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04. Tipos de Pesquisa

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INSTRUMENTALIZACAO CIENTIFICA
04. Tipos de Pesquisa
Por: COSME LUIZ CHINAZZO
 
 
Com este capítulo temos os seguintes objetivos: levar o estudante a entender o
que é a pesquisa científica, compreender que existem diferentes tipos de
pesquisa e conhecer as principais características, vantagens e limitações de
cada tipo de pesquisa. 
 
O que leva o ser humano a pesquisar, a investigar a realidade nos mais diversos
aspectos e dimensões é o interesse e a curiosidade. Existem formas diferentes
para o pesquisador aprofundar-se em um estudo conforme o objeto e os
objetivos (objeto é aquilo que está sendo estudado; objetivo é aonde se
pretende chegar com aquele estudo). Por isso é natural que existam diversos
tipos de pesquisas (SILVA, 2005, p. 49).
O QUE É PESQUISA CIENTÍFICA
A produção científica é o resultado de um trabalho humano na qual aplicou-se
as competências e habilidades intelectuais de forma metódica, sistemática,
disciplinada, utilizando métodos e técnicas sobre um determinado objeto ou
fenômeno.
Fazer ciência é natural no ser humano. A sua capacidade permite observar,
trocar informações e impressões, ideias sobre o mundo que o cerca. Percebe
que precisa revisar a sua forma de viver no mundo revisando as suas crenças,
intenções e conhecimentos.
Fonte: Open Clipart - Domínio público - Pixabay.com
Surge, assim, o problema dentro de um contexto de mundo de forma relevante
e significativa. Isto lhe constitui um desafio que, aplicando a sua inteligência,
deverá ir à procura de soluções. Para tal, é preciso observar, experimentar,
analisar, comparar, identificar, medir, realizar e controlar as situações
emergentes. A fim de realizar tal tarefa, o ser humano abre mão da pesquisa,
não de forma mecânica, mas requer imaginação e criação e iniciativa
individual. Não é um trabalho feito ao acaso, porque o trabalho científico deve
ser criativo, com emprego de procedimentos, métodos e técnicas específicas.
Ao se fazer ciência nascem as leis ou teorias, a partir de hipóteses
estabelecidas. A função das leis ou teorias é a de explicar e, ainda, prever fatos
ou fenômenos. Sem dúvida, aceitar as teorias quando forem corroboradas,
passando pelo experimento ou teste. Caso contrário, é necessário levantar
novas hipóteses, a realização de novas provas ou testes e adicionar os
experimentos que indicam regularidade do problema e, assim, concretiza-se a
nova teoria.
Uma vez comprovadas as teorias, as leis entram em fase de utilização,
transformam-se em novo saber face ao problema original e são aplicadas no
campo da tecnologia. Ocorre um novo ajustamento intelectual, pois modifica o
contorno. O contorno humano é formado por crenças, valores, intenções,
simbolizações, opiniões e conhecimentos. A vivência humana é compreender
este contorno constantemente sob novas visões. Isto torna o conhecimento
sempre provisório. Portanto, a ciência é um estilo de pensamento e de ação,
precisamente o mais universal e proveitoso para todos.
A pesquisa científica está na "cabeça do pesquisador" na sua forma de ver e
analisar o mundo. As exigências são coletivas ou sociais, por isso a
autocorreção, a superação de resultados, é feita mediante a dialética do
cotidiano, do raciocínio e da pesquisa.
A excelência da pesquisa é a produção do novo, novas verdades, novas ideias,
novos conceitos, novas teorias que, consequentemente, conduzem a
humanidade para novas ações, novas práticas transformadoras que
caracterizam a dinâmica da evolução da humanidade. Podemos afirmar que
onde não existe a pesquisa não acontece a evolução, pois não surgem
novidades, permanece sempre no mesmíssimo.
"Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que
tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas propostos. A
pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para
responder o problema, ou então quando a informação disponível se
encontra em tal estado de desordem, que não possa ser adequadamente
relacionada ao problema" (GIL, 2010, p. 1).
Conforme essa concepção de Gil, a pesquisa científica é um processo de
investigação que consiste em conhecer qualquer coisa. Ela inicia com a
percepção de um problema a respeito do qual tem-se informações insuficientes
ou as informações existentes não respondem os novos questionamentos. A
pesquisa científica desenvolve-se a partir dos conhecimentos existentes, passa
por inúmeras fases, etapas, desde a formulação do problema até a satisfatória
apresentação de resultados.
Salientamos que as diferentes áreas do conhecimento humano trabalham com
métodos e técnicas próprios, ou seja, procedimentos metodológicos adotados
em pesquisas da Biologia são distintos dos métodos e técnicas adotadas pelos
pesquisadores na área da Engenharia. Evidentemente, todos os pesquisadores
sempre deverão atuar com os devidos cuidados para que os processos de
investigações sejam conduzidos observando as exigências do rigor científico,
visando demonstrar e comprovar suas descobertas com argumentos e
justificativa, fidelidade e credibilidade que caracterizam a cientificidade.
QUALIDADES DO PESQUISADOR
O êxito da pesquisa científica dependerá muito da capacitação e de algumas
qualidades intelectuais e culturais que o pesquisador deverá possuir, segundo
Gil (2010, p. 2), tais qualidades são:
conhecimentos do assunto a ser pesquisado;
curiosidade;
criatividade;
integridade intelectual;
atitude autocorretiva;
sensibilidade social;
imaginação disciplinada;
perseverança e paciência;
confiança na experiência.
TIPOS DE PESQUISA
Não existe uma classificação universal e clássica a respeito dos diferentes
tipos de pesquisa. Os autores não adotam um sistema único para relacionar os
tipos de pesquisa. Por apresentar uma abordagem mais didática e completa,
optamos por adotar o sistema elaborado por Gil (2010, p. 29-43). Segundo esse
autor, os tipos de pesquisa são: bibliográfica, documental, experimental, estudo
de coorte, pesquisa ex-post facto, levantamento, estudo de campo, pesquisa
etnográfica, estudo de caso, pesquisa fenomenológica, pesquisa-ação e
pesquisa de opinião.
 
Pesquisa bibliográfica
A principal atividade que envolve a pesquisa bibliográfica é a leitura de textos,
preferencialmente os textos de cunho científico. Concomitantemente às
leituras operam-se as devidas análises e interpretações. A pesquisa
bibliográfica requer a leitura organizada e sistemática dos textos. Possíveis
métodos implicam em fazer anotações, elaborar fichas de leitura ou resumos
ou, ainda, fluxogramas dos textos lidos. Esses procedimentos poderão ser úteis
na fundamentação teórica da pesquisa.
A pesquisa bibliográfica sempre se mantém presente em outros tipos de
pesquisa, uma vez que é utilizada para o suporte teórico de qualquer estudo.
Antes da leitura, deve-se submeter os textos a uma triagem para, a partir daí,
estabelecer um plano de leitura.
Pesquisa documental
A pesquisa documental diferencia-se da pesquisa bibliográfica pela natureza
das fontes, pois utiliza materiais que ainda não receberam um estudo analítico
ou interpretativo (GIL, 2007, p. 45), ou seja, documentos ou objetos de primeira
mão, entre os quais podemos mencionar: documentos oficiais, cartas,
contratos, atas, reportagens, filmes, fotografias, diários, desenhos, relatórios
técnicos, pinturas, músicas, objetos de arte, indumentárias etc. Via de regra,
esses documentos ou objetos são encontrados em arquivos de órgãos
públicos ou em instituições privadas (associações, cartórios, igrejas,
sindicatos, partidos políticos etc.).
 
Fonte: The National Archives - Creative commons - Wikimedia.org
Alguns autores chamam a atenção para o cuidado que se deve ter em relação à
pesquisa documental, sobretudo no que se refere à subjetividade que, em certo
grau, caracteriza determinados documentos, o que pode torná-los pouco
representativos e, consequentemente, comprometer os resultados da pesquisa.
Pesquisa experimental
A pesquisa experimental está profundamente identificada com as ciências
naturais e os procedimentos experimentais sãoresponsáveis por significativas
elaborações cientificas.
Fonte: Felixioncool - Domínio público - Pixabay.com
Uma das principais características do estudo experimental é que um
experimento pode ser processado de diversas formas, bem como apresenta
condições de ser repetido, uma vez que se tenha pretensão de encontrar o
mesmo resultado.
As vantagens da pesquisa experimental são muitas, em função do seu elevado
grau de clareza, precisão e objetividade nos resultados. Enquanto que sua
maior limitação reside na dificuldade em ser aplicada em fenômenos sociais.
Pesquisa ex-post facto
Fonte: Leo Nunes - Creative Commons - Wikimedia.org
Esse tipo de pesquisa consiste no estudo sobre algo que já aconteceu, ou seja,
sobre fenômenos ou fatos que ocorreram e causaram repercussão significativa
- tais como: catástrofes, atentados, epidemias e outros - e, logo após a
ocorrência, deseja-se estudar e conhecer melhor tal acontecimento. Procura-se
não só determinar como é o fenômeno mas, principalmente, de que maneira e
por que ocorreu.
Estudo de coorte
Estudo de coorte é um tipo de pesquisa largamente utilizado em estudos que
envolvem os conhecimentos na área das ciências da saúde.
Na pesquisa de coorte o pesquisador trabalha com dois grupos, um será o
grupo de experiências e o outro será o grupo de controle. Por exemplo, um
pesquisador que pretende testar a eficácia de um remédio, então, seleciona um
grupo de pessoas que apresentam as mesmas características e divide em dois
grupos, assim, para o primeiro grupo ele administra o novo remédio, para o
segundo grupo administra um placebo.
Pesquisa de levantamento
"As pesquisas de levantamento caracterizam-se pela investigação direta
das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente,
procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de
pessoas acerca do problema estudado para, em seguida, mediante análise
quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados
coletados" (GIL, 2010, p. 35).
As pesquisas em que os dados são coletados diretamente junto a todas as
pessoas do universo em estudo são chamadas de censo.
Estudo de campo
Fonte: commons.wikimedia.org - Domínio público
Na pesquisa de campo deve-se efetuar a observação dos fatos e fenômenos de
maneira real, isto é, como eles acontecem na realidade. A coleta e análise dos
dados devem ser feitas baseando-se em um referencial teórico consistente,
visando uma interpretação com maior fidelidade do problema ou fenômeno
pesquisado.
Pesquisa etnográfica
O principal objetivo da pesquisa etnográfica é realizar a "descrição dos
elementos de uma cultura especifica, tais como comportamentos, crenças e
valores, baseada em informações coletadas mediante trabalho de campo" (GIL,
2010, p. 40). Constituem estudos descritivos de determinada cultura, tais como:
hábitos, costumes, etnias, língua, religião, tradições, crenças, conhecimentos,
normas, técnicas, que são mantidas e transmitidas de geração para geração
em um determinado grupo.
Fonte: Savory Global - Creative Commons - Wikimedia.org
A execução da pesquisa etnográfica exige longo tempo de investigação e
estudos, em função da longa demora o pesquisador firma laços significativos
com o objeto de estudo, esse fator, normalmente, agrega maior credibilidade
aos resultados da pesquisa.
Estudo de caso
A pesquisa de estudo de caso analisa situações específicas, ou seja, se
preocupa com apenas um caso. Os resultados desse tipo de pesquisa têm
aplicação apenas para o caso investigado, normalmente não há possibilidades
de generalização dos resultados para outras situações.
Pesquisa-ação
Esse tipo de pesquisa exige um significativo engajamento e mútua participação
entre o pesquisador e os pesquisados. Por isso é muito utilizada a serviço das
classes populares, onde os pesquisadores exercem um papel ativo na busca de
soluções de problemas que se revelam no objeto de estudo.
Fonte: Ranveig - Creative Commons - Wipikedia.org
Na pesquisa-ação o pesquisador deve ter especial cuidado para não deslizar
para aspectos subjetivos em prejuízo da objetividade comprometendo os
resultados da pesquisa.
Pesquisa fenomenológica
A pesquisa fenomenológica tem um método próprio que prioriza a
subjetividade pura, isto é, parte das experiências e vivências, enquanto presente
na consciência do sujeito. É uma pesquisa que visa analisar, interpretar e
descrever as essências dos fenômenos que se manifestam à percepção. Como
diz Gil, o objeto de investigação é o "próprio fenômeno tal como se apresenta à
consciência, ou seja, o que aparece, e não o que se pensa ou se afirma a seu
respeito. Tudo, pois, tem que ser estudado tal como é para o sujeito, sem
interferência de qualquer regra de observação" (2010, p. 39).
Fonte: Geralt - Domínio Público - Pixabay.com
A essência do método fenomenológico é tratar o fenômeno enquanto presente
na consciência, sem dúvida é um método que se diferencia das demais
ciências positivas. É importante salientar que a fenomenologia está presente
em todas as ciências, porém, dado ao fato de desconsiderarem a subjetividade
humana, nem todos os pesquisadores percebem sua presença.
 
Existe uma atitude de resistência por parte de muitos pesquisadores em aceitar
o método da fenomenologia por priorizar a subjetividade em detrimento da
objetividade e da exatidão dos métodos das ciências tradicionais.
Pesquisa de opinião
Tomando-se como exemplo as pesquisas de intenção de voto, que ocorrem em
época de campanha eleitoral, uma pesquisa de opinião "procura identificar
atitudes, pontos de vista e preferências que as pessoas têm a respeito de
algum assunto, com o objetivo de tomar decisões" (SILVA, 2005, p. 51).
Além disso, cumpre acrescer que esse tipo de pesquisa presta-se ao
levantamento de dados e informações detalhados sobre uma determinada
realidade ou circunstância, tomando-se para tanto, a opinião de um grupo de
pessoas. Com isso, normalmente deseja-se descobrir tendências, reconhecer
interesses entre outros aspectos.
 GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar projetos de Pesquisa. 4. ed., 9.
reimpressão, São Paulo: Atlas, 2007.
 GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar projetos de Pesquisa. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2010.
SILVA, Mary Aparecida Ferreira da. Métodos e técnicas de pesquisa. 2. ed.
Curitiba: Ibpex, 2005.
 
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