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REDAÇÃO 1 - Eros e Thanatos, como a mitologia grega representa as pulsões de Sigmund Freud

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REDAÇÃO - EXERCÍCIOS DE PSICANÁLISE
MÓDULO 01
Eros e Thanatos, como a mitologia grega representa as pulsões de Sigmund Freud.
No inicio de suas obras, Freud cita diversas situações que no futuro ele chamaria de PULSÃO, antes ele se referia à pulsão de várias maneiras diferentes como, por exemplo: “estímulos endógenos”, “excitações”, “idéias afetivas”, “impulsos anelantes”. Logo depois de conseguir definir o que era pulsão, ele a dividiu em duas partes: a primeira teoria pusional que trata da autopreservação, do ego e satisfação sexual; a segunda teoria pusional que trata das pulsões de vida e de morte, porém essa divisão não descarta o que é classificado na primeira, ele insere as pulsões de autopreservação e sexuais na teoria de vida.
Ao analisar as histórias mitológicas relacionadas aos deuses gregos Eros e Thanatos, fica fácil entender as referencias de Freud para explicar as pulsões de vida e de morte, o lúdico sempre foi parte importante no processo de ensino e de aprendizagem em todas as fases da vida. O físico Albert Einstein certa vez disse: “Eu acredito na intuição e na inspiração. A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado, enquanto a imaginação abraça o mundo inteiro, estimulando o progresso, dando à luz à evolução. Ela é, rigorosamente falando, um fator real na pesquisa científica.” Isso nos mostra que mesmo que tenhamos muito conhecimento de todos os conceitos não podemos excluir a imaginação no processo do entendimento. 
De acordo com a mitologia grega, Eros é o grande responsável por unir as pessoas fazendo transbordar o amor em seus corações, também conhecido por representar a libido e afinidade entre os indivíduos. De acordo com o sociólogo Herbert Marcuse em seu livro “Eros e Civilização” (1996), o termo Eros também poderia ser relacionado como pulsão libidinal, que motiva o indivíduo à vida, impulsionado pela excitação da libido o sujeito se mantém estimulado, aumentando o desejo de viver e o desejo de conviver coletivamente. 
Já Thanatos era conhecido como o deus da morte não violenta, irmão de Hypinos deus do sono, era personificado como filho da noite, inimigo mortal e implacável do gênero humano, foi descrito como um homem de barba, com sua espada e com assas enormes que o permitia chegar rapidamente no indivíduo que já estava no limite de tempo de partir.
Sigmund Freud desenvolveu suas teorias após concluir que todas as pessoas possuem dentro de si pulsões, que são pressões ou necessidades que as leva a um determinado fim. Toda a diversidade de pulsão tem uma fonte, tem uma finalidade, uma pressão e um objeto que foi dividida por Freud em dois tipos básicos que conhecemos como pulsão de vida e pulsão de morte, pulsão de Eros ou pulsão de Thanatos, isso que impulsiona o indivíduo a querer viver ou morrer, seja de forma genérica ou concreta. 
Eros que representa a pulsão de vida motiva, faz com que o indivíduo queira conviver com outras pessoas, tenha prazer, sinta vontade de se apaixonar, construir uma família, ser bem sucedido, ter uma boa casa, um bom emprego, ter sucesso em todos os sentidos, sua libido que neste caso está relacionado às conquistas pessoais que o leva ao prazer, a realização de projetos e a preservação da vida. 
Thanatos que representa a pulsão de morte é o que induz a buscar o isolamento, a estagnação, o sujeito com pulsões de morte se sente desmotivado e sempre arruma uma justificativa para o seu desinteresse em melhorar. Esse sentimento faz produzir atos de autodestruição e sabotagem levando a crises depressivas ou até ao limite máximo e irreversível que é a morte concreta do corpo físico. 
As pulsões trazidas por Eros (vida) e Thanatos (morte) podem ser consideradas como mantenedoras da vida ou motivadora da morte e alimenta um ciclo permanente dentro de cada pessoa. Grande parte dos nossos pensamentos, palavras e ações não estão ligadas a uma pulsão ou a outra, mas sim a uma combinação de todas as pulsões que oprimidas pela cultura do meio que vivemos, impõem determinados limites no comportamento humano, impedindo que a violência ou o desejo aconteça a qualquer hora e em qualquer lugar. 
Seja lá qual for a conclusão que culmine com a teoria dualista de pulsão de vida e de morte, se torna relevante, principalmente em tempos de crise, a reflexão de que ambas estão intimamente conectadas desde o nascimento até o fim da vida; partimos da idéia de que dentro da pulsão de morte contém a vida, e dentro da pulsão de vida contém a morte. Uma sempre tenta se sobressair da outra, quando a pulsão de vida domina, fica explícito a alegria e o desejo de viver e quando a pulsão de morte se expande e prevalece sobre a vida à motivação entra em declínio gerando comportamentos agressivos e autodestrutivos podendo erradicar a existência humana. 
Uma pulsão não existiria sem a outra, e durante o percurso da existência deve haver um equilíbrio para alcançar uma vida mais saudável tanto fisicamente quanto mentalmente. 
Obs: Esse texto é uma criação exclusiva, 100% autoral e de minha responsabilidade, inspirado nos meus estudos e leituras sobre diversos temas.

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