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RELATÓRIO FINAL DAS SERIES INICIAIS[1315]

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
PRÁTICA DE ENSINO DAS SÉRIES INICIAIS 
 
 
 
Relatório final de estágio supervisionado das 
 
Séries Iniciais apresentado à disciplina 
Prática 
 
de Ensino e Estágio Supervisionado 
das Séries Iniciais. 
Professora: Irene Giambiagi 
 
 
 
 
 
THAYSA DE OLIVEIRA CALANDINO FARIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
 2017 
Sumário 
 
 
o Introdução 
 
 A Escola - Primeiras Impressões 
 
 
 A Turma e a Professora 
 
 
 Perfil dos Alunos 
 
 
 Literatura na sala de aula 
 
 Organização da sala de aula 
 
 
 
 As crianças e o Lúdico 
 
 Regência 
 
 
 
o Considerações finais 
 
 
Relatório final de estágio supervisionado Escola Municipal Roma: relatos de 
experiências no campo de estágio 
 
 
Introdução: 
O presente relatório se trata dos relatos das experiências vivenciadas no 
campo de estágio, vinculado à disciplina obrigatória Prática de Ensino das Séries 
Iniciais do curso de Pedagogia da UFRJ. O estágio é um requisito fundamental na 
formação do pedagogo, pois nessa etapa as concepções teóricas podem ser 
observadas e experimentadas com o objetivo de se aproximarem ao máximo de 
práticas consideradas ideais, atribuindo ao licenciando uma postura que só o 
tempo em sala de aula lhe oferece. Dessa forma, o campo de estágio é um espaço 
de aprendizagem, desconstrução, construção e consolidação dos referenciais 
teóricos. No total, os alunos do curso de Pedagogia da UFRJ ficam 90h 
efetivamente com a turma, exercendo atividades que envolvam o planejamento, a 
confecção de trabalhos, a observação da prática docente e acompanhando os 
alunos em diversas situações. 
O período de observação e participação com as crianças e professoras da 
escola aconteceu do dia 28 de agosto ao dia 10 de novembro, no ano de 2017. 
O estágio foi de extrema relevância para minha vida acadêmica e formação 
profissional, pois foi a oportunidade que tive de relacionar o que é posto na 
universidade, o que a teoria defende e o que de fato acontece da prática e como se 
caracteriza o atendimento às crianças numa escola municipal localizada na zona 
sul do Rio de Janeiro. 
 
 
 A ESCOLA 
Primeiras impressões: 
 Iniciei meu estágio na Escola Municipal Roma no dia 28 de agosto de 2017. Uma 
Escola Pública de Ensino Fundamental que fica localizada no bairro Copacabana no Rio 
de Janeiro. A escola está em atividade desde o ano de 1965 e atende às modalidades de 
ensino fundamental 1 e 2 nos turnos, manhã e tarde. É uma instituição reconhecida e que 
foi pensada para o bem estar das crianças. É considerada uma escola de fácil acesso, 
devido a sua localização ser em uma das principais vias do bairro de Copacabana, com 
um ponto de ônibus na porta que comporta diversas linhas para diversos trajetos. Boa 
parte dos estudantes da instituição são moradores dos arredores, das comunidades, 
Babilônia, Chapéu Mangueira, Pavão-Pavãozinho e Rocinha, que cercam a escola ou de 
crianças que são acompanhadas pelos pais que trabalham nas proximidades. 
Embora a escola apresente uma estrutura física antiga, não apresenta nenhum risco para 
os alunos. A escola tem água da rede pública, água filtrada, luz, merenda, energia da rede 
pública, esgoto da rede pública, lixo destinado a coleta periódica e acesso á internet. As 
paredes da escola são pintadas e o ambiente possui uma boa ventilação. 
 Atualmente, a escola possui 738 matrículas ativas, as matrículas dos estudantes na 
instituição, é de responsabilidade da 2º Coordenadoria Regional de Educação (CRE), toda 
a rede das escolas e creches municipais são organizadas por micro região, e o 
remanejamento dos estudantes é realizado de acordo com a necessidade de cada micro 
região. Roma conta com 53 funcionários. Possui onze salas de aula e as demais 
dependências, como as salas da direção, dos professores, de leitura, secretaria, despensa, 
almoxarifado, cozinha, além de espaços adequados aos alunos, como o pátio verde e a 
quadra descoberta. As crianças que circulam nas dependências das escolas nos horários 
das aulas, se deslocam sozinhas pelos corredores e pátio. O que me preocupou é o fato 
das escadas não possuírem um piso antiderrapante e a parte superior da escada não possuir 
uma tela de proteção, o que facilita a ocorrência de algum acidente, pensando em crianças 
menores. E também, não possuir nenhuma rampa de acesso que atenderia as crianças com 
necessidades especiais. 
 Assim que chegamos na instituição, podemos observar um espaço onde as 
pessoas se acomodam logo que chegam, sejam os alunos ou os seus responsáveis, é um 
espaço bem acolhedor, com vários murais, que instiga o nosso visual, esse é um dos 
aspectos positivos que me chamou atenção, a valorização do trabalho dos alunos, a 
exposição da produção dos alunos dentro e fora das salas de aula em forma de murais. Os 
espaços são bem organizados, as salas de aula comportam bem à quantidade de alunos de 
cada turma, levando em consideração a quantidade de cadeiras disponíveis em cada 
turma. 
O refeitório é organizado, assim como os horários das crianças, a comida é sempre 
fresquinha, e dão sobremesa também, uma fruta, e todos podem desfrutar, alunos, 
professores e até os estagiários. A escola sempre está limpa e entre um turno e outro as 
faxineiras limpam todas as salas para receberem o segundo turno de alunos. Porém, no 
banheiro dos estudantes nunca tem papel higiênico e sabonete para lavar as mãos. 
 
 A TURMA E A PROFESSORA 
 
 A turma em que atuei era a turma 1101, com alunos de 6 ou 7 anos. Ministrada pela 
professora Themis com ajuda de uma voluntária, a Claúdia. Nessa turma tinham 24 
alunos, mesma quantidade de meninos e meninas. Na sala deles, tinham vários murais 
atrativos, todos coloridos, com os nomes deles, o alfabeto, os desenhos que as crianças 
fizeram, um ambiente bem aconchegante. 
 Meu primeiro contato com a turma, foi numa tarde muito agitada para eles. Foi dia 
de blocagem, no dia de blocagem, a professora regente Themis não dá aula, são os 
professores de Inglês, Artes e Educação Física, então foge da rotina deles de todos os dias 
e eles falam muito, ficam em pé o tempo inteiro e querem brincar. 
 Observei um menino, Noah, ele ficava o tempo inteiro fora de sala de aula e ficou 
sem recreio e sem aula de Educação Física, perguntei ao professor da disciplina porque 
ele estava sentado afastado dos outros sem participar da aula e ele disse que ele tem algum 
problema, é agitado e mal educado. Me questionei como ele pode rotular uma criança e 
a punir por isso. 
 A turma é diversificada, tem crianças que vieram de outro país, crianças 
alfabetizadas e não- alfabetizadas, crianças de escola particular, crianças que faltam 
muito, são crianças bem comunicativas, que falam muito, ficam em pé, implicam um com 
o outro, mas que tem um bom desenvolvimento no geral. 
 A professora regente Themis, é esforçada, mas se sente muito sozinha e sem apoio. 
A turma contém desde crianças alfabetizadas á crianças que não reconhecem as letras e o 
único material pedagógico que ela utiliza é a apostila do Município, como nos faz pensar 
Paulo Freire, o mal não está na aula expositiva, e sim na pura transferência de 
conhecimento, e não é só transferência, é troca. Então observei que é bem difícil o 
desenvolvimento das crianças. As crianças que são alfabetizadas e terminam os trabalhos 
rápidos acham a aula chata, como é o caso do Noah, que apesar de viver fora de sala de 
aula, é bem inteligente e acha a aula entediante. E, as crianças que não são alfabetizadas 
não conseguem mesmo acompanhar as aulas. É bem difícil ministrar ás aulas com essa 
diversidade de aprendizagem que eles trazem, uns sabem muitoe outros pouco, cada um 
com seu próprio ritmo. 
 A didática acontece com mais facilidade nas aulas, quando a Claúdia, uma 
psicopedagoga voluntária da escola, que ajuda a Themis a ministrar ás aulas, esta 
presente. Claudia traz músicas para serem trabalhadas em sala de aula, confecciona os 
murais, faz chamadinha com as crianças e eu acabei me animando nessa. Bom, ao decorrer 
do estágio comecei a fazer trabalhos didáticos e lúdicos para as crianças e a ler histórias 
para elas ao final de cada aula, foi muito importante para mim e acredito que para eles 
também. 
 
 PERFIL DOS ALUNOS 
 Na turma, obtive um contato maior com três alunos, cada um com sua especificidade 
e dediquei toda a minha afetividade e atenção, não perdi o contato com a turma mas achei 
que precisava dar atenção a quem ninguém dava. 
 Na metade do meu estágio, conheci Anthony, um menino colombiano que chegou 
na escola ao final do ano, de alguma forma, a história dele me tocou, o pai foi morto, e 
ele veio para o Brasil com a mãe e a avó, ele foi alfabetizado na Língua Espanhola e que 
não sabia nada da Língua Portuguesa e obteve dificuldades de comunicação, socialização 
e aprendizagem. Então, comecei a fazer trabalhos lúdicos com ele, e levei alguns gibis e 
obtivemos resultado quanto ao processo ensino – aprendizagem, e ele agora tem amigos. 
 
Figura 1 Fonte A Autora (ANTHONY COM OS AMIGOS) 
 
 Conheci também Isabeli, uma menina que foi abusada pelo tio e que é completamente 
retraída, não conseguia identificar nenhuma letra e nem números. Aquela situação de não 
ter ninguém por ela me incomodou tanto que fiz trabalhos lúdicos para que ela pudesse 
aprender. 
 
Figura 2 Fonte A Autora ( ISABELI PINTANDO) 
 
 Noah, foi o menino que observei desde o primeiro dia de estágio, esperto mas muito 
agitado, mordia a professora, jogava as coisas no chão, e acredito que isso tenha alguma 
ligação, como ele sabia as coisas achava as aulas monótonas e fazia bagunça para sair de 
sala de aula e ele sempre conseguia. Eu propus a ele alguns acordos, que ele fizesse os 
trabalhos que brincaríamos ao final das aulas e que também ele poderia ler gibis e fazer 
cruzadinhas, caça- palavras que era o que ele gostava. Apesar de estar funcionando, a 
professora e não só ela, comemoravam o dia que ele faltava á escola. De certo modo, a 
escola estava pressionando para que a mãe dele, o tirasse da escola e Noah já tinha saído 
( “sendo expulso”) de duas escolas anteriores. Fiquei me perguntando qual é o papel da 
escola, é mais fácil tirar um aluno da escola do que lutar pela Educação dele e de certa 
maneira, isso me causou uma indignação. 
 
Figura 3 Fonte A Autora ( NOAH REALIZANDO ATIVIDADES NO LIVRINHO "PICOLÉ") 
 
 
 LITERATURA NA SALA DE AULA 
 “A linguagem constitui a expressão maior 
da cultura humana.” (GOUVEA, 2007, p. 
116). 
 
 A literatura infantil oferece uma grande variedade de gêneros que podem ser 
explorados em atividades de leitura na escola. A literatura e as narrativas não têm muito 
espaço nas práticas em que observei apesar de ter rodinha de leitura. A professora lia 
bastante histórias para eles mas na maioria das vezes, eles diziam que ela já havia contado 
aquela história. 
 Quando a professora lia, ela lia e depois não passava nenhuma atividade, não 
perguntava o que eles haviam entendido, o interessante está em não apenas lê a história 
para a criança, mas também que lhe vá fazendo perguntas e comentários no decorrer da 
leitura. Porque dessa maneira, instiga a curiosidade, o pensamento crítico, a busca pelo 
entendimento. Deixar a criança também lhe dirigir algumas perguntas em busca de 
entender melhor a narrativa, podendo, muitas vezes, propor novos rumos para a mesma 
história. Como continuação, um novo final, estimulando a criatividade delas. A professora 
fala bastante que os alunos precisam aprender a escutar o outro e saber a hora de 
perguntar, acredito que a leitura seria um ótimo momento para ela fazer com que eles se 
apropriem desse novo conhecimento e comportamento. 
 Na roda de leitura é importante que a professora também trabalhe o livro, fale sobre 
o tema que será abordado na história, para o gênero textual que será lido ou para aspectos 
contextuais da obra e seu autor, do título, o nome do autor, a imagem na capa do livro. E 
também, a oralidade, pedindo para que cada um leia uma parte ou quem não sabe ler, que 
descreva a imagem que está observando. 
 
Figura 4 Fonte A Autora ( PROFESSORA THEMIS NA RODINHA COM AS CRIANÇAS). 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DA SALA DE AULA 
 
 Organizar o trabalho pedagógico na alfabetização também requer pensar a 
organização do espaço da sala de aula de modo que a interação entre as crianças e a 
professora possa ser facilitada. As carteiras da sala eram organizadas pela professora em 
um círculo gigante na sala e a professora sempre ficava no meio e a informação chegava 
a todos, não existia lugar fixo, viabilizando, assim, constante alteração da dinâmica de 
interação entre as crianças. 
 Porém, após uma conversa na direção a professora mudou o remanejamento das 
carteiras, ficaram organizadas de duas em duas, com lugar fixo, para que o aluno com 
facilidade na aprendizagem ajudasse o aluno com dificuldade na aprendizagem. Não 
achei que funcionou muito bem, pois agora o acesso ao outro é limitado e as crianças não 
ajudam e sim copiam a tarefa que a outra já fez. Ao final do estágio, as carteiras voltaram 
a ficar posicionadas em roda, pois a professora da manhã coloca assim e a professora 
Themis não muda para não dar trabalho ao pessoal da limpeza. 
 
Figura 5 Fonte: A Autora 
 
 A professora também escolhia diariamente os alunos ajudantes. Esse aluno tinha 
como atribuição auxiliar a professora na distribuição dos materiais didáticos utilizados no 
decorrer das aulas como as apostilas do Município. Durante as observações realizadas, 
foi possível perceber grande interesse das crianças em desempenhar o papel de ajudante, 
porque dessa maneira elas se sentem importantes e naquele dia, elas fizeram algo 
produtivo. 
 É necessário que as crianças, tenha contato uma diversidade de materiais portadores 
da linguagem escrita e de outras formas de linguagem e, ainda, uma diversidade de 
maneiras de usar esses materiais nas salas de aulas. 
 A sala apresenta fichas com letras do alfabeto, fixadas na parede ao lado da porta 
de entrada. Abaixo, um quadro um cantinho com fichas dos nomes dos alunos separados 
por meninos e meninas. 
 Os livros ficam guardado dentro do armário no fundo da sala onde ficam guardados 
também os materiais de uso contínuo, como cola, tesoura, grampeador e folhas em branco. 
 
Figura 6 Fonte: A autora 
 
Figura 7 Fonte: A Autora 
 
 Figura 8 Fonte: A autora 
 
 AS CRIANÇAS E O LÚDICO 
“Longe de ser apenas uma atividade natural da 
criança, a brincadeira é uma aprendizagem social. 
As brincadeiras dos adultos com crianças bem 
pequenas são essenciais nessa aprendizagem.” 
(PORTO, 2009, p. 34.) 
 
 
 As brincadeiras das crianças acontecem tanto dentro quanto fora da sala de aula, ou 
deveria. A brincadeira tem pouco espaço na sala de aula, conforme observei nos meus 
dias de estágio, o momento com maior espaço de tempo para brincar acontece 
normalmente na hora do recreio, onde o brincar acontece no tempo de espera, no tempo 
que sobra para liberação de energias, em que as crianças correm de um lado para o outro, 
ou, então, na hora da Educação Física. A brincadeira é uma forma privilegiada de 
aprendizagem. 
Na medida em que vão crescendo, as crianças trazem para suasbrincadeiras o que veem, 
escutam, observam, experimentam, elas revelam suas visões de mundo, suas descobertas 
e quando elas brincam se defrontam o tempo todo com os vestígios que as gerações mais 
velhas deixaram, quando se trabalha com o lúdico, as crianças aprendem com mais 
facilidade e com prazer. Além disso, a brincadeira permitir decidir, sentir emoções 
diferentes, pensar, competir, trabalhar coletivamente, construir, descobrir, e aceitar 
limites. 
 
Figura 9 Fonte: A Autora 
 
Figura 10 Fonte: A Autora 
 
 REGÊNCIA 
 
 Minha regência aconteceu no dia 10 de novembro de 2017, no meu último dia de 
estágio. Fiquei um pouco chateada que somente 10 crianças compareceram, porém fiquei 
feliz demais com o resultado. As crianças se empolgaram na hora da história, interagiram 
muito bem comigo, até me surpreenderam. Foi uma aula que nunca vou esquecer na vida, 
foi o meu primeiro contato com crianças de Séries Iniciais e eu amei cada detalhe. 
 Á princípio, apresentei- lhes e expliquei a eles as formas geométricas planas, Depois 
li um livro sobre animais formados, com formas geométricas planas, chamei alguns para 
interação no cartaz e eles se ofereceram espontaneamente. Pedi, como atividade que cada 
um construísse um animal com as formas que levei recortadas num saquinho, logo em 
seguida que escrevessem uma frase e compartilhassem com a turma. Só tenho aspectos 
positivos, eles são maravilhosos. Todos fizeram, colaboraram, gostaram e apresentaram. 
 E quando eu ouvi o Noah dizer “ Tia Thaysa, vai dar mais aulas pra gente?” Me senti 
completamente satisfeita e realizada, pois naquele momento percebi que tinha atingido 
meu objetivo. 
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 O estágio supervisionado na modalidade de Séries Iniciais foi uma experiência bem 
nova e enriquecedora para mim. Sinto-me privilegiada pelos momentos em que passei na 
Escola Municipal Roma e com as pessoas e crianças que convivi. As crianças ficavam 
felizes com a minha chegada e comemoravam com abraços e beijos. 
 Acredito que algumas aulas, algumas leituras bibliográficas e a prática favoreceram 
de maneira positiva para minha formação. O campo de referenciais teóricos em Séries 
Iniciais e práticas no geral é extenso e a disciplina permitiu conhecer ainda mais sobre 
esta etapa de ensino. Essa relação foi importante porque culturalmente a instituição 
pública é vista como um depósito de crianças, e na realidade a escola é e deve ser um 
espaço de socialização, integração e de desenvolvimento do ser humano em todas as 
dimensões afetivas, cognitivas, intelectuais, culturais, históricas e sociais. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALVES, Nilda & GARCIA, Regina Leite (orgs.). O sentido da escola. Petrópolis: DP et 
alii,2008. 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a pedagogia do 
oprimido. Rio de Janeiro : Paz e Terra, 1992. 
 
GOUVÊA, M. C. S. A criança e a linguagem: entre palavras e coisas. In: PAIVA, 
MARTINS, PAULINO, CORRÊA, VERSIANI (orgs). Literatura: saberes em 
movimento. Belo Horizonte: CEALE, autêntica, 2007. 
 
 PAIVA, Aparecida & SOARES, Magda (orgs.). Literatura Infantil : políticas e 
concepções. Belo Horizonte : Autêntica, 2008. 
 
PORTO, Cristina Laclette. BRASIL. Brincadeira ou atividade lúdica? Ministério da 
Educação. Salto Para o Futuro. Jogos e brincadeiras: desafios e descobertas,2. Ano XVIII. 
Boletim 07, maio de 2008.

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