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TCC - Comunicação alternativa e tecnologia assistiva docx LIDIA

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17
TECNOLOGIA ASSISTIVA-TA eCOMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
LIDIA SILVA DE SOUSA SEXTO ALEXANDRE
RESUMO: O objetivo deste artigo é trazer uma reflexão sobre a importância de se avançar para proporcionar a estes alunos os recursos necessários que se adaptam em suas vidas
A tecnologia é necessária mais só terá significado se as crianças estiverem inseridas no contexto de uma escola regular , onde a inclusão aconteça de verdade na vida dessas crianças.
PALAVRAS- CHAVE Tecnologia; Comunicação; Aluno.
1 Introdução
A escolha por esse tema foi por trabalhar em uma escola onde sou professora de apoio de aluno com paralisia Cerebral G80, no qual tenho que adaptar todo seu material, buscando sempre novas formas de facilitar as tarefas e o social de meu aluno. Tenho alguma experiência na área, porém quero aprender mais para aplicar com mais eficácia e segurança os conhecimentos adquiridos e compreender melhor as dificuldades dos alunos e assim buscar as melhores formas de interagir, de trocar informações e conhecimentos.
O que é Tecnologia Assistiva
Tecnologia Assistiva é um termo ainda pouco conhecido, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida Independente e Inclusão.
É também definida como "uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências" (Cook e Hussey • Assistive Technologies: PrinciplesandPractices • Mosby – Year Book, Inc., 1995).
Em sentido amplo, a evolução tecnológica caminha na direção de tornar a vida mais fácil. Sem perceber, utilizamos constantemente ferramentas que foram especialmente desenvolvidas para favorecer e simplificar as atividades do cotidiano, como, talheres,canetas,computadores,controleremoto,automóveis 	em fim uma interminável lista de recursos que já estão assimilados a nossa vida para facilitar o desempenho das tarefas ou funções a serem desenvolvida.
Para uma pessoa com deficiência, a tecnologia não só facilita como torna possível a realização de uma ação necessária ou desejada.
Por meio da tecnologia uma pessoa com deficiência tem possibilidades de mobilidade, controle de ambiente, acesso a computador,comunicação,realização de tarefas do cotidiano, entre outras atividades.
Em uma escola de Educação Especial, busco sempre novos conhecimentos para avançar com meus alunos. Em minha sala de aula tem dois alunos com paralisa cerebral e que não apresentam a fala, sem escrita funcional e em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever. Tenho alguma experiência na área, porém quero aprender mais para aplicar com mais eficácia e segurança os conhecimentos adquiridos e compreender melhor as dificuldades dos alunos e assim buscar as melhores formas de interagir, de trocar informações e conhecimentos, transmitir e compartilhar sensações, pensamentos, ideias e sentimentos.
A comunicação alternativa é para suprir esta limitação de comunicação com o objetivo de fornecer ou facilitar um canal comunicativo possibilitando o desenvolvimento cognitivo, afetivo e de linguagem.
	
2 A TA E A ESCOLA
.
Na escola, a TA representa um campo de atuação do AEE que organiza e disponibiliza os seus serviços e recursos na sala de recursos multifuncional. Para implementação da TA, no contexto educacional necessitamos de criatividade e disposição para encontrarmos alternativas adequadas a cada situação.
Não basta o recurso em si ou um serviço se o aluno com deficiência não estiver inserido nas atividades comuns a todos os alunos. Deve existir o encontro entre a tecnologia e a educação, como afirma Mantoan:
O desenvolvimento de projetos e estudos que resultam em aplicação de natureza reabilitacional são , no geral, centrado em situações locais e tratam de incapacidades específicas. Servem para compensar dificuldades de adaptação, cobrindo déficits de visão, audição, mobilidade, compreensão. Assim sendo, tais aplicações, na maioria das vezes, conseguem reduzir as incapacidades, atenuar os déficits: fazem falar, andar, ouvir, ver, aprender. Mas tudo isto só não basta. O que é falar sem o ensejo e o desejo de nos comunicarmos uns com os outros? O que é andar se não podemos traçar nossos próprios caminhos, para buscar o que desejamos, para explorar o mundo que nos cerca?
O que é aprender sem uma visão crítica, sem viver aventura fantástica da construção do conhecimento? E criar, aplicar o que sabemos, sem as amarras dos treinos e dos condicionamentos? Daí a necessidade de um encontro da tecnologia com a educação, entre duas áreas que se propõem a integrar seus propósitos e conhecimentos, buscando complementos uma na outra (Mantoan, Mimeo).
A TA tem significado somente se o aluno estiver inserido em ambiente inclusivo e o ambiente só é inclusivo quando as pessoas reconhecem e valorizam as diferenças.
Nesse sentido, a TA tem como foco o aluno e seu ambiente, o que nos remete ás seguintes questões: Como identificar a TA apropriada ao aluno? Como obtê-la? Como se dá o processo que vai da identificação da necessidade até a implantação da TA no contexto de vida do aluno?
Zaballa(2006) reflete sobre subutilização, abandono e falta de conhecimentos dos professores sobre TA a ser utilizada pelos alunos na escola. Propõe, então, um instrumento denominado SETT, que é uma abreviação de STUDENT (
Aluno),ENVIRONMENTE(ambiente), TASK (tarefa) e TOOLS (ferramenta). O SETT considera, em primeiro lugar, o aluno, o ambiente e as tarefas exigidas para a participação ativa do aluno neste ambiente e finalmente, define as ferramentas necessárias para o aluno realizar estas tarefas. O autor sugere a seguintes investigações:
O aluno, o ambiente, a tarefa e as ferramentas.
Da mesma forma, algumas etapas podem ser citadas como passos no processo de implementação da TA na escola.
1- Conhecimento do aluno e de suas pretensões funcionais.
2- Avaliação do contexto educacional (objetivos educacionais, ambiente físico, recursos tecnológicos existentes, recursos humanos e conhecimentos).
3- Avaliação das tarefas
4- Listar os problemas enfrentados, entender a causa desses problemas e eleger, junto com o aluno, as prioridades de intervenção. Traçar objetivos e resultados esperados.
5- Avaliar o aluno para a identificação de suas dificuldades e habilidades pessoais.
6- Encaminhar ás avaliações específicas, quando necessário, que indicarão com maior credibilidade questões relativas ao potencial motor, visual, auditivo, condições de saúde e outros.
7- Com base nos dados coletados, selecionar ou construir a Tecnologia Assistiva que será experimentada com o aluno.
8- Experimentar várias alternativas de recursos ou estratégia, buscando a definição, junto com o aluno, sobre aquela que corresponde a sua condição e necessidade.
9- Realizar a tomada de decisão sobre a TA apropriada.
10- Implementar a TA no contexto de vida do aluno e seguir com um acompanhamento voltado à formação do aluno e demais pessoas que se beneficiarão da utilização da TA (família e escola).
11- Revisar os objetivos e avaliar os resultados.
12- Levantar novas demandas e reiniciar o processo.
13- Nas etapas de implementação da TA, em âmbito da escola, o professor de AEE tem atuação primordial, porque é o responsável pelo plano e execução de AEE que garantem os serviços e recursos.
2.1 VENCENDO OBSTÁCULOS SEM FALA
Este trabalho tem por finalidade contribuir para uma reflexão acerca das práticas. A comunicação é considerada alternativa quando o indivíduo não apresenta outra forma de comunicação e, considerada ampliada quando o indivíduo possui alguma comunicação, mas essa não é suficiente para suas trocas sociais. As formas de comunicação como o uso de gestos, língua de sinais, expressões faciais, o uso de pranchas de alfabeto ou símbolos pictográficos, até o uso de sistemas sofisticados de computador com voz sintetizada. A comunicação alternativa destina-se a pessoassem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever.
A comunicação humana é uma das formas mais usadas pelas pessoas nas interações sociais e na aprendizagem. Pela comunicação os homens conseguem trocar informações, ideias, sentimentos e desejos, assim como se relacionar com pessoas próximas ou distantes e com o meio. A comunicação também tem papel fundamental na formação da história e da cultura da humanidade, pois por ela os homens transmitiram às gerações seguintes seu legado, utilizando diversos recursos comunicativos.
A Comunicação Alternativa no Brasil teve início em 1978, no Estado de São Paulo, na escola especial Quero-quero e centros de habilitação, com o uso do método Bliss pelos estudantes com deficiência motora, contudo sem alterações cognitivas, permitindo o uso de um sistema simbólico altamente abstrato. Embora a demanda de profissionais que trabalham e empenhavam nessa área era pequena, o comprometimento e a vontade de crescimento da comunicação eram disparados. 
A Comunicação Alternativa no Brasil começou buscando alternativas criativas que proporcionasse ao aluno a realização de muitas atividades valorizando cada ação, cada progresso e cada conquista que se alcançava ao longo desse processo. 
Segundo Perruzo (2009):
Os elementos principais que caracterizam a comunicação como popular, comunitária e/ou alternativa estão no processo, nas práticas sociais, nas relações que se estabelecem, e não no tipo de veículo utilizado, nem em outra característica qualquer (linguagem, propriedade, formato) tomada isoladamente. O que importa é o conjunto das práxis e o significado que tem para a comunidade (PERUZZO, 2009, p. 140).
Na década de 80 nas escolas de ensino especial teve a evolução em algumas práticas, em que começaram a utilizar fotos e figuras como parte da comunicação com alunos que não eram oralizados, com deficiência motora e com autistas. Esses sistemas de fotos e figuras correspondiam a imagens que facilitavam ações do cotidiano e do ambiente escolar, auxiliando na comunicação de expressões; interesses; dúvidas e vontades próprias.
Já na década de 90 a Comunicação Alternativa começa a ser questionada e inserida no campo cientifico, se tornando uma ferramenta muito importante em programas de estudos, escolas especiais e cursos de aperfeiçoamento, sendo cada vez mais estimulada na procura de símbolos diferenciados, métodos e estratégias que supram a necessidade da comunicação. Atualmente no Brasil, existem inúmeros estudos já publicados e os resultados apontam avanços positivos no uso da Comunicação Alternativa nas diferentes situações da vida. Novas técnicas e sistemas pictográficos estão sendo utilizados nas diferentes regiões do Brasil e com isso aumenta a necessidade de profissionais especializados nessa área para então aumentar os meios de trabalho e divulgação de reflexões, descobertas e discussões que estão sendo feitas. 
A partir da década de 90 as transformações e reconhecimento da Comunicação Alternativa foram aumenta e as conquistas estão possibilitando cada vez mais, a pessoa com deficiência, independência e mais oportunidades no processo de ensino-aprendizagem. 
A Comunicação Alternativa pode acontecer sem auxílios externos e, neste caso, ela valoriza a expressão do sujeito, a partir de outros canais de comunicação diferentes da fala: gestos, sons, expressões faciais e corporais podem ser utilizados e identificados socialmente para manifestar desejos, necessidades, opiniões, posicionamentos, tais como: sim, não, olá, tchau, banheiro, estou bem, sinto dor, quero (determinada coisa para a qual estou apontando), estou com fome e outros conteúdos de comunicação necessários no cotidiano. Com o objetivo de ampliar ainda mais o repertório comunicativo que envolve habilidades de expressão e compreensão, são organizados e construídos auxílios externos como cartões de comunicação, pranchas de comunicação, pranchas alfabéticas e de palavras, vocalizadores ou o próprio computador que, por meio de software específico, pode tornar-se uma ferramenta poderosa de voz e comunicação. Os recursos de comunicação de cada pessoa são construídos de forma totalmente personalizada e levam em consideração várias características que atendem às necessidades deste usuário. 
Comunicação Alternativa envolve o uso de gestos manuais, expressões faciais e corporais, símbolos gráficos (bidimensionais como fotografias, gravuras, desenhos e a linguagem alfabética e tridimensional como objetos reais e miniaturas), voz digitalizada ou sintetizada, dentre outros como meios de efetuar a comunicação face-a-face de indivíduos incapazes de usar a linguagem oral como aqueles com paralisia cerebral, autismo, deficiência intelectual e deficiência múltipla.
O grande valor da comunicação alternativa é possibilitar que pessoas não oralizadas ou com dificuldades de comunicação oral e escrita possam ter oportunidades de interação, de diálogo, de escolhas, de construção de conhecimento, garantindo, assim, uma verdadeira inclusão social.
De acordo com o documento Portal de Ajudas Técnicas (Brasil, 2004), a comunicação alternativa e/ou suplementar vem sendo utilizada para designar um conjunto de procedimentos técnicos e metodológicos direcionados às pessoas que, pelas razões apresentadas, ficam impedidas de se comunicar pelos meios usualmente empregados. O uso desses procedimentos não deve substituir a fala, mas sim contribuir para que a comunicação ocorra.
A comunicação alternativa surge como um recurso para facilitar o desenvolvimento da comunicação para aquelas pessoas que não podem falar, um recurso que pode ser utilizado de forma complementar ou suplementar à fala, servindo de apoio ou substituindo a fala, dependendo de cada caso em particular. Há pessoas que precisam utilizar os sistemas de comunicação alternativa por toda a vida; outras precisam deles temporariamente.
Tetzchner e Martinsen (2000, p. 17) enfatizam os benefícios da comunicação para a constituição do sujeito:
O fato de proporcionar uma forma de comunicação alternativa às crianças e aos adultos que não podem expressar-se através da fala tem como consequência melhorar sua qualidade de vida, proporcionando-lhes um maior controle sobre sua vida e maior autoestima, dando-lhes oportunidade de sentirem maior igualdade na sociedade.
Ao falar sobre o desenvolvimento de um trabalho com o sistema pictográfico de comunicação alternativa em uma escola especial, Nunes e Nunes (2007, p. 30) destacam outro aspecto:
O grande mérito da comunicação alternativa/ampliada é o de dar a vez e a voz aos indivíduos não oralizados para fazer escolhas e expressar suas necessidades, sentimentos e pensamentos de forma mais transparente. Sua utilização representa uma esperança de que seus interlocutores possam se conscientizar do complexo mundo interno dessas pessoas, e, assim, favorece sua inserção social e o pleno gozo de seus direitos como cidadãos.
Segundo Pelosi (2008:41):
Nos sistemas simbólicos não apoiados o aluno utiliza apenas o seu corpo para se comunicar. Esses sistemas incluem os gestos, os sinais manuais, as vocalizações. Nos sistemas simbólicos não apoiados o aluno utiliza apenas o seu corpo e as expressões faciais. Já, os sistemas simbólicos apoiados requerem instrumentos além do corpo do aluno para produzir uma mensagem. Esses sistemas simbólicos podem ser simples, de baixa tecnologia, como os objetos concretos e símbolos gráficos organizados em pranchas de comunicação ou de alta tecnologia quando incluem os sistemas simbólicos apresentados em comunicadores pessoais ou computadores.
 Os pontos positivos da Comunicação Alternativa podem e devem ser aproveitados em todos os ambientes possíveis, proporcionando às pessoas com deficiência maior acessibilidade em aprender, em comunicar, em trabalhar e em desenvolver os vários tipos de atividades. Os sistemas e métodos de comunicação podem ser de alta tecnologia como, por exemplo, o uso de computadores, máquinas que sintetizam sons, tabuleirossonoros e de baixa tecnologia como o uso dos sistemas em tabuleiros e pranchas confeccionados em papel.
Recursos como as pranchas de comunicação construídas com os sistemas de símbolos gráficos (BLISS, PCS e outros), fotografias, recortes de revistas, letras ou palavras escritas, são utilizados pelo usuário da Comunicação Alternativa para expressar suas questões, desejos, sentimentos, entendimentos. Essas pranchas são individualizadas e construídas para atender a necessidade comunicativa de quem a utiliza. Além das pranchas individuais, as pranchas temáticas (jogos, para o refeitório, recreio, biblioteca, interpretação de história (acompanhando o livro), música, educação física, passeio (ao supermercado, feira de livros, restaurante, etc.) entre outras, podem ser disponibilizadas na escola, servindo a um ou mais usuários. 
-Cartões de comunicação: A imagem apresenta vários cartões de comunicação com símbolos gráficos representativos de mensagens. Os cartões estão organizados por categorias de símbolos e cada categoria se distingue por apresentar uma cor de moldura diferente: cor de rosa são os cumprimentos e demais expressões sociais, (visualiza-se o símbolo "tchau"); amarelo são os sujeitos, (visualiza-se o símbolo "mãe"); verde são os verbos (visualiza-se o símbolo "desenhar"), laranja são os substantivos (visualiza-se o símbolo "perna"), azuis são os adjetivos (visualiza-se o símbolo "gostoso") e branco são símbolos diversos que não se enquadram nas categorias anteriormente citadas (visualiza-se o símbolo "fora").
-Prancha de comunicação com símbolos, fotos ou figuras: Uma pasta do tipo arquivo, contendo várias páginas de sacos plásticos transparentes está sobre o colo de um usuário de CA. Cada página representa uma prancha de comunicação temática e na imagem visualiza-se a prancha com o tema "animais".
-Prancha de comunicação alfabética: Sobre uma mesa está uma pasta de comunicação e nela, há uma prancha que contém as letras do alfabeto e os números. O usuário está apontando o dedo indicador na letra "X".
Para a confecção de recursos de comunicação alternativa como cartões de comunicação e pranchas de comunicação são utilizados os sistemas de símbolos gráficos, que são uma coleção de imagens gráficas que apresentam características comuns entre si e foram criados para responder a diferentes exigências ou necessidades dos usuários. Existem diferentes sistemas simbólicos, sendo os mais importantes: PCS, Blissymbols, Rebus, PIC e Picsyms.
-PCS: Visualiza-se uma prancha de comunicação com dezoito símbolos gráficos PCS cujas mensagens servirão para escolher alimentos e bebidas. Os símbolos PCS estão organizados por cores nas categorias social (oi, podes ajudar?, obrigada); pessoas (eu, você, nós); verbos (quero, comer, beber); substantivos (bolo, sorvete, fruta, leite, suco de maçã e suco de laranja) e adjetivos (quente, frio e gostoso).
- O Boardmaker (Board significa "prancha" e maker significa "produtor") é um programa de computador que foi desenvolvido especificamente para criação de pranchas de comunicação alternativa. Ele possui em si a biblioteca de símbolos PCS e várias ferramentas que permitem a construção de recursos de comunicação personalizados. Com o software Boardmaker são confeccionados recursos de comunicação ou materiais educacionais que utilizam os símbolos gráficos e que serão posteriormente impressos e disponibilizados aos alunos.
-Vocalizador: Retangular com vinte e cinco áreas de mensagens visíveis, onde estão símbolos gráficos. Cada área de mensagem ao ser pressionada emitirá uma mensagem de voz gravada anteriormente. Apresenta alça de transporte e botões de volume e troca de níveis. É um recurso eletrônico de gravação/reprodução que ajuda a comunicação das pessoas em seu dia-a-dia. Através dele, seu usuário expressa pensamentos, sentimentos e desejos pressionando uma mensagem adequada que está pré-gravada no aparelho. As mensagens são acessadas por teclas sobre as quais são colocadas imagens (fotos, símbolos, figuras) ou palavras, que correspondem ao conteúdo sonoro gravado.
-Acionadores: São recursos que promovem acessibilidade tanto no uso do computador quanto em outras atividades não informáticas. A função única do acionador é gerar um clique que o computador interpretará como um comando de seu usuário. É a forma mais simples de se interagir com um computador, daí a sua importância como interface para a comunicação alternativa.
Com o objetivo de ampliar ainda mais o repertório comunicativo que envolve habilidades de expressão e compreensão, são organizados e construídos auxílios externos como cartões de comunicação, pranchas de comunicação, pranchas alfabéticas e de palavras, vocalizadores ou o próprio computador que, por meio de software específico, pode tornar-se uma ferramenta poderosa de voz e comunicação. Os recursos de comunicação de cada pessoa são construídos de forma totalmente personalizada e levam em consideração várias características que atendem às necessidades deste usuário.
3-CONCLUSÃO
Os professores da sala de aula devem conhecer o trabalho do AEE para compreenderem que existem muitas possibilidades de recursos de acessibilidade que permitem ao aluno com deficiência participar das atividades escolares e interagir o professor e os colegas de turma. Por isso, é importante a interlocução do AEE com o professor da sala de aula, para que discutam as necessidades do aluno e os objetivos educacionais a serem atingidos. Ao professor da sala de aula comum cabe a escolarização a todos os alunos, ao professor de AEE cabe promover as condições de acesso à escolarização.
Implementar a TA na escola significa, então, identificar e construir uma rede de parcerias com ações integradas que envolvam os profissionais da educação com os profissionais da saúde, assistência social, engenharia e arquitetura; as instituições especializadas; e as universidades e instituições que trabalham com pesquisa e desenvolvimento tecnológico, qualificando o serviço de TA no campo educacional.
Pessoas com qualquer deficiência, independentemente de suas condições físicas, sensoriais, cognitivas ou emocionais que têm necessidade e possibilidade de conviver, interagir, trocar, aprender, brincar e serem felizes, embora, algumas vezes, por caminhos ou formas diferentes. Essa forma diferente de ser e agir é que as torna ser único, singular. Devem ser olhadas não como defeito, incompletude ou incapacidade, mas como pessoas com possibilidades e dificuldades que podem ser superadas ou minimizadas. Trabalhar com pessoas que necessitam de adaptações para atingirem o processo de desenvolvimento e aprendizagem é um grande desafio, com o qual podemos aprender e crescer como pessoas e profissionais, buscando compreender e ajudar o outro.
A Comunicação Alternativa trouxe para as pessoas com deficiência e com dificuldades de se comunicar inúmeras possibilidades de se expressar, de participar ativamente do processo de ensino-aprendizagem, de viver com mais independência e socializar com o meio dividindo experiências. A importância que essa ferramenta metodológica trouxe para o meio escolar e social é expressa em muitos estudos, pesquisas e na evolução de muitos indivíduos.
Os avanços desde o seu surgimento na década de 70 são reconhecidos no mundo todo e tem seus reflexos ainda nos dias de hoje. Vê-se a evolução em cada década, as conquistas e os acontecimentos que marcaram a Comunicação Alternativa, principalmente no Brasil. Assim, o suporte que esta possibilitou as pessoas com deficiência desenvolveu a independência e as habilidades importantes para as mesmas.
Além disso, os significados que a Comunicação Alternativa foi construindo para a educação se tornando relevante o bastante para um desenvolvimento positivo e progressista no sentido de aprender, brincar e se relacionar. Para isso, os sistemas de comunicação foram essenciais para essas conquistas e mediações construindo também inúmeras maneiras de se expressar excluindo qualquer barreira ou preconceito em relação à deficiência.
Com isso, pode-se constataro quanto a Comunicação Alternativa fez a diferença para as crianças especiais trazendo transformações para a educação e para o desenvolvimento desses infantes. Os marcos importantes e todas as práticas que essa ferramenta metodológica trouxe foram sem dúvidas essenciais e positivos em todos os aspectos.
5-ANEXOS
 Cartões de comunicação
Prancha de comunicação com símbolos, fotos ou figuras
Prancha de comunicação alfabética
Prancha com símbolos PCS
Vocalizador
	 	 	
4-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, D. de O. et al. Salas de Recursos Multifuncionais: espaços para atendimento educacional especializado. Brasília: MEC/SEESP, 2006.
____. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008a.
MITTLER, P. Educação Inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003.
OSTROWER, F. Criatividade e processos de criação. Petrópolis: Vozes, 1987.
BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
______. Portal de ajudas técnicas. Recursos para a comunicação alternativa. Brasília: MEC, 2004.
NUNES, D. e NUNES, L. Um breve histórico da pesquisa em comunicação alternativa na Uerj. In: Gomes, M; Pelosi, M.; Nunes, L. (Orgs.). Um retrato da comunicação alternativa no Brasil. Rio de Janeiro: Eduerj, 2007.
PELOSI, M.B. Formação em Serviço de Professores de Salas Multifuncionais para o Desenvolvimento da Comunicação Alternativa com os alunos com necessidades educacionais especiais. Relatório de Pesquisa. FAPERJ E – 26/110.039/2010.
PERUZZO, Cicília K. Aproximações entre comunicação popular e comunitária e a imprensa alternativa no Brasil na era do ciberespaço. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2008/resumos/R3-0716-1.pdf. Acesso em: 27 out. 2013.
TETZCHNER, S. e MARTINSEN, H. Introdução à comunicação aumentativa e alternativa. Porto: Porto Editora, 2000

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