá, o que praticamente decidiu a guerra. 
Na madrugada de 3 de março de 1868, López se retirou de Humaitá com cerca de 12 mil 
homens. Ao final, renderam-se 1.300 paraguaios. 
 
O AVANÇO ALIADO E A DEZEMBRADA 
 
A partir de então, os navios participaram das 
operações prestando o apoio determinado por Caxias, 
comandante das forças terrestres. Em 4 de dezembro, a 
Força Naval apoiou o desembarque das tropas em Santo 
Antônio, sobre a retaguarda paraguaia. O ataque de Caxias 
para o Sul é conhecido como a Dezembrada. Ao final, as 
forças paraguaias estavam derrotadas e López fugiu. 
 
A OCUPAÇÃO DE ASSUNÇÃO E A FASE FINAL DA GUERRA 
 
Como não havia mais obstáculos até Assunção, ela foi ocupada pelos aliados e a Força Naval 
fundeou em frente à cidade, em janeiro de 1869. A Guerra foi muito importante para a consolidação 
dos Estados Nacionais na região do Rio da Prata. Foi durante o conflito que a unidade da Argentina se 
consolidou. Para o Brasil, foi um grande desafio que mobilizou o País e uniu sua população. Foi lá que 
os brasileiros das diferentes regiões do País se conheceram melhor, passando a se respeitar e a se 
entender. 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REAPARELHAMENTO NAVAL DE 1904 
 
 
Os primeiros anos da República foram 
marcados pela progressiva desmobilização da 
Esquadra brasileira. A situação interna do País se 
refletia nos orçamentos insuficientes que negavam 
à Marinha os recursos necessários à modernização 
dos meios flutuantes e à criação de uma 
infraestrutura de apoio. Essa situação se manteve 
por toda a década final do século XIX. 
O Deputado Dr. Laurindo Pitta apresentou à Câmara, em julho de 1904, um projetoque 
continha o programa naval do Almirante Júlio de Noronha, sendo o projeto finalmente aprovado, quase 
que por unanimidade, ele se transformou em um decreto em novembro de 1904. A alteração 
contemplou: 
• Três novos encouraçados do tipo 
dreadnought, cruzadores e 
contratorpedeiros; 
• Criação de um moderno arsenal; 
• Modernização das instalações da Ilha 
das Cobras; 
• Bases secundárias em Belém e Natal; 
• Pequeno porto em Santa Catarina; 
• Frota de mar ofensiva; 
• Submarinos F1, F3, F5 e Humaitá;
 
A Marinha na República 
Quais são os meus objetivos? 
❖ Identificar as características dos programas de Reaparelhamento Naval de 1904; 
❖ Descrever a atuação e as consequências da participação da Marinha do Brasil na 
Primeira e na Segunda Guerra Mundial; 
❖ Descrever as causas e consequências do conflito diplomático conhecido como “Guerra da 
Lagosta”. 
 
 
 
 
 
31 
 
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL 
 
Em 1917, o Brasil entrou no 
conflito quando a campanha 
submarina alemã atingiu seus navios 
mercantes, afundados em razão do 
bloqueio alemão a Grã-Bretanha. O 
Brasil enviou então uma Divisão Naval, 
comandada pelo jovem Almirante 
Pedro Max Fernando de Frontin, para 
operar com a Marinha britânica entre 
Dakar e Gibraltar em 1918. Uma outra contribuição significativa foi a designação de 13 oficiais 
aviadores, sendo 12 da Marinha e um do Exército para se aperfeiçoarem como pilotos de caça da RAF 
no teatro europeu. 
A Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG) tinha como principal tarefa a ser 
cumprida, patrulhar uma área marítima contra os submarinos alemães, compreendida entre 
Dakar no Senegal e Gibraltar, na entrada do Mediterrâneo, com subordinação ao Almirantado 
inglês. 
A vitória dos aliados seria confirmada em Paris, em 28 de junho de 1919, quando se reuniram 
os representantes de 32 países e assinaram o Tratado de Versalhes, que foi imposto à Alemanha 
derrotada. Em 9 de junho de 1919, depois de parar em Recife por breves dias, os navios da DNOG 
entravam na Baía de Guanabara, porto sede da Divisão Naval. Acabara assim, a participação da 
Marinha na Primeira Guerra Mundial. 
 
PERÍODO ENTRE GUERRAS 
 
O período entre guerras, que 
abarcou os anos de 1918 até 1939, 
caracterizou-se pelo abandono a que foi 
submetida não só a Marinha de Guerra 
como praticamente toda a atividade 
nacional relacionada com o mar. 
 
 
 
 
 
 
32 
 
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 
 
Após a eclosão da guerra na Europa, o Brasil 
adotou um posicionamento americano, isto fez com 
que Hitler mandasse atacar navios brasileiros. No 
decorrer da guerra, foram perdidos por ação dos 
submarinos alemães e italianos 33 navios mercantes 
e a morte de 480 tripulantes e 502 passageiros. 
Os Estados Unidos apoiavam os países 
aliados através da Lei do Empréstimo e 
Arrendamento (Lend Lease), concedendo 
operações financeiras imediatas, e o 
fornecimento de materiais necessários ao esforço 
de guerra. O Brasil recebeu navios 
contratorpedeiros e navios patrulha para tarefa de 
patrulhar a costa. Também ocorreu a vinda de 
militares americanos para nos adestrar das novas 
táticas antissubmarino. Em contrapartida, o Brasil 
era importante aos EUA devido a sua posição geográfica (saliente nordestino) e por possuir matérias-
primas vitais para o esforço de guerra. 
Com o auxílio norte-americano, o Brasil criou uma segunda base para a esquadra, com a 
finalidade de patrulhar os Oceanos Atlântico e escoltar navios mercantes, conhecida como Força 
Naval do Nordeste. 
A missão da Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi patrulhar o Atlântico Sul 
e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o nosso 
litoral sul contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos. 
 
Os feitos realizados e os legados deixados pela Segunda Guerra Mundial foram: 
 
• 99% dos navios protegidos por escoltas brasileiras atingiram os seus destinos; 
• O Brasil obteve maior capacidade para controlar áreas marítimas e maior poder dissuasório; 
 
 
 
 
 
33 
• Mudança de mentalidade na Marinha, com a assimilação de novas técnicas de combate e a 
incorporação de meios modernos para as forças navais; 
• Oportunidade de a Marinha participar de ações de guerra e adquirir experiências da refrega, 
das adversidades, do medo e da dor com a perda de navios e companheiros; 
• A percepção de que a logística ocupa lugar de importância na manutenção de uma força 
combatente operando eficientemente. Esse tipo de percepção refletiu-se na construção da Base 
Naval de Natal e outros pontos de apoio logístico do nosso litoral; 
• A aproximação do país com os norte-americanos. Essa associação alinhou o Brasil diretamente 
com doutrinas americanas e com uma exacerbada ênfase na guerra antissubmarino. 
 
GUERRA DA LAGOSTA 
 
Na década de 1960, a França enviou 
navios de guerra, em tempo de paz, para 
proteger seus barcos de pesca, que 
capturavam lagostas na plataforma 
continental brasileira. O governo brasileiro 
determinou que diversos navios da 
Marinha do Brasil se dirigissem para o 
local da crise, mostrando que o País estava 
disposto a defender seus direitos, se 
necessário com o emprego da força. Logo 
os navios franceses retornaram e o conflito de 
interesses voltou para o campo da diplomacia – de onde nunca deveria ter saído. 
A persuasão naval exercida pelo emprego do Poder Naval brasileiro foi de coerção deterrente, 
porque inibiu o apoio que intencionalmente os franceses pretendiam dar a seus barcos de pesca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
PODER NAVAL 
 
Tipos de persuasão naval: 
• Dissuasão: evitar uma ação pelo receio das consequências. É um estado mental 
provocado pela existência de uma ameaça credível e de uma retaliação inaceitável. 
Ex: Guerra Fria. 
• Coerção: pode ser positiva ou compelente, quando a uma ação já iniciada é forçada 
uma determinada linha de ação, modificando-a, ou negativa, também chamada de 
deterrente, quando inibe uma determinada atitude, impedindo que seja tomada. 
Ex: Guerra da Lagosta (Coerção deterrente). 
 
No passado, muitas vezes as 
nações detentoras de Poder Naval 
utilizaram seus navios de guerra e forças 
navais com o propósito de sustentação ou 
de dissuasão. A simples existência de um 
Poder Naval preparado para a guerra pode 
fazer com que aliados se sintam apoiados 
em suas decisões políticas, nas relações 
internacionais e inimigos sejam dissuadidos de suas intenções agressivas. 
 
Características fundamentais do Poder Naval: 
• Mobilidade 
• Versatilidade de tarefas 
• Flexibilidade tática 
• Autonomia 
• Capacidade de projeção de poder 
• Alcance geográfico 
 
 
 
 
 
VALORIZAÇÃO
PROFISSIONAL
 
 
 
 
CRESCIMENTO 
PROFISSIONAL
ASSISTÊNCIAS 
MÉDICO-HOSPITALAR
E ODONTOLÓGICA
INDENIZAÇÃO AO 
TÉRMINO DO 
SERVIÇO
AUXÍLIO
FARDAMENTO
ALIMENTAÇÃO
ASSISTÊNCIA SOCIAL, 
RELIGIOSA E 
PSICOLÓGICA
CAPACITAÇÃO
PROFISSIONAL
Até o posto de Primeiro-Tenente a promoção ocorre de 6
em 6 meses, o que significa também aumento de salário
nesse período.
 
Após o término dos 8 anos de serviço você
receberá quase R$ 100.000,00 (incluindo férias não
gozadas, terço de férias, décimo-terceiro e férias
proporcionais).
 
A Marinha do Brasil oferece um salário muito
competitivo (aproximadamente R$ 10.500,00 em 2019),
muito acima do oferecido pelo mercado de trabalho,
além de 13º salário e adicional de férias.
 
A Assistência Social destina-se à
prestação de assistência nas áreas de
Serviço Social, Direito e Psicologia a
você, aos seus dependentes e
pensionistas.
Você e seus dependentes terão acesso aos
hospitais da Marinha, clínicas conveniadas e
à Odontoclínica da Marinha, mediante
desconto de 1,8% mensal da sua
remuneração, não pagando nada além
disso.
O militar tem direito, a cada três anos ou quando for
promovido, a receber um soldo para aquisição de
fardamento. Ou seja, vocêreceberá algo próximo dos R$
8.000,00 para comprar o seu uniforme.
A alimentação é custeada pela Marinha. Você sempre
terá disponível café da manhã, almoço, jantar e ceia,
além de complementos para o pessoal que estiver de
serviço.
A Marinha oferece excelentes oportunidades aos que
gostam de estudar, possibilitando a participação em
processos seletivos internos para Cursos, Pós-
graduações e Mestrados, tanto no interior como no
exterior do país.
8 Motivos para ser um Oficial da Marinha do Brasil
 
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