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1 APG 20 A traqueia se estende da laringe até o tórax e termina inferiormente dividindo-se em brônquios principais direito e esquerdo. Transporta o ar que entra e sai dos pulmões. A traqueia é um tubo fibrocartilagíneo, sustentado por cartilagens (anéis traqueais) incompletas. As cartilagens traqueais mantêm a traqueia aberta, e na parte de trás elas não existem, pois, esse lado é adjacente ao esôfago. Cartilagens Hialina em forma de C A traqueia é o tronco da árvore, ela se bifurca no nível do plano transverso do tórax em brônquios principais direito e esquerdo, um para cada pulmão. Os brônquios principais são as primeiras porções dessa árvore traqueobronquial que entra nos pulmões. O brônquio principal direito é mais lado e mais curto do que o brônquio principal esquerdo (mais fino e horizontal) *adentram pelo hilo pulmonar* Os brônquios principais também são chamados de principais e se dividem em porções menores, os brônquios lobares secundários 2 Brônquios Lobares do lado esquerdo 3 Brônquios Lobares do lado direito *acompanha a divisão dos lobos pulmonares* Cada brônquio se divide em vários brônquios segmentares terciários. Além dos brônquios segmentares terciários, há cerca de 25 gerações de bronquíolos condutores ramificados, que terminam como bronquíolos terminais (menores bronquíolos condutores). A parede dos bronquíolos não tem cartilagem. Essas ramificações são importantes para aumentar a área de trocas gasosas. Os bronquíolos condutores transportam ar, mas não tem glândulas nem alvéolos. Cada bronquíolo terminal origina diversas gerações de bronquíolos respiratórios, caracterizados pela presença dos alvéolos. O alvéolo pulmonar é a unidade estrutural básica de troca gasosa no pulmão. Graças à presença dos alvéolos, os bronquíolos respiratórios participam tanto do transporte de ar quanto da troca gasosa. Cada bronquíolo respiratório origina 2 a 11 ductos alveolares, que por sua vez dão origem a 5 a 6 sacos alveolares. Os ductos alveolares são vias respiratórias alongadas, revestidas por alvéolos, que levam aos sacos alveolares, nos quais se abrem os grupos de alvéolos. 2 A principal função do pulmão é oxigenar o sangue colocando o ar inspirado bem próximo do sangue venoso nos capilares pulmonares. Os pulmões geralmente são leves, macios e esponjosos, ocupam toda a cavidade pulmonar. O pulmão direito apresenta fissuras, as quais dividem os lobos em superior, médio e inferior. O pulmão direito é mais pesado do que o esquerdo, mais curto, porém mais largo. O pulmão esquerdo tem uma única fissura que divide o pulmão em 2 lobos, superior e inferior. Esse lado do pulmão possui uma profunda incisura (impressão do ápice do coração) Língula Cada cavidade pulmonar é revestida pela membrana pleural (a pleura). ➢ Pleura Visceral ➢ Cavidade Pleural (fina película liquida) ➢ Pleura Parietal Portanto, cada pulmão é revestido e envolvido por um saco pleural seroso formado por duas membranas contínuas: a pleura visceral, que reveste toda a superfície pulmonar, formando sua face externa brilhante, e a pleura parietal, que reveste as cavidades pulmonares. Traqueia -> Brônquios Principais Direito e Esquerdo -> Brônquios Segmentares Brônquio Fonte Principal -> Brônquios Lobares -> Brônquios Segmentares (em direção aos alvéolos) -> Brônquios Intrasegmentares (perde a composição cartilaginosa) -> bronquíolos (sem cartilagens) -> Sáculos Alveolares/Ductos Alveoláres 3 Mecânica da Ventilação Pulmonar A ventilação pulmonar consiste nos processos de entrada e saía de ar dos pulmões. Para isso, os pulmões são contraídos e expandidos a partir da ação dos músculos diafragma ou intercostais. O movimento de descida do diafragma, a partir da sua contração, promove um aumento na cavidade torácica favorecendo a entrada de ar. Durante a expiração, o diafragma simplesmente relaxa, e a retração elástica das paredes torácica e das estruturas abdominais comprimem o pulmão para que o ar seja expelido. A respiração normal é quase inteiramente realizada pelos movimentos do diafragma. Na respiração vigorosa, no entanto, as forças elásticas não são suficientes para gerar a expiração necessária, e assim é preciso a contração dos músculos abdominais. Os músculos intercostais também participam da inspiração, quando se contraem, gerando a elevação das costelas, e, consequentemente, a expansão da caixa torácica. Quando a caixa torácica é elevada, as costelas se projetam pra frente, fazendo com que o esterno se desloque na mesma direção, gerando aumento. Músculos Inspiratórios = elevam a caixa torácica *Músculos Intercostais externos Músculos Expiratórios *Intercostais Internos e o reto abdominal *Comprime o conteúdo abdominal Pressão Pleural – gerada pela sucção contínua do líquido pleural, é uma pressão negativa e necessária para manter os pulmões abertos. Inspiração: -5/-7,5 de água Expiração: Positivo Pressão Alveolar – pressão de ar dentro dos alvéolos. Inspiração: -1cm de água Expiração: +2cm de água Pressão Transpulmonar – diferença de pressão entre os alvéolos e as superfícies externas dos pulmões (pressão pleural) Pressão de Retração Complacência Pulmonar – grau de extensão dos pulmões por cada unidade de aumento da pressão transpulmonar. A complacência total de ambos os pulmões no adulto normal é, em média, de 200 mililitros de ar por centímetro de pressão de água transpulmonar. Complacência de todo o sistema pulmonar (pulmões + caixa torácica) – é a medida durante a expansão dos pulmões da pessoa relaxada. Para medir a complacência, o ar é forçado para o interior dos pulmões durante um curto intervalo de tempo, enquanto se registram as pressões e volumes pulmonares. 4 Volumes Pulmonares A ventilação pulmonar pode ser estudada pela espirometria, e para facilitar a descrição dos eventos da ventilação, o ar nos pulmões é subdividido em quatro volumes e quatro capacidades. Os volumes pulmonares, quando somados, correspondem ao volume máximo que os pulmões podem expandir. Volume Corrente (VT) – Nosso volume habitual, volume de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal. Cerca de 500 mililitros no homem adulto Volume de Reserva Inspiratória (VRI) – volume extra de ar que pode ser inspirado, além do volume corrente normal, quando a pessoa inspira com força total geralmente é de 3.000mililitros Volume de Reserva Expiratória (VRE) – máximo volume extra de ar que pode ser expirado na expiração forçada, após o final da expiração corrente normal. Normalmente esse volume é cerca de 1100mililitros Volume Residual (VR) – é o volume de ar que fica nos pulmões após a respiração forçada. Cerda de 1200ml As capacidades pulmonares são resultado das combinações dos volumes pulmonares. Capacidade Inspiratória (CI) – Volume Corrente + Volume de reserva inspiratório Essa capacidade é a quantidade de ar que a pessoa pode respirar (cerca de 3500mililitros), começando a partir do nível expiratório normal e distendendo os pulmões ao máximo Capacidade Residual Funcional (CRF) – Volume de Reserva Expiratório + Volume Residual. Essa capacidade é a quantidade de ar que permanece nos pulmões ao final da expiração normal (cerca de 2300mililitros) Capacidade Vital (CV) – Quanto de ar inspiramos e expiramos em uma respiração forçada. O que podemos colocarpra dentro e pra fora de forma forçada. Volume de Reserva Inspiratório + Volume Corrente + Volume de Reserva Expiratório Essa capacidade é a quantidade máxima de ar que a pessoa pode expelir dos pulmões, após enche-los à sua extensão máxima e, então, expirar, também à sua tensão máxima (4600mililitros) Capacidade Pulmonar Total (CPT) – Quanto de ar cabe no pulmão. Capacidade Vital + Volume Residual Volume máximo que os pulmões podem ser expandidos com o maior esforço (5800mililitros) Em geral, todos os volumes e capacidades pulmonares, nas mulheres, são cerca de 20% a 25% menores do que nos homens, e são maiores em pessoas atléticas e com massas corporais maiores do que em pessoas menores e astênicas. 5 O volume respiratório por minuto é a quantidade total de ar novo que é movido para as vias respiratórias a cada minuto. O volume respiratório por minuto é igual ao VT x FR. O VT normal é de aproximadamente 500ml e a frequência respiratória normal é cerca de 12 respirações por minuto. Portanto o volume respiratório por minuto atinge em média 6Litros/minuto. A importância fundamental da ventilação pulmonar é a de renovar continuamente o ar nas áreas de trocas gasosas dos pulmões, onde o ar está próximo da circulação sanguínea pulmonar. Essas áreas incluem os alvéolos, sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos respiratórios. A velocidade/intensidade com que o ar novo alcança essas áreas é chamada de ventilação pulmonar. Parte do ar que a pessoa respira nunca alcança as áreas de trocas gasosas, por simplesmente preencher as vias respiratórias por onde essas trocas nunca ocorre, tais como o nariz, a faringe e a traqueia. Esse ar é chamado de ar do espaço morto, por não ser útil as trocas gasosas. Na expiração, o ar do espaço morto é expirado primeiro, antes de qualquer ar dos alvéolos alcançar a atmosfera. Portanto, o espaço morto é desvantajoso para remover os gases expiratórios dos pulmões. Existem 3 tipos de espaços mortos: ➢ Espaço Morto anatômico – ar nas vias aéreas condutoras ➢ Espaço Morto alveolar – ar nas partes de troca gasosa do pulmão que não consegue realizar a troca gasosa ➢ Espaço Morto fisiológicos – soma dos dois, o total A ventilação alveolar é a taxa em que o ar novo atinge as áreas de troca gasosa nos pulmões. Durante a inspiração, parte do ar jamais chega às áreas de troca gasosa, mas sim, enche as vias respiratórias; esse ar é denominado ar do espaço morto. Como a ventilação alveolar é o volume total de ar novo que entra nos alvéolos, ele é igual à frequência respiratória multiplicada pela quantidade de ar novo que entra nos alvéolos a cada respiração. VA = Freq x (VC – VD) A ventilação alveolar é um dos principais fatores determinantes das concentrações de oxigênio e dióxido de carbono nos alvéolos. A espirometria é importante para analisar a função pulmonar, sendo usada, por exemplo, para avaliar a evolução de doenças respiratórias como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), na qual a capacidade pulmonar é comprometida e gera alterações nos volumes e capacidades pulmonares. Todas essas medidas são cerca de 20 a 25% menores nas mulheres em comparação aos homens, e são maiores em atletas e pessoas com maior massa corporal. 6 DPOC é gerada por um quadro persistente de bronquite ou enfisema pulmonar, normalmente provocados pelo tabagismo crônico, causando fibrose nos pulmões, com consequente disfunção pulmonar, principalmente por conta da deficiência da retração elástica desse tecido. Assim, a DPOC é caracterizada pela obstrução do fluxo de ar para aos pulmões, com consequente redução dos volumes e capacidades pulmonares
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