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SEPSE NEONATAL Internato de saúde da criança Brenda andrade marquesine Epidemiologia Importante causa de morte em recém nascidos A incidência geral de sepse neonatal varia de um a cinco casos por 1000 nascidos vivos A incidência é maior em prematuros do que em bebês nascidos a termo Principal causa de morte em crianças em UTI definições Síndrome clínica em uma criança com 28 dias de vida ou menos, manifestada por sinais sistêmicos de infecção e isolamento de um patógeno bacteriano da corrente sanguínea. Sepse neonatal precoce: primeiros 7 dias de idade ou até 72 horas de vida (MS 48h) Sepse neonatal tardia: ≥7 dias de idade ou início> 72 horas de vida Fisiopatologia S. agalactiae, Listeria monocytoneses, E. coli S. aureaus, Estafilo coagulase negativo, enterococos, Cândida sp. SEPSE PRECOCE: geralmente ocorre devido à transmissão vertical pelo líquido amniótico contaminado ascendente ou durante o parto vaginal de bactérias do trato genital inferior da mãe. SEPSE TARDIA: Transmissão horizontal a partir do contato com prestadores de cuidados ou fontes ambientais => mais comum, geralmente relacionado á assistência hospitalar Fatores de risco Sepse precoce Maternos: corioamnionite, BR> 18h, infecção genital, ITU no parto, colonização por S. agalactiae Neonatais: taquicardia fetal, prematuridade, asfixia perinatal, sexo masculino e primeiro gemelar Sepse tardia Prematuro extremo Extremo baixo peso Uso de ATB de largo espectro Nutrição parenteral prolongada Quadro clínico INESPECÍFICO Instabilidade térmica (principalmente febre) Desconforto respiratório e outros sintomas respiratórios Irritabilidade/ letargia Vômitos e distensão abdominal Icterícia idiopática (predomínio de Bb direta) Manejo na suspeita de sepse SUPORTE: manter oxigenação adequada e perfusão tecidual. evitar hipoglicemia e outros distúrbios metabólicos/ eletrolíticos. Antibioticoterapia empírica Antibioticoterapia empírica “Aparência doentia” Instabilidade de temperatura ou sintomas respiratórios, cardiocirculatórios ou neurológicos Pleocitose do líquido cefalorraquidiano (contagem de leucócitos> 20 a 30 células/microL) Corioamnionite materna confirmada ou suspeita Risco de sepse estimado alto com base em uma calculadora de risco validada Antibioticoterapia empírica Sepse PRECOCE Ampicilina (100 mg/kg/dose 8/8h) + Gentamicina ( 4 mg/kg/dia IV) SEPSE TARDIA Ampicilina + Gentamicina (se proveniente da comunidade) Ampicilina + Vancomicina (se internação desde o nascimento) Diagnóstico Presença de fatores de risco/maternos e fetais Manifestações clínicas Exames laboratoriais* Exames laboratoriais Hemocultura (colher em veia periférica) Punção lombar (se o bebê estiver clinicamente estável o suficiente para tolerar o procedimento) Hemograma completo com diferencial e contagem de plaquetas Radiografia de tórax (se houver sintomas respiratórios) Culturas de aspirados traqueais se intubados (e outros focos, se necessário) Níveis de proteína C reativa (PCR) e / ou procalcitonina (PCT) – acompanhamento EAS/urocultura (sepse tardia e/ou malformação urinária e/ou sintomas urinários) Exames laboratoriais Hemocultura Líquor: coloração de Gram, cultura de rotina, contagem de células com diferencial e concentrações de proteína e glicose Hemograma: contagem de leucócitos (<5000 / microL), neutropenia absoluta (<1000 neutrófilos / microL), neutropenia relativa (ANC <5000 neutrófilos/microL) e proporção elevada entre contagens de neutrófilos imaturos e totais (razão I / T) => MELHOR APÓS 6H de vida Diagnóstico SEPSE COMPROVADA POR CULTURA PROVÁVEL SEPSE: cultura negativa + alta suspeita clínica ou fatores de gravidade (instabilidade de temperatura contínua; sintomas respiratórios, cardiocirculatórios ou neurológicos contínuos não explicados por outras condições; ou anormalidades laboratoriais contínuas sugestivas de sepse) INFECÇÃO IMPROVÁVEL tratamento SEPSE COMPROVADA POR CULTURA: Direcionar antibioticoterapia ao patógeno isolado *se meningite associada: 14 dias S. agalactiae: Penicilina por 10 dias E. coli: apenas ampicilina por 10 dias Listeria: Ampi+ genta por 10 dias TRATAMENTO PROVÁVEL SEPSE: Manter antibiótico de acordo com a presença ou não de MENINGITE + investigar diagnósticos diferenciais Meningite descartada: Ampicilina para 100 mg/kg/dose IV 12/12h na sepse precoce Ampicilina para 50 mg/kg/dose IV 6/6h na sepse tardia Diagnósticos diferenciais DIAGNÓSTICO CARACTERÍSTICAS TESTES Herpes vírus simples Vesículas mucocutâneas, pleocitose do LCR, proteína elevada do LCR, trombocitopenia, hepatite Cultura viral; PCR de HSV Citomegalovírus Trombocitopenia, calcificações intracranianas periventriculares, microcefalia, perda auditiva neurossensorial, coriorretinite Cultura viral; PCR de CMV Vírus da gripe Sintomas respiratórios, rinorréia, sintomas gastrointestinais Cultura viral; detecção de antígeno específico da influenza ou ensaio de imunofluorescência TRATAMENTO INFECÇÃO IMPROVÁVEL: descontinuar o antibiótico em 48 horas. Profilaxia sepse precoce Triagem materna do SGB + quimioprofilaxia intraparto quando indicado Swab vaginal e anal entre 35-37 semanas Profilaxia intraparto: Penicilina cristalina ou Ampicilina dose de ataque + dose de manutenção de 4/4h Profilaxia sepse precoce Indicações da quimioprofilaxia intraparto: RN anterior com doença invasiva por SGB (independente da triagem atual) Triagem positiva para SGB Bacteriúria ou ITU por SGB na gestação atual Triagem desconhecida + fatores de risco para sepse neonatal (IG <37 semanas, BR ≥ 18h, Temp. intraparto ≥ 38°C) Profilaxia Sinais de sepse neonatal? SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO Sinais de sepse neonatal? Investigação + ATB empirico Corioamnionite materna? Foi indicada quimioprofilaxia SBG para mãe? Feita adequadamente? Cuidados de rotina Observação 48h Investigação + ATB empirico RN <37 sem ou BR >18h? Evolução limitada Observação >48h referências EDWARDS, Morven s. Clinical features, evaluation, and diagnosis of sepsis in term and late preterm infants. 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/clinical-features-evaluation-and-diagnosis-of-sepsis-in-term-and-late-preterm-infants?search=SEPSE%20NEONATAL&source=search_result&selectedTitle=1~98&usage_type=default&display_rank=1. Acesso em: 15 abr. 2021 EDWARDS, Morven s. Management and outcome of sepsis in term and late preterm infants. 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/clinical-features-evaluation-and-diagnosis-of-sepsis-in-term-and-late-preterm-infants?search=SEPSE%20NEONATAL&source=search_result&selectedTitle=1~98&usage_type=default&display_rank=1. Acesso em: 15 abr. 2021..
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