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APG 26 - FIGADO E VESICULA BILIAR

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFIPMOC
MEDICINA – 1º PERÍODO
MARIA FERNANDA ANDRADE
APG 26: Fígado e Vesícula Biliar
MARIA FERNANDA S. ANDRADE – MEDICINA 1º PERÍODO
Objetivo 1: Explicar a histofisiologia do fígado e da vesícula biliar, destacando seu papel na digestão
O sistema digestório se divide em trato digestório e órgãos anexos. O trato digestório é um tubo continuo e tem cerca de 9 m, começa na boca e termina no ânus. Composto por boca, faringe, esôfago, estomago, intestino delgado e grosso. E as estruturas ou órgãos anexos são dentes, língua, glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e o pâncreas.
FÍGADO - HISTOLOGIA
Composto por hepatócitos, canalículos de bile e sinusoides hepáticos.
Hepatócitos 
Os hepatócitos são as principais células funcionais do fígado e realizam uma grande variedade de funções metabólicas, secretoras e endócrinas. São células epiteliais especializadas que compõem aproximadamente 80% do volume do fígado. Os hepatócitos formam arranjos tridimensionais complexos chamados lâminas hepáticas. As lâminas hepáticas são placas de hepatócitos, as placas são separadas entre si por grandes espaços capilares denominados sinusoides. As lâminas hepáticas são estruturas irregulares altamente ramificadas. Os sulcos nas membranas celulares entre hepatócitos vizinhos fornecem espaços para os canalículos para os quais os hepatócitos secretam bile. A bile, um líquido amarelo, marrom ou verde oliva secretado pelos hepatócitos, atua tanto como um produto de excreção quanto como uma secreção digestória.
Canalículos de bile
 Os canalículos de bile são pequenos ductos entre os hepatócitos que coletam a bile produzida pelos hepatócitos. Dos canalículos de bile, a bile passa para os ductulos biliares e, em seguida, para os ductos biliares. Os ductos biliares se unem e, por fim, formam os ductos hepáticos esquerdo e direito, que são maiores e se unem e saem do fígado como o ducto hepático comum. O ducto hepático comum junta se ao ducto cístico da vesícula biliar para formar o ducto colédoco. Por ele, a bile entra no duodeno do intestino delgado para participar da digestão.
Sinusoides hepáticos 
Os sinusóides possuem poros extremamente grandes (denominados fenestras) e, ao contrário dos outros capilares, não possuem uma lâmina basal. Isso faz com que eles sejam muito mais permeáveis que os outros capilares, permitindo mesmo a passagem de proteínas plasmáticas com moléculas não polares ligadas a proteínas (como gorduras e colesterol). Os sinusoides recebem sangue oxigenado de ramos da artéria hepática e sangue venoso rico em nutrientes de ramos da veia porta do fígado. Recorde-se de que a veia porta do fígado traz o sangue venoso dos órgãos gastrintestinais e baço para o fígado. Os sinusoides hepáticos convergem e entregam o sangue a uma veia central. A partir das veias centrais, o sangue flui para as veias hepáticas, que drenam para a veia cava inferior. Os sinusóides também possuem células de Kupffer fagocitárias, que fazem parte do sistema reticuloendotelial. As fenestras, a ausência de lâmina basal e a estrutura em placa do fígado provêem um contato íntimo entre os hepatócitos e o conteúdo do sangue.
Juntos, o ducto biliar, um ramo da artéria hepática e um ramo da veia hepática são chamados tríade portal. 
· O principal pigmento biliar é a bilirrubina. A fagocitose dos eritrócitos envelhecidos libera ferro, globina e bilirrubina (derivada do heme). O ferro e a globina são reciclados; a bilirrubina é secretada na bile e, por fim, é decomposta no intestino. Um de seus produtos de degradação – a estercobilina– dá às fezes a sua coloração marrom normal.
· A bile é parcialmente um produto de excreção e parcialmente uma secreção digestória. Os sais biliares, que são sais de sódio e sais de potássio dos ácidos biliares (principalmente ácidos quenodesoxicólico e cólico), desempenham um papel na emulsificação, a fragmentação de grandes glóbulos lipídicos em uma suspensão de pequenos glóbulos lipídicos. Os pequenos glóbulos lipídicos apresentam uma área de superfície muito grande que possibilita que a lipase pancreática realize mais rapidamente a digestão dos triglicerídios. Os sais biliares também ajudam na absorção de lipídios após a sua digestão.
· Embora os hepatócitos liberem bile continuamente, aumentam sua produção e secreção quando o sangue do sistema porta contém mais ácidos biliares; assim, conforme a digestão e a absorção prosseguem no intestino delgado, a liberação de bile aumenta. Entre as refeições, depois que a maior parte da absorção ocorreu, a bile flui para dentro da vesícula biliar para armazenamento, porque o músculo do esfíncter da ampola hepatopancreática fecha a entrada para o duodeno. O esfíncter circunda a ampola hepatopancreática.
FÍGADO - FUNÇÕES
1. Metabolismo de carboidratos.
 O fígado é especialmente importante na manutenção de um nível normal de glicose no sangue. Quando a glicose no sangue está baixa, o fígado cliva o glicogênio em glicose e libera glicose para a corrente sanguínea. O fígado também pode converter determinados aminoácidos e o ácido láctico em glicose, e pode converter outros açúcares, como a frutose e a galactose, em glicose. Quando a glicemia está elevada, como ocorre logo depois de uma refeição, o fígado converte a glicose em glicogênio e triglicerídios para armazenamento. 
2. Metabolismo de lipídios. 
Os hepatócitos armazenam alguns triglicerídios; clivam ácidos graxos para gerar ATP; sintetizam lipoproteínas, que transportam ácidos graxos, triglicerídios e colesterol de e para as células do corpo; sintetizam colesterol; e utilizam o colesterol para produzir sais biliares
3. Metabolismo de proteínas. 
Os hepatócitos desaminam (removem o grupo amino, NH2) dos aminoácidos, de modo que eles possam ser utilizados para a produção de ATP ou ser convertidos em carboidratos ou gorduras. A amônia (NH3) resultante é então convertida em ureia, que é muito menos tóxica e é excretada na urina. Os hepatócitos também sintetizam a maior parte das proteínas plasmáticas, como a alfaglobulina e betaglobulina, a albumina, a protrombina e o fibrinogênio
4. Processamento de fármacos e hormônios.
 O fígado desintoxica substâncias, como o álcool etílico, e excreta medicamentos como a penicilina, a eritromicina e as sulfonamidas na bile. Também pode alterar quimicamente ou excretar hormônios tireóideos e esteroides, como estrogênio e aldosterona.
5. Excreção de bilirrubina. 
Conforme observado anteriormente, a bilirrubina, derivada do grupo heme de eritrócitos envelhecidos, é absorvida pelo fígado a partir do sangue e secretada na bile. A maior parte da bilirrubina da bile é metabolizada no intestino delgado por bactérias e eliminada nas fezes
6. Síntese de sais biliares. 
Os sais biliares são utilizados no intestino delgado durante a emulsificação e absorção de
Lipídios.
7. Armazenamento.
 Além do glicogênio, o fígado é o principal local de armazenamento de determinadas vitaminas (A,
B12, D, E e K) e minerais (ferro e cobre), que são liberadas do fígado quando necessárias em outras partes do corpo
8. Fagocitose.
 As células estreladas do fígado fagocitam eritrócitos envelhecidos, leucócitos e algumas bactérias
9. Ativação da vitamina D. 
A pele, o fígado e os rins participam na síntese da forma ativa da vitamina D.
· A icterícia é uma coloração amarelada da esclera (parte branca dos olhos), pele e túnicas mucosas em decorrência do acúmulo de um composto amarelo chamado bilirrubina. Depois que a bilirrubina é formada a partir da decomposição do pigmento heme de eritrócitos envelhecidos, é transportada para o fígado, onde é processada e eventualmente excretada na bile. As três principais categorias de icterícia são a (1) icterícia pré-hepática, decorrente do excesso de produção de bilirrubina; (2) icterícia hepática, decorrente da doença congênita do fígado, cirrose hepática ou hepatite; e (3) icterícia extra-hepática, decorrente do bloqueio da drenagem de bile por cálculos biliares ou câncer intestinal ou pancreático.
Como o fígado de um recém-nascido funciona mal naprimeira semana ou próximo disso, muitos bebês têm uma forma leve de icterícia chamada icterícia neonatal (fisiológica), que desaparece conforme o fígado amadurece. Normalmente, é tratada expondo a criança à luz azul, que converte a bilirrubina em substâncias que os rins são capazes de excretar.
VESÍCULA - HISTOLOGIA
A túnica mucosa da vesícula biliar é composta por epitélio colunar simples disposto em pregas semelhantes às do estômago. A parede da vesícula biliar carece de uma tela submucosa. A túnica muscular média da parede é constituída por fibras de músculo liso. A contração das fibras musculares lisas ejeta o conteúdo da vesícula biliar para dentro do ducto cístico. O revestimento exterior da vesícula biliar é o peritônio visceral. 
VESICULA- FUNÇÕES
A vesícula biliar é um órgão saculiforme ligado à face inferior do fígado. Esse órgão armazena e concentra a bile. O fígado drena a bile para a vesícula biliar através dos ductos biliares, ductos hepáticos e ducto cístico. Uma valva esfíncter no colo da vesícula biliar permite uma capacidade de armazenamento de 35 a 100 ml. Quando a vesícula biliar acumula bile, ela expande-se e atinge o tamanho e a forma de uma pera pequena. A bile é um liquido verde-amarelado que contem sais biliares, bilirrubina, colesterol e outros compostos. A contração da camada muscular da vesícula biliar ejeta a bile através do ducto cístico para o interior do ducto colédoco, que drena a bile para o interior do duodeno
Objetivo 2: Descrever a composição e as funções dos lipídeos e das lipoproteínas plasmáticas
Os lipídeos são biomoléculas que fazem parte de um grupo heterogêneo de substâncias, amplamente distribuídas em vegetais e animais, com a característica comum de insolubilidade em água.
Objetivo 3: Citar a cirurgia de retirada da vesícula e suas consequências.
A cirurgia de retirada da vesícula biliar é chamada de Colecistectomia. Realizada quando há evidencia de pedras ou inflamação da vesícula. Os sintomas da doença vesicular são dor intermitente na parte superior direita do abdômen, se dão normalmente quando pedras bloqueiam temporariamente um dos dois ductos que carregam a bile da vesícula biliar para o intestino. Se as pedras não passarem, a vesícula pode inchar, inflamar ou infeccionar, levando a sintomas mais severos como náuseas, vômitos e febre. É realizada sob anestesia geral, o que faz dormir, e relaxa as paredes do musculo abdominal. Pode durar de 30 a 60 min. Com a alta tecnologia, hoje, o procedimento pode ser feito a partir de uma sutura minimamente invasiva e o tempo de recuperação é mais curto.
Consequências: 
· 1% das pessoas que operam a vesícula tem no pós-operatório, uma urgência evacuatória, uma necessidade de ir ao banheiro após as refeições, isso acontece porque a bile irrita a parede do intestino delgado, e pode levar a esse desconforto. E existe tratamento e remédios para isso.
· Uma pessoa que retirou a vesícula é deficiente de vitamina A, D, E e K. 
· Após a remoção da vesícula, o corpo fica sem um órgão para armazenar a bile, sendo assim, o fígado irá liberá-la diretamente no intestino delgado para digerir os alimentos. Entretanto, se for ingerida uma grande quantidade de gordura ou alimentos ricos em fibras, o corpo terá mais dificuldades para digerir, o que costuma provocar gases, inchaço e pode levar a diarreia. Vale lembrar que essas alterações ocorrem apenas em uma pequena parcela dos pacientes operados. Para evitar essas alterações são necessárias algumas adequações na dieta: limitar o consumo de gordura; ingestão de pequenas porções ao longo do dia; reduzir o consumo de fibras e evitar alimentos que contenham cafeína.
Referências:

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