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Orçamento Empresarial

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- -1
ORÇAMENTO EMPRESARIAL
A NATUREZA DO PROCESSO DE 
PLANEJAMENTO E CONTROLE
- -2
Olá!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1- Compreender a visão sistêmica da empresa e o ambiente de negócios;
2- Identificar os benefícios e limitações do planejamento;
3- Identificar a relação do orçamento com o planejamento estratégico e com o planejamento operacional.
Esta aula oferecerá uma compreensão básica do processo de planejamento e controle, fundamental para gerir o
processo orçamentário.
A organização, se manifestando como sistema aberto e se relacionando intensamente com o ambiente turbulento
que a cerca, gera a necessidade de conhecermos o ambiente de negócios para que possamos perceber os
benefícios e limitações que a visão de planejamento pode nos oferecer.
1 Introdução
A visão orçamentária não é uma ferramenta isolada na gestão da organização, ela se integra a um escopo maior
da gestão. Pensar em orçamentação na concepção atual de gestão nos remete a integrá-la à visão de
planejamento estratégico. Não existe muito sentido em pensar no detalhamento contábil orçamentário, se este
não for um desdobramento de um pensamento estratégico maior.
Da mesma forma, distinguir o planejamento tradicional do estratégico, bem como perceber a orçamentação com
um subsistema da organização que contribui para o atingimento estratégico, é requisito para uma boa
modelagem, execução e controle orçamentário.
Falar de uma abordagem sistêmica, ou simplesmente de sistemas, envolve uma maneira de ordenar o processo
de pensar a respeito de coisas existentes, especialmente se forem entidades complexas, a exemplo das
organizações.
Conhecer esta abordagem tem por finalidade representar, de forma compreensiva e objetiva, a inserção do
orçamento em seu meio de existência, explicitando a construção conceitual que efetua a ancoragem da tomada
de decisões. Perceber fluxos e dinâmicas relacionais temporais que permeiam a orçamentação possibilita uma
descrição concreta e objetiva do sistema, dentro do qual a decisão será tomada.
Para iniciar esta percepção, devemos compreender os princípios Gerais da Abordagem Sistêmica, explicitados a
seguir:
- -3
Expansionismo
É o princípio que sustenta que todo o fenômeno é parte de um fenômeno maior. O
desempenho de um sistema depende de como ele se relaciona com o todo maior, que o
envolve e do qual faz parte.
Pensamento
Sintético
O fenômeno é visto como parte de um sistema maior e é explicado em termos do papel
que desempenha nesse sistema.
Teleologia
É o princípio segundo o qual a causa é uma condição necessária, mas nem sempre
suficiente para que surja o efeito. Em outras palavras, causa e efeito é uma relação
probabilística.
2 Conceito de Sistema
Segundo Maria Esmeralda Ballestero Alvarez, em seu livro Organização, sistemas e Métodos (1990), um sistema 
pode ser definido como um conjunto de elementos interdependentes que interagem com objetivos comuns 
formando um todo, e onde cada um dos elementos componentes comporta-se, por sua vez, como um sistema 
cujo resultado é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente.
Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um sistema, desde que as relações entre as 
partes e o comportamento do todo sejam o foco de atenção.
Podemos, de forma resumida, conceituar sistemas como um conjunto de partes interdependentes que forma um 
todo interagente com o ambiente possuidor de objetivo comum às partes que o formam.
Podemos compreender melhor este conceito conhecendo, a seguir, os princípios da Teoria dos Sistemas.
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Na Teoria Geral dos Sistemas afirma-se que as propriedades dos sistemas não podem ser descritas apenas em
termos de seus elementos separados. A compreensão significativa dos sistemas ocorre na sua percepção global e
de interdependências de suas partes entre si e com o ambiente.
Uma das maiores dificuldades desta construção é perceber o que está no sistema e o que está em seu ambiente. A 
noção básica de controle é essencial nesta percepção, pois qualquer variável que tenhamos controle pertence ao 
sistema, enquanto variáveis que não temos controle pertencem ao ambiente, sendo no máximo influenciáveis,
mas não controláveis.
Essa percepção de limite sistêmico impacta diretamente, por exemplo, no estabelecimento dos limites de
estruturas orçamentárias e sua relação com os elementos de planejamento norteadores de sua modelagem. Na
maioria das situações, os elementos pertencentes ao sistema possuem possibilidade de acompanhamento
orçamentário diretamente relacionados as métricas quantitativas, enquanto que os demais que contribuem com
a influência de variáveis ambientais precisam ter métricas quantitativas indiretas ou qualitativas.
Entender a abrangência de um sistema envolve perceber:
A função: supre as necessidades do meio ambiente;
A estrutura: concretiza as funções e é formada por:
• Entradas;
• Elementos transformadores (processo);
• Relação entre os elementos transformadores;
• Saídas.
Assim podemos delimitar a Teoria dos Sistemas no estudo da organização abstrata de fenômenos, independente 
de sua formação e configuração presente. Esta teoria busca investigar todos os princípios comuns a todas as 
entidades complexas, e modelos que podem ser utilizados para a sua descrição.
Principais Características dos Sistemas
Podemos citar conceitos que retratam duas características básicas de um sistema:
Propósito ou Objetivo: todo sistema tem um ou alguns propósitos ou objetivos;
Globalismo ou Totalidade: todo sistema tem uma natureza orgânica, pela qual uma ação que produza mudança
em uma das unidades do sistema, com muita probabilidade, deverá produzir mudanças em todas as outras
unidades deste.
Modelo Genérico de Sistema
A evidenciação como modelo de um sistema tem sido expressa pelas macro relações que ocorrem em suas partes
e refletem os parâmetros que um sistema possui. A figura a seguir explicita este modelo genérico:
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2.1 Parâmetros dos Sistemas
Podemos caracterizar um sistema como um conjunto determinado de parâmetros. Conceitua-se os parâmetros
como constantes arbitrárias que caracterizam, por suas propriedades, o valor e a descrição dimensional de um
sistema específico ou de um componente do sistema.
Os parâmetros dos sistemas são:
• Entrada ou insumo ou impulso: (input) é a força de arranque ou de partida do sistema que fornece o 
material ou energia para a operação do sistema;
• Saída ou produto ou resultado: (output) é a finalidade para a qual se reuniram elementos e relações 
do sistema;
• Processamento ou processador ou transformador: (throughput) é o fenômeno que produz 
mudanças, é o mecanismo de conversão das entradas em saídas;
• Retroação, retroalimentação ou retroinformação: (feedback) é a função do sistema que visa 
comparar a saída com um critério ou padrão previamente estabelecido. A retroação tem por objetivo o 
controle;
• Ambiente: é o meio que envolve externamente o sistema. O sistema aberto recebe entradas do 
ambiente, processa-as e efetua saídas novamente ao ambiente, de tal forma que existe entre ambos - 
sistema e ambiente - uma constante interação.
O SISTEMA ABERTO
Um sistema ao se relacionar intensamente com o ambiente, produzindo múltiplas relações e gerando processos
de flexibilização e adaptação, é conhecido como Sistema Aberto.
Espera-se que o Sistema atuando como Aberto mantenha um intercâmbio de transações com o ambiente e
busque conservar-se dinamicamente no mesmo estado (autorregulação), apesar da matéria e energia que o
integram se renovarem constantemente (equilíbrio dinâmico ou homeostase). Um sistema aberto é influenciado
pelo meio ambiente e influi sobre ele, tentando alcançar um estado de equilíbrio dinâmico nesse meio.
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- -6
Nessa percepção conceitual, o modelo orçamentário deve buscar ser um facilitador nos processos de
flexibilização e adaptabilidade, a fim de contribuir com a visão de planejamentoe possibilitar a reação da
organização frente às pressões e impactos ambientais.
O modelo de Sistema Aberto em si é sempre um complexo de elementos em interação e em intercâmbio contínuo
com o ambiente.
A Organização como um Sistema Aberto
Como decorrência da percepção de Sistema Aberto que acabamos de ver, devemos considerar a organização
como Sistema Aberto criado pelo homem e que possui uma intensa dinâmica de interação com seu meio
ambiente. Influenciando e recebendo influências dele.
É importante alinhar algumas características básicas das organizações, enquanto Sistemas Abertos:
• Comportamento Probabilístico e Não Determinístico das Organizações: O comportamento humano 
nunca é totalmente previsível. As pessoas são complexas, respondendo a muitas variáveis, que não são 
totalmente compreensíveis. Por essas razões, a Administração não pode esperar que consumidores, 
fornecedores, agências reguladoras e outros tenham um comportamento previsível;
• As Organizações como Partes de uma Sociedade Maior e Constituída de Partes Menores: As 
organizações são vistas como sistemas dentro de sistemas. Os sistemas são complexos de elementos 
colocados em interação. Essa interação entre os elementos produz um todo que não pode ser 
compreendido pela simples investigação das várias partes tomadas isoladamente;
• Interdependência das Partes: A organização é um sistema social com partes independentes e interr
elacionadas. O sistema organizacional compartilha com os sistemas biológicos a propriedade de uma 
intensa interdependência de suas partes, de modo que uma mudança em uma das partes provoca impacto 
sobre as outras;
• Homeostase ou Estado Firme: A organização precisa conciliar dois processos opostos, ambos 
imprescindíveis para a sua sobrevivência, a saber: (1) homeostasia, que é a tendência do sistema em 
permanecer estático ou em equilíbrio, mantendo seu status quo interno; e (2) adaptabilidade, que é a 
mudança na organização do sistema, na sua interação ou nos padrões requeridos para conseguir um novo 
e diferente estado de equilíbrio com o ambiente externo, mas alterando seu status quo. A homeostasia 
garante a rotina do sistema, enquanto a adaptabilidade leva à ruptura, à mudança e à inovação;
• Fronteiras ou Limite: É a linha que serve para demarcar o que está dentro e o que está fora do sistema. 
Nem sempre a fronteira de um sistema existe fisicamente;
• Morfogênese: A organização pode modificar sua constituição e estrutura por um processo cibernético, 
através do qual seus membros comparam os resultados desejados com os resultados obtidos e passam a 
detectar os erros que devem ser corrigidos, para modificar a situação.
Ampliando o modelo genérico de sistemas que visualizamos anteriormente, obtemos uma representação
esquemática da organização como Sistema Aberto:
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Após o entendimento do conceito de sistema, vamos abordar a delimitação do ambiente de negócios.
A organização precisa conhecer quem é através da sua missão, saber para onde vai por meio da sua visão de
futuro e estudar o que tem em sua volta pela análise ambiental. A delimitação do ambiente de negócios vai
ocorrer em função dessas três analises.
3 Desenvolver a visão estratégica e a missão do negócio
Através da visão é possível identificar quais são as expectativas e os desejos de quem controla a organização,
tendo em vista que esses aspectos proporcionam o grande delineamento do planejamento estratégico a ser
desenvolvido e implementado.
Deve ser definido: “quem são”, “o que fazem” e “para onde estão direcionados”, estabelecendo um curso para a
organização.
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A pode ser considerada como o limite que os principais responsáveis pela empresa conseguem enxergarvisão
dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla. Ela deve ser resultante do consenso e
do bom-senso de um grupo de líderes e não da vontade de uma pessoa.
A é a razão de ser da empresa. Neste ponto, procura-se determinar qual o negócio da empresa, por quemissão
ela existe, ou ainda em que tipos de atividades a empresa deverá concentrar-se no futuro. Aqui se procura
responder à pergunta básica: “Onde se quer chegar com a empresa?”
Na realidade, a missão representa um horizonte no qual a empresa decide atuar e vai realmente entrar em cada
um de seus negócios, desde que seja viável sobre os vários aspectos considerados.
Esses negócios identificados no horizonte, uma vez considerados viáveis e interessantes para a empresa, passam
a ser denominados propósitos da . empresa
3.1 Estabelecer Objetivos
Os correspondem à explicitação dos setores de atuação da empresa ou os setores em que ela estáobjetivos
analisando a possibilidade de entrar, ainda que esteja numa situação de possibilidade reduzida.
As empresas precisam de objetivos estratégicos e objetivos financeiros.
Os objetivos estratégicos referem-se à competitividade da empresa e às perspectivas de longo prazo do negócio.
À empresa bem-sucedida tem uma visão do que pretende. Esta visão, trabalhada em seus propósitos e no seu
modelo de gestão, constitui a missão que fornece à empresa o seu impulso e sua direção.
Podemos, então, pensar em "para que se deve ter planejamento".
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É possível, então, relacionar os diversos meios com a dimensão da ação administrativa na organização, usando,
por exemplo, o modelo onde são considerados três níveis distintos:
Relacionar esta visão de planejamento com o orçamento empresarial que estamos estudando envolve o
entendimento de interelação entre as diversas partes, como pode ser visualizado a seguir:
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Por sua vez, o planejamento por si só já permite a agregação de diversos benefícios, como os detalhados a seguir:
Porém, não explica tudo nem pode servir de base para tudo, pois possui algumas limitações, como:
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Podemos relacionar especificamente o planejamento estratégico com o orçamento usando o esquema abaixo:
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Nesse esquema, percebemos explicitamente que o orçamento é uma decorrência do planejamento e um
instrumento de controle dele.
Na ótica do escopo temporal, nota-se também que o ciclo orçamentário se insere como parte de um ciclo maior 
de planejamento, tendo um horizonte temporal mais limitado; o que significa dizer que não é um instrumento de
prospecção, mas, sim, de detalhamento de planejamento e controle operacional.
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4 O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você vai estudar:
• O Conceito geral de orçamento e planejamento e os tipos de orçamento;
• Os aspectos comportamentais no uso do orçamento como ferramenta de controle;
• As etapas da montagem do orçamento, que serão detalhadas nas aulas seguintes.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Compreendeu a visão sistêmica da empresa e o ambiente de negócios;
• Identificou os benefícios e limitações do planejamento;
• Identificou a relação do orçamento com o planejamento estratégico e com o planejamento operacional.
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	Olá!
	1 Introdução
	2 Conceito de Sistema
	2.1 Parâmetros dos Sistemas
	3 Desenvolver a visão estratégica e a missão do negócio
	3.1 Estabelecer Objetivos
	4 O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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