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1 26 DE ABRIL - 2021 ARQUITETURA E URBANISMO ALUNA: NAYARA PEREIRA LÁZARO RELATÓRIO INICIAL DE APO – RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR EM MUZAMBINHO/MG 2 1. INTRODUÇÃO Para a concepção de um projeto na construção civil, são necessários vários processos que envolvem diferentes profissionais e suas especialidades. Essa necessidade surge com o objetivo de proporem soluções, que garantam o sucesso da obra. Até a década de 80, as decisões de projeto não eram devidamente compatibilizadas, havendo assim, grande desperdício de materiais, erros de execução, ineficiência, entre outros. Hoje tais projetos são desenvolvidos de maneira mais integrada, além disso temos os facilitadores como a tecnologia BIM, que melhoraram esses critérios e tomadas de decisão. No entanto, no Brasil, ainda esses processos continuam bastante segmentados, sem levar em consideração o desempenho efetivo da edificação e a satisfação e expectativas do usuário. Daí surge a necessidade da Avaliação de Pós Ocupação, que avalia o ambiente construído em uso, identifica eventuais aspectos críticos, bem como avalia as suas causas e consequências, de modo a elaborar um plano adequado para a requalificação do ambiente construído e colaborar com o desenvolvimento de um plano de soluções, bem como auxilia os processos de concepções de projetos futuros. Entre os itens analisados em uma Avaliação Pós-Ocupação estão funcionalidade dos espaços, acessibilidade, sistema construtivo, conforto térmico e acústico, projeto luminotécnico, ventilação do ambiente e segurança. Nesse sentido, a aplicação da Avaliação Pós-Ocupação (APO), durante o uso de uma edificação, torna- se um recurso muito útil, uma vez que pressupõe a verificação do atendimento aos requisitos e critérios de desempenho; observação a normas técnicas pertinentes; identificação de aspectos críticos; e a proposição de ações para a solução destes, sempre com vistas à satisfação dos usuários. Dentre os métodos e técnicas que podem ser adotados para uma APO, estão: análises de plantas e memoriais técnicos, walkthrough e medições físicas e de conforto ambiental, conduzidas a partir de um check-list de requisitos a serem avaliados. 3 2. CONTEXTO URBANO A edificação escolhida para a análise de pós ocupação (APO), está localizada no município de Muzambinho, minas gerais (Figura 1). O município faz parte a Mesorregião Sul/Sudeste de MG, e da Microrregião de São Sebastião do Paraíso - MG (IBGE/2008); limita-se no lado sudoeste, com o estado de São Paulo, possui uma topografia acidentada, típica da região serrana. A cidade foi fundada em 30 de novembro de 1880, e possui área territorial de 409,94km². Atualmente conforme ultimo senso do IBGE divulgado (2010) possui 21.026 habitantes. Figura 1: Localização geográfica do município de Muzambinho em relação aos âmbitos federal e estadual. Fonte: Produzido pela autora com base em mapa satélite via Google Earth. 4 Em relação a localização no município e o entorno, percebe-se que a edificação do objeto de análise, fica em área central, com predominância de uso residencial, bem próximo ao Hospital do município Santa Casa de Misericórdia, da antiga estação ferroviária Mogiana (hoje de propriedade particular) e também está a apenas 5 minutos da Praça Dom Pedro de Alcântara Magalhães. A construção é de fácil acesso, em relação ao trevo da cidade, que liga a MG-491 utilizando a via arterial Rua 7 de setembro (Figura 2). RESIDENCIA UNIFAMILIAR HOSPITAL ESTAÇÃO MOGIANA PÇ. PEDRO DE ALCATARA MAGALHÃES Figura 2: Localização da edificação para análise em relação ao acesso e equipamentos urbanos. Fonte: Produzido pela autora com base em mapa satélite via Google Earth. 3. CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO O objeto de estudo desse trabalho é uma residência unifamiliar, localizada na região central no município de Muzambinho (MG), na rua Dr. Fernando Avelino Correa, nº 97. Segundo entrevista com herdeira da propriedade, sua construção data de 1964, quando Maria Zélia Rodrigues Leite e seu marido (seus avós paternos), adquiriram o terreno de aproximadamente 2.500m². Sendo que o mesmo possui um declive bastante acidentado e na época da compra, já contava com uma “estruturação viária” – foi feito um corte em 90° perpendicular para baixo, com um desnível de - 6.0m de altura - onde um muro de arrimo em pedras sustentava toda a rua, na época ainda sem pavimentação. A casa foi construída sem nenhum afastamento frontal e seu gabarito de apenas um pavimento, em nível com S/E 5 a rua, possibilitou um subsolo, que foi aproveitado para uma segunda residência com entrada independente na lateral direita do terreno, através de uma escada. O profissional técnico responsável pela construção é desconhecido. A propriedade sofreu desmembramentos com o passar dos anos e hoje possui uma área de aproximadamente 750m² (Figura 3). Desde a sua construção seu uso permaneceu como residência e continua na mesma família que a construiu, passando para seus herdeiros. Algumas reformas como a troca de piso e esquadrias foram relatadas pelos herdeiros, porém infelizmente não se tem o registro fotográfico de tais modificações. TERRENO EDIFICAÇÃO Figura 3: Demarcação da área total e ocupada do objeto de estudo para análise. Fonte: Produzido pela autora com base em mapa satélite via Google Earth. Atualmente a residência está alugada para uma família de 3 (três) pessoas. Porém seu uso não é apenas residencial, pois parte da casa foi adaptada para a produção e comércio alimentício no ramo de lanchonete. Além de alguns fatores construtivos, falta de manutenção e desgaste dos materiais, e outras interferências, esse uso misto da edificação, feita de maneira adaptada é o que torna esse objeto de estudo tão importante. S/E 6 3.1 DOS PONTOS A SEREM ANALISADOS FUNCIONALIDADE A funcionalidade em um projeto de arquitetura está relacionada a sua história, quem o projetou e por quê, qual a finalidade de uso desse projeto e se isso mudou ao longo do tempo. Ainda a funcionalidade dos ambientes, está relacionado ao dimensionamento adequado do espaço, circulação, gasto com manutenção, tipos de materiais e no caso de residências proporcionar maior praticidade e qualidade de vida. A residência no presente estudo, apresenta dois usos: o de moradia e comércio. As áreas da entrada principal, sala, sala de jantar, cozinha e lavandeira são ocupadas para uso de um delivery de hambúrgueres o que dificulta e até impossibilita seus usos no dia-a-dia pelos moradores. ERGONOMIA A ergonomia é o estudo da relação do homem com o ambiente, busca alcançar o bem-estar no ambiente construído, aperfeiçoando as sensações e o conforto. A falta de ergonomia em um ambiente pode causar danos à saúde física e psicológica dos seus usuários, além de não atender as suas necessidades. No caso da residência a ser analisada, alguns dos ambientes não oferecem uma boa ergonomia: alguns dos cômodos são mal dimensionados como os dormitórios e banheiros; algumas das portas são menores que 80cm e um degrau na entrada não oferecem acessibilidade; lavandeira com pisos em diferentes níveis, máquina de lavar localizada bem próxima a entrada, oferecendo riscos de acidentes. SEGURANÇA NO USO Apesar de todas as normas exigidas em um projeto, algumas construções podem ter sido construídas antes de sua implementação; em outros casos o uso da construção foi modificado; em outros os materiais utilizados podem ter sido usados/aplicados de forma incorreta. Em todos esses casos, oferendo risco aos seus usuários. A residência analisada, oferece alguns problemas: os pisosutilizados em toda a residência oferecem risco pois são escorregadios, o que se agrava devido ao uso comercial (que libera bastante gordura nos ambientes); a implantação da residência está em nível com a rua, porém está 6,0m mais alta em relação ao terreno, onde foi construído um porão. Devido a isso todas as janelas estão muito altas, e não possuem tela de proteção, oferecendo risco grave de queda já que na família tem uma criança de 3 anos; A construção foi feita em uma época que não existiam tantos aparelhos 7 eletrônicos, observa-se apenas uma tomada por cômodo incluindo a cozinha, devido a isso, várias adaptações elétricas foram feitas o que oferece risco de curtos já que a rede elétrica não foi feita para suportar tantos equipamentos; Outras adaptações hidráulicas foram feitas de forma externa (como o encanamento da cozinha que fica exposto ) e também a falta de ralos e problemas de mau cheiro; Os azulejos do banheiro e cozinha estão se soltando assim como os vidros das janelas; CONFORTO ACÚSTICO O conforto acústico em um ambiente construído é quando a sensação auditiva dos usuários é de bem-estar. Para que possamos desenvolver qualquer atividade é necessário que não haja desconforto, um ambiente bem projetado, minimiza os ruídos, proporciona conforto, clareza na comunicação e entendimento, melhores condições de concentração, etc. Na residência de estudo, ela não possui recuo frontal e nenhuma banheira de muro ou vegetação, os dormitórios e janelas estão na divisa do lote com a calçada, o que gera desconforto e incomodo para descanso ou concentração de estudo. Outro fator perceptível são os ruídos do banheiro, cozinha e área de serviços dentro dos quartos. CONFORTO PSICOLÓGICO Todo o ambiente construído interfere no modo como nós interagimos com o lugar, com as outras pessoas e pôr fim a percepção até de nós mesmos. As condições de iluminação, escala, proporção, materiais, texturas são características que tem a capacidade de induzir sensações e sentimentos nos seus usuários: pode causar tranquilidade como inquietação, pode atrair ou repelir, pode trazer a sensação de aconchego ou de incomodo, de segurança ou insegura, etc. Além dessa indução, o ambiente afeta o nosso comportamento, interfere na nossa qualidade de vida, pois afeta a nossa saúde física e emocional. Busca-se aqui com a análise de APO, entender como o ambiente construído tem afetado o comportamento e as sensações físicas e emocionais dos seus moradores. 8 4. ANALISE DA RESIDENCIA UNIFAMILIAR A residência possui uma área total de 81,52m² (não foi considerado área de subsolo e demais áreas do terreno). A estrutura é a convencional de concreto, vigas e pilares; alvenaria simples de tijolos cerâmicos; a cobertura em duas águas, estruturada em madeira e telha portuguesa. Na locação observamos que a fachada frontal (Figura 4) é voltada para leste, e os fundos (Figura 5) para o oeste, porém em visita ao local em diferentes horários do dia foi verificado que: 1) devido a topografia da área, as construções no entorno estão mais altas (Figura 6), o que causa um efeito de barreira em quase todo o período da manhã, principalmente no inverno, fazendo com que a insolação só atinja a fachada por volta as 9:40h. 2) nos fundos, no nível do terreno, existe uma edícula sem afastamento da base da construção e uma árvore Jabuticabeira (Figura 7), que causam o efeito de sombreamento comprometendo a insolação em toda fachada oeste. Como já mencionado a edificação não possui afastamento frontal, sendo que existe um único acesso que se dá diretamente da calçada através de um degrau. Figura 4: Fachada Frontal. Fonte: Acervo da autora. Figura 5: Fachada Fundos. Fonte: Acervo da autora. Figura 6: Construções vizinhas. Fonte: Acervo da autora. Figura 7: Fachada lateral direita. Fonte: Acervo da autora. 9 O programa se distribui em: entrada principal por uma pequena varanda de 3.0x1.20m, uma sala integrada a área de jantar (sentido leste/norte), cozinha (sentido norte e oeste) e uma lavanderia (sentido oeste/sul). A área intima é dividida por um fechamento improvisado em madeira com uma porta de giro e estão: banheiro (localizado no centro da casa), dois dormitórios (um a leste na divisa com a rua e outro ao sul) e uma suíte (sentido leste/sul). Figura 8: Planta com estudo de setorização da residência. Fonte: Produzido pela autora. S/E 10 Ao analisarmos rapidamente a setorização percebemos alguns pontos de imediato. Negativos: 1) não há afastamento frontal, onde suíte e dormitório 1 estão localizados, podendo haver alguns problemas como falta de privacidade e ruídos. 2) Dormitório 2 voltado totalmente para fachada sul, o que implica nenhuma insolação. 3) Sanitário enclausurado, apesar das esquadrias de porta e janela estarem paralelas pode haver problema na ventilação. 4) Layout da cozinha com a pia na fachada oeste, pode haver forte insolação atrapalhando a funcionalidade do espaço. Positivos: 1) Existe uma boa separação das áreas intima (a esquerda), social (a direita) e serviços (fundos). 2) As esquadrias são grandes, possibilitando maior entrada de luz, visibilidade entre interior/exterior, e ventilação. Figura 9: Planta da residência em análise com destaque Figura 10: Planta da residência em análise com setorização para os pontos negativos. Fonte: Elaborado pela autora. por área. Fonte: Produzido pela autora. S/E S/E 11 Figura 11: Planta com estudo esquemático climático da residência. Fonte: Produzido pela autora. Figura 12: Corte A mostrando como a ventilação acontece dentro da edificação. Fonte: Produzido pela autora. Foi utilizado dos desenhos técnicos de Planta e Corte (Figura 11 e 12) também para o estudo esquemático climático da edificação. Onde percebemos a predominância dos ventos vindo do leste, e que em algumas áreas no interior da edificação (Sanitário e Dormitório 2) dependem de que outros comodos estejam abertos para que haja ventilação. S/E 12 SALA DE ESTAR/JANTAR Figura 13 e 14: Fotos das áreas de sala e jantar. Fonte: Acervo da autora. Figura 15,16 e 17: Fotos das áreas de sala e jantar. Fonte: Acervo da autora. Figura 18: Planta com destaque para o ambiente analisado. Fonte: Produzido pela autora. A entrada da residencia é composta por dois ambientes integrados sala de estar e jantar, porém atualmente está mobiliada: um frezzer que atende ao uso da hamburgueria, e duas mesas. Seu uso pela familia só ocorre para a refeição do almoço, nos horarios vespertino é apenas um local de passagem e para o recebimento de mercadorias, no periodo noturno acontece o atendimento da lanchonete. Todos esses fatores resultam numa má funcionalidade do espaço, apesar de ser bem dimensionado e possuir boa ergonomia. Em registro fotográfico (Figuras 15, 16 e 17) podemos observar alguns problemas de segurança, como tomadas expostas, além de adaptações dos pontos elétricos, o piso cerâmico apresenta grande lisura o que o torna escorregadio; Também foi observado infiltração na laje e trinca. S/E 13 COZINHA Figura 19 e 20: Fotos do ambiente da cozinha. Fonte: Acervo da autora. Figura 21 e 22: Fotos do ambiente da cozinha. Fonte: Acervo da autora. Figura 23: Planta com destaque para o ambiente analisado. Fonte: Produzido pela autora. A cozinha foi adaptada para atender a produção de hamburguer artesal, atividade que a familia produz. Devido a necessidade de refrigeradores e chapa com coifa o ambiente possui problemas de circulação,uma mesa de apoio está posicionada em frente ao fogão o que dificulta o uso da familia no dia dia. Os dois refrigeradores ocupam todo o espaço de passagem. Tudo isso torna o ambiente pouco funcional. Alguns problemas na segurança foram identificados (Figura 20), como adaptações de pontos elétricos que não existiam, sendo que a tomada que serve para a fritadeira é voltagem 220w. Os botijões de gás oferecem risco caso ocorra um vazamento pois, um deles fica posicionado embaixo de equipamento que libera fogo na sua parte inferior. S/E 14 LAVANDERIA Figura 24 e 25: Fotos do ambiente da lavanderia. Fonte: Acervo da autora. Figura 26 e 27: Fotos do ambiente da lavanderia. Fonte: Acervo da autora. Figura 28: Planta com destaque para o ambiente analisado. Fonte: Produzido pela autora. A lavanderia além de atender como área de serviços para a residencia é também um pequeno depósito/estoque dos produtos não pereciveis e embalagens usadas no comércio da lanchonete. Apesar do seu bom dimensionamento, a funcionalidade do espaço está comprometida. Seu acesso é por uma abertura direto da cozinha não possuindo porta para vedação. Um pequeno degrau (Figura 25) divide o piso em dois niveis e o mesmo apresenta lisura o que oferece risco de acidentes já que se trata de uma área úmida. Outro problema foi identificado: o ambiente nao possui ralo para escoamento de água, então um pequeno buraco foi feito na parede onde um cano desce em apoio ao telhado da edificação vizinha. S/E 15 SANITÁRIO Figura 29 e 30: Fotos do ambiente do Sanitário. Fonte: Acervo da autora. Figura 31, 32 e 33: Fotos do ambiente do Sanitário. Fonte: Acervo da autora. Figura 34: Planta com destaque para o ambiente analisado. Fonte: Produzido pela autora. O sanitário apresenta mau dimensionamento: a bacia está muito próxima ao chuveiro o que impede a colocação de um box, a única solução possivel é a de um cortineiro de plastico. Em contrapartida o espaço entre bacia e lavatório é bem grande de 1.05m. Tudo isso causa um desconforto na utilização do espaço. Outros problemas foram identificados (Figuras 31,32 e 33) como: descolamento do azuleijo oferencendo risco de acidente aos usuários. Existe infiltração e mofo no teto e a instalação elétrica do chuveiro não possui aterramento. S/E 16 DORMITÓRIO 1 Figura 35: Foto do ambiente do Dormitório 1. Fonte: Acervo da autora. Figura 36 e 37: Fotos do ambiente do Dormitório 1. Fonte: Acervo da autora. Figura 38: Planta com destaque para o ambiente analisado. Fonte: Produzido pela autora. O dormitório 1, está localizado na divisa com a rua, sem recuo, existe desconforto acústico no ambiente devido aos ruídos vindos do exterior. Sua localização em relação a área social é bem proxima causando o mesmo efeito. Outro fator que torna o ambiente pouco funcional é a falta de privacidade por se tratar de um dormitório, já que a janela está visualmente se abrindo pra rua. A área total do quarto é boa porém o seu dimensionamento mais estreito e comprido dificulta um layout de móveis para um dormitório funcional. Os moradores optaram por fazer do ambiente uma sala intima. O mesmo problema no piso é encontrado, devido a sua lisura, é bastante escorregadio. A instalação elétrica se mostra insuficiente, onde algumas adaptações tiveram que ser feitas para atender a necessidade dos equipamentos. S/E 17 DORMITÓRIO 2 Figura 39 e 40: Fotos do ambiente do Dormitório 2. Fonte: Acervo da autora. Figura 41,42 e 43: Fotos do ambiente do Dormitório 2. Fonte: Acervo da autora. Figura 44: Planta com destaque para o ambiente analisado. Fonte: Produzido pela autora. O dormitório 2, está localizado na fachada sul da construção, fazendo com que o ambiente não receba nenhuma insolação. O ambiente é usado como dormitório do casal, e home office. O dimensionamento é menor que o necessário, fazendo com que a disposição do mobiliário resulte numa dificil circulação, atrapalhando a funcionalidade do espaço. Outros fatores foram identificados que se somam para o desconforto dos usuários: existe mofo em toda a extensão da parede lateral esquerda, a esquadria em vidro faz com que a claridade atrapalhe o uso ( para resolução imediata uma cortina de forro blackout foi instalada). Além disso a esquadria apresenta desgaste e ferrugem, e os vidros aparentam se soltar com facilidade. Existe ainda infiltração e rachaduras no teto, fazendo com que haja goteiras e vazamento na laje. S/E 18 SUÍTE Figura 45 e 46: Fotos do ambiente do Suíte. Fonte: Acervo da autora. Figura 47,48 e 49: Fotos do ambiente do Suíte. Fonte: Acervo da autora. Figura 50: Planta com destaque para o ambiente analisado. Fonte: Produzido pela autora. A Suíte, está localizado na fachada leste da construção, fazendo divisa direta com a rua (o mesmo caso do dormitório 1). Apresentando problemas no conforto acústico, e falta de privacidade. Foram identificados alguns problemas como: mofo na parede lateral esquerda, infiltração e vazamento na laje. O dimensionamento do quarto é menor do que o adequado para o uso de uma suíte, devido a isso os moradores optaram por fazer desse espaço o quarto da filha pequena. O sanitário também apresenta problemas no dimensionamento, apesar de haver barras de acessibilidade instaladas, ele não é acessível. O piso também bastante escorregadio apresentam quebras e descolamentos no rejunte. A laje apresenta infiltração, rachadura e vazamentos. S/E 19 ENTREVISTA COM USUÁRIOS EM DESENVOLVIMENTO! 20 ANEXO 1 - PLANTA S/E 21 ANEXO 2 – CORTES CORTE A CORTE B
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