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A IMPORTÂNCIA DA MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA NAS COMUNIDADES 
 
Ricardo Alves Batista 1 
 
Resumo: A mobilização comunitária surgiu da necessidade de incentivar o indivíduo 
a participar das decisões quanto à qualidade de vida da sua comunidade. O intuito 
da mobilização é unir pessoas diferentes, com problemas diferentes para alcançar 
ideais e objetivos comuns, através de um processo contínuo de capacitação. No que 
tange a segurança pública, a mobilização comunitária auxilia na compreensão dos 
deveres dos cidadãos de contribuir com a polícia, tornando a segurança mais 
eficiente e racional, onde o esforço das corporações de segurança pública completa 
a contribuição dos cidadãos, numa relação mútua sem concorrência. Este resumo 
tem por objetivo apresentar uma breve análise da função da mobilização comunitária 
e sua importância nas comunidades do Estado do Rio de Janeiro. 
 
A partir da década de 80, com o aumento da comercialização de drogas ilícitas, o 
Estado do Rio de Janeiro teve suas comunidades, mais conhecidas como favelas, 
tomadas por traficantes e suas gangues, que passaram a controlar a vida social e 
econômica, tanto local, como nas redondezas. Com a instauração do crime, vem o 
medo, que afasta os moradores das atividades comunitárias e das áreas coletivas. 
Isso gera um aumento do isolamento social e diminui a vigilância da localidade, 
deixando os criminosos desimpedidos. Esses fatores interferem diretamente na 
mobilização comunitária. As mudanças do perfil populacional proporcionam 
dificuldades na construção da identidade da comunidade, impossibilitando as ações 
conjuntas e trazendo problemas sociais para a região. No intuito de recuperar as 
favelas dominadas pelo tráfico e pelo crime organizado, o governo estadual do Rio 
de Janeiro inaugurou, em 2008, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). As UPP 
são parte de um grande programa do Estado para restauração da mobilização 
comunitária das favelas e tem como objetivo principal reestabelecer o controle do 
Estado sobre as periferias. Além disso, o programa também visa proporcionar a 
integração social, política e econômica dessas regiões. A ideia central consiste 
basicamente, na proximidade policial com a comunidade e o desarmamento dos 
traficantes de drogas. Porém, existem obstáculos que precisam ser vencidos para se 
restaurar a mobilização comunitária, e o maior deles é o de estimular e manter a 
participação dos cidadãos. Isso se dá, devido à resistência existente por parte dos 
indivíduos que residem na comunidade. 
 
De fato, é importante considerar que as polícias pacificadoras não são a primeira 
força de segurança pública considerada na implantação de uma UPP. Em resumo, a 
atuação das forças de segurança pública nas Unidades de Polícia Pacificadora é 
estabelecida primeiramente, a partir de uma análise estratégica feita pelas agências 
de inteligência, para uma eventual ocupação das forças militares e das tropas 
especializadas. Após essa ocupação, ocorre o momento de estabilização da 
segurança, com ações de operações táticas e militares alternadamente. É a partir de 
então, após essa estabilização, que são introduzidas as polícias comunitárias ou 
polícias pacificadoras. Desse modo, é de extrema importância o reconhecimento 
 
1 Profissional da área de segurança pública. ricardobatista911@gmail.com 
 
social do trabalho policial, para que haja um estreitamento na relação entre a polícia 
e a comunidade, o que garantirá o desenvolvimento da cidadania. 
 
Uma vez instaurada a Unidade de Polícia Pacificadora, uma ferramenta importante 
para o processo contínuo de introdução do Estado nas periferias, são os Conselhos 
Comunitários de Segurança Pública. Estes conselhos devem ter autonomia em 
relação às forças de segurança que agem em sua comunidade, auxiliando na 
criação de diálogos entre o Estado e os indivíduos, o que incentivará a participação 
dos moradores para manifestações positivas ou até mesmo negativas sobre suas 
reais necessidades. Além disso, o conselho remete a ideia de que os problemas de 
segurança são responsabilidades de todos e não apenas da polícia, possibilitando 
um conhecimento acentuado das questões da comunidade e a execução de ações 
estratégicas preventivas na área de segurança. 
 
Palavras chaves: Mobilização comunitária; Comunidade; Segurança Pública; UPP. 
 
REFERÊNCIAS 
AGÊNCIA BRASIL. UPP inaugura primeiro conselho de gestão comunitária na 
Mangueira. Publicado em 02 de setembro de 2014, Rio de Janeiro – RJ. Edição de 
Davi Oliveira. Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-
09/upp-inaugura-primeiro-conselho-de-gestao-comunitaria-na-mangueira>. Acesso 
em: 15 de outubro de 2020. 
BANCO MUNDIAL. O retorno do Estado às favelas do Rio de Janeiro: Uma 
análise da transformação do dia a dia das comunidades após o processo de 
pacificação das UPPs. Word Bank Document. Disponível em: 
<https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-09/upp-inaugura-primeiro-
conselho-de-gestao-comunitaria-na-mangueira>. Acesso em: 15 de outubro de 2020. 
FRANCO, Marielle. UPP – A redução da favela a três letras: uma análise da 
política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. Universidade 
Federal Fluminense, Niterói, RJ – 2014. Disponível em: 
<https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/2166/1/Marielle%20Franco.pdf> Acesso em: 16 de 
outubro de 2020. 
RIO DE JANEIRO. Decreto-Lei n 45.186, de 17 de março de 2015. Regulamenta o 
programa de polícia pacificadora no Estado do Rio de Janeiro e determina outras 
providências. Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, ano XLI, 
n. 47, 18 mar. 2015. Disponível em: 
<http://arquivos.proderj.rj.gov.br/isp_imagens/Uploads/DecretoSeseg45_186Upp.pdf
>. Acesso em: 16 de outubro de 2020.

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