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Pigmanetação e calcificação

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Morfologicamente a hemossiderina se deposita em vários órgãos em geral intracelular porque ela aparece no meio de macrófagos que fagocitram as hemácias que extravasaram durante o processo hemorrágico e ela tem coloração ferruginoso ou amarelo-dourada. Tente a partir de agora observar mais processos hemorrágicos na pele de vocês, caso vocês tenham hematomas e equimoses e sufusões vocês vão observar que há uma mudança na coloração dessas hemorragias caracterizando aparecimento de pigmentos como a bilirrubina e a hemossiderina. 
Microscopicamente, observa principalmente pigmentos e coloração ferruginosa, castanho ou dourada dentro dos macrófagos, normalmente, também é inócua não causa grandes transtornos a não ser em um processo muito grave de hemossiderose que é chamada hemocromatose que acontece principalmente em pacientes que têm um processo de captação de ferro de forma exacerbada por uma alteração genética e acabam então acumulando grandes quantidades de ferro no corpo e esses ferro é transformado em hemossiderina acumulado na hemossiderina caracterizando sua deposição em vários órgãos podendo levar a um acúmulo tão grande nos órgãos que acaba por comprimir o parenquima de alguns órgãos causando hipotrofia e até mesmo inflamação e fibrose e pode levar o paciente a alterações como por exemplo para se tornar diabético ou insuficiência renal e hepático.
Em geral, essas pessoas com hemocromatose tem uma coloração dourada, parecem que tomaram sol e que ficaram coradas pelo sol (bronzeado).Inclusive quando o diabete apresentado nesse paciente é conhecido como diabetes bronzeado. 
Só para ter uma noção na imagem acima de um foco hemorrágico, vamos aprender como que se dá o nome dessas lesões que conhecemos como hematomas, veremos que nem todas são hematomas. Se observarmos esses hematomas, em geral, iniciam a coloração avermelhada no começo depois elas vão ficando roxa e depois vão mudando de cor para amarelo e verde e para o amarelo dourado que representa a deposição desses pigmentos que a gente comentou e de outros.
Por que que 1° fica vermelho (quando lesão é muito recente – vermelho vivo com hemoglobina rica em O2) e depois roxo (hemoglobina perdendo O2 e acumulo de CO2) e depois tem coloração variando do verde para amarelo (as hemácias que estão fora do vaso vão sendo reconhecidas por macrófagos que vai fagocitando e degradando as hemácias em seus pigmentos)? (Isso dá uma cronologia da lesão) Pensa o que acontece nesse processo para entender, porque isso é muito importante inclusive em algumas análises de corpo de delito onde nós podemos determinar pela coloração da lesão hemorrágica de um hematoma, equimose qual é o tempo dessa lesão, quando ela aconteceu, é isso é muito importante na patologia.
Para reforçar, na imagem mostra os aspectos dos grânulos de hemossiderina dentro de macrófagos (podem variar de amarelo, mas principalmente de castanho claro ao castanho escuro. Pode se confundir com outros pigmentos como a melanina e como a própria bilirrubina.Há como fazer a diferenciação.
MELANINA 
EUMELANINA X FEOMELANINA
· Hiperpigimentação melânica: Efélides, nevos e melanomas
· Hipopigimentação: Doença de parkison e vitiligo
Outro pigmento importante endógeno (já falou de pigmentos derivados da hemoglobina endógenos) é a melanina que é um pigmento natural que dá cor à pele, cabelos e olhos, a substância cinzenta do sistema nervoso central e a melanina tem 2 tipos é eumelanina e feomelanina.
 A eumelanina tem uma coloração que varia do castanho claro ao negro e a feomelanina que varia do amarelo ao vermelho dando a sua expressão diferentes cores de cabelo de pele e olhos.
As alterações de melamina pode se apresentar através da Hiperprodução de melanina nas chamadas hiperpigmentações melânicas ou então na redução na sua produção caracterizado as hipopigmentações melânicas. 
As hiperpigmentações melânicas, nada mais são do que as pintas e as sardas que chamamos de efélides (sardas), nevos negros, vermelhos, marrons depende do tipo de melanina que foi produzido (pintas) e melanomas (são tumores malignos). Já hipopigmentações melânicas são observadas principalmente na doença de Parkinson onde tem destruição de neurônios produtores de dopamina e no vitiligo que é uma alteração de pele caracterizada pela hipopigmentação, pela baixa produção de melanina.
 Vitiligo
 Pintas
piebaldismo
Alguns exemplos de hipopigmentação melânica 
Vitiligo há perda de coloração de várias regiões da pele em função da hipopigmentação melânica. Nas pintas caracteriza um exemplo de hiperpigmentação melânica, chamados nevos. A maioria tem pintas pelo corpo, nada mais são do que nevos que na verdade são tumores benignos com produção de melanina.
Além das pigmentações endógenas derivados da hemoglobina como a bilirrubina e hemissiderina e as alterações melânicas, podemos ter pigmentos inseridos em nosso corpo de forma patológica que caracteriza as pigmentações patológicas. Principal exemplo, sem duvida nenhuma são as tatuagens. 
Então, tem a antacrose pigmento encontrado principalmente nos pulmões, mas tbm pode se encontrada nos linfonodos drenantes do pulmão caracterizado pela inalação de carvão. Então, quando a pessoa fuma ou vive em locais muito poluídos, a queima de matéria orgânica (de carvão) deixando esse pigmento acumulado nos pulmões principalmente porque ele é reconhecido por macrófagos que acabam fagocitando esses pigmentos e não conseguem destrui-los e isso vai sendo acumulado. Esse macrófago depois pode migrar para linfonodos regionais e deixando linfonodos com aspecto negro. É isso que explica o pulmão de pacientes fumantes ser marrom é não cor de rosinha como é um pulmão de um paciente não fumante.
Argiria se dá pela deposição de sais de prata no tecido. Como isso acontece? A argirise e a crisiase que é a deposição respectivamente de prata e de ouro nos tecidos é observada principalmente em trabalhadores que manipulam esses componentes, como os ourives ou pessoas que trabalhem com prata ou com ouro e ao manipular esses componentes diariamente a prata e o ouro vão entrando nos dedos e vão deixando seu sinal de pigmentação. Infelizmente, não pense que vai ficar bonito porque não vai ficar um dedo prateado nem um dedo dourado, na verdade isso se dá através de manchas enegrecidos ou negro dourados que a gente não consegue observar direito macroscopicamente se é prata ou ouro. Deixa pontos de inserção desses materiais que não fica bem definido porque os materiais são inseridos em grânulos e não são polidos, não são se tornam brilhantes..
Tatuagem que é o principal exemplo de pigmentação exógena que se caracteriza pela inserção de um pigmento na pele. Então, essa inserção se dá através de uma agulha, em geral, a tatuagem é feita por intenção de forma intencional e aí esse pigmento acaba se ligando a componentes da matriz extracelular, mas principalmente pode ser endocitada e fagocitada por células, permanecendo então de forma permanente ali na pele caracterizando uma pigmentação exógena é patológica.
Microscopicamente o que se observa são grânulos depositados nos septos alveolares. Em maior aumento pode-se observar várias regiões com grande quantidade de carvão depositado principalmente dentro dos macrófagos, mas também pode escapar para o interstício e migrar para linfonodo.
Exemplos de tatuagens (pigmentações exógenas)
CALCIFICAÇÕES OU MINERALIZAÇÕES PATOLÓGICAS
As calcificações em mineraalizaçãopatológicas, nada mais são do que o resultado da deposição anormal de sais minerais em tecidos moles, principalmente à base de cálcio.
Então, os tecidos moles podem apresentar uma deposição inadequada de cálcio e eles se tornam duros/rígidos ricos em cálcio.
É bastante importante que entenda o metabolismo de cálcio no nosso organismo para que possa compreender a patogênese desses processos, porque alguns desses processos de calcificação patológica têm relação com alterações no metabolismo, na dinâmica do metabolismo de cálcio.
O cálcio é um componenteimportantíssimo não só para a formação dos ossos e esqueletos, mas é importante para várias reações metabólicas do corpo, para a contração muscular, para o batimento cardíaco, para a coagulação do sangue, importante em várias reações metabólicas de indução e ativação de enzimas. Então, sua regulação é de extrema importância!
O que que acontece normalmente com o metabolismo de cálcio? adquirimos cerca de 1000 mg de cálcio por dia da dieta, esse cálcio ao chegar no intestino na sua grande maioria é absorvido, ou seja, cerca de 800 mlg de cálcio dessa dieta são absorvidas e cai no plasma levando a uma concentração de 8 a 10 mg por cento de cálcio no sangue que chamamos de calcemia, mas essa calcemia, essa concentração não se dá única e exclusivamente limitada a absorção de cálcio pela diet, esse controle dos níveis de cálcio no sangue são de extrema importância e em função disso grande parte dessa regulação pode ser feita a partir da reabsorção óssea. Então se eu não tenho quantidade de cálcio suficiente no meu sangue e isso pode ter sido em função de uma má nutrição, baixa absorção intestinal pelo baixo consumo de cálcio eu posso reabsorver osso retirar o cálcio do meu osso e jogar no plasma para manter sempre os mesmos níveis de cálcio que são importantes para vários processos metabólicos, principalmente a contração muscular. Alterações nos níveis de cálcio no sangue podem levar, por exemplo, a uma parada cardíaca então, o processo é bem dinâmico. 
Consome cálcio, o cálcio pode ser absorvido e as concentrações do sangue são então controladas pela quantidade da dieta associada a quantidade de reabsorção óssea e além disso o cálcio pode também ser regulado na sua concentração através da posição de mais cálcio no osso, então posso devolver esse cálcio para o osso controlando os níveis de cálcio no plasma e vai também escretá-lo quase a mesma quantidade de cálcio que é absorvida pela dieta cerca de 700 800 MG por dia e isso é feito através de liberação nas fezes e na urina e também possivelmente pela sudorese.
Se eu tiver alterações nas concentrações de cálcio que podem ser relativas ou absolutas posso ter deposição de cálcio em tecidos sadios ou sem alteração da concentração até mesmo em tecidos lesados como já vimos lá na necrose. 
Tipos
· Calcificação distrófica
· Calcificação metastática
Isso caracteriza basicamente 2 tipos de processos patológicos relacionados à calcificação o 1° chamado de calcificação distrófica e o 2° de calcificação metastática.
A calcificação distrófica é aquela que acontece em tecidos lesados, ou seja, tecidos necrosados e que independente dos níveis plasmáticos de cálcio e fósforo. Então a calcificação distrófica se dá pela deposição de cálcio em tecidos lesados sem que isso tenha relação com os níveis plasmáticos concentração plasmática de cálcio. É uma alteração de incidência frequente e é muito observada em locais de lesão, principalmente em lesões antigas, ou seja, em placas de ateroma na arteriosclerose, na arteriosclerose de mobckberg, em artérias uterinas de mulheres idosas, em tendõe,s válvulas cardíacas, em tumores, em áreas de necrose antiga como por exemplo na tuberculose, infartos antigos, ou seja, necrose de coagulação antiga ou em trombos venosos crônicos. Então, são vários exemplos que podemos observar a calcificação distrófica que de certa forma já vimos lá na necrose. A calcificação distrófica pode caracterizar uma resolução de uma necrose, ou seja, é uma evolução da necrose e resolve a necrose de uma placa de ateroma ela necrosou, calcificou e morreu por aí.
Calcificação distrófica
· Afeta tecidos lesados (NECROSE)
· Incidência: frequente
· Em lesões antigas
Podemos observar válvulas cardíacas mostrando vários pontos de aglomeração de tecido de aspecto branco, caracterizando então deposito de sais minerais. Processos de lesões que se apresentam nessas válvulas e acabam predispondo a deposição de cálcio nessas regiões que lesionaram e necrosaram. 
 já calcificação metastática resulta de deposição de sais de cálcio em tecidos normais, não lesados e ela tem relação com os níveis de cálcio no sangue.
Acomete tecidos não lesados
· Incidência: É + disseminada no organismo 
· Etiologia
· Absorção aumentada de cálcio ou vitamina D 
· Mobilização excessiva de cálcio nos ossos (imobilização)
· Osteólise
· Hiperparatireoidismo primário ou secundário. 
A incidência dela é menos frequente do que a calcificação distrófica, porém quando ela acontece é mais disseminada pelo corpo, ela acontece espalhada, por isso é chamada de metastática e as suas causas são bem variadas.
São causas que levam a alteração da concentração de cálcio no sangue, por exemplo, a absorção aumentada de cálcio ou de vitamina D. Então, paciente que tem maior absorção de cálcio ou então que intoxica com vitamina D, vitamina D é a responsável pela absorção de cálcio e um paciente, por exemplo, que tome remédio de forma inadequada, que toma o remédio na concentração errada, na dose errada vai aumentar a absorção de cálcio que pode se depositar em tecidos.
Mobilização excessiva de cálcio nos ossos, isso acontece em função principalmente da imobilização, pacientes que ficam com gesso ou com a pele imobilizado durante muito tempo ou tem problemas de locomoção, podem aumentar a absorção de cálcio nos ossos em função da falta do efeito trófico, efeito de estímulo a movimentação e com isso essa grande quantidade de cálcio jogado no sangue pode aumentar os seus níveis.
Hiperparatireoidismo tem relação com o funcionamento da paratireóide que é uma importante glândula no controle de concentração de cálcio no sangue com o paratormônio que é responsável por tirar cálcio dos ossos e jogar no sangue. Se tem pouco cálcio no sangue posso entrar em tetania todos meus músculos contrai e não consegue despolarizar. 
Importante que lembre qual que é a função do paratormônio, como que é o processo de controle dos níveis de cálcio no sangue e a relação que existe entre o cálcio e o ______
Essa tabelinha é fantástico porque ela simplifica demais o entendimento em relação a como funciona o hiperparatireoidismo primário e secundário.
Calcificação metastática ela ocorre em função do excesso de cálcio no sangue que chamamos de hipercalcemia, muito cálcio no sangue esse cálcio se deposita nos tecidos normais. De onde vem esse muito cálcio no sangue? O jeito mais fácil é um desequilíbrio na  produção do paratormônio. O que o paratormônio faz? O paratormônio é o hormônio responsável por ativar osteoclastos no osso que leva os osteoclastos a retirar cálcio e jogar na circulação. Então, eles destroem o osso e joga o cálcio no sangue.
 Então 1° um desequilíbrio na produção de paratormônio (ele funciona o tempo inteiro sempre que necessário – nosso corpo fica medindo os níveis de cálcio no sangue). Quando os níveis estão baixos ela ativa o paratormônio feito de forma extremamente controlado, porém em algumas situações esse paratormônio é produzido em grandes quantidades de forma descontrolada.
A sua produção em grande quantidade vai retirar grandes quantidades de cálcio dos ossos aumentando a reabsorção óssea levando a grande quantidade de cálcio no sangue é chamada hipercalcemia que vai levar a deposição nos tecidos caracterizando a calcificação.
Esse fenômeno de aumento da produção de paratormônio de forma descontrolada chamamos de hiperparatireoidismo, ou seja, hiper função da paratireoide. Por que que essa hiper função acontece? Acontece por 2 motivos:
1° porque a paratireoide está doente eu tenho uma hiperfunção dela. Quando que isso acontece? quando ela tem uma alteração chamada de hiperplasia que nós vamos estudar mais para frente que significa muita formação de células, a paratireoide é grande ela é hiperplásica.
Sabe onde ocorre hiperplasia? Na mulher quando vai produzir leite, tem hiperplasia na glândula mamária, pois ela cresce as glândulas. Tem tbm no ciclo menstrual onde o endométrio cresce (hiperplasia) e depois ele descama durante a menstruação.
Então a hiperplasia nada maisé do que a multiplicação de células e células multiplicando produzem mais paratormônio e a outra situação que é mais rara são as neoplasias, isto é, tumores de paratireoide que são crescimentos anormais de células semelhantes a paratireoide que produz muito paratormônio. Ainda pode acontecer outra coisa, outros tumores, um tumor qualquer que não tem nada a ver com paratireoide pode começar a produzir paratireoide é o que chamamos de síndromes paraneoplasicas.
Os tumores têm tantos erros na sua formação, seu crescimento que eles podem adquirir novas funções. Então, um tumor que está lá no dedão do pé que não tem nada a ver com o paratireoide pode começar a produzir paratormônio, a esse fenômeno que tem relação direta com o aumento da produção de paratormônio por erros nas células relacionadas a sua produção por excesso de células a gente chama de hiperparatireoidismo primário porque tem relação primária com a glândula.
Agora eu posso ter o excesso de cálcio no sangue gerado por um fenômeno extra paratireóide e por isso chamamos de secundário porque ele não é afetado diretamente pela paratireóide, mas ele induz a paratireoide normal a funcionar de forma errada e é isso que vamos explicar.
E aí o principal exemplo acontece em pacientes que têm problemas renais e para isso temos que lembrar a função do rim. Lembrar 2 funções importantes do rim: Filtração glomerular que leva a retirada do rim de substâncias do sangue que não nos interessam mais e a apreensão de substâncias que são importantes. Ou o equilíbrio, às vezes eu tenho substância demais e eu tenho que jogar fora na urina para que isso não desequilibre os meus sistemas hidroelétroliticos ou de sais minerais no meu sangue. O rim faz todo esse controle.
Além disso, entre várias outras funções o rim tbm é responsável pela síntese de vitamina D. O rim produz a vitamina D que vai ser depois ativada pelo sol na sua pele e no intestino que essa vitamina D ajuda na absorção de cálcio.
Sem vitamina D eu não absorvo cálcio da alimentação no meu intestino. Então quando o rim não produz vitamina D, avitamina D não ajuda absorção de cálcio no intestino e com isso vai faltar cálcio no sangue e acaba entrando em um quadro de hipocalcemia absoluta, porque como não tem vitamina D eu não absorvo aqueles 800mg da dieta e com isso falta no porque continuo jogando fora no cocô e na urina a mesma quantidade então vai faltar no sangue e faltando no sangue o corpo ativa a paratireoide normal, ao ativar a partatireoide vai tirando cálcios dos ossos e gerando hipercalcêmica por tempos prolongados.  O paciente renal ele não cura de um dia para o outro, ele é um paciente doente que muitas vezes só vai ser resolvido essa doença com transplante renal então, ele é um nefrom pata (um doente renal) e ele então nunca vai ter a produção correta de vitamina D e isso vai gerar um processo crônico, progressivo com intensa reabsorção óssea e períodos prolongados de hipercalcemia que vão gerar calcificação metastática a deposição de cálcio nos tecidos.
Além disso, o paciente renal que tenha problemas glomerulares ele pode não conseguir mais fazer essa seleção de substâncias que serão eliminadas através da urina e com isso ele pode apresentar uma retenção de fósforo. Lembrando que os níveis de cálcio e fósforo no nosso sangue são muito bem equilibrados.
No nosso sangue sempre tem 2 cálcios para 1 fósforo então essa minha proporção. Se eu tiver muito fósforo no sangue eu vou ter que aumentar a quantidade de cálcio por quê? Porque assim que o corpo interpreta e se eu tiver muito cálcio e muito fósforo no sangue eles adoram se unir, se juntar quimicamente e eles irão precipitar no sangue então, o corpo nunca deixa você ter muito fósforo e muito cálcio. Então, o que que acontece se eu tiver muito fósforo no sangue o rim joga fósforo fora que sai na urina e ai equilibra as quantidades de cálcio e fósforo, porém o paciente renal ele não tem esse controle ele não consegue fazer essa seleção então, o paciente renal tem retenção de fosfato (não consegue jogar fósforo fora porque o rim não funciona) e com isso joga mais cálcio no sangue ativando a paratireoide 
que aumenta a quantidade de cálcio, porém agora esta aumentando de forma absoluta (muito cálcio no sangue) que é para equilibrar com as quantidades excessivas de fosfato e com isso entra no quadro de hipercalcemia absoluta porque eu estou interpretando que eu tenho pouco cálcio quando na verdade eu não tenho pouco cálcio, o cálcio está normal, mas em relação ao fósforo é pouco então eu joga + cálcio. Então é isso que acontece em problemas renais.
Então esses são os mecanismos de calcificação metastática gerada pelo hiperparatiroidismo secundário porque não está diretamente relacionado a paratireoide e sim a problema renal. 
Intoxicação com vitamina D, uma prescrição incorreta de um multivitamínico ou de um medicamento a base de vitamina D e a maioria deles é vitamina D e cálcio pode levar uma intoxicação pelo excesso de vitamina D eu tenho absorção em excesso de cálcio caracterizando uma hipercalcemia que pode levar o paciente que tiver nesse esquema de usar o medicamento de forma errada durante muito tempo a deposição de cálcio nos tecidos caracterizando a classificação metastática. 
 
Morfologicamente a calcificação metastática é semelhante a calcificação distrófica que nada + é que depósitos de placas de cálcio em órgãos. A diferença é que a calcificação metastática acontece em órgãos que estão sadios que não apresentam lesão e o cálcio vai se depositando de forma exarcebada como na figura acima, e em função de se depositar vai machucando a região que vai causar inflamação na região e isso pode acontecer de forma espalhado. Nas imagens temos deposição de cálcio na pele chamada de calcinosis cútis, mas podem ter essa calcificação em outros órgãos, por exemplo, no rim, glomérulo renal em função da quantidade tão grande de cálcio, de hipercalcemia grave levando a chamada nefrocalcinose.
Consequências
Em geral são inócuos ou inertes, porém permanentes e irreversíveis.
Calcificação distrófica
· Benéfica – tuberculose, aneurismas, verminóticos, abscessos crônicos
· Complicações - Valvas cardíacas, placas de ateroma 
Calcificação metastática
Normalmente sem repercussões clinicas
Complicações - nefrocalcinose
Em geral as calcificações são inócuos ou inertes, ou seja, não causam grandes transtornos, principalmente porque são permanentes e irreversíveis não movimentam não mudam de lugar então, em algumas situações elas podem ser inclusive benéficas.
Nas calcificação distrófica, por exemplo, é benéfica no grânulo da tuberculose por que predispõe o isolamento do agente causal, pode ser benéfica nos aneurismas verminóticos porque ela isola também o verme dentro de uma capa de cálcio e com isso o verme morre, lembrem da aula de parasito os cisticeiros que podem calcificar, em abscessos crônicos que é o acumulo de pus também pode haver a calcificação desses abscessos isolando a bactéria causadora do abscesso, então ela pode ser a calcificação benéfica, porém podem acontecer complicações como por exemplo as calcificação de válvulas cardíacas vai levar a insuficiência valvular cardíaca porque a valvula não consegue fechar direito levando a processos de insuficiência cardíaca grave, podendo Inclusive a valvula ter que ser trocada e placas de ateroma elas podem também se tornar quebradiças e complicar a vida do paciente em função de que ao se quebrar ela expõe o tecido subendotelial induzindo a formação de trombos e até a obstrução do vaso sanguíneo.
Já a calcificação metastática normalmente não tem repercussões clínicas graves a não ser aquela pequena informação que já mostrei para vocês e ela pode ter complicações como eu citei no caso do cálcio depositar nos glomerulos renais caracterizando a chamada nefrocalcinose. Imagine vocês que glomérulos renais calcificados não vão funcionar e dessa forma temos então um processo grave.
CÁLCULOS
Sinonimia: Concreções ou litíases
Conceito: Massas esferoidais, ovoides ou facetadas,sólidas, concretas e compactas, de consistência argilosa e pétrea, que se formam no interior dos órgãos ocos, cavidades naturais, condutos naturais ou no interior dos vasos 
Nomeclatura: Local + litíase – identifica a manifestação 
Local + lítio identifica o cálculo 
Por fim é um outro exemplo de mineralização patológica são os cálculos, também conhecidos como litiases ou concreções você já ouviram falar ou já tiveram a famosa pedra no rim, pedra na vesícula, mas para informação de vocês muita gente não sabe disso, os cálculos, pedras não surgem única e exclusivamente nos rins, na bexiga, nas vias urinárias ou na vesícula biliar. Os cálculos/pedras podem acontecer em vários órgãos, qualquer órgão oco que tem espaço pode haver a formação.
Então o que são esses cálculos? São mineralizações, ou seja, acúmulo de sais minerais principalmente o cálcio e que formam massas de diferentes aspectos arredondadas, ou seja, esferoidais, ovoides, cheias de faces (facetadas), como se fossem pedras mesmo. Assim como no meio ambiente temos variações de pedras a mesma coisa acontece no corpo humano. 
As pedras se formam dentro de órgãos ocos, qualquer órgão, até dentro do vaso sanguíneo eu posso ter, dentro do estômago, no intestino em glândulas, glândula salivares. 
Existe uma nomenclatura especial para se dirigir aos cálculos, em geral utilizamos para identificar manifestação clínica, ou seja, a doença: o nome do local + o sufixo litíase 
Então, se tenho um cálculo nos rins eu tenho uma nefronlitíase ou uma urolitíase, se tenho um cálculo no intestino uma enterolitíase, se tenho um cálculo no estômago uma gastrolitíase, se tenho um cálculo em uma artéria eu tenho uma artérialitíase.
A pedra o calculo recebe um nome específico também onde eu utilizo o local + o sufixo lito. Então, se tenho um cálculo no rim, nas vias urinárias eu tenho um urolito, se tenho um cálculo em uma artéria um arteriolito, se tenho um cálculo no intestino um enterólito. Isso então identifica o cálculo enterólito, enterolitíase, urolito, urolitíase, arteriolito, arteriolitíse.
 Aqui temos uma vesícula urinária/bexiga com vários cálculos dentro, ou seja, urólitos. 
 Mais exemplos de pedras ou cálculos esses aqui encontrados dentro do estômago de um animal.
Aqui mostrando cálculos gigantes na bexiga, mostrando vários urólitos dentro da bexiga urinária. 
Nomenclaturas
Nomenclatura:
· local + litíase – identifica a manifestacao
· local + lito identifica o cálculo
Biliares – Colélitos
Urinários – Urólitos
Brônquicos – Broncólitos
Salivares – Sialólitos
Vasos – flebólitos ou arteriólitos
Intestino – enterólitos
Diferenciar dos falsos cálculos – pseudoconcreções -‐ fecalomas
Alguns dos exemplos que temos para cálculos quando acontecendo nessas localizações vejam vocês que eles aparecem até mesmo dentro de brônquios, é preciso é importante salientar que há uma diferença entre cálculos verdadeiros de cálculos falsos. Os cálculos verdadeiros são formados a partir do acúmulo de sais minerais ao redor de um núcleo de matéria orgânica formando verdadeiras pedras as chamadas pseudoconcreções são vistas principalmente no intestino e são chamadas de fecalomas e não são mineralizações e sim fezes endurecidas, pacientes que apresentem problemas no intestino dos mais variados podem ter retenção de fezes e essa retenção faz com que as fezes percam tanta água, porque principalmente na região final (terço final do intestino) a grande reabsorção de água e isso faz com que as fezes se torne extremamente endurecidas ao ponto de se tornar quase como pedras, mas vejam vocês que consideramos como falsas litíases e falsos cálculos, falsas concreções, por isso são chamadas de pseudoconcreções ou fecalomas. 
Aqui é um exemplo de cálculos na vesícula biliar, colilitíases os cálculos são esverdeados em função dos aspectos biliares. 
Aqui tem um cálculo na glândula salivar chamar então de sialolitiase.
 
Aqui um cálculo encontrado dentro do estômago de uma animal, uma gastrolitiase.
Inicio do penis
Bexiga urinária
Prostata
Cálculos urinários.
Bexiga urinária aberta mostrando vários cálculos de aspectos arenosos e outros maiores né formando pequenas pedras.
Mais um exemplo como que eles podem ser facetados e cheio de espículas, outro exemplo de cálculos urinários.

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