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O Protocolo de Kyoto e o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

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(
Maputo, 26 de Junho de 2020
2
Trabalho de
 Licenciatura em 
Ciências de Informação Geográfica
Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em
[Engenharia Informática]
)
 (
FACULDADE DE CIÊNCIAS
Departamento de Matemática e Informática
)
 (
O Protocolo de Kyoto e o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
)
 (
Autores:
Enoque Machava
Fernando Gomes
Miguel Pessane
Shelton Novela
[Nome completo do autor]
[Nome completo do autor]
[Nome completo do autor]
[Nome completo do autor]
[Nome completo do autor]
[Nome completo do autor]
[Nome completo do autor]
)
 (
 Autores:
Enoque Machava
Fernando Gomes
Miguel Pessane
Shelton Novela
[Nome completo do autor]
[Nome completo do autor]
[Nome completo do autor]
) (
O Protocolo de Kyoto e o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
Trabalho de Licenciatura em 
Ciências de Informação Geográfica
Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em
[Engenharia Informática]
) (
FACULDADE DE CIÊNCIAS
Departamento de Matemática e Informática
) (
Maputo, 
26 de Junho de 2020
)
i
iv
 (
Agradecemos a Deus, por ter nos concedido ânimo e disposição para iniciar e concluir este trabalho.
)Agradecimentos
Resumo
As alterações climáticas resultantes das emissões excessivas de gases com efeito estufa contribuíram para a unificação das nações em prol de um objectivo em comum, a criação de um tratado ou acordo internacional que assegura-se a defesa do meio ambiente, evitando que as actividades humanas inviabilizassem a vida sobre a Terra; com isto, em 1997 foi criado o chamado Protocolo de Kyoto, um acordo internacional que fixa metas para limitar a queima de combustíveis fósseis causadores de efeito estufa. Este acordo esteve vigente de 16 de Fevereiro de 2005 à 31 de Dezembro de 2012 e contou com 192 países signatários. O protocolo de Kyoto estabelece (3) três mecanismos de flexibilidade que permitem aos países signatários cumprir com as exigências de redução de emissões, dentre os quais destaca-se o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), mecanismo este responsável pela cooperação entre países desenvolvidos e países em vias de desenvolvimento (do anexo 1 e 2 respetivamente) para auxiliar no processo de redução das emissões e contribuir para um desenvolvimento sustentável, mas com medidas mais rígidas .A metodologia utilizada tem carácter investigativo, com base em Abordagem Mista.
Palavras-chave: Protocolo de Kyoto, Gases Efeito Estufa, Mecanismo de Desenvolvimento Limpo 
Abreviaturas
CE	Conselho Executivo 
CE-MDL	Conselho Executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
CH4	Metano 
CO2	Dióxido de carbono
DCP	Documento de Concepção do Projeto
GEE	Gases do efeito estufa
HFCs	Hidrofluorcarbonos 
MDL	Mecanismo de Desenvolvimento Limpo 
N2O 	Óxido nitroso 
PFCs	Perfluorcarbonos 
SF6	Hexafluoreto de enxofre
	
	
	
	
Índice
Agradecimentos	i
Resumo	ii
Abreviaturas	iii
Lista de Tabelas	v
Introdução	1
1.1.	Contextualização	1
1.2.	Definição do problema	1
1.3.	Objectivos	1
1.4.	Relevância de Estudo	2
Revisão de Literatura	3
2.1	Origem do Protocolo de Kyoto	3
2.2	Objectivo do Protocolo de Kyoto	4
2.3	Países Membros do Protocolo	4
2.4	Metas para os Países	5
2.4.1.	Países Industrializados ou Desenvolvidos	5
2.4.2.	Países em Desenvolvimento	6
2.5	Mecanismo de Desenvolvimento Limpo	6
2.5.1.	Categorias de projectos MDL	8
2.5.2.	Etapas dos Projectos MDL	9
Conclusões e Recomendações	10
3.1	Conclusão	10
3.2	Recomendações	10
Referências Bibliográficas	11
Anexos	12
Anexo 1: Compromisso de redução ou limitação quantificada de emissões	12
Lista de Tabelas
Tabela 1: Tabela de Setores e Fontes Principais Geradoras de Gases de Efeito Estufa……………..7
 (
1
)
Introdução
1.1. Contextualização
O presente trabalho trata do Protocolo de Kyoto e objetiva analisar as metas, condições de surgimento e as suas consequências. Pretende-se também nesse tema, ademais, relatar do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
O estudo desse tema é relevante para a sociedade, pois os problemas climáticos que actualmente enfrentados geram consequências negativas para o meio ambiente, saúde humana e economia de alguns países.
O controle destes problemas é muito importante pois proporciona uma maior qualidade de vida para as sociedades, seja a presente ou a futura. Nesse sentido, o Protocolo de Kyoto resume-se no instrumento legal que uniu os países ao redor do mundo em comunhão da redução de emissão dos gases causadores do efeito estufa.
1.2. Definição do problema
A evolução da indústria ao longo dos anos trouxe inúmeros benefícios, e malefícios também. Estes avanços proporcionaram maior conforto à população mundial (global), porém o indevido cuidado com a industrialização criou diversos prejuízos, como por exemplo, o desmatamento sem plantio, poluição atmosférica, entre outros. E dessa forma, causando subidas bruscas de temperatura, aumentado assim os riscos de diversas doenças, como alergias, infeções e doenças cardiorrespiratórias. Com base nisso, surge a seguinte questão, até que ponto o Protocolo de Kyoto poderia influenciar na mudança da emissão de Gases causadores de Efeito Estufa?
1.3. Objectivos
Objectivo Geral:
· Compreender o Protocolo de Kyoto e o Mecanismo do Desenvolvimento Limpo
Objectivos Específicos:
· Apontar a Origem do Protocolo de Kyoto;
· Citar o objectivo principal da criação do Protocolo de Kyoto;
· Enumerar os países membros do Protocolo;
· Indicar as metas para os países membros Protocolo de Kyoto;
· Explicar o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo;
· Indicar as categorias e etapas do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo;
1.4. Relevância de Estudo
O Protocolo de Kyoto é o único instrumento internacional que impõe aos países industrializados reduções obrigatórias das suas emissões de gases de efeito estufa. Aprovado como um protocolo anexo à Conversão das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Com base nisso, a escolha do tema deste trabalho é relevante, pois o protocolo ensina-nos a fazer uma boa gestão ambiental, e desta forma, evitando prejuízos ao meio ambiente.
 (
2
)
Revisão de Literatura
Neste capítulo, iremos trazer conceitos relacionados com o Protocolo de Kyoto na visão de vários autores, falaremos da sua origem e objectivos do mesmo protocolo. Mencionaremos os países que fizeram parte e a meta desses mesmos países. E, por fim, vamos falar de um dos mecanismos propostos no Protocolo de Kyoto, que é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
2.1 Origem do Protocolo de Kyoto
O Protocolo de Kyoto é um acordo mundial resultante da Convenção – Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Foi elaborado durante a Conferência das Partes III, e seu principal objetivo é propor metas, especialmente aos países desenvolvidos, a fim de conter as emissões de gases de efeito estufa. (Mundo Educação, 2018).
Na década de 80, a problemática das mudanças climáticas ganhou espaço nas discussões mundiais, razão pela qual, na década de 90, sucederam-se diversas negociações e reuniões na tentativa de reverter as péssimas consequências do Efeito Estufa. (Ferdinian et al., 2014)
Nesse cenário, em 1997 foi assinado o Protocolo de Kyoto, um acordo internacional com a finalidade de estabelecer metas e prazos para a redução dos gases causadores do efeito estufa. (Ferdinian et al., 2014)
Todo ano o homem emite na atmosfera aproximadamente7 bilhões de toneladas de Gás Carbônico. Devido à grande preocupação com a degradação do meio ambiente, em 1997, durante a Terceira Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas realizada na cidade japonesa de Kyoto foi criado Protocolo de Kyoto. (Vidigal, 2012)
2.2 Objectivo do Protocolo de Kyoto
O objetivo principal do Protocolo é a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa mediante metas concretas e efetivas. Dessa forma, os países signatários, entre 2008 e 2012, deveriam reduzir as emissões de gases poluentes em 5,2% em relação aos níveis de 1990. (Ferdinian et al., 2014).
Conforme Mundo Educação (2018), o Protocolo de Kyoto foi elaborado com o objetivo de propor metas e obrigações aos países, tendo em vista reduzir as emissões degases de efeito estufa à atmosfera e, consequentemente, diminuir os impactos negativos dessas emissões provocados no meio ambiente.
2.3 Países Membros do Protocolo
Os países membros do acordo, foram organizados em dois grupos (Anexo 1 – Países desenvolvidos e Anexo 2 – Países em desenvolvimento), sendo que cada um tinha uma obrigação diferente a cumprir. (Moreira & Giometti, 2007).
Segundo o artigo 3, do Protocolo de Kyoto, as Partes incluídas no Anexo I devem, individual ou conjuntamente, assegurar que suas emissões antrópicas[footnoteRef:1] agregadas, expressas em dióxido de carbono equivalente, dos gases de efeito estufa listados no Anexo A[footnoteRef:2] não excedam suas quantidades atribuídas, calculadas em conformidade com seus compromissos quantificados de limitação e redução de emissões descritos no Anexo B e de acordo com as disposições deste Artigo, com vistas a reduzir suas emissões totais desses gases em pelo menos 5% abaixo dos níveis de 1990 no período de compromisso de 2008 à 2012. (Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil, n.d.). [1: Que resulta da acção humana] [2: Dióxido de carbono (CO2); Metano (CH4); Óxido nitroso (N2O); Hidrofluorcarbonos (HFCs); Perfluorcarbonos (PFCs) e Hexafluoreto de enxofre (SF6)] 
Wikipédia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo-de-Quioto recuperado em 14 de Abril, 2020), o Protocolo de Kyoto foi assinado por mais de 175 países nomeadamente: África do Sul, Albânia, Alemanha, Angola, Antígiua e Barbuda, Arábia Saudita, Argélia, Argentina, Armênia, Austrália, Áustria, Azerbaijão, Bahamas, Bahrein, Bangladesh, Barbados, Bélgica, Belize, Benim, Bielorrússia, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Botswana, Brasil, Bulgária, Burkina Faso, Burundi, Butão, Cabo Verde, Camarões, Camboja, Catar, Chéquia, Chile, China, Chipre, Colômbia, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Costa do Marfim, Costa Rica, Croácia, Cuba, Dinamarca, Djibouti, Dominica, Egipto, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Equador, Eritreia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Essuatíni, Estados Federados da Micronésia, Estónia, Etiópia, Fiji, Filipinas, Finlândia, França, Gabão, Gâmbia, Gana, Geórgia, Granada, Grécia, Guatemala, Guiana, Guiné Equatorial, Guiné, Guiné-Bissau, Haiti, Honduras, Hungria, Iêmen, Ilhas Marshall, Ilhas Salomão, Índia, Indonésia, Irão. Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Jamaica, Japão, Jordânia, Kiribati, Kuwait, Laos, Lesoto, Letônia, Líbano, Libéria, Líbia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Macedônia do Norte, Madagáscar, Malásia, Malawi, Maldivas, Mali, Malta, Marrocos, Maurícia, Mauritânia, México, Mianmar, Moçambique, Moldávia, Mónaco, Mongólia, Namíbia, Nauru, Nepal, Nicarágua, Níger, Nigéria, Noruega, Nova Zelândia, Omã, Países Baixos, Palau, Panamá, Papua-Nova Guiné, Paquistão, Paraguai, Peru, Polónia, Portugal, Quênia, Quirguistão, Reino Unido, República Democrática do Congo, República do Congo, República Dominicana, Roménia, Ruanda, Rússia, Samoa, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Seicheles, Senegal, Serra Leoa, Singapura, Síria, Sri Lanka, Sudão, Suécia, Suíça, Suriname, Tailândia, Tanzânia, Trinidad e Tobago, Tunísia, Turquemenistão, Turquia, Tuvalu, Uganda, União Europeia, Uruguai, Uzbequistão, Vanuatu, Venezuela, Vietnã e Zâmbia.
Sendo esses os países que estão presentes no tratado, mais ainda havendo mais países por entrar no tratado só que ainda em conversações.
Só para ressaltar que Moçambique se encontra no Protocolo de Kyoto, e Moçambique teve a sua assinatura e posterior ratificação no protocolo em 18 de Janeiro de 2005 e entrando para lista dos países africanos que fazem parte desse protocolo.
2.4 Metas para os Países
Brasil Escola (https://brasilescola.uol.com.br/geografia/protocolo-kyoto.htm recuperado em 14 de Abril, 2020) diz que diante da efetivação do Protocolo de Kyoto, metas de redução de gases foram implantadas, algo em torno de 5,2% entre os anos de 2008 e 2012, e essas metas de redução de gases não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados de redução para os 38 países que mais emitem gases.
2.4.1. Países Industrializados ou Desenvolvidos
Os países industrializados deveriam reduzir, em 5,2%, suas emissões de GEE, especialmente o dióxido de carbono, baseados nos níveis de emissão registrados em 1990. Para o Japão e a União Europeia, ficaram estabelecidas reduções de 7% a 8%, respectivamente. (Mundo Educação, 2018)
2.4.2. Países em Desenvolvimento
Segundo o Mundo Educação (2018), os países em desenvolvimento, como China, Brasil e Índia, não receberam metas e obrigações para reduzir suas emissões. Sendo assim, os esforços são medidas “voluntárias” de cada país. O Protocolo propõe algumas ações, especialmente aos países desenvolvidos, a fim de que os objetivos sejam alcançados. São elas:
· Reforma do setor energético e do setor de transporte;
· Uso de fontes renováveis de energia;
· Redução das emissões de metano;
· Combate ao desmatamento;
· Proteção das florestas;
· Promoção de formas sustentáveis de agricultura;
· Cooperação entre os países em relação ao compartilhamento de informações sobre novas tecnologias.
2.5 Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
Um dos mecanismos propostos é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), o único que permite a participação de países em desenvolvimento em cooperação com países desenvolvidos. (LOPES, 2002 como citado em Moreira & Giometti, 2007, p. 10).
A partir do Protocolo de Kyoto, criou-se o que ficou conhecido como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. O MDL é uma flexibilização dentro do protocolo que prevê as reduções das emissões de gases de efeito estufa de forma certificada. O que isso quer dizer? O Protocolo de Kyoto permitiu que os países tenham algumas alternativas para atingir as metas de redução de emissões, podendo então ser feitas por meio de negociações. (Mundo Educação, 2018)
O Crédito de Carbono, ou a Redução Certificada de Emissões, é adquirido por países que alcançam metas de redução, obtendo então o direito de comercializá-los com os demais países que ainda não cumpriram suas metas. (Mundo Educação, 2018)
O objetivo do mecanismo de desenvolvimento limpo é assistir as Partes não incluídas no Anexo I para que atinjam o desenvolvimento sustentável e, ainda, assistir as Partes incluídas no Anexo I para que cumpram seus compromissos quantificados de limitação e redução de emissões de gases poluentes. (Ferdinian et al., 2014).
Para Frondizi (2009), o objetivo do MDL, como definido no Artigo 12 do Protocolo de Quioto, é assistir: (i) às Partes não-Anexo I para que contribuam com o objetivo final da Convenção – ou seja, alcançar a estabilização das concentrações de GEE na atmosfera num nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático – e para que atinjam o desenvolvimento sustentável por meio da implementação de atividades de projeto; e (ii) às Partes no Anexo I para que cumpram suas obrigações quantificadas de limitação e reduções de emissões. 
O MDL é um mecanismo baseado no desenvolvimento de projetos que envolvam a substituição de energia de origem fóssil por outras de origem renovável, racionalização do uso da energia, atividades de florestamento e reflorestamento, serviços urbanos mais eficientes, entre outras possibilidades. (Frondizi, 2009)
Segundo Frondizi (2009), os projetos devem envolver um ou mais dos gases previstos no Anexo A do Protocolo de Quioto, relacionados a diversos sectores/fontes de atividades, conforme a Tabela a seguir:
Tabela 1: Tabela de Setores e Fontes Principais Geradoras de Gases de Efeito Estufa
	Setores/Atividades
	Fontes
	Gases
	Energia
	Queima de combustíveis
Sector energético
Indústrias de transformação e de construção
Transporte
Outros setores
Emissões fugitivas de combustíveis 
Combustíveis sólidos
Petróleo e gás natural
Outros
	Dióxido de carbono (CO2)
Óxido nitroso (N2O)
Metano (CH4)
Hexafluoreto de enxofre (SF6)
	Processos industriais
	Produtos minerais
Indústria química
Produção de metais
Outras produções
Produção de halocarbonos e hexafluoreto de enxofre
Consumo de halocarbonos e hexafluoreto deenxofre
Outros
	Dióxido de carbono (CO2)
Metano (CH4)
Óxido nitroso (N2O)
Hidrofluorcarbonos (HFCs)
Perfluorcarbonos (PFCs)
Hexafluoreto de enxofre (SF6)
	Uso de solventes e outros produtos
	
	Hidrofluorcarbonos (HFCs)
Perfluorcarbonos (PFCs)
Hexafluoreto de enxofre (SF6)
Dióxido de carbono (CO2)
Óxido nitroso (N2O)
	Agricultura
	Fermentação entérica
Tratamento de dejetos
Cultivo de arroz
Solos agrícolas
Queimadas prescritas de savana
Queima de resíduos agrícolas
Outros
	Dióxido de carbono (CO2)
Metano (CH4)
Óxido nitroso (N2O)
	Resíduos
	Disposição de resíduos sólidos na terra
Tratamento de esgoto
Incineração de resíduos
Outros
	Metano (CH4)
Dióxido de carbono (CO2)
Óxido nitroso (N2O)
2.5.1. Categorias de projectos MDL
Wikipédia (https://pt.wikipedia.org/wiki/mecanismo-de-desenvolvimento-limpo recuperado em 1 de Maio de 2020) diz que o Conselho Executivo (CE) do MDL numerou os seguintes setores onde projetos MDL podem ser desenvolvidos. O CE-MDL baseou-se no Anexo A do Protocolo de Quioto para elaboração da mesma. Uma actividade de projeto MDL pode estar relacionada a mais de um setor. 
· Sector 1. Geração de energia (renovável e não-renovável);
· Sector 2. Distribuição de energia;
· Sector 3. Demanda de energia (projetos de eficiência e conservação de energia);
· Sector 4. Indústrias de produção;
· Sector 5. Indústrias químicas;
· Sector 6. Construção;
· Sector 7. Transporte;
· Sector 8. Mineração e produção de minerais;
· Sector 9. Produção de metais;
· Sector 10. Emissões de gases fugitivos de combustíveis;
· Sector 11. Emissões de gases fugitivos na produção e consumo de halocarbonos e hexafluorido de enxofre;
· Sector 12. Uso de solventes;
· Sector 13. Gestão e tratamento de resíduos;
· Sector 14. Reflorestamento e florestamento;
· Sector 15. Agricultura.
2.5.2. Etapas dos Projectos MDL
Wikipédia (https://pt.wikipedia.org/wiki/mecanismo-de-desenvolvimento-limpo recuperado em 1 de Maio de 2020) menciona as seguintes etapas dos projectos de MDL:
· Concepção do projeto (preparo da Nota de Ideia do Projeto);
· Preparo do documento de concepção do projeto (DCP);
· Validação;
· Obtenção da aprovação do país anfitrião;
· Registro;
· Implementação do projeto;
· Monitoramento;
· Verificação e certificação;
· Emissão dos RCEs (créditos do carbono[footnoteRef:3]). [3: São certificados emitidos para uma pessoa ou empresa que reduziu a sua emissão de gases do efeito estufa] 
 (
3
)
Conclusões e Recomendações
Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de ajudar a compreender o Protocolo de Kyoto e o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
3.1 Conclusão
Feito o trabalho, concluímos que, é imperioso reconhecer que o Protocolo de Kyoto é um dos tratados de cunho ambiental mais importantes já criados.
Por meio dele, os países membros são obrigados a promover seu crescimento econômico e industrial de forma sustentável, devendo reduzir a emissão de gases poluentes na ordem de 5,2% em comparação aos níveis constatados em 1990, durante o período compreendido entre os anos de 2008 e 2012. Para tal, existem algumas alternativas para auxiliá-los no cumprimento de suas metas, chamadas mecanismos de flexibilização. Com o objectivo de evitar o comprometimento da economia daqueles países, o Protocolo estabeleceu que, caso seja impossível atingir as metas estabelecidas por meio da redução das emissões dos gases, os países poderão comprar créditos de carbono de outros países que possuem projectos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
3.2 Recomendações
Desta feita, recomendamos, como principal medida, reduzir as emissões de gases causadores de efeito estufa, por meio de projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que deveriam ser adotados (para os que não adotaram) ou cumpridos (pelos desobedientes) por todos os países, independentemente de comprometer seus crescimentos econômicos, porque num futuro próximo, a irresponsabilidade ambiental vai comprometer os recursos naturais da Terra e também vai comprometer o desenvolvimento econômico dos países.
Referências Bibliográficas
Ferdinian, B., Araújo, B. D., Fernandes, D. R., Pasiani, G. R., Brollo, G. D., Leite, L. L., Pires, M. G. M., Portella, S., & Nonato, T. R. (2014). O PROTOCOLO DE KYOTO E O COMPROMISSO DO BRASIL. https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/?ref=navbar
Frondizi, I. M. de R. L. (2009). O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo: Guia de Orientação 2009. In Sindicato Nacional dos Editores de Livros - RJ (Ed.), Imperial Novo Milênio : FIDES (1a Edição, Vol. 1, Issue 2). http://www.unctad.org/ghg
Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil. (n.d.). Protocolo de Quioto.
Moreira, H. M., & Giometti, A. B. dos R. (2007). O Protocolo de Quioto e as Possibilidades de Inserção do Brasil no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo por meio de Projetos em Energia Limpa (1a Edição, Vol. 30).
Mundo Educação. (2018). Protocolo de Kyoto. https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/protocolo-kyoto.htm
Vidigal, F. A. M. (2012). O PROTOCOLO DE KYOTO , O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO E AS FORMAS DE CIRCULAÇÃO DOS CRÉDITOS DE CARBONO (1a Edição).
Anexos
Anexo 1: Compromisso de redução ou limitação quantificada de emissões

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