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PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

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PRINCÍPIOS 
 
 
 
In dubio pro operário 
A interpretação é a favor do trabalhador; 
A decisão do operador jurídico deve dirigir-
se em benefício do trabalhador, em caso de 
dúvida no exame de situações fáticas 
concretas. 
NORMA MAIS FAVORÁVEL 
Diante da interpretação de 2 ou + normas 
jurídicas trabalhistas com a mesma 
temática, aplica-se a mais benéfica ao 
trabalhador, independentemente da sua 
posição na hierarquia das normas. 
Para isso, há 2 teorias: 
TEORIA DA ACUMULAÇÃO: O operador do 
direito faz a seleção e analise das fontes 
trabalhistas, objetivando o acumulo dos 
preceitos favoráveis ao trabalhador com a 
CISÃO dos textos normativos. 
• Críticas: Com essa sequência de 
CISÃO + SOMA dos textos/fontes 
normativas, há a quebra da harmonia 
do D. do Trabalho. 
TEORIA DO CONGLOBAMENTO: NÃO HÁ 
FRACIONAMENTO do conteúdo das regras 
jurídicas. 
Na verdade, há a COMPARAÇÃO DE VÁRIAS 
FONTES NORMATIVAS, sendo APLICADA A 
MAIS FAVORÁVEL ao trabalhador no seu 
conjunto. 
• OBS: Essa teoria também leva em 
 
 
 
 
CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA 
Uma condição de trabalho na contratação 
NÃO pode ser substituída por outra menos 
vantajosa, na mesma relação de emprego; 
Art. 468 CLT - Nos contratos individuais de 
trabalho só é lícita a alteração das 
respectivas condições por mútuo 
consentimento, e ainda assim desde que não 
resultem, direta ou indiretamente, prejuízos 
ao empregado, sob pena de nulidade da 
cláusula infringente desta garantia. 
Súmula 51, I TST - As cláusulas 
regulamentares, que revoguem ou alterem 
vantagens deferidas anteriormente, só 
atingirão os trabalhadores admitidos após a 
revogação ou alteração do regulamento. 
Princípio da 
Irrenunciabilidade/INDISPONIBILIDADE 
Os direitos trabalhistas não são renunciáveis; 
Maurício Godinho: Para a ordem 
justrabalhista, não serão válidas quer a 
renúncia, quer a transação que importe 
objetivamente em prejuízo ao trabalhador”. 
Art. 9º CLT - Serão nulos de pleno direito 
os atos praticados com o objetivo de 
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação 
dos preceitos contidos na presente 
Consolidação. 
 
 
Por Clarissa Cavalcante 
│@clarissacavalcantee 
Exceções à regra da 
irrenunciabilidade: 
Pode haver a transação: 
• No caso de norma advinda de trato 
consensual, desde que: 
a) Não haja proibição legal; 
b) Vício de consentimento; 
c) Prejuízo para o empregado. 
• Durante o transcurso do contrato de 
trabalho para as regras contratuais e 
legais expressamente autorizadas; 
• Após a cessação do contrato de 
trabalho. 
Irrenunciabilidade e a flexibilização: 
Jorge Neto e Cavalcante: “flexibilização 
implica em adaptações e modificações 
necessárias para a criação de novas formas 
de contratação, com o objetivo de trazer de 
volta ao mercado o vasto contingente de 
trabalhadores que estão desempregados ou 
na própria economia informal, e que 
possibilitem às empresas condições para o 
saneamento de suas estruturas com o 
intuito da própria preservação.” 
“Deve ser valorizada a flexibilização como 
avanço no trato das relações trabalhistas, 
mas não se pode negar a necessidade de 
manutenção de direitos que foram 
alcançados após décadas de lutas”. 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA 
RELAÇÃO DE EMPREGO 
Significa que os contratos de trabalho 
devem ter uma validade por tempo 
indeterminado, assegurando-se ao máximo 
para o trabalhador a oportunidade de 
permanecer no seu emprego. 
Américo Plá Rodriguez: a continuidade se 
sobrepõe à fraude, à variação, à infração, à 
arbitrariedade, à interrupção e à 
substituição. 
a) as relações são vinculações que se 
desenvolvem, não se permitindo a sua 
rescisão a não ser em casos justificados e 
de relevante motivo social, dado que o 
trabalho é necessário para a subsistência do 
ser humano; 
b) a integração do trabalhador na estrutura 
e dinâmica empresariais, logo, a alteração na 
estrutura jurídica da empresa, não irá afetar 
os direitos adquiridos dos seus empregados 
(arts.10 e 448, CLT). Em face do fenômeno 
da sucessão trabalhista, os contratos de 
trabalho permanecem inalterados; 
c) como regra, a indeterminação dos 
contratos de trabalho (arts. 443 e segs.); 
d) a tendência da elevação dos direitos 
trabalhistas decorrentes das conquistas 
individuais ou coletivas, as quais se integram 
ao contrato individual do trabalho; 
e) a importância do emprego, como fator de 
dignidade do trabalhador pelo caráter 
alimentar dos direitos trabalhistas; 
f) presunções favoráveis ao trabalhador, 
como no caso do abandono de emprego 
(Súm. 212, TST). 
Princípio da primazia da realidade 
Significa que no caso de discordância entre 
o que ocorre de fato e o que está nos 
documentos trabalhistas, há a prevalência 
dos fatos. 
Pois os documentos são validos desde que 
estejam em sintonia com a realidade diária 
do contrato individual de trabalho. 
 
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE 
Parte-se do pressuposto de que o ser 
humano, em suas relações trabalhistas, 
procede e deve proceder conforme a razão 
do homem comum, atuando segundo 
determinados padrões de conduta que são 
frequentes e lógicos. 
 
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ 
Significa que as partes na relação de 
emprego devem agir com lealdade, 
cumprindo honestamente as obrigações 
assumidas; 
As partes devem ser sinceras, leais e 
honestas, desde a contratação como 
também na prestação dos serviços; 
 
PRINCÍPIO DA IGUALDADE 
Significa que a lei não deve ser fonte de 
privilégios ou perseguições, mas um 
instrumento que regula a vida em sociedade, 
tratando de forma equitativa todos os 
cidadãos; 
Esse princípio inspira o legislador a criar 
condições que assegurem uma igual 
dignidade social em todos os aspectos; 
A efetividade da igualdade implica a busca 
da justiça real, concreta ou material, 
deixando-se de lado os aspectos formais; 
Art. 7º CF: 
XXX - proibição de diferença de salários, 
de exercício de funções e de critério de 
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou 
estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação 
no tocante a salário e critérios de admissão 
do trabalhador portador de deficiência; 
XXXII - proibição de distinção entre 
trabalho manual, técnico e intelectual ou 
entre os profissionais respectivos; 
XXXIV - igualdade de direitos entre o 
trabalhador com vínculo empregatício 
permanente e o trabalhador avulso. 
CLT 
Art. 5º - A todo trabalho de igual valor 
corresponderá salário igual, sem distinção de 
sexo; 
Art. 6º - Não se distingue entre o trabalho 
realizado no estabelecimento do 
empregador, o executado no domicílio do 
empregado e o realizado a distância, desde 
que estejam caracterizados os pressupostos 
da relação de emprego. 
Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo 
trabalho de igual valor, prestado ao mesmo 
empregador, no mesmo estabelecimento 
empresarial, corresponderá igual salário, sem 
distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou 
idade. 
Art. 373-A. Ressalvadas as disposições 
legais destinadas a corrigir as distorções que 
afetam o acesso da mulher ao mercado de 
trabalho e certas especificidades 
estabelecidas nos acordos trabalhistas, é 
vedado: 
I - publicar ou fazer publicar anúncio de 
emprego no qual haja referência ao sexo, à 
idade, à cor ou situação familiar, salvo 
quando a natureza da atividade a ser 
exercida, pública e notoriamente, assim o 
exigir; 
II - recusar emprego, promoção ou motivar a 
dispensa do trabalho em razão de sexo, 
idade, cor, situação familiar ou estado de 
gravidez, salvo quando a natureza da 
atividade seja notória e publicamente 
incompatível; 
III - considerar o sexo, a idade, a cor ou 
situação familiar como variável 
determinante para fins de remuneração, 
formação profissional e oportunidades de 
ascensão profissional; 
IV - exigir atestado ou exame, de qualquer 
natureza, para comprovação de esterilidade 
ou gravidez, na admissão ou permanência no 
emprego; 
V - impedir o acesso ou adotar critériossubjetivos para deferimento de inscrição ou 
aprovação em concursos, em empresas 
privadas, em razão de sexo, idade, cor, 
situação familiar ou estado de gravidez; 
VI - proceder o empregador ou preposto a 
revistas íntimas nas empregadas ou 
funcionárias. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo 
não obsta a adoção de medidas temporárias 
que visem ao estabelecimento das políticas 
de igualdade entre homens e mulheres, em 
particular as que se destinam a corrigir as 
distorções que afetam a formação 
profissional, o acesso ao emprego e as 
condições gerais de trabalho da mulher. 
ESTATUTO DA PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA 
Art. 34. A pessoa com deficiência tem 
direito ao trabalho de sua livre escolha e 
aceitação, em ambiente acessível e inclusivo, 
em igualdade de oportunidades com as 
demais pessoas. 
§ 1º As pessoas jurídicas de direito público, 
privado ou de qualquer natureza são 
obrigadas a garantir ambientes de trabalho 
acessíveis e inclusivos. 
§ 2º A pessoa com deficiência tem direito, 
em igualdade de oportunidades com as 
demais pessoas, a condições justas e 
favoráveis de trabalho, incluindo igual 
remuneração por trabalho de igual valor. 
§ 3º É vedada restrição ao trabalho da 
pessoa com deficiência e qualquer 
discriminação em razão de sua condição, 
inclusive nas etapas de recrutamento, 
seleção, contratação, admissão, exames 
admissional e periódico, permanência no 
emprego, ascensão profissional e 
reabilitação profissional, bem como 
exigência de aptidão plena. 
§ 4º A pessoa com deficiência tem direito 
à participação e ao acesso a cursos, 
treinamentos, educação continuada, planos 
de carreira, promoções, bonificações e 
incentivos profissionais oferecidos pelo 
empregador, em igualdade de oportunidades 
com os demais empregados. 
§ 5º É garantida aos trabalhadores com 
deficiência acessibilidade em cursos de 
formação e de capacitação. 
 
Art. 35. É finalidade primordial das políticas 
públicas de trabalho e emprego promover e 
garantir condições de acesso e de 
permanência da pessoa com deficiência no 
campo de trabalho. 
Parágrafo único. Os programas de 
estímulo ao empreendedorismo e ao 
trabalho autônomo, incluídos o 
cooperativismo e o associativismo, devem 
prever a participação da pessoa com 
deficiência e a disponibilização de linhas de 
crédito, quando necessárias.

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