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Neoliberalismo (Yasmin Gomes)

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Cartilha Neoliberal e seus danos
“Na América Latina, a cartilha neoliberal foi aplicada, de forma pioneira, no Chile, sob a cruel ditadura de Pinochet. O governo Pinochet “começou seus programas de maneira dura: desregulação, desemprego massivo, repressão sindical, redistribuição de renda em favor dos ricos, privatização de bens públicos” (idem, p.19 Neoliberalismo e globalização na América Latina Almiro Petry (2008)2. 
Em reportagem para o jornal Carta Maior, Vicenç Navarro apresenta que as medidas neoliberais não só foram prejudiciais para a classe trabalhadora como também afetaram a própria eficiência do sistema econômico. “Na Espanha, por exemplo, o enorme conservadorismo e rigidez do establishment financeiro, político e midiático que governa o país faz com que se necessite muito mais tempo para que [..] ideias sejam aceitas, pois mesmo as que parecem ser mero sentido comum podem ser consideradas radicais demais.”
A aplicação das políticas neoliberais, que beneficiam os setores privilegiados e minoritários da população (o famoso 1% que está no topo da pirâmide a forma moderna de se referir à classe capitalista, os proprietários e gestores das grandes empresas financeiras, industriais e de serviços), era facilmente previsível. Ademais, essas medidas não só foram prejudiciais para a classe trabalhadora, a grande maioria da população, como também afetaram a própria eficiência do sistema econômico. 
Políticas Neoliberais
De acordo com Maiquel José Seleprin, o neoliberalismo o Estado ocupa um papel secundário e o mercado o papel principal, essa tarefa de humanizar o capital passa para o Terceiro Setor, o qual cria a ideologia de que devemos lutar por aquilo que é possível: a ajuda mútua, o voluntariado. Tal ideal diminui a intervenção do Estado nas questões sócio-econômicas, com vistas a priorizar o mercado. O objetivo em priorizar o mercado consiste em tentar solucionar a atual crise pela qual passa o capital. Para solucionar a crise pela qual o capital passa, as políticas neoliberais passam a atacar diretamente os movimentos operários, com o intuito de restabelecer o monopólio financeiro. 
O Estado neoliberal, busca constatar a minimização do papel do Estado enquanto fomentador dos serviços e programas de proteção social. Tal fragmentação das políticas sociais, levou a sociedade civil a procurar ela mesma uma solução para os principais problemas que afetam a parcela da população que vive em extrema pobreza, e grupos de minoria que sofrem com desigualdade e injustiça. Esse contexto levou ao surgimento do que ficou conhecido como Terceiro Setor
Portanto, “Se de fato os danos do capitalismo e da cartilha neoliberal fossem questionados, suas ações estariam focadas no combate à base do problema, ou seja, à mudança do sistema que produz a pobreza, injustiça e desigualdade, e não em ações que tentam remediar o produto do sistema, na esperança de melhorá-lo[...]. Ao mesmo tempo em que remedeiam os danos do cenário macroeconômico de políticas, propõem políticas públicas, questionam o Estado assumindo parte de suas funções e são a favor da democracia, protagonismo e “empoderamento”, não questionam com seu devido destaque que de fato é esse sistema que produz a pobreza, injustiça e a desigualdade.” A “construção” do Terceiro Setor no Brasil: da Questão Social à Organizacional.
Referências
Levy e a cartilha neoliberal: a coerência que confirma a incoerência | Brasil Debate — Brasil Debate
www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/dezembro2012/sociologia_artigos/relacao_estado_terceiro_setor.pdf
Microsoft Word - NeolibGlob.doc (unisinos.br)
Europa abandona cartilha neoliberal sem se desculpar pelos danos causados - Carta Maior

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