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Prévia do material em texto

Anatomia do
Sistema Nervoso
Leandro Nobeschi
1 ª e d i ç ã o
Instituto Cimas
Centro de Imagem e Saúde
Licenciado para - Lucivaldo santos - 15549751828 - Protegido por Eduzz.com
Índices para catálogo sistemático
Palavras chaves
1. anatomia, 2. Neuroanatomia, 3. Sistema nervoso.
Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, por qualquer 
processo, sem a permissão expressa do autor.
1ª edição – 2011
Direitos adquiridos pelo:
Instituto Cimas – Centro de Imagem e Saúde
Rua Professor Aprígio Gonzaga, 106 – São Paulo.
04303-300 – SP. Tel.: (11) 5071-5948.
www.institutocimas.com.br
 
Impresso no Brasil
 
 
Revisão Terminológica
Fábio Redivo Lodi
Fisioterapeuta
Professor do Instituto Cimas – Centro de Imagem e Saúde
Mestre em Morfologia - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Doutorando em Morfologia – Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Revisão textual
Alexandre Nobeschi
Jornalista, especialista em Jornalismo Político pela Pontifícia Universidade 
Católica de São Paulo (PUC-SP)
Redator do jornal Folha de S.Paulo.
 
Capa, projeto gráfico e diagramação
Ana Cristina de Souza – Hilaros Editora
 
Figura capa
Imagem de domínio público do Instituto Nacional de Saúde – NIH´s 
(National Institute of Health) e da Divisão da História da Medicina da 
Biblioteca Nacional de Medicina. Disponível no link: http://www.arspublik.
com/public-domain-images-brain-anatomy/
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Sobre o Autor
Leandro Nobeschi
Fisioterapeuta e Tecnólogo em Radiologia.
Mestre em Morfologia – Universidade Federal de São 
Paulo.
Professor e coordenador de cursos do Instituto Cimas 
– Centro de Imagem e Saúde.
Coordenador de curso do Centro Universitário 
Anhanguera de Santo André.
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Prefácio
Os cursos de pós formação na área da Radiologia 
desponta como um dos melhores meios de 
qualificação profissional. Ao mesmo tempo, o projeto 
e o desenvolvimento da formação profissional devem 
ser contínuas e, a evolução se apresenta como um 
desafio constante para os profissionais da Radiologia. 
 
Com o objetivo de sempre criar formas de ajudar neste 
desenvolvimento, este livro identifica e caracteriza 
aspectos conceituais do sistema nervoso. Esses 
aspectos são organizados de forma a compor um 
modelo que possa ser usado pelos leitores durante a 
construção de sua formação, seja a nível técnico, de 
graduação ou até mesmo de pós formação. 
 
 
Também pode ser usado como material de apoio em 
cursos de radiologia, para auxiliar no estudo e também 
servir como ferramenta complementar de ensino.
 
 
Os livros desenvolvidos pelos docentes do Instituto 
Cimas terão seus capítulos organizados de forma 
incremental, mostrando os conceitos e os passos 
para a construção dessas modalidades, calcados em 
referências, vários exemplos práticos e exercícios. 
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Cumprimento o Prof. Leandro Nobeschi pelo esforço 
realizado nesta obra e também o parabenizo pela 
dedicação em sempre estar contribuindo pela 
formação dos profissionais da Radiologia.
Lucivaldo da Silva Santos
Diretor do Instituto Cimas – Centro de Imagem 
e Saúde.
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Apresentação da obra
Esta obra tem como objetivo trazer informações simples 
e de consulta rápida para estudantes e profissionais da 
saúde. A intenção não foi criar um livro complexo, até 
mesmo porque o estudo do sistema nervoso é realizado 
por meio da a neurociência, que congrega conceitos das 
disciplinas, como anatomia, histologia, fisiologia, biofísica 
e bioquímica. 
Também não foi o interesse produzir um atlas de 
anatomia. Portanto, é conveniente que o estudante utilize 
conjuntamente um atlas de anatomia. Contudo, esta obra, 
pela simplicidade, facilita o planejamento de estudo e as 
consultas necessárias durante o aprendizado.
 
 
O trabalho só foi possível devido ao auxílio de diversas 
pessoas, cujos quais expresso meus profundos 
agradecimentos. Destaco o meu irmão e jornalista 
Alexandre Nobeschi, ao amigo e professor Fábio Redivo 
Lodi e ao amigo e diretor do Instituto Cimas Lucivaldo da 
Silva Santos.
 
São Paulo, 2011
Leandro Nobeschi
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Sumario
CAPÍTULO 1 11
Conceitos Aplicados Ao Sistema Nervoso 13
CAPÍTULO 2 15
Embriologia Do Sistema Nervoso 17
Dilatações do tubo neural 18 
CAPÍTULO 3 21
Células Do Sistema Nervoso 23
Neurônios 23
Classificação dos neurônios quanto à forma e 
categoria funcional 24
Neuróglia ou células gliais 25 
CAPÍTULO 4 27
Divisão Do Sistema Nervoso 29
Divisão anatômica do sistema nervoso 29
Divisão funcional do sistema nervoso 31 
CAPÍTULO 5 33
Cérebro 35
Disposição de substância branca e cinzenta no 
telencéfalo 35
Telencéfalo 36
Face súpero-lateral do telencéfalo 38
Face inferior do telencéfalo 42
Face medial do telencéfalo 43
Lobo límbico 47
Centro medular branco do cérebro 48
Núcleos da base 50
Diencéfalo 51
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CAPÍTULO 6 55
Cerebelo 57
CAPÍTULO 7 59
Tronco Encefálico 61
Mesencéfalo 61
Ponte 63
Bulbo (medula oblonga) 64
Fossa rombóide 65
Formação reticular 66
CAPÍTULO 8 69
Medula Espinal 71
Segmentos medulares 71
Topografia vertebromedular 72
Disposição de substância branca e cinzenta na 
medula espinal 73
Revestimento da medula espinal 75
CAPÍTULO 9 77
MENINGES 79
Parte encefálica das meninges 79
Parte espinal das meninges 80
CAPÍTULO 10 83
Ventrículos E Circulação Liquórica 85
Ventrículos encefálicos 85
Circulação liquórica 86
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CAPÍTULO 11 89
Nervos Espinais 91
Formação do nervo espinal 91
Componente autônomo dos nervos espinais 93
Plexos nervoso 93
Plexo cervical 94
Plexo braquial 95
Formação dos troncos do plexo braquial e seus 
ramos 96
Formação dos fascículos do plexo braquial e 
seus ramos 97
Plexo lombar 100
Plexo sacral 101
CAPÍTULO 12 105
Nervos Cranianos 107
CAPÍTULO 13 113
Parte Autônoma Do Sistema Nervoso 115
Características da divisão simpática 116
Características da divisão parassimpática 116
CAPÍTULO 14 121
Vascularização Do Sistema Nervoso 123
Irrigação do encéfalo 123
Círculo arterial do cérebro 125
Irrigação da medula espinal 126
Drenagem venosa do encéfalo 127
Drenagem venosa da medula espinal 128
Referências 130
Índice Alfabético 132
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10 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
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A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 11
C A P Í T U L O 1
CONCEITOS APLICADOS AO 
SISTEMA NERVOSO
Objetivo: 
definir os principais termos empregados no 
estudo da neuroanatomia.
Fonte: http://awmonteiro.blogspot.com/2010_04_01_archive.html 
(acesso em jan/2011).
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Conceitos Aplicados ao Sistema Nervoso
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 13
Conceitos Aplicados Ao Sistema Nervoso
Algumas definições são importantes para 
acompanhar o texto. Abaixo segue um quadro com 
as principais definições utilizadas no estudo do siste-
ma nervoso.
Fibra Nervosa Axônio
Substância branca Axônios mielínicos 
localizados na parte 
central do sistema 
nervoso.
Substânciacinzenta Corpos de neurônios, 
fibras nervosas 
amielínicas e célu-
las gliais, localizadas 
na parte central do 
sistema nervoso.
Córtex Parte externa, formado 
por substância cin-
zenta.
Centro medular Parte interna, formado 
por substância branca.
Núcleo Corpos de neurônios 
bem delimitados e or-
ganizados morfofuncio-
nalmente, localizados 
no interior da substân-
cia branca.
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14 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
Conceitos Aplicados ao Sistema Nervoso
Gânglios Corpos de neurônios 
bem delimitados e or-
ganizados morfofuncio-
nalmente, localizados 
na parte periférica do 
sistema nervoso (es-
pinais ou autônomos).
Nervo Conjunto de axônios 
mielínicos.
Trato Conjunto de fibras 
nervosas, com origem, 
término e funções 
definidas.
Aferente Informações aferentes 
chegam a um determi-
nado local no sistema 
nervoso, sendo prove-
niente de uma parte do 
sistema nervoso ou de 
um outro órgão.
Eferente .Informações eferentes 
partem de uma parte 
do sistema nervoso 
para outra parte ou 
outro órgão.
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A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 15
C A P Í T U L O 2
EMBRIOLOGIA DO 
 SISTEMA NERVOSO
Objetivo: 
compreender a formação embriológica das partes central 
e periférica do sistema nervoso.
 
Fonte: http://www.blogintellectus.com.br/biologia/index.php/category/aulas-do-
edu/ (acesso em jan/2011). 
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Embriologia do Sistema Nervoso
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 17
Embriologia Do Sistema Nervoso
O sistema nervoso começa a sua formação a 
partir da quarta semana de vida, formando o tubo 
neural. Esse processo é denominado de neurulação.
As células localizadas no ectoderma, sobre 
o notocorda, se espessam (caracterizando o 
neuroectoderma – origem do sistema nervoso). Esse 
espessamento forma no ectoderma uma estrutura 
denominada de placa neural (que formará no 
desenvolvimento cerca de 100 bilhões de neurônios). 
Posteriormente, a placa neural sofre uma invaginação, 
o sulco neural. Com o desenvolvimento o sulco neural 
se transforma na goteira neural, com duas cristas 
neurais presas. Ao final da terceira semana de vida a 
goteira neural se desprende do ectoderma, formando 
o tubo neural e, nas regiões laterais do tubo neural 
são formadas as cristas neurais 
•	 Tubo neural: apresenta uma luz em seu 
interior, o canal neural. Suas extremidades são 
abertas, denominadas de neuróporo rostral e 
neuróporo caudal. Ocorre depois de poucos 
dias o fechamento dos neuróporos (junto 
ao estabelecimento da circulação sanguínea 
para o tubo neural). As paredes do tubo 
neural ao redor do canal neural se espessam, 
formando: duas lâminas alares (localizadas 
póstero-lateralmente); duas lâminas basais 
(localizadas ântero-lateralmente), separadas 
pelo sulco limitante; uma lâmina do teto 
(em locais específicos originará as células 
ependimárias); e uma lâmina do soalho. O 
tubo neural dará origem a toda parte central 
do sistema nervoso (encéfalo e medula 
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Embriologia do Sistema Nervoso
18 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
espinal.
•	 Cristas neurais: são contínuas no sentido 
crânio-caudal do embrião. Dividem-se 
rapidamente formando a parte periférica do 
sistema nervoso. 
Dilatações do tubo neural
 É extremamente importante nesse momento 
conservar a idéia do tubo neural, contendo uma 
luz (canal neural). Dilatações ocorrem no tubo, 
consequentemente dilatando a luz naquela região. 
As dilatações da luz do tubo neural constituirão os 
ventrículos encefálicos.
 O tubo neural sofre três dilatações, produzindo 
as vesículas primordiais, sendo prosencéfalo, 
mesencéfalo e rombencéfalo. 
•	 Prosencéfalo (do grego pro – antes, enkepalos 
– encéfalo): vesícula primordial que se dividirá 
em telencéfalo e diencéfalo.
•	 Mesencéfalo (do grego mesos – meio, 
enkepalos – encéfalo): vesícula primordial 
que pouco se diferencia, constituindo 
posteriormente o próprio mesencéfalo do 
tronco encefálico.
•	 Rombencéfalo ( do grego rhombos – 
obtuso, enkepalos – encéfalo): a vesícula 
rombencefálica se diferencia posteriormente 
em metencéfalo e mieloencéfalo. O 
metencéfalo originará a ponte e o cerebelo, 
enquanto que o mieloencéfalo origina o bulbo.
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Embriologia do Sistema Nervoso
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 19
A luz do tubo neural localizada no prosencéfalo 
dilata-se formando, no telencéfalo, os ventrículos 
laterais e no diencéfalo o IIIº ventrículo. No 
mesencéfalo a luz do tubo neural se estreita formando 
o aqueduto do mesencéfalo (comunicação entre o 
IIIº ventrículo e IVº ventrículo). No rombencéfalo a 
dilatação da luz do tubo neural forma o IVº ventrículo. 
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20 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
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A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 21
C A P Í T U L O 3
CÉLULAS DO 
SISTEMA NERVOSO
Objetivo: 
 reconhecer a estrutura e função das células do 
parênquima e do estroma do sistema nervoso.
 
 
Fonte: http://segundaouniesp.blogspot.com/2010/08/slide-sistema-nervoso-hu-
mano-biologia.html (acesso em jan/2011).
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Células do Sistema Nervoso
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 23
Células Do Sistema Nervoso 
 As células constituem as partes central e 
periférica do sistema nervoso. São compostas por 
dois grupos celulares distintos:
•	 Neurônios (do grego neuronon, diminutivo 
de neuron – nervo): considerado a unidade 
anátomo-funcional do sistema nervoso. Possui 
propriedades de gerar, receber e propagar 
o estímulo elétrico para outros neurônios 
ou outras células. Os neurônios formam o 
parênquima do sistema nervoso.
•	 Neuróglia ou células gliais (do grego glia – cola): 
esse grupo inclui diversos tipos celulares. São 
células capazes de se multiplicar e são muito 
mais numerosas que os neurônios. As células 
gliais são: astrócitos, oligodentrócitos, células 
ependimárias, microgliócitos e neurolemócitos 
(“células de Schwann”). As células gliais 
constituem o estroma do sistema nervoso.
Neurônios
 Os neurônios são formados por três elementos 
básicos: o corpo (soma) celular, os dendritos e o 
axônio. A forma dos neurônios é muito variada, 
alterando tamanho do corpo celular e o seu formato. 
•	 Corpo celular ou soma: contém o núcleo 
do neurônio, citoplasma e organelas 
citoplasmáticas. Recebe e integra os estímulos 
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Células do Sistema Nervoso
24 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
elétricos (excitatórios ou inibitórios). O corpo 
do neurônio geralmente é esférico. Alguns 
neurônios apresentam o corpo em forma de 
uma pirâmide, esses são denominados de 
neurônios piramidais (são neurônios motores).
•	 Dendritos (do grego dendro – árvore): são 
prolongamentos ramificados que se ligam ao 
corpo do neurônio, aumentando a superfície 
de contato do corpo celular. Os dendritos 
recebem e integram diversos estímulos 
elétricos recebidos de outros neurônios. 
Neurônios específicos apresentam apenas um 
único dendrito (neurônios bipolares).
•	 Axônio (do grego axon – eixo): é um 
prolongamento que se destaca do corpo celular 
(pode ser denominado de fibra nervosa), de 
comprimento e diâmetro variável. Os axônios 
estão ligados no corpo do celular por meio 
do cone deimplantação (local onde inicia o 
potencial de ação). Os axônios podem ser 
revestidos pela bainha de mielina (axônios 
mielínicos), ou não apresentar o revestimento 
(axônios amielínicos). Os axônios são capazes 
de gerar, receber e conduzir estímulos 
elétricos.
Classificação dos neurônios quanto à forma e 
categoria funcional 
 Os neurônios podem ser classificados quanto 
a sua forma. O fator que influencia na forma é o 
número de prolongamentos. Os tipos de neurônios 
são: multipolar, pseudounipolar e bipolar.
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Células do Sistema Nervoso
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 25
•	 Multipolar: apresenta um corpo com diversos 
dendritos. Do seu cone de implantação 
estende-se um axônio.
•	 Pseudounipolar: do seu corpo celular destaca-
se apenas um prolongamento. Não há 
dendritos ramificados. Esse prolongamento se 
divide em T, formando dois ramos (um central 
e outro periférico).
•	 Bipolar: dois prolongamentos deixam o corpo 
do neurônio, sendo um o axônio e outro o 
dendrito (não ramificado).
 Quanto à categoria funcional os neurônios 
podem ser: motores, sensitivos ou de associação. 
Os neurônios motores transmitem informações para 
os órgãos efetores (m. estriado esquelético, m. liso, 
m. estriado cardíaco ou glândulas). Os neurônios 
sensitivos enviam informações captadas por 
terminações nervosas. Os neurônios de associação 
são numerosos nos vertebrados, realizam a conexão 
de neurônios localizados em diferentes áreas do 
sistema nervoso.
Neuróglia ou células gliais
As células gliais são numerosas e estão 
envolvidas com diversas funções: sustentação, 
proteção, produção do líquido cerebrospinal e 
formação da bainha de mielina. 
•	 Astrócitos: são as células mais numerosas 
da neuroglia. Sua forma é estrelada. Seus 
prolongamentos unem os neurônios aos 
capilares (pés vasculares dos astrócitos). As 
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Células do Sistema Nervoso
26 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
funções dos astrócitos são: sustentação dos 
neurônios, formação da barreira hemato-
encefálica (controlando a composição do meio 
extra-celular) e são os principais sítios de 
armazenamento de glicogênio.
•	 Oligodendrócitos: são células menores e 
com poucos prolongamentos. São células 
responsáveis pela formação da bainha de 
mielina nas fibras da parte central do sistema 
nervoso.
•	 Células ependimárias (epêndima): são células 
epiteliais, localizadas nos ventrículos (assoalho 
dos ventrículos laterais e teto do IIIº e IVº 
ventrículos). Essas células são revestidas por 
capilares e tecido conjuntivo, constituindo o 
plexo corióideo, responsáveis pela formação 
do líquido cerebrospinal.
•	 Microgliócitos: são células pequenas e 
alongadas, originadas da medula óssea. São 
células com função de fagocitose.
•	 Neurolemócitos (“células de 
Schwann”): são células gliais localizadas na 
parte periférica do sistema nervoso. Formam 
a bainha de mielina das fibras nervosas 
periféricas.
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A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 27
C A P Í T U L O 4
DIVISÃO DO 
SISTEMA NERVOSO
Objetivo: 
diferenciar as divisões anatômica e 
funcional do sistema nervoso.
 
 
 
Fonte:http://patientinfo.myesr.org/html_frontend/index.
php?module=article&action= (acesso em jan/2011).
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Divisão do Sistema Nervoso
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 29
Divisão Do Sistema Nervoso
A divisão do sistema nervoso é puramente 
didática, visto que as partes estão intimamente 
relacionadas do ponto de vista morfofisiológico. 
Existem critérios diferentes para dividir o 
sistema nervoso, que são: embriológicos, anatômicos 
e funcionais. A divisão embriológica já foi exemplificada 
no capítulo 1. Descreveremos nesse capítulo, de forma 
objetiva, os outros critérios de divisão do sistema 
nervoso.
Divisão anatômica do sistema nervoso 
 Anatomicamente o sistema nervoso é dividido 
em duas partes: central (parte central do sistema 
nervoso – PCSN) e periférica (parte periférica do 
sistema nervoso – PPSN).
•	 Parte central (PCSN): está alojada em um 
estojo ósseo (crânio e coluna vertebral), 
que lhe oferece proteção adequada. Os 
órgãos da PCSN são o encéfalo (localizado 
na cavidade craniana), e a medula espinal 
(preenche parcialmente o canal vertebral). 
O encéfalo e a medula espinal formam o 
neuro-eixo. O encéfalo apresenta três partes: 
cérebro, cerebelo e o tronco encefálico. 
O cérebro é constituído pelo telencéfalo e 
diencéfalo. O tronco encefálico apresenta três 
constituintes: mesencéfalo, ponte e bulbo. 
 
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Divisão do Sistema Nervoso
30 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
•	 Parte periférica (PPSN): essa parte trafega 
pelo corpo, ligando os diversos órgãos com 
a PCSN. A PPSN é composta pelos nervos, 
gânglios e terminações nervosas. Os nervos 
podem ser cranianos (ligados ao encéafalo) 
ou espinais (ligados à medula espinal). Os 
gânglios podem ser motores (autônomos) ou 
sensitivos (nervo espinal). As terminações 
nervosas podem ser motoras (placa motora) 
ou sensitivas(extereoceptivas, visceroceptivas 
e proprioceptivas).
 O esquema abaixo ilustra a PCSN.
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Divisão do Sistema Nervoso
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 31
O esquema abaixo ilustra a PPSN.
Divisão funcional do sistema nervoso 
 Utilizando o critério funcional, podemos dividir 
o sistema nervoso em duas partes: somática e 
visceral.
•	 Parte somática (do grego – corpo): parte do 
sistema nervoso que relaciona o ser com o meio 
externo. As alterações do ambiente estimulam 
a parte somática do sistema nervoso, que por 
uma cadeia de neurônios leva as informações 
até centros superiores (via aferente). Após 
o processamento das informações, os 
centros superiores influenciam órgãos alvos 
(os músculos estriados esqueléticos – via 
eferente). 
•	 Parte visceral: controla a homeostase do 
organismo, integrando as funções das 
diversas vísceras do corpo. Informações 
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Divisão do Sistema Nervoso
32 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
provenientes das vísceras são transmitidas 
aos centros superiores (via aferente). Após 
o processamento das informações estímulos 
eferentes são levados para os músculos lisos, 
músculo estriado cardíaco ou glândulas (via 
eferente). A estimulação eferente pode ser 
inibitória ou excitatória para aquela víscera. 
Os estímulos eferentes são conduzidos 
pelas partes simpática ou parassimpática da 
divisão autônoma do sistema nervoso. Na 
maior parte dos casos as partes simpática e 
parassimpática são antagonistas. A inibição 
ou excitação do órgão dependerá da interação 
entre o neurotransmissor (liberado pelas 
partes simpática ou parassimpática) com o 
receptor de membrana (localizado na víscera 
alvo).
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A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 33
C A P Í T U L O 5
CÉREBRO
Objetivo: 
identificar as partes anatômicas que constituem o 
cérebro, correlacionando com as principais funções.
 
 
Fonte: http://neurologiadoparasita.blogspot.com/2008/10/brain-intelligence-mind-
common-sense.html (acesso em jan/2011).
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 Cérebro
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 35
Cérebro
 O cérebro é o centro de integrações e comando 
dosistema nervoso. É constituído por duas partes: o 
telencéfalo e o diencéfalo.
 O telencéfalo (do grego telos – extremidade, 
enkephalos – encéfalo), desenvolveu-se rapidamente, 
formando duas grandes massas que ocupam quase 
que toda a cavidade craniana. Essas massas são 
denominadas de hemisférios cerebrais.
 O desenvolvimento do diencéfalo (do grego 
dia - entre, enkephalos – encéfalo), foi mais restrito, 
limitando-se à região mediana do cérebro.
 O telencéfalo e o diencéfalo apresentam 
amplas conexões, tanto motoras, quanto sensitivas. 
O telencéfalo é o centro superior, local do controle 
motor geral, tomada de decisões e interpretação 
sensitiva. O diencéfalo atua modulando o movimento, 
algumas sensibilidades se tornam conscientes no 
diencéfalo, controla a parte autônoma do sistema 
nervoso, regulação endócrina e ciclo circadiano.
Disposição de substância branca e cinzenta no 
telencéfalo 
 A substância cinzenta está localizada 
externamente, formando o córtex cerebral (do 
latim córtex – casca). No interior está distribuída a 
substância branca. No interior da substância branca 
estão localizados corpos de neurônios, denominados 
de núcleos da base.
•	 Córtex cerebral (substância cinzenta): 
formado por corpos de neurônios, células da 
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36 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
neuroglia e fibras nervosas amielínicas. O 
córtex cerebral é heterogêneo, apresentando 
áreas com seis camadas celulares (neocórtex), 
enquanto que outras áreas apresentam três 
camadas celulares (paleocórtex e arquicórtex). 
O córtex cerebral se distribui nos giros do 
telencéfalo, apresentando em cada região 
uma função específica. A classificação de 
Brodmann é utilizada para a localização das 
partes funcionais do córtex cerebral (áreas de 
Brodmann).
•	 Centro medular branco do cérebro (substância 
branca): constituído por axônios mielínicos, 
aferentes e eferentes ao córtex cerebral.
•	 Núcleos da base (“gânglios da base”): os 
núcleos da base são corpos de neurônios, 
bem delimitados, localizados no interior da 
substância branca do cérebro. Antigamente, 
os núcleos da base eram denominados de 
gânglios da base, entretanto, essa terminologia 
não é mais adequada para a PCSN, sendo 
utilizado o termo gânglio para a PPSN. 
Telencéfalo
Formado por duas massas laterais, denominadas 
de hemisférios cerebrais direito e esquerdo. São 
separados parcialmente pela fissura longitudinal do 
cérebro. Os hemisférios cerebrais apresentam as 
mesmas características anatômicas, embora variações 
e alterações de massas (volume e posição) podem ser 
encontradas ao se comparar os hemisférios, tornando-
se assimétricos. Funcionalmente é mais distinto, o 
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A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 37
hemisfério esquerdo está relacionado com a lógica 
e raciocínio, enquanto que o direito com percepção, 
abstração e musicalidade.
 O padrão motor da maior parte das pessoas 
é comandado pelo hemisfério cerebral esquerdo, 
que controla os músculos da metade direita do 
corpo. A atividade motora pode ser estimulada e 
treinada durante a vida, capacitando uma pessoa ao 
ambidestrismo. 
 Os hemisférios cerebrais se comunicam, a 
principal estrutura inter-hemisférica de comunicação 
é o corpo caloso, formado exclusivamente por fibras 
nervosas mielinizadas. 
 No interior do telencéfalo estão localizados os 
ventrículos laterais (direito e esquerdo), em seus 
respectivos hemisférios cerebrais.
 No telencéfalo encontramos circunvoluções 
denominadas de giros. Os giros permitiram aumentar 
a superfície para os neurônios, e ao mesmo tempo 
diminuir o tamanho do telencéfalo. Os giros do 
telencéfalo são separados por sulcos. O telencéfalo é 
dividido em partes denominadas de lobos. São cinco 
lobos anatômicos do telencéfalo e um lobo considerado 
funcional. Dos cinco lobos anatômicos, quatro deles 
se relacionam com os ossos do crânio, recebendo 
a mesma denominação. Os lobos anatômicos do 
telencéfalo são: frontal, parietal, temporal, occipital e 
insular. O lobo insular não se relaciona com os ossos 
do crânio. O lobo funcional do telencéfalo é o lobo 
límbico, que abrange parte dos lobos frontal, parietal 
e temporal.
 O estudo do telencéfalo pode ser realizado de 
forma didática levando em consideração as suas três 
faces: súpero-lateral, inferior e medial.
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38 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
Face súpero-lateral do telencéfalo 
 Na face súpero-lateral identificamos os quatro 
lobos do telencéfalo (frontal, parietal, temporal e 
occipital). Dois grandes sulcos são visíveis: sulco 
central e sulco lateral.
•	 Sulco central (“sulco de Rolando”): separa 
os lobos frontal e parietal. Inicia-se na face 
medial do telencéfalo, terminando no sulco 
lateral.
•	 Sulco lateral (“sulco de Sylvius”): separa os 
lobos frontal do temporal e, o temporal do 
parietal. Inicia-se profundamente na base 
do crânio, dirigindo-se para a face súpero-
lateral. Profundamente ao sulco lateral está 
localizado o lobo insular.
Outros sulcos estão localizados na face súpero-
lateral. Para a maioria dos sulcos a nomenclatura 
obedece a localização e posição. Exemplo: sulco 
frontal superior ou sulco temporal inferior. Poucos são 
os sulcos que fogem do exemplo, como no caso do 
sulco intraparietal (sulco no sentido ântero-posterior, 
que divide o lobo parietal em dois lóbulos: superior e 
inferior).
 Os giros da face súpero-lateral serão descritos 
abaixo, de forma sucinta, e indicaremos as principais 
funções.
 Lobo frontal: apresenta quatro giros na face 
súpero-lateral: giro frontal superior, giro frontal 
médio, giro frontal inferior e giro pré-central. Os giros 
frontais apresentam disposição ântero-posterior, 
enquanto que o giro pré-central é súpero-inferior.
•	 Giro frontal superior: estende-se da face 
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A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 39
medial do telencéfalo (nessa região pode ser 
denominado de giro frontal medial), até o 
sulco frontal superior. 
•	 Giro frontal médio: localiza-se entre os sulcos 
frontais superior e inferior.
•	 Giro frontal inferior: localizado inferiormente 
ao sulco frontal inferior. É a área motora da 
fala. No lado direito está envolvido com o 
ritmo e entonação da fala.
Os giros frontais superior e médio respondem 
por diversas funções. A porção mais anterior desses 
giros é denominada de área pré-frontal, relacionada 
com funções como atenção, iniciativa e comportamento 
social. As porções mais posteriores desses giros estão 
envolvidas com o movimento somático (áreas motoras 
secundárias), que controlam movimentos posturais e 
elaboram a programação do movimento, antes que o 
mesmo ocorra.
•	 Giro pré-central: localizado entre os sulcos 
pré-central (anteriormente) e central 
(posteriormente). O giro pré-central contém 
neurônios motores, desta forma, essa é a 
área motora somática primária. Os neurônios 
localizados no giro pré-central são denominados 
de neurônios motores superiores, realizando 
sinapse com os neurônios motores inferiores 
(localizados nas colunas anteriores da medula 
espinal). O giro pré-central direito comanda 
os músculos estriados esqueléticos do lado 
oposto. Há uma representação funcional do 
corpo no giro pré-central, quanto maior a 
função motora da parte do corpo, maior é a 
quantidade de neurônios no giro pré-central 
(Homúnculo motor de Penfild).
Lobo parietal: na face súpero-lateral apresenta 
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40 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
três giros. A divisão dos giros é peculiar. O lobo parietal 
é separado em duas áreas menores, lóbulos parietais 
superior einferior, pelo sulco intra-parietal. O lóbulo 
parietal inferior contém os giros supramarginal e 
angular.
•	 Giro pós-central: localizado entre os sulcos 
central (anteriormente) e pós-central 
(posteriormente). O giro pós-central contém 
neurônios sensitivos, constituindo a área 
sensitiva somática primária. O giro pós-
central direito recebe os estímulos sensitivos 
provenientes do lado oposto do corpo (com 
exceção da cabeça que possui representação 
sensitiva bilateral). Há uma representação 
funcional do corpo no giro pós-central, quanto 
maior a sensibilidade da parte do corpo, maior 
é a quantidade de neurônios no giro pós-
central (Homúnculo sensitivo de Penfild).
•	 Lóbulo parietal superior: localizado 
superiormente ao sulco intraparietal. Está 
relacionado com funções interpretativas 
sensitivas (gnosia).
•	 Lóbulo parietal inferior: localizada 
inferiormente ao sulco intraparietal. Nesse 
lóbulo estão localizados dois giros, o giro 
supramarginal (anteriormente, na direção 
do término do sulco lateral), e o giro angular 
(posteriormente). O giro supramarginal 
comunica-se anteriormente com o giro pós-
central e, posteriormente com o giro temporal 
superior. Os giros supramarginal e angular 
possuem conexões com o lobo temporal 
(principalmente o giro temporal transverso 
anterior – “área de Heschl”), formando a área 
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A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 41
do cérebro responsável pela compreensão da 
linguagem falada (“área de Wernick”). O lóbulo 
parietal inferior também está relacionado com 
o esquema corporal (percepção do corpo no 
espaço).
Lobo temporal: na face súpero-lateral do 
cérebro, encontra-se inferiormente ao sulco lateral. 
É formado por três giros temporais superior, médio e 
inferior.
•	 Giro temporal superior: localizado entre 
os sulcos lateral e temporal superior. Esse 
giro prolonga-se até a intersecção entre os 
lobos parietal e occipital. Apresenta uma 
parte profunda, dirigida medialmente no 
sulco lateral, denominado de giro temporal 
transverso. Essa área está relacionada com a 
audição primária.
•	 Giro temporal médio: localizado entre 
os sulcos temporais superior e inferior. 
Relacionado com funções visuais secundárias, 
como o reconhecimento facial (identificação 
de pessoas).
•	 Giro temporal inferior: localizado inferiormente 
ao sulco temporal inferior, estendendo-se para 
a face inferior do telencéfalo. Relacionado 
com funções visuais secundárias, como a 
identificação de objetos e formas complexas.
Lobo occipital: na face súpero-lateral não 
apresenta giros e sulcos nominados. Sua precisa 
delimitação é realizada pela incisura pré-occipital, 
que o separa do lobo temporal.
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42 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
Face inferior do telencéfalo
 A face inferior do telencéfalo apóia na base 
do crânio (com exceção do pólo occipital). Os lobos 
frontal, temporal e occipital são visualizados nessa 
face. Parte dos giros e sulco dos lobos occipital e 
temporal é contínua, por essa razão, descreveremos 
esses dois lobos juntos.
 Lobos temporal e occipital: na face inferior do 
telencéfalo, o lobo temporal está alojado na fossa 
média do crânio, enquanto que, o lobo occipital está 
separada do fossa posterior do crânio pela presença do 
cerebelo. Localizam-se nessa região os giros: temporal 
inferior, occipitotemporal lateral, occipitotemporal 
medial (giro lingual), parahipocampal e o únco.
•	 Giro temporal inferior: estende-se da face 
súpero-lateral, do sulco temporal inferior, até 
o sulco occipitotemporal.
•	 Giro occipitotemporal lateral: localizado 
entre os sulcos occipitotemporal e colateral. 
Relacionada com a função visual secundária 
(reconhecimento de cor, face, números e 
palavras).
•	 Giro occipitotemporal medial: localizado 
entre os sulcos colateral e calcarino. O giro 
occipitotemporal medial está relacionado com 
a função visual primária.
•	 Giro parahipocampal: continuação do 
giro occipitotemporal medial, dirigindo-
se anteriormente. O giro parahipocampal 
anteriormente se curva para constituir o 
únco e, posteriormente se conecta com o 
giro do cíngulo. O giro parahipocampal está 
relacionado com a memória, ativando-se no 
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A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 43
momento de recordação topográfica: imagens 
de regiões e lugares (cidades, quartos, 
salas). O únco está relacionado com funções 
olfatórias.
Lobo frontal: a face inferior do lobo frontal está 
apoiada na fossa anterior do crânio. Os giros são 
irregulares, denominados de giros orbitais. O sulco 
olfatório e o giro reto estão relacionados. 
•	 Sulco olfatório: aloja o bulbo e o trato 
olfatório. O bulbo olfatório contém o corpo 
celular do segundo neurônio da via olfatória. 
Seus axônios formam o trato olfatório, que se 
dirige posteriormente, dividindo-se em duas 
estrias olfatórias, uma medial e outra lateral. A 
estria olfatória lateral envia informações para 
o únco e giro parahipocampal, enquanto que 
a estria olfatória medial envia as informações 
para a área septal, localizada na face medial 
do lobo frontal.
Face medial do telencéfalo 
 A face medial do telencéfalo é estudada nos 
cortes sagitais medianos do encéfalo. Evidencia os 
lobos frontal, parietal e occipital, além de estruturas 
não corticais, a substância branca, sendo: corpo 
caloso, fórnice, comissura anterior, lâmina terminal 
e o septo pelúcido. Nessa face, também fica evidente 
as estruturas corticais do lobo límbico, localizadas 
nos lobos frontal e parietal (no lobo temporal estão 
localizadas na face inferior). Abaixo está descrito as 
estruturas do telencéfalo da face medial em uma 
sequência mais simples para o estudo.
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44 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
•	 Corpo caloso: formado por fibras nervosas 
mielinizadas, é o principal feixe de associação 
inter-hemisférico. O corpo caloso é dividido 
de anterior para posterior em: rostro, joelho, 
tronco e esplênio.
•	 Fórnice (do latim fornix – arco): formado por 
fibras mielínicas, que se projetam do córtex 
do hipocampo para os núcleos dos corpos 
mamilares (integra parte do sistema límbico – 
“circuito de Papez”). Apresenta duas projeções 
posteriores, denominadas de pilares, que se 
ligam ao hipocampo. Os pilares se unem para 
formar o corpo do fórnice (inferior ao corpo 
caloso) e, separa-se anteriormente, formando 
as colunas do fórnice, que se projetam nos 
corpos mamilares do hipotálamo.
•	 Septo pelúcido (do latim septum – cerca, e 
pellucidus – transparente): é uma parede 
triangular, ligado superiormente no tronco 
e joelho do corpo caloso, até o fórnice, 
inferiormente. O septo pelúcido é formado 
por duas lâminas, separadas uma cavidade 
estreita (cavidade do septo pelúcido, essa 
cavidade pode se apresentar dilatada, 
constituindo o Vº ventrículo). O septo pelúcido 
separa os ventrículos laterais.
•	 Giro do cíngulo (do latim cingula – cintura): 
localizado superiormente ao corpo caloso. Seu 
limite superior é o sulco do cíngulo. O giro do 
cíngulo tem início no lobo frontal, segue para 
o lobo parietal, contornando superiormente 
o corpo caloso. Na região posterior, próximo 
ao esplênio do corpo caloso, torna-se estreito 
formando o istmo do giro do cíngulo, que se 
comunica com o giro parahipocampal.
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A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 45
•	 Sulco do cíngulo: o sulco do cíngulo está 
localizado superiormente ao giro do cíngulo. 
Em seu trajeto origina o sulco subparietal e o 
ramo marginal do sulco do cíngulo.
Sulcos calcarinos, parietoccipital, ramo marginal 
do sulco do cíngulo, centrale paracentral: esses 
sulcos dividem a face medial em áreas específicas. 
Estão ordenados de posterior para anterior. 
•	 Sulco calcarino (do latim calcarinus – forma 
de esporão): sulco horizontal, localizado 
no lobo occipital, que separa o giro 
occipitotemporal medial (inferiormente) 
do cúneo (superiormente). O cúneo está 
relacionado com a função visual primária.
•	 Sulco parietoccipital: sulco de direção obliqua 
que separa os lobos occipital e parietal. 
Posteriormente ao sulco parietoccipital está o 
cúneo e, anteriormente o pré-cúneo.
•	 Ramo marginal do sulco do cíngulo: destaca-
se da região posterior do sulco do cíngulo, 
com direção superior. Separa o pré-cúneo 
(localizado posteriormente), do lóbulo 
paracentral (localizado anteriormente).
•	 Sulco central: com início no sulco lateral, o 
sulco central cruza toda a face súpero-lateral 
do telencéfalo, terminando na parte superior 
da face medial. Separa o lóbulo paracentral 
em duas áreas: anterior (motora) e posterior 
(sensitiva).
•	 Sulco paracentral: sulco vertical que termina 
no sulco do cíngulo, separando o lóbulo 
paracentral do giro frontal superior.
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46 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
Próximo ao rostro do corpo caloso é possível 
identificar a comissura anterior, lâmina terminal e a 
área septal.
•	 Comissura anterior: fibras de associação 
inter-hemisféricas, localizada inferiormente 
ao rostro do corpo caloso. Estabelece união 
entre os lobos temporais.
•	 Lâmina terminal: lâmina fina de tecido 
nervoso localizada entre a comissura 
anterior (superiormente) e o quiasma 
óptico (inferiormente). No desenvolvimento 
embrionário, o prosencéfalo se divide em 
duas vesículas, o telencéfalo e o diencéfalo. 
As vesículas telencefálicas são unidas 
medialmente pela lâmina terminal.
•	 Área septal: localizada no lobo frontal, 
anteriormente a lâmina terminal. Estabelece 
conexões com o hipotálamo e formação 
reticular. É considerada uma área cerebral 
relacionada com o prazer.
 
Lobo insular (do latim insula - ilha): lobo 
de localização profunda ao sulco lateral, sendo 
recoberto pelos lobos frontal, parietal e temporal. 
O córtex da insula está localizado lateralmente à 
capsula extrema (substância branca do cérebro). 
O lobo insular apresenta giros longos (posteriores) 
e curtos (anteriores). Está relacionado com funções 
emocionais (fobias), sensoriais e motoras viscerais, 
vestibulares, movimentos somáticos e fala (apraxia). 
Hipocampo (do grego hippokampos – cavalo-
marinho): é uma formação profunda, localizada no 
lobo temporal, formando um arco sobre o corno 
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A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 47
temporal do ventrículo lateral. É formado pelo 
córtex mais antigo (arquicórtex). A porção anterior 
do hipocampo é dilatada, e denominada de pé do 
hipocampo (“corno de Ammon”). A porção súpero-
medial do hipocampo é constituída pelo giro denteado. 
Entre o pé do hipocampo e o giro parahipocampal 
está localizado o subículo (do latim subiculum – que 
suporta). O hipocampo está envolvido com função de 
memória de curto prazo. 
Lobo límbico 
 É constituído por estruturas nervosas que 
formam um limbo na face medial do telencéfalo (nos 
lobos frontal, parietal e temporal). É formado por 
estruturas corticais e subcorticais. O lobo límbico está 
envolvido com o comportamento emocional, sexual e 
processamentos de memorização.
•	 Componentes corticais do lobo límbico: giro do 
cíngulo, giro parahipocampal e o hipocampo.
•	 Componentes subcorticais do lobo límbico: 
corpo amigdalóide, área septal, núcleos 
mamilares, núcleos anteriores do tálamo e 
núcleos habenulares.
William James foi o primeiro a propor a teoria 
das emoções. Após o indivíduo receber um estímulo, 
o cérebro gera as emoções (taquicardia, dispnéia, 
angústia, medo, etc.). Posteriormente, Walter Cannon 
propôs outra teoria, com a hipótese de que o tálamo 
seria o centro fundamental das emoções, e a partir 
dele os estímulos elétricos seriam enviados ao córtex 
cerebral e ao hipotálamo (ocorrendo alterações 
viscerais, via parte autônoma do sistema nervoso). 
James Papez demonstrou que não havia apenas um 
centro cerebral envolvido com as emoções. Sua teoria 
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48 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
é a mais importante contribuição no estudo funcional 
das emoções. Seu trabalho demonstrou um circuito 
cerebral reverberativo, que utiliza de estruturas 
corticais e subcorticais. A direção dos impulsos no 
circuito proposto por Papez é: hipocampo – fórnice 
- núcleos mamilares - fascículo mamilotalâmico 
- núcleos anteriores do tálamo - cápsula interna - 
giro do cíngulo – giro parahipocampal - hipocampo. 
Contribuições do trabalho de Paul MacLean incluíram 
outras estruturas encefálicas que se conectam com 
o circuito de Papez, sendo: área pré-frontal, corpo 
amigdalóide, área septal e tronco encefálico.
Centro medular branco do cérebro
 Esse centro é formado por fibras nervosas 
mielínicas, divididas em dois grupos: fibras nervosas 
de associação e fibras nervosas de projeção. 
 Fibras nervosas de associação: conectam áreas 
corticais entre si, podendo ser intra-hemisféricas ou 
inter-hemisféricas.
•	 Fibras de associação intra-hemisféricas: 
fascículo do cíngulo (conecta os lobos frontal 
e temporal), fascículo longitudinal superior 
(conecta os lobos frontal, parietal e occipital), 
fascículo longitudinal inferior (conecta os 
lobos occipital e temporal), fascículo uncinado 
(conecta os lobos frontal e temporal), e 
cápsula extrema (localizada entre o córtex 
insular e o claustro, conecta o córtex insular 
ao córtex do giro frontal inferior).
•	 Fibras de associação inter-hemisféricas: 
comissura anterior (conecta os lobos 
temporais), corpo caloso (conecta áreas 
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A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 49
simétricas do córtex cerebral), e comissura do 
fórnice (conecta os hipocampos).
Fibras nervosas de projeção: conectam áreas 
corticais com áreas subcorticais.
•	 Capsula interna: ampla faixa branca, em forma 
de letra “V”, cujo vértice se dirige medialmente. 
É constituída por um ramo anterior (entre os 
núcleos caudado e lentiforme), um joelho, e 
um ramo posterior (entre o tálamo e o núcleo 
lentiforme). O ramo anterior apresenta fibras 
provenientes da parte frontal do córtex cerebral 
para a ponte. O joelho da cápsula interna 
contém fibras corticonucleares, provenientes 
do córtex motor para os núcleos dos nervos 
cranianos, localizados no tronco encefálico. O 
ramo posterior apresenta fibras corticospinais 
(anteriormente para os membros superiores, 
em seguida para o tronco e membros 
inferiores). A maior parte das fibras aferentes 
ou eferentes do córtex cerebral passam pela 
cápsula interna. Acima da margem superior 
dos núcleos da base, a cápsula interna se 
continua como coroa radiada, projetando-
se para o córtex cerebral. Inferiormente aos 
núcleos da base a cápsula interna forma os 
pedúnculos cerebrais (no mesencéfalo). 
•	 Cápsula externa: localizada entre o claustro 
e o núcleo lentiforme (putame). É constituída 
por fibras profundas frontoccipitais, 
corticoestriadas e corticorreticulares.
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50 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
Núcleos da base
 São corpos de neurônios, bem delimitados e 
com funções específicas, localizados no interior do 
centro medular branco do cérebro. É composto por: 
núcleo caudado, núcleo lentiforme (dividido em duas 
porções o globo pálido e o putame), claustro, corpo 
amigdalóide, núcleo basal (“Meynert”), e o núcleo 
acumbens. Os núcleos caudado e lentiforme formamo corpo estriado (relacionado com o planejamento 
motor, apresentando conexões com o mesencéfalo e 
o diencéfalo).
•	 Núcleo caudado: em forma de arco, se 
relaciona com o ventrículo lateral. Sua porção 
anterior é dilatada constituindo a cabeça do 
núcleo caudado (relaciona-se lateralmente 
com o ventrículo lateral). Posteriormente, o 
núcleo caudado se continua, mais estreito, 
com o corpo (localizado próximo ao assoalho 
do ventrículo lateral), terminando em uma 
porção bastante afilada, denominada de 
cauda (localizada próxima ao corno temporal 
do ventrículo lateral). 
•	 Núcleo lentiforme: formado medialmente pelo 
globo pálido e, lateralmente pelo putame. O 
globo pálido é separado do núcleo caudado e 
tálamo pela cápsula interna. 
Funcionalmente, o corpo estriado é dividido em: 
estriado (formado pelo núcleo caudado e putame), 
e o pálido (constituído pelo globo pálido). A maior 
parte das fibras parte do estriado para o pálido. Deste 
último, partem fibras eferentes do corpo estriado.
 
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 Cérebro
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 51
•	 Claustro (do latim claustrum – barreira): é uma 
fina lâmina de substância cinzenta, localizada 
entre as cápsulas externa e extrema. 
•	 Corpo amigdalóide: localiza-se próximo à 
cauda do núcleo caudado, no lobo temporal. 
Tem amplas conexões com o sistema límbico, 
relacionando-se com o comportamento sexual 
e agressividade.
•	 Núcleo basal: formado por neurônios 
colinérgicos, localiza-se anteriormente ao 
globo pálido. Conecta-se ao sistema límbico 
e ao córtex cerebral, apresentando funções 
correlacionadas coma memória.
•	 Núcleo acumbens: localizado entre a cabeça 
do núcleo caudado e o putame.
Diencéfalo
 O diencéfalo está localizado medialmente, entre 
os hemisférios cerebrais. É constituído pelo: tálamo, 
hipotálamo, epitálamo, metatálamo e subtálamo. 
Relaciona-se com o IIIº ventrículo.
•	 Tálamo: são duas massas ovaladas, 
localizadas lateralmente ao IIIº ventrículo. 
Sua porção anterior é denominada de 
tubérculo anterior do tálamo, e está localizada 
próxima ao forame interventricular (forame 
que comunica os ventrículos laterais com o 
IIIº ventrículo). A parte posterior do tálamo 
é dilatada, denominada de pulvinar do 
tálamo. Inferiormente ao pulvinar do tálamo 
está localizado o metatálamo. O tálamo é 
constituído, internamente, por vários núcleos. 
A maior parte dos núcleos talâmicos está 
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52 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
relacionada com estímulos sensitivos tornando 
o tálamo um relé para as vias sensitivas. O 
tálamo está associado ao controle somático, 
visceral e o sistema emocional.
•	 Hipotálamo: está localizado inferiormente 
ao tálamo, separado deste pelo sulco 
hipotalâmico. O hipotálamo é constituído por: 
quiasma óptico (cruzamento das fibras nasais 
da retina), corpos mamilares (duas dilatações 
localizadas na fossa interpeduncular, 
formada por núcleos mamilares), túber 
cinério (formação triangular localizada entre 
o quiasma óptico e os corpos mamilares), 
infundíbulo (estende-se do túber cinério até a 
hipófise) e hipófise. No interior do hipotálamo 
são encontrados diversos núcleos. O fórnice 
divide os núcleos hipotalâmicos em grupos 
lateral e medial. O hipotálamo está envolvido 
com diversas funções orgânicas, como: 
controle da parte autônoma do sistema 
nervoso, sede, fome, saciedade, regulação 
da temperatura, controle endócrino, sono, 
vigília, regulação da diurese e sensações 
relacionadas ao prazer e raiva.
•	 Epitálamo: localizado superiormente ao 
mesencéfalo e, separado desde pela comissura 
posterior. Apresenta formações endócrinas 
e não endócrinas. A formação endócrina. A 
principal formação endócrina é a glândula 
pineal (localizada inferiormente o esplênio do 
corpo caloso). A glândula pineal atua sobre as 
gônadas (testículos ou ovários), e produção 
cíclica de melatonina. O órgão subcomissural 
é outra formação endócrina do epitálamo, está 
localizado abaixo da comissura posterior e 
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 Cérebro
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 53
participa do controle da glândula supra-renal. 
As formações não endócrinas do epitálamo 
são: trígono das habênulas (contendo 
os núcleos habenulares), comissura das 
habênular, estrias medulares e a comissura 
posterior. Com exceção da comissura 
posterior, todos os outros estão relacionados 
com o sistema límbico. A comissura posterior 
apresenta fibras nervosas provenientes do 
núcleo parassimpático do nervo oculomotor 
(“núcleo de Edinger Westphal”), influenciando 
no reflexo consensual.
•	 Metatálamo: localizado inferiormente ao 
pulvinar do tálamo, apresenta duas formações 
os corpos geniculados lateral e medial. No 
corpo geniculado lateral está localizado o 
quarto neurônio da via visual, que envia fibras 
nervosas para o lobo occipital (cúneo e giro 
occipitotemporal medial). O corpo geniculado 
lateral estabelece conexão com o colículo 
superior do mesencéfalo, por meio do braço 
do colículo superior. O corpo geniculado medial 
estabelece conexão com o colículo inferior do 
mesencéfalo por meio do braço do colículo 
inferior. No corpo geniculado medial está 
localizado o quarto neurônio da via auditiva.
•	 Subtálamo: localizado entre o tálamo 
(superiormente) e o mesencéfalo 
(inferiormente), e entre a cápsula interna 
(lateral) e hipotálamo (medial). O subtálamo 
é a menor formação diencéfalica, sua principal 
formação é o núcleo subtalâmico, relacionado 
com o controle do movimento somático.
 
 
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Cérebro
54 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
Hipófise: é a glândula mestre do sistema 
endócrino, regulada pelo hipotálamo. Está alojada 
na sela turca do osso esfenóide e, isolada por uma 
prega da dura-máter denominada de diafragma da 
sela. Fibras nervosas provenientes do hipotálamo 
alcançam a hipófise por meio do infundíbulo. A 
hipófise é constituída por duas formações distintas: 
uma glandular, andenohipófise (anterior); e nervosa 
denominada de neurohipófise (posterior). Cada parte 
da hipófise secreta hormônios específicos.
•	 Adenohipófise: hormônio do crescimento 
(GH), hormônio tireo-estimulante (TSH), 
hormônio adenocorticotrópico (ACTH), 
prolactina, hormônio luteinizante 
e hormônio folículo-estimulante. 
•	 Neurohipófise: hormônio antidiurético (ADH – 
vasopressina) e ocitocina.
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A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 55
C A P Í T U L O 6
CEREBELO
Objetivo: 
identificar as partes anatômicas do cerebelo. 
 
Fonte: http://www.versatileartist.com/wf_brain.htm 
 (acesso em jan/2011).
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 Cerebelo
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 57
Cerebelo
 Está localizado na fossa cerebelar do osso 
occipital (fossa craniana posterior). O cerebelo está 
separado do lobo occipital (localizado superiormente), 
por uma prega da dura-máter, denominada de tentório 
do cerebelo. Anteriormente ao cerebelo localizamos 
a ponte e o bulbo. O IVº ventrículo está localizado 
entre o tronco encefálico e o cerebelo. Os pedúnculos 
cerebelares (superior, médio e inferior) conectam o 
cerebelo ao tronco encefálico.
 O cerebelo apresenta uma camada cortical 
externa (córtex do cerebelo), homogênea, constituída 
por três camadas celulares. Internamente, se 
distribuem a fibras mielínicas, compondo o centro 
medular branco do cerebelo. No interior do centro 
medular branco do cerebelo são encontrados núcleos 
específicos (núcleos do cerebelo).
 Anatomicamente o cerebelo é dividido em dois 
hemisférioscerebelares (direito e esquerdo), e uma 
porção mediana, denominada de verme cerebelar. 
O cerebelo é dividido em lobos: flóculo-nodular 
(relacionado com o equilíbrio), anterior (funções 
relacionadas ao tônus muscular e propriocepção), e 
posterior (coordenação dos movimentos). Os lobos do 
cerebelo são divididos por fissuras, formando lóbulos.
•	 Lobo flóculo-nodular: constituído por dois 
flóculos (cada flóculo está localizado abaixo 
do pedúnculo cerebelar inferior), unidos pelo 
nódulo.
•	 Lobo anterior do cerebelo: forma parte da 
porção superior do cerebelo. A fissura primária 
separa o lobo anterior do lobo posterior. O 
lóbulo quadrangular anterior está localizado 
anteriormente a fissura primária.
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Cerebelo
58 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
•	 Lobo posterior do cerebelo: o maior lobo do 
cerebelo apresenta uma porção superior, que 
se estende formando a porção inferior do 
cerebelo. Os lóbulos e fissuras são (partindo 
da fissura primária): lóbulo quadrangular 
posterior, fissura pós-clival, lóbulo semilunar 
superior, fissura horizontal, lóbulo semilunar 
inferior, fissura pré-piramidal, lóbulo biventre. 
A tonsila do cerebelo é uma porção dilatada, 
localizada no lobo posterior, em sua parte 
ântero-inferior (superiormente ao forame 
magno e posteriormente ao bulbo).
O verme do cerebelo apresenta sua divisão, com 
denominação diferente dos hemisférios cerebelares, 
sendo: língula, lóbulo central, cúlmen, declive, folha 
do verme, túber, pirâmide, úvula e nódulo.
Os núcleos do cerebelo são: denteado, 
emboliforme, globoso e fastigial. O núcleo denteado 
é o maior deles, localizado lateralmente. O núcleo 
fastigial assume uma posição medial. Entre os 
núcleos denteado e fastigial estão localizados os 
núcleos emboliforme e globoso (denominados como 
núcleo interpósito). Os núcleos do cerebelo exercem 
influencia no controle motor dos músculos estriados 
esqueléticos, o núcleo fastigial controla os músculos 
axiais e proximais dos membros (postura e equilíbrio), 
os núcleos interpósito e denteado controlam os 
músculos distais. 
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A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 59
C A P Í T U L O 7
TRONCO ENCEFÁLICO
Objetivo: 
identificar as partes anatômicas do tronco encefálico, 
correlacionando-as com suas principais funções.
 
Fonte: http://www.csee.wvu.edu/~tmcgraw/gpu/index.html 
(acesso em jan/2011).
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 Tronco Encefálico
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 61
Tronco Encefálico
 O tronco encefálico é constituído por três 
partes: mesencéfalo, ponte e o bulbo (de superior para 
inferior). Está localizado na fossa craniana posterior, 
apoiado no clivo do osso occipital. O tronco encefálico 
está no compartimento infra-tentorial, junto ao 
cerebelo, enquanto que o cérebro está localizado no 
compartimento supra-tentorial.
 Uma grande quantidade de informações 
aferentes e eferentes atravessa o tronco encefálico. 
Dez dos doze pares de nervos cranianos possuem 
seus núcleos no tronco encefálico. No interior do 
tronco encefálico há núcleos específicos e a formação 
reticular. Funções básicas para a sobrevivência são 
mantidas pelo tronco encefálico, como no caso o 
centro da respiração.
Mesencéfalo
 É a parte superior do tronco encefálico. 
Atravessado pelo aqueduto do mesencéfalo, que 
conecta o IIIº ventrículo com o IVº ventrículo. 
O mesencéfalo fica interposto ao diencéfalo 
(superiormente), e a ponte (inferiormente). Separado 
do diencéfalo por uma linha imaginária traçada a 
partir da comissura posterior (limite superior do 
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Tronco Encefálico
62 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
mesencéfalo). Inferiormente, o sulco pontino superior 
separa o mesencéfalo da ponte.
 O mesencéfalo é constituído pelos pedúnculos 
cerebrais, fossa interpeduncular, colículos superiores 
e inferiores e braços dos colículos superiores e 
inferiores.
•	 Pedúnculo cerebral: são duas massas brancas, 
formadas por axônios mielínicos, provenientes 
do giro pré-central, com trajeto descendente 
pela coroa radiada e ramo posterior da cápsula 
interna, formando os pedúnculos cerebrais. As 
fibras nervosas são motoras (cada pedúnculo 
possui fibras nervosas homolaterais aos 
giros pré-centrais). As fibras nervosas dos 
pedúnculos passam pela base da ponte, 
pirâmides bulbares, cruzando, parcialmente, 
para o lado oposto no bulbo (formando a 
decussação das pirâmides).
•	 Fossa interpeduncular: espaço localizado 
entre os pedúnculos cerebrais. Na fossa 
interpeduncular estão localizados os corpos 
mamilares (hipotálamo).
•	 Colículos superiores e inferiores: juntos são 
denominados de lâmina quadrigêmea. Os 
colículos superiores são inferiores à glândula 
pineal e, estão relacionados com reflexos 
motores do bulbo do olho (movimentos 
verticais). Os colículos inferiores são formados 
por neurônios da via auditiva (terceiro 
neurônio da via).
Em secção horizontal, o mesencéfalo é dividido 
em: base do pedúnculo, tegmento e tecto. 
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 Tronco Encefálico
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 63
•	 Base do pedúnculo: contém as fibras nervosas 
provenientes do giro pré-central. São as fibras 
corticospinais e corticonucleares (as primeiras 
atuam nos neurônios da coluna anterior da 
medula espinal, enquanto que as segundas 
atuam nos núcleos dos nervos cranianos).
•	 Tegmento: apresenta núcleos da formação 
reticular, núcleos dos nervos cranianos 
(oculomotor, troclear e trigêmeo), núcleo 
rubro (participa da motricidade somática para 
os músculos distais) e a substância negra. A 
substância negra é formada por neurônios 
dopaminérgicos (o neurotransmissor é a 
dopamina), exercendo conexões com o corpo 
estriado, participando do programa 
motor.
Ponte
 É a parte média do tronco encefálico, localizada 
entre o mesencéfalo e o bulbo. O limite superior da ponte 
é o sulco pontino superior. Inferiormente é limitada 
pelo sulco bulbopontino (emergência dos nervos 
cranianos: abducente, facial e vestíbulococlear). Na 
face anterior da ponte está localizado o sulco basilar 
(ocupado pela artéria basilar). A ponte apresenta 
uma base e um tegmento.
•	 Base da ponte: é a maior porção da ponte, 
sendo atravessada pelas fibras do trato 
corticospinal, corticonuclear e corticopontinas. 
Apresenta fibras transversas.
•	 Tegmento da ponte: apresenta fibras 
ascendentes, descendentes e transversas. 
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Tronco Encefálico
64 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
O núcleo dos nervos abducente, facial e 
vestibulococlear são encontrados no tegmento 
da ponte. Núcleos parassimpáticos como os 
núcleos salivatório superior e lacrimal (que 
constituem parte do nervo facial), têm origem 
no tegmento. O nervo trigêmeo apresenta 
núcleos que se originam na ponte.
Bulbo (medula oblonga) 
 O bulbo é a parte inferior do tronco encefálico, 
continua-se inferiormente com a medula espinal. A 
emergência do primeiro par de nervos espinal é o 
marco do término do bulbo. Admitisse que o limite 
ósseo para o bulbo fosse o forame magno, contudo, o 
bulbo pode invadir o canal vertebral.
 A disposição de sulcos e fissuras no bulbo é 
muito semelhante a da medula espinal, sendo: fissura 
mediana anterior (atravessada pela decussação das 
pirâmides), sulco ântero-lateral, póstero-lateral, 
sulco intermédio posterior e sulco mediano posterior.
 Na região anterior do bulbo, lateralmente 
à fissura mediana anterior estão localizadas as 
pirâmides bulbares (formadas por fibras nervosas 
mielínicasprovenientes dos giros pré-centrais). As 
fibras nervosas das pirâmides bulbares cruzam o plano 
mediano, constituindo a decussação das pirâmides. 
 Nas regiões laterais do bulbo estão localizadas 
as olivas bulbares (formadas por neurônios do núcleo 
olivar inferior, relacionadas com o movimento). 
Anteriormente as olivas bulbares emergem as 
fibras dos nervos hipoglossos. 
 Nos sulcos póstero-laterais do bulbo emergem 
os nervos glossofaríngeo, vago e acessório. 
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 Tronco Encefálico
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 65
 Na região posterior do bulbo, entre o sulco 
póstero-lateral e o sulco intermédio posterior, 
localiza-se o fascículo cuneiforme (conduz impulsos 
proprioceptivos conscientes, originados dos membros 
superiores e metade superior do tronco). Entre o sulco 
intermédio posterior e o sulco mediano posterior está 
localizado o fascículo grácil (fascículo que conduz 
impulsos proprioceptivos conscientes, originados dos 
membros inferiores e metade inferior do tronco). 
Superiormente a cada fascículo são encontradas 
elevações, denominadas de tubérculos dos núcleos: 
cuneiforme e grácil (formado pelo segundo neurônio 
da via proprioceptiva consciente). 
Fossa rombóide 
 A fossa rombóide é o assoalho do IVº 
ventrículo. Ocupa a região posterior do bulbo e ponte. 
No centro da fossa rombóide está o sulco mediano. 
Mais lateralmente está localizado o sulco limitante. 
Medialmente ao sulco limitante estão estruturas 
motoras originadas da lâmina basal do tubo neural. 
Lateralmente ao sulco limitante se localizam estruturas 
sensitivas, originadas da lâmina alar do tubo neural. 
 A parte medial ao sulco limitante é denominada 
de eminência medial. Em sua parte superior estão 
os colículos faciais (formados pelo núcleo do nervo 
abducente, circundados pelas fibras do nervo facial). 
Inferiormente, na eminência medial, estão localizados 
os trígonos do nervo hipoglosso (medialmente) 
e do nervo vago (lateralmente). Os trígonos são 
formados pelos núcleos dos respect ivos 
nervos.
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Tronco Encefálico
66 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
 A parte lateral ao sulco limitante é denominada 
de área vestibular e contém os núcleos do nervo 
vestibulococlear. 
Formação reticular
 É um agregado de núcleos que se dispõem 
em forma de rede, no interior do tronco encefálico. 
A formação reticular apresenta conexões com o 
cérebro, cerebelo, medula espinal e o núcleo dos 
nervos cranianos.
 Está envolvido com as funções:
•	 Controle vasomotor: localizado no bulbo, 
coordena o calibre dos vasos sanguíneos e o 
ritmo cardíaco.
•	 Controle da ventilação: localizado no bulbo, 
controla a inspiração e expiração, mantendo 
o movimento automático para a ventilação.
•	 Centro do vômito: localizado no bulbo. 
Estímulos provenientes da mucosa 
gastrointestinal aferem o centro do vômito 
por meio do nervo vago, desencadeando o 
reflexo do vômito.
•	 Controle do movimento somático: localizado 
no bulbo e na ponte
•	 Controle neuroendócrino: localizada no 
mesencéfalo, estimulando a secreção dos 
hormônios adenocorticotrófico (ACTH, pela 
adenohipófise), e antidiurético (ADH, pela 
neurohipófise).
•	 Interação com a parte autônoma do sistema 
nervoso: a formação reticular estabelece 
conexões com as divisões simpática e 
parassimpática da parte autônoma do sistema 
nervoso.
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 Tronco Encefálico
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 67
•	 Interação com o controle do movimento 
somático: a formação reticular recebe 
informações provenientes do cérebro, 
influenciando no controle motor dos músculos 
axiais, apendiculares proximais e os 
movimentos automáticos.
•	 Controle sensitivo: a formação reticular é 
capaz de selecionar informações sensitivas.
•	 Ativação cortical cerebral: parte da formação 
reticular um conjunto de fibras nervosas 
com destino ao tálamo, e posteriormente, ao 
córtex cerebral. Essas fibras nervosas ativam 
o córtex cerebral (sistema ativador reticular 
ascendente – SARA)
•	 Regulação do sono: localizado na ponte, a 
formação reticular contém mecanismos para 
regular o sono. 
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68 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
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C A P Í T U L O 8
MEDULA ESPINAL
Objetivo: 
compreender a anatomia da medula espinal, seus 
segmentos e a topografia vertebromedular.
 
 
 
Fonte: http://sporthealthcare.com/compression-of-the-spinal-cord.html 
(acesso em jan/2011).
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 Medula Espinal
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 71
Medula Espinal
 A medula espinal é a parte do tubo neural que 
sofreu menos alterações durante o desenvolvimento. 
A medula ocupa parcialmente o canal vertebral, 
terminando em uma porção cônica, o cone medular, 
na altura de LI nos adultos (variações anatômicas 
podem ocorrer, e o término pode ser em TXII ou LIII). 
No recém nascido, a medula espinal se estende até 
a altura do disco intervertebral LII-LIII. Seu início é 
abaixo do bulbo, na altura do forame magno. 
 Sua forma é cilíndrica, achatada ântero-
posteriormente. Em duas regiões, a medula espinal 
apresenta dilatações. Sendo na região cervical (entre 
os segmentos LII e SIII), dilatação denominada de 
intumescência cervical e; na região lombossacral 
(entre os segmentos CIV e TI), denominada de 
intumescência lombossacral. As intumescências 
contêm um maior número de neurônios, destinados a 
inervação dos membros.
Segmentos medulares 
 A medula espinal apresenta 31 segmentos, em 
cada um dos segmentos se origina um par de nervos 
espinais. A divisão dos segmentos para cada região 
da medula espinal é:
•	 8 segmentos cervicais: o primeiro par de 
nervos espinais emerge entre o osso occipital 
e a margem superior do atlas, desta forma 
entre as vértebras CVII e TI está localizado o 
oitavo par de nervos cervicais.
•	 12 segmentos torácicos: que originam 12 pares 
de nervos espinais torácicos, que emergem 
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Medula Espinal
72 A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o
nos forames intervertebrais, inferiormente a 
sua vértebra correspondente.
•	 5 segmentos lombares: que originam cinco 
pares de nervos espinais lombares, que 
emergem nos forames intervertebrais, 
inferiormente a sua vértebra correspondente.
•	 5 segmentos sacrais: que originam cinco 
pares de nervos espinais sacrais.
•	 1 segmento coccígeo:que origina um par de 
nervos espinais coccígeo.
Topografia vertebromedular 
 A medula espinal não tem o mesmo tamanho 
que a coluna vertebral, desta forma, seus segmentos 
não são totalmente correspondentes com as regiões 
da coluna vertebral. A diferença de tamanho da 
medula espinal em relação à coluna vertebral 
influencia na emergência dos nervos espinais. Os 
nervos espinais mais superiores (cervicais e torácicos 
altos) apresentam emergência da medula em um 
plano quase que perpendicular, enquanto que, os 
nervos mais inferiores (torácicos baixos, lombares, 
sacrais e coccígeos) emergem obliquamente. Os 
nervos lombares, sacrais e coccígeos formam a cauda 
equina, dentro do revestimento meníngeo.
 Na região cervical os segmentos da medula 
espinal são praticamente correspondentes as 
vértebras cervicais. Na região torácica os segmentos 
medulares estão localizados dois níveis acima em 
relação as vértebras (exemplo: segmento medular 
T6 está na altura da vértebra TIV), desta forma os 
segmentos medulares T11 eT12 estão na altura das 
vértebras TIX e TX. Os segmentos lombares da coluna 
vertebral estão localizados na altura de TXII e TXII. 
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 Medula Espinal
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 73
Os segmentos sacrais e coccígeos na altura de LI. 
Disposição de substância branca e cinzenta na 
medula espinal
 Na medula espinal a substância branca está 
localizada externamente, enquanto que, a substância 
cinzenta é interna.
 A substância branca é constituída por fibras 
nervosas mielínicas que possuem direção ascendente 
ou descendente. Está separada por funículos, 
pelos sulcos da superfície da medula. Nos funículos 
encontramos os principais tratos ou fascículos (vias) 
de condução de estímulos
•	 Funículo anterior: localizado entre a fissura 
mediana anterior e o sulco ântero-lateral. 
Tratos ou fascículos: trato espinotalâmico 
anterior (via para o tato protopático e 
pressão); trato corticospinal anterior (via 
motora, não cruzada na decussão das 
pirâmides); trato tetospinal (movimento 
reflexos da cabeça por estímulos visuais); 
trato reticulospinal anterior (relacionado com 
movimentos posturais); trato vestibulospinal 
anterior (controle sobre a musculatura para a 
manutenção do equilíbrio).
•	 Funículo lateral: localizado entre os sulcos 
ântero-lateral e póstero-lateral. Tratos ou 
fascículos: trato espinotalâmico lateral 
(temperatura e dor); tratos espinocerebelares 
anterior e posterior (propriocepção 
inconsciente); trato corticospinal lateral 
(via motora, cruzada na decussação das 
pirâmides); trato reticulospinal lateral 
(relacionado com movimentos posturais e 
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marcha); trato rubrospinal (controle dos 
músculos distais).
•	 Funículo posterior: localizado entre os sulcos 
póstero-lateral e mediano posterior. Esse 
funículo é subdividido pelo sulco e septo 
intermédio posterior em duas áreas, fascículo 
grácil (medialmente), e o fascículo cuneiforme 
(lateralmente). O fascículo grácil (do latim 
gracilis – delgado) estende-se por toda a 
medula espinal, carregando informações 
proprioceptivas conscientes e tato epicrítico 
dos membros inferiores e metade inferior 
do tronco. O fascículo cuneiforme (do latim 
cuneos – cunha, e formis – forma de) se 
forma na região torácica alta, seguindo para a 
região cervical da medula. Conduz estímulos 
proprioceptivos conscientes e tato epicrítico 
da parte superior do tronco e membros 
superiores.
A substância cinzenta da medula é constituída 
por corpos de neurônios, fibras nervosas amielínicas 
e células gliais. Apresenta a forma da letra H, a parte 
transversal do H é denominado de coluna intermédia, 
enquanto que, as barras do H são as colunas 
anteriores e posteriores. As colunas anteriores e 
posteriores são encontradas em todos os segmentos 
da medula espinal, as primeiras são motoras e, as 
segundas sensitivas. Nas regiões torácica e lombar 
alta é encontrada a coluna lateral (contém neurônios 
pré-ganglionares simpáticos).
•	 Coluna anterior: apresenta um grande 
número de neurônios das regiões cervical 
e lombossacral, nessas regiões as colunas 
anteriores apresentam dois grupos de 
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A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 75
neurônios, o grupo medial (para os músculos 
proximais dos membros), e o grupo lateral 
(para os músculos distais dos membros). 
Na região torácica, as colunas anteriores 
apresentam um único agrupamento de 
neurônio (medialmente), para os músculos 
axiais.
•	 Coluna posterior: recebe estímulos sensitivos. 
As diferentes categorias sensitivas alcançam a 
coluna posterior em pontos determinados. No 
ápice da coluna posterior as aferências são do 
trato espinotalâmico, para a modulação de dor 
(área conhecida como substância gelatinosa). 
•	 Coluna lateral: localiza nas regiões torácica e 
lombar alta. Formada pelos corpos celulares 
dos neurônios pré-ganglionares simpáticos.
Revestimento da medula espinal
 
 A medula espinal é revestida pelas meninges 
(veja no próximo capítulo). A meninge que está em 
contato direto com a medula espinal é a pia-máter, 
essa meninge forma no término da medula espinal um 
prolongamento, denominado de filamento terminal.
 As outras meninges são a dura-máter (externa) 
e a aracnóide-máter (entre a dura-máter e pia-máter). 
 A dura-máter e a aracnóide-máter se projetam 
mais inferiormente em relação à medula espinal. A 
medula espinal termina na altura de LI, enquanto 
que, a dura-máter e aracnóide-máter se estendem 
até a altura de SII, formando o saco dural. 
 O filamento terminal desce dentro do saco 
dural, na altura de SII se incorpora a dura-máter, 
formando o ligamento coccígeo da medula espinal.
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A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 77
C A P Í T U L O 9
MENINGES
Objetivo: 
conhecer a disposição e diferenças entre as 
meninges encefálica e espinal.
 
 
Fonte:http://www.nlm.nih.gov/exhibition/historicalanatomies/Images/1200_pixels/
Vesalius_Pg_605.jpg (acesso em jan/2011).
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 Meninges
A n a t o m i a d o S i s t e m a N e r v o s o 79
MENINGES
 As meninges são formadas por tecido 
conjuntivo, revestem a parte central do sistema 
nervoso. São três camadas meníngeas: a dura-máter 
(externa), aracnóide-máter (intermédia) e a pia-
máter (interna). As três meninges são encontradas 
revestindo do encéfalo e a medula espinal, contudo, 
a disposição delas é diferente quando revestem o 
encéfalo e a medula espinal.
 A dura-máter é denominada de paquimeninge 
(paqui – espessa, dura). A aracnoide-mater e a pia-
máter são as leptomeninges (lepto – delgado).
Parte encefálica das meninges 
 Dura-máter: apresenta dois folhetos, um 
interno e outro externo. O folheto externo da dura-
máter reveste a cavidade craniana, não existindo 
espaço entre a dura-máter e o crânio. Esse folheto 
forma o periósteo (sem a propriedade osteogênica). 
O folheto interno forma projeções, denominadas de 
pregas da dura-máter. As pregas da dura-máter são: 
a foice do cérebro (septo de conjuntivo que ocupa a 
fissura longitudinal do cérebro), a foice do cerebelo 
(septo entre os hemisférios cerebelares), o tentório 
do cerebelo (septo que separa o lobo occipital do 
cerebelo), e o diafragma da sela (pequena prega que 
reveste superiormente a hipófise).
 Entre os folhetos da dura-máter se 
formam canais venosos para a drenagem do 
encéfalo (os seios de dura-máter são descritos no 
capítulo de vascularização do sistema nervoso). 
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Meninges
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 O tentório do cerebelo apresenta em sua 
margem anterior uma incisura, permitindo a 
comunicação do mesencéfalo com o diencéfalo. A 
área abaixo do tentório do cerebelo é denominada 
de compartimento infratentorial (contendo o 
tronco encefálico e o cerebelo), a área acima é o 
compartimento supratentorial (contendo o cérebro).
 Aracnóide-máter: está separada da dura-máter 
pelo espaço subdural (que contém uma quantidade 
capilar de líquido cerebrospinal) e, separada da 
pia-máter pelo grande espaço subaracnóideo (com 
considerável quantidade de líquido cerebrospinal). 
A distância entre a aracnóide-máter e a pia-máter 
pode variar na cavidade craniana, em alguns pontos 
a distância aumenta consideravelmente, formando as 
cisternas aracnóideas. A cisterna mais importante

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