Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ferramentas Diagnósticas Aplicadas ao Linfoma Multicêntrico em Cães O linfoma é uma neoplasia de células linfóides, que quando ocorre em órgãos não linfóides, podemos chamar de linfoma extranodal. A classificação dos linfomas se dá inicialmente pela localização anatômica, posteriormente pela classificação morfológica e por último pela classificação fenotípica. Classificação Anatômica O mais frequente é o linfoma multicêntrico, que se origina nos linfonodos periféricos, entretanto, pode-se observar as seguintes classificações: · Multicêntricos · Mediastinal · Gastrointestinal · Cutâneo · Extranodal O linfoma multicêntrico é caracterizado pelo aumento dos linfonodos periféricos, o mais comum é um aumento generalizado, mas pode ocorrer de forma regional. Ferramentas diagnósticas do linfoma multicêntrico Citologia É um exame de triagem, extremamente útil, para indicar diagnóstico principalmente de linfomas de alto grau. Já para os linfomas de baixo grau, há certas limitações. A citologia apresenta nesses casos alta sensibilidade e especificidade, entretanto, não é 100%. Sendo uma opção em locais de difícil realização de histopatológico, como no SNC, ou mediastino. Linfadenites Presença de células inflamatórias no linfonodo em quantidades elevadas. · Linfadenite Supurativa: Presença acentuada de neutrófilos. · Linfadenite Granulomatosa: Presença acentuada de macrófagos e células gigantes. Comum em doenças fúngicas, micobacterioses, leishmaniose. · Linfadenite Piogranulomatosa: Presença de neutrófilos, macrófagos e células gigantes. Os linfomas são divididos citologicamente em dois grupos: · Linfoma de baixo grau de malignidade: normalmente apresenta células pequenas e intermediárias, acompanhadas de baixo índice mitótico. · Linfoma de grau intermediário e alto grau de malignidade: normalmente apresenta células grandes ou intermediárias, com alto índice mitótico. Entretanto, existem algumas variações importantes, como: · Linfoma Linfoblástico (Alto grau): Apresenta células intermediárias e alto índice mitótico. · Linfoma de Zona Marginal (Baixo grau):Composto por células intermediárias e baixo índice mitótico. É importante ressaltar, que a administração de corticoides pode alterar o índice mitótico. A citologia define os graus, por meio do tamanho dos linfócitos, padrão cromatínico, número e localização do nucléolo, e índice mitótico (5 campos 500x) Histopatologia É uma abordagem invasiva, composta de biópsia, para depois avaliação morfológica. É uma técnica muito segura. Os linfomas de alto grau são mais comuns, correspondendo a 80-90% dos casos, sendo normalmente facilmente diagnosticados na citologia, e requerendo quimioterapia agressiva, apresentando prognóstico inferior aos de baixo grau. Os linfomas de baixo grau, são menos frequentes na rotina, correspondendo a 10-20% dos casos, sendo normalmente mais difíceis de serem diagnosticados na citologia, necessitando de histopatologia e imuno-histoquímica, podendo se usar citometria de fluxo ou PARR. Esses pacientes normalmente não necessitam de quimioterapias agressivas, e apresentam prognósticos melhores. Imuno-histoquímica É uma técnica fundamental para se fechar na classificação da hodging, que avalia imuno-histoquímica mais imunofenótipo. Em casos de alto grau, ela é importante para diferenciar o imunofenótipo, ou seja, se o linfoma é e células B ou T. Pois se sabe que linfomas B de auto grau apresentam prognóstico mais favorável que os linfomas T na forma multicêntrica. Já para os linfomas de baixo grau, essa técnica é usada para diferenciar processos reacionais e neoplasias “linfoma de baixo grau X linfonodo reacional”. Citometria de fluxo Essa técnica serve para determinar o imunofenótipo, sendo um fator de prognóstico em linfomas de alto grau. Pode ser usado para diferenciar processos reacionais e neoplásicos “linfoma de baixo grau X linfonodo reacional”. Essa técnica avalia tamanho, granulosidades e imunofenótipo. PARR É o PCT para rearranjo genético de receptor de antígeno. Vai avaliar se há clones, ou se são linfócitos diferentes, dessa forma é usada para diferenciar processos reacionais e neoplasias “linfoma de baixo grau X linfonodo reacional”. Patrícia Lindemann 2
Compartilhar