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Mercedes Arzú Wilson 1AMORe FERTILIDADE !Método da ovulação ~"' • Edições Loyola o MERCEDES ARZÚ WILSON Diretora Executiva da Fundação para a Família das Américas Mercedes Arzú Wilson. Diretora Executiva da Fundação para a Família das Américas. estudou o Método da Ovulação com os Drs. John e Evely n Billings, que o iniciaram na Austrãlia. Tem viajado mui~o pelo fl)Undo lodo - EUA. América Latina, Europa, Africa e Asia (inclusive China) - não só ensinando e treinando mais professores, mas também dando conferências a médicos e outros profissionais da saúde em universidades e hospitais dos EUA. A Sra. Wilson tem publicado mullos arllgos cm inglês e espanhol e aperfeiçoou um grãflco de obse1vações que tem sido muito difundido para ensinar a toda classe de pessoas: tanto para aquelas que têm estudos formais, como para as que não têm nenhuma instrução. O Método de Ovulação é ensinado em mais de 100 paises e tem tido uma acolhida favorável por pessoas de culturas e religiões diferentes. O Método da Ovulação, que é eficaz em 98.5% dos casos. quando seguido corretamente. é uma excelente opção para as mulheres que desejam conseguir ou evitar a gravidez. A Sra. Wilson é autora de The Ovulation Method of Bírth Regulatíon, publicado por Van Nostrand. Reinhold, Nova Iorque. ISBN 85-15-0 1008-9 1111 1111111 1111111111111 : 9 7885 15 0 10080 u Mercedes Arzú Wilson AMOR e FERTILIDADE Método da ovulação, o método natural para planejar sua família ~ Edições Loyola ANTES DE INICIAR O USO DE QUALQUER MÉTODO NATURAL PROCURE UM INSTRUTOR CREDENCIADO PARA TIRAR TODAS AS SUAS DÚVIDAS SOBRE OS MESMOS, POIS SUA EFICÁCIA DEPENDE DA CORRETA APLICAÇÃO DE TODAS AS REGRAS. º º Sabemos que uma semente, para germinar, necessita de terra e água em abundância. Contudo observamos que, às vezes, de uma semente não nasce nada e nos perguntamos o porquê .. ." Não é uma pergunta fácil de responder; para fazê-lo, teremos de examinar alguns fatores misterioses que, como o mecanismo de um grande relógio, controlam o complexo programa da vida, os ciclos das estações e os ritmos dos seres vivos. Estes mesmos mecanismos influenciam também os ritmos mais importantes que afetam nossos corpos, especialmente os que regulam os ritmos do ciclo reprodutivo da mulher. Toda mulher traz dentro de si urna espécie de relógio interno que regula uma função vital: a procriação, o dar a vida a uma criança. ·' ... >.:.. .. ·-r=< -< , ~~~ -~ - ~@ >-- - ~ "' ... -~~ e~nJi-'i'fí1 corpo de ufifa rnir:Aier, 'f' .... / .., .. como-··a terrã, na qual gostaría mos de plantar uma semente. A terra deverá ser quente e (unida para que a semente ger- mine. Algo semelhante ocorre no corpo da mulher que vai conceber uma criança. Quando a mulher está na fase fértil de seu ciclo, isto é, quando pode conceber uma criança, seu corpo produz um·a secreç:io mucosa especial. Vejamos agora as fases do ciclo menstrual da mulher, tal como são reguladas por seu relógio interno. Tomemos como ponto de partida o fato mais familia r à mulher: a menstruação. Esses dias do ciclo estão colo- ridos em VERMELHO (fig. 3). Depois da menstruaçã o, há regularmente um período de secura, no qua l a mulher nada sente na abertura vaginal. Indicamos esses dias com a cor marrom (fig. 4), como a terra seca. Começa, então, a fase fértil do ciclo com a primeira indicação: o aparecimento do fluxo mucoso que muda com o passar dos dias. Estes dias do ciclo são indicados com a COR BRANCA (fig. 5). Outro período de secura segue a fase fértil. Estes dias são assinalados também com a COR MARROM (fig. 6) e durarão até o início da menstruação seguinte, quando começa um novo ciclo. O ser humano. como a semente, não pode crescer sem umidade. Enquanto a mulher realiza suas tarefas cotidianas, pode saber que sua fase fértil iniciou quando sente uma sensação de umidade e vê este tipo de flu xo mucoso .. 1 o início, o fluxo mucoso (fig. 1) é opaco_ e 1>egajoso ... Fig. 3 Flg.5 7 Flg. 1 Fig. 2 Depois, pouco a pouco. se torna !nais clar.o e elústico (fig. 2 ), com a sensaçao de um1- dadc lubrificante. Esta é a umidade da qual temos fa lado. Fig. 4 Fig. 6 r'Y'" ~ .... ~--.. ......_ ~- ~~- ... ~.;.'.'..~,;.:;;:;;=::;. ~-':--o -.......-~~ . ~e~~~~~~ ~·--:-o\~t;·r·· .. ~ .. <tr:7.~ Q~~<;.fb""~~ ... ~: -..~~ .... - ., o .:;::,';t:G, • . "" ' ~ ;;;i~w rc.cô;lhe?er~ dÕ cuil(tga· RuiiJ • --~:i:.- i . - ..,- ~ ~ .,:; • a semen(e· pt>de ,germinar,>.;..dar fouto. Obviai;;'ente, nãó aqui (fig. 7*~ ... neni .aqui (fig~ 7-C), onde há secura ... como no de- serto. f: muito mais provável que gennine a<1ui (fig.· 7-B), quando a mulher sente a umidade da secreção mucosa especial. · Porém, este relógio não tem o mesmo ritmo em todas as mulhel'es... e, na mesma mulher, pode mudar de um ciclo a outro. Examinemos nfa is de perto este mecanismo vital. Fig. 7 Primeiro, anotamos os dias do sangramento menstrual ... ·DOIS ... TRÊS .•. QUATRO, talvez CINCO ou SEIS ... Estes dias são marcados em VERMELHO (fig. 8). Fig. 8 1111 111111111111111111 30 Depois da menstruação começa um período de secura. Estes dias são marcados em MARROM (fig. 9) para lembrarmos que na terra seca, a semente não pode germinar. Fig. 9 1 w Após este período seco, começa a fase fértil. A semente pode germinar durante estes dias de secreção mucosa. Indicamos com a cor BRANCA (fig. 10) estes dias, nos quais é possíve! a concepção. Fig. 10 12 30 Abramos o mecanismo do relógio. Am- pliemos e o dividamos e m uma série de trin ta casin has, uma para cada dia de um ciclo de trinta dias. Este ciclo sení usado como base para explica r os ciclos mais curtos ou ma is longos. Eis aqui uma amostra típica do fluxo m u- coso. Não é necessário examina r o fluxo · mucoso com os dedos. Pode-se observar sua presença e sua mudança quando se lim1>a a abertura vaginal com papel higiênico. \o início, o fluxo mucoso é pegajoso e es- pesso (fig. 11) e pode alcançar uma cor li- i:eiramente creme. ( 'om o passar dos dias, o muco vai ficand o mais claro, mais elástico e fluido (figs. 12- ·13), e se sente úmido e escor regad io, de modo que a mulher tem uma sensação in- confundível de lubrificação na abertura 'aginal. 11 Fig.12 13 Verifica-se, então, uma mudança e o nuxo mucoso se transforma em opaco e pegajoso (fig. 15), desaparecendo por completo toda a sensação de umidade e de lubrificação. O último dia em que a mulher sente a sensação úmida e escorregadia é o dia do ápice (fig. 14). Indicamos este dia com um símbolo especial (.à) para distingui-lo de todos os outros dias, porque é um dia .importante, segundo o relógio que regula o ciclo da mulher: dia em que a mulher atinge seu grau mais alto de fertilidade e é mais provável que conceba. Convém lembrar que o dia do ápice (.à) se reconhece um dia depois, quando o nuxo mucoso mudou e a sensação de umidade e lubrificação desapareceram por completo. ~. 30 O quarto dia após o dia do ápice marca o início de um período infértil. Durante esses dias, sem umidade, a mulher não pode conceber uma criança (fig. 18). b J · .. ' ', . 11111111 30 Depois desses dias inférteis, tem lugar a menstruação, caso não tenha concebido nos dias férteis (fig. 19). Flg. 19 [ I~ J · ; 11111111 r 1 1 30 L_ 16 Fig. 16 ~1n~:--- - 1: !1 ,r 1 ' 1 ' 11 ,, 1 ,, 1 - - ~ -- . 1 Os três dias que se seguem ao dia do úp ice (fig. 16) são tam- bém dias férteis. O motivo explicaremos depois. Se vol - tarmos agora à comparação com a semente da terra, po- demos ver que, ainda que a terra pareça seca, alguma u midade existente sob a l H L.O ("l R 1 O 1 l"H 'I O \I LIJIO 1 2 3 15 ' ·I 1' ·r 11 ··1 ' .r·T '' T ·: '111111111 : }_j~~'.J .i 1 'osso nc1.o- \J01>E1.o 1 ('I ("1 ,0 LO" ;o ! ,·_' 111111 1 11 30 terra poderú nutrir a se- mente para que germine. O mesmo se 1>ocle dizer ela mulher (fig. 17). Duranteestes três dias, existe a possibilidade de que l!S espermatozóides depositados em seu corpo dêem lugar a urna nova vida. 30 23 28 30 35 O espaço de tempo entre o dia do ápice e o início da menstruação é constituído normalmente de umas duas semanas. O que faz com que um ciclo seja mais longo ou curto é só o número de dias entre a menstruação e a chegada do dia do ápice. Pode ser que não haja dias secos antes que comece o fluxo mucoso ou que os dias secos se prolonguem mais que o normal. . . até por semanas. O número de dias da menstruação e do nuxo mucoso também pode variar. 17 Uma mulher nunca sabe, antecipadamente, quanto tem1>0 durará seu ciclo. Para identificar a fase fértil de seu ciclo, só precisa con- trolar a presença e as características do fluxo mucoso. É bem simples. A presença de fluxo mucoso e a mudança de suas características sempre informarão à mulher a situação de sua fertilidade, quer seus ciclos sejam regulares ou irregulares. Isto é verdade, seja no período de amamentação, seja na pré-menopausa ou no momento de abandono do uso da pílula ou do DIU (dispositivo intra-uterino). Este é o sinal que identifica a fertilidade da mulher. Enquanto você puder reconhecê-lo, verá o quanto é realmente preciso. Aproveite· 10 b~ih. ·····1 ••• ••• ···1 ··-••••• ••••• ------ Uma família grande pode também repre- sentar um peso econômico. Por isso é tão importante espaçar os filhos. E o outro casal? Também eles se amam, mas, embora queiram ter filhos, não os têm. Por quê? Poderiam dar-se muitas possíveis respostas a esta pergunta porque poderiam dar-se muitas razões. Talvez porque tenham relações nos dias secos, sem a secreção mu- cosa ... Estes (fig. 20-A) ou estes (fig. 20-B). 1 30 21 Mas, por que é tão. importante a presença desse fluxo mucoso para controlar a fertilidade? O que há atrás desse sinal? Para responder a estas questões, perguntemo-nos, ao ,menos de modo geral, como funciona o sistema r eprodutivo da mulher. Estes são os OVARIOS (fig. 21-1), os órgãos que produzem os óvulos (fig. 21-2), que podem ser fertilizados ~elos ·espermatozóides. Aqui está a VAGINA (fig. 21-3). A CERVIZ (fig. 21-4) ou colo do utero e o ÚTERO (fig. 21-5). 22 As vias para o trajeto do óvulo desde o ovário ao útero são as TROMPAS DE FALÓPIO, ou s implesmente trompas (fig. 24- -11. No ovário, o óvulo cresce, rodeado por um grupo de célu- las. Este conjunto é chamado FOLÍCULO (fi g. 24-2). No começo de cada ciclo, o cérebro ordena ao folículo para iniciar seu processo de maturação, em ·cujo momento culminante o óvulo maduro se desprende do folículo ... Isto é a ovulação. Enqua nto o folículo amadurece, manda um sinal à cerviz para que comece a produzir um fluxo mucoso · que causa a sens;uJ io de umidade. ~·····mL· ·· .. · · ·-···· ·~ • ) .. '~- - . ·· . . , .. ···.'.-,. . . ' •· . ;-~ 24 Flg.24 Fig. 22 Flg.23 Fig. 26 O ENDOMÉTRIO (fig. 22) é a membrana mucosa que reveste a parede interna do útero. Esta membrana se prepara em ca- da ciclo para formar um tipo de ninho de tecido vivo, no qual o óvulo fecundado se implanta para desenvolver-se e crescer. Porém, se o óvulo não é fecundado, o en- dométrio degenera e se desprende como fluxo menstrual , no final do ciclo (fig. 23). ___ · -- 1111111 30 23 : 11 ' 111111 u 35 Se o folículo foi estimulado a acelerar o processo de maturação, o sina l para a produção do fluxo mucoso será enviado ao colo do útero antes do tempo normal, mesmo durante a menstruação. Então não haverá dias secos entre a menstruação e o início do fluxo mucoso. Isto explica por que um ciclo pode ser curto (fig. 25). Por outro lado, se o processo de ma- turação do folículo se atrasar, o sinal para a produção do fluxo mucoso será enviado ao colo do útero, mais tarde do que o normal do ciclo. Os dias secos, depois da menstruação, continuarão por mais tempo e r esultará um ciclo mais longo (fig. 26). 25 Voltemos ao nosso exemplo de um ciclo de trinta dias, indicando as casinhas brancas do fluxo mucoso a té o dia do ápice. Quando o fluxo mucoso está fluido como este (fig. 27), ou a mulher sente ainda a sensação úmida e escorregadia, mesmo depois do de- saparecimento do fluxo mucoso elástico, é sinal de que o folículo está prestes a soltar o Fig. 27 óvulo do ovário (fig. 28). De fato, o óvulo se desprende mais ou menos neste momento e penetra na trompa (fig. 29). 30 Fig. 28 Fig. 29 26 Por isso, quando dizemos que durante todo este período que está indicado com a cor marrom (fig. 32) uma mulher não pode engravidar, é porque o óvulo se desintegrou, e o tampão mucoso impede o espermatozóide de entrar no útero. Fig. 32 : ' ' 111111111 1 1 30 O inírio da menstruação nos leva ao final do ciclo. O revestimento interior do útero. o endométrio, que foi pre11arado para re- ceber o úvulo fecundado, degenera e se desprende junto com o tampão mucoso Fig. 33 (fig. 3.,). No caso de ter havido uma relação sexual, a fecundação do óvulo pelo espermatozóide, terá lugar aqui (fig. 30), na parte externa da trompa de Falópio . O tempo no qual o óvulo poderá ser fecundado pelo esperma é muito curto. Se o óvulo não se encontra com o espermatozóide durante este período degenera num prazo de 24 horas. Depois do dia do ápice, o fluxo mucoso se torna rapidamente espesso e se transforma em opaco e denso. Ao fazer isto, forma um tampão (fig. 31) no colo do útero, fechando- -o pouco a pouco. Isto acontece caso o óvulo seja fecundado ou não. Este tampão ajuda a proteger o útero e as trompas de Falópio de infecção. No caso da fecundação, o tampão de fluxo mucoso serve como defesa contra a infecção que poderia ameaçar a nova vicia que se desenvolve na cavidade uterina. Fig. 31 27 Fig. 34 Fig. 35 Por essa razão é mais correto considerar a menstruação como o fim do ciclo, porém, quando começa a menstruação se inicia um novo ciclo. A natureza prepara um novo ninho dentro do útero (fig. 34) •.. . .. e logo a primeira manifestação do flu- xo mucoso indicará que o folículo com o óvulo dentro está amadurecendo no ovário (fig. 35). Sabemos que quando chega o dia do ápice, o óvulo está pronto para ser liberado ... e entrará na trompa (fig. 36). Fig. 36 28 29 Agora o livu lo pode ser a lcançado e peneirado pelos espe1'ínatozóides. os quais vêm subindo desde a "agin:i ( lig. J7). O sêmen masculino é com1Joslo por centenas de milh fles de esper- matozóides que se deposit am na nigina no a to conjuga l. O flu xo mucoso filt ra os esperma tozóides a norma is e torna possível <1ue os sa dios entrem no colo do útero por cana is ou condutos .. . como se fossem nadando contra a corrente. O fluxo m ucoso nutre os espermatozóides para que. no momento de seu encontro com o óvulo, na trompa. estej am cheios de energia e \'ita lidade. 30 32 Dos milhões de espermatozóides deposita- dos na vagina, só algumas centenas a l- cançarão de fato as trompas de Falópio (fig. 40) e SÓ UM penetrará o óvulo e o fe- cunda rá ... Aqui começa a vida. Os caracteres hereditários dos pais, conti- dos nos espermatozóides e no óvulo, mistu- ram-se e são transmitidos à criança. Neste momento é estabelecida a constituição genética própria de cada indivíduo: única e não repetível, q uer dizer , distinta dos de- mais. Além disso. o fluxo mucoso conser va vivos e sãos. d urante dois ou três dias. alguns espermatozliides nas criptas cervicais (fig. 38), como explicaremos mais ad ia nte. Fig. 39 Enq ua nto isso, no colo uterino, vai-se for- man do o tampão mucoso (fig. 41-1). O óvulo fecunda do desce agora pela trompa de Falópio (fig. 41-2) pa ra implantar-se no ninho prepar ado para recebê-lo nas pare- des do útero. O novo ser humano, originado pela fusão do óvulo com o espermatozóide, cresce agora por meio de uma rá pida multi- plicação de células. .H 33 Fig. 38 Agora. vamos observa r os espermatozóides que passara m pelo út ero e vão subindopelas trompas. Eles não sabem se o óvulo se encontra à direita ou à esquerda. por - tanto, entram nas duas trompas (fig. J9). Fig. 41 ~ . Alguns espermatozóides permanecem na cerviz (fig. 46), espera ndo o momento apro- priado para subir e fecundar o óvulo (fig. 47). Estes espermatozóides, resguardados nas "criptas cervicais", são mantidos vivos e sadios porque o fluxo mucoso os protege e alimenta. Alguns espermatozóides cer- tamente chegarão ao extremo da trompa, no momento exato, quando o óvulo se preparou para ser fecundado. Isto explica por que, na presença de fluxo mucoso fértil, uma união física ou um contato geni- tal íntimo entre marido e mulher, inclusive uns dias a ntes da liberação do óvulo, pode provocar uma gravidez. Isto con- firma a importância do fluxo mucoso como sina l que informa a mulher acerca de sua fecundidade. Mas, e os três dias marcados como poten- cialmente fecundos depois do dia do ápice? (fig. 48). O dia do ápice é o sinal dado à mulher de que a ovulação j á aconteceu ou que está muito próxima. 34 O novo ser humano penetra a 1>aredc du útero, onde se implanta, encontra ndo pro- teção e a limento. A criança em desen- volvimento crescerá no útero durante os seguintes nove meses até que, ao início do parto. o tampão mucoso seja lançado para fora (fig. 42) e nasça a criança .. . O caminho que temos percorrido, desco- brindo os segredos da fe rtilidade da mulher, ficaria incompleto sem um a profundamento do papel indispensável desempenhado pelo fluxo mucoso. Quando é espesso e pegajoso, forma uma rede tão intr incada que chega a converter- -se em barreira impenetrável, inclusive para os espermatozóides microscópicos (fig. 43). Fig. 43 ~--------' Ao a umenta r a proporção de água e ao tornar-se mais fluido o fluxo mucoso, a rede começa a se abrir, deixando alguns condutos para que os espermatozóides atr avessem (fig. 44). Quando se aproxima o dia do ápice, o fluxo mucoso é muito fluido e forma canais que conduzem os espermatozóides para o inte- rior do colo uterino e da cavidade uterina (fig. 45). 35 Fig. 44 Flg. 45 Os estudos têm demonstrado que a ovulação ocorre, norma lmente, no dia do ápice ou um ou dois dias depois. O óvulo liberado vive cerca de um dia. Depois da ovulação, o fluxo mucoso torna- se espesso e começa a formar o tampão. Enqua nto esta barreira não se torna impenetr ável, a lguns dos canais formados pelo fluxo mucoso permanecem abertos. Então, se houver um ato conjugal dura nte estes três dias, é possível que os espermatozóides a lcancem o óvulo. Fig.48 Â.1 2 3 11111111 1 ..Â..1 2 3 30 11111111 1 ..Â..1 2 3 30 11111111 30 37 Há outra coisa que precisamos considerar: o mecanismo cere- bral que controla grande parte do funcionamento do nosso relógio. Há uma parte especial do nosso cérebro que regula o ciclo da mulher. Realiza esta função controlando os sinais enviados aos ovários pela glândula pituitária ou hipófise, uma pequena glândula situada na base do cérebro. No começo de cada ciclo, a hipófise envia o sinal para começar a maturação do folículo e do óvulo. Isto desencadeia todo o processo que leva à ovulação. Este processo é o que proporciona o sinal para a produção do fluxo mucoso. Às vezes acontece que se a mulher está cansada ou afetada pela tensão de trabalho, por problemas fa- miliares, por doença ou inclusive por uma viagem, o cérebro não manda o sinal aos ovários, como se a natureza se desse conta de que esse não é o momento apropriado para uma gravidez. Quando isso ocorre, o ciclo da mulher 1>ode ser mais longo ou irregular (fig. 49). 38 Porém, quando voltará a se apresentar o fluxo mucoso úmido e escorregadio, para nos indicar que o relógio se põe em movimento? Aparentemente, a natureza prefere proceder gradualmente com uma série de pequenos arrancos e impulsos. Em geral, só quando a criança já não obtém seu alimento apenas cios seios da mãe, o cérebro aciona de novo o mecanismo. Então, a hipófise envia o sinal aos ovários para que reiniciem a maturação dos folículos e liberem o óvulo (fig. SI). Fig. 51 Agora você compreende melhor a fecundidade da mulher. Já sabe como trazer uma vicia ao mundo ou como espaçar uma gravidez, por um ciclo ou l>Or um ano. 40 Durante a amamentação, o cérebro suspende temporariamente as atividades dos ovários para proteger a capacidade do corpo de alimentar a criança. A amamentação é um modo natural e ideal de alimentar a criança. Favorece o desenvolvimento físico e emocional. Toda a defesa que a mãe possui contra a infecção é transmitida à criança através do leite materno. Quando a mulher está amamen- tando, pode aprender a reconhecer seu período infértil, que indica a inatividade dos ovários ... Será uma sensação de constante secura ou um tipo de secreção que não varia com o passar dos dias (fig. 50). Este tipo de secreção é completamente diferente do fluxo mucoso produzido pela mulher quando se aproxima a ovulação normal e, por- tanto, o assinalamos no gráfico com uma cor di- ferente: AMARELO. Fig. 50 ---.--1 39 O Método da Ovulação é um método natural que não interfere nem nos ciclos naturais do seu corpo nem em sua saúde. Este método é para um casal que considera sua fertilidade combinada como dom que deve ser apreciado e protegido e os dias de abstinência matrimonial, como uma expressão de amor e maturidade. Se você quiser usar o Método da Ovulação para conseguir ou espaçar uma gravidez, ainda que em circunstâncias especiais, como o período de amamentação ou depois ele abandonar o uso ela pílula, as páginas seguintes lhe oferecerão as orientações necessárias. 41 SE VOCÊ QUER TER UM FILHO, já sabe que a gravidez só é possível ~m~ vez que o fluxo mucoso tenha aparecido e que o tempo mais favorável para a concepçao. e quando. o fluxo mucoso é transparente, elástico e escorregadio e há uma sensação de umidade lubnficante. ~:.:...""~ ;.,·~, , .... , , •" / ", ,' ,• . PESO Deve ser mantido o peso ideal para o tamanho e tipo físico. Extremos no peso podem afetar a fertilidade. Por exemplo, com um peso apenas 4,5kg abaixo do normal, uma mulher pode ser afetada no seu ciclo. ALIMENTAÇÃO Uma alimentação adequada e boa, tanto para o marido como para sua esposa, é um pré- -requisito para atingir a fertilidade máxima. Isto inclui uma adequada ingestão de calo- rias, uma dieta balanceada e a suplementação de vitaminas e minerais. Deve-se evitar o excesso de cafeína, ákool e toda espécie de anfetaminas. EXERCÍCIO O exercício adequado contribui para a sen- sação de bem-estar e desenvolve a saúde. Exercícios em demasia afetam a fertilidade, inibindo a ovulação. Pode ser de muita valia, quando se tenta conseguir uma gravidez, por exemplo, diminuir o tempo de corrida ou jogging. TENSÃO A tensão ou estresse é um inibidor impor- tante da ovulação ou da produção do muco na mulher; no homem, pode diminuir tanto a qualidade como a quantidade do esperma. A expectativa sobre a possibilidade de serem inférteis pode gerar uma tensão enorme no casal. No entanto, se compartilharem as causas e efeitos do estresse sobre suas vidas, poderão freqüentemente aliviar a tensão que sentem. 1 MÉTODOS ANTIGOS DE CONTRACEPÇÃO A PÍLULA A pílula tem grande fama de afetar a fertili· dade. 44 Uma infertilidade durante 3 a 6 meses após o uso da última pílula não deve ser consi- derada anormal, especialmente se a mulher tinha ciclos irregulares antes do uso da pílula. Os níveis de vitamina B2, B6, B12, vitamina C e ácido fólico são mais baixos nas mulheres que usam a pílula do que nas mulheres que NORMAS A maioria dos casais desconhece a importân- cia do muco cervical para conseguir uma gra- videz. Desde que a mulher aprenda a identi- ficar seus dias férteis, um casal normalmente fértil conseguirá uma gravidez no prazo de três ciclos. A fecundação é possível em qualquer dia após o aparecimento do muco, mas a probabili- dadeé maior quando há a presença do muco claro e elástico, acompanhado da sensação de umidade lubrificante. L. Deve-se prestar atenção ao início do aparecimento do muco, quando o sangra- mento menstrual diminui, no caso de não haver dias secos após a menstruação. 2. Limite suas relações sexuais a cada segun- do dia seco, "após a menstruação". Isto é necessário para assegurar uma qualidade e quantidade boa de espermatozóides, en- quanto o muco desenvolve as suas caracterís- ticas mais férteis. Uma vez que a fase fértil se inicia, adie a relação sexual até que o não tomam pílula; os níveis de vitamina A são elevados, assim como os de ferro e cobre. É possível que a administração das vitami- nas B2, B6, Bl2, C e ácido fólico, em dosa- gens mínimas diárias, possam ajudar a mulher a recuperar· a sua fertilidade. As mulheres que deixam de usar a pílula costumam ter muitas vezes uma descarga contínua de muco que, em geral, desaparece lentamente, ainda que possa perdurar por 2 ou 3 anos. Se a mulher tem uma descarga contínua de muco, depois de ter parado de usar a pílula, ela deve se oJ>servar cuidadosa- mente para ver se há mudanças na quali- dade do muco tais como elasticidade ou sensação de umidade, o que poderia indicar uma possível fertilidade. A descarga de muco sem variações indica infertilidade. Recomenda-se também que o casal espere pelo menos três meses após a interrupção do uso da pílula para programar uma gravidez. Este espaço de tempo é para permitir que o corpo da mulher volte ao ritmo normal e natural de seus ciclos. 43 45 muco se torne elástico, úmido ou fluido e escorregadio. 3. Algumas mulheres não percebem as ca- racterísticas do muco claro e elástico pela visão, mas o percebem somente por uma sensação úmida e lubrificante. Este é um sinal de fertilidade, e o casal deve aproveitar esses dias para conseguir uma gravidez. 4. Algumas mulheres só percebem as carac- terísticas férteis do muco durante algumas horas. Essa observação é feita muitas vezes pela manhã. Assim sendo, o casal deve mar- car sua relação sexual para aquela manhã ou para qualquer outro momento do dia, quando aparecem as características do muco fértil. 5. Se a menstruação não aparecer até o 17~ dia depois do ápice, uma gravidez possivel- mente foi conseguida. Se a menstruação surgir em menos de dez dias depois do ápice, pode indicar um <;iclo infértil. FATORES QUE AFETAM A FERTILIDADE Segue-se uma série de fatores que podem afe- tar a fertilidade: DISPOSITIVO INTRA-UTERINO (DIU) O DIU é um corpo estranho ao útero e cria um ambiente predisposto a infecções dentro da cavidade uterina. O fio do DIU que se estende pela cerviz pode agir como fio con- dutor das bactérias e causar constante irri- tação ao colo do útero. As condições infla- matórias encontradas após o uso do DIU podem influir na capacidade da cerviz de produzir muco de boa qualidade. Muitas usuárias do DIU desenvolvem uma forma de infecção pélvica crônica que poten- cialmente afeta sua fertilidade. DROGAS Muitos tipos de drogas afetam a fertilidade. Certos remédios, tais como aqueles usados para alterar o . humor - alguns tranqüili- zantes, antid.epressivos e excitantes - , dimi- nuem a produção de esperma ou tornam o homem temporariamente impotente. O uso prolongado de maconha diminui a atividade sexual e enfraquece a qualidade do esperma. O álcool tem efeito semelhante. TRATAMENTO CERVICAL O tratamento radical do colo uterino com cauterização elétrica e, às vezes, com crio- cirurgia, é um fato significativo nos antece- dentes médicos da mulher. Pode levar a uma diminuição da produção do muco e, con- seqüentemente, à redução de sua fertilidade. CONDIÇÕES MÉDICAS A infertilidade na mulher poderia ser cau- sada por endometriose, níveis elevados de prolactina e outros desequilíbrios hormonais, assim como infecções pélvicas anteriores que devem ser avaliadas e tratadas por médicos. CALOR É notório que o calor impede a produção do esperma. A infertilidade no homem pode ser causada por banhos muito quentes ou roupas íntimas muito apertadas que mantenham os testícu- los junto ao corpo. Também aqueles que tra- balham sob temperaturas muito altas podem ser. afetados em sua fertilidade. ESPACE AS RELAÇÕES SEXUAIS DURANTE OS PRIMEIROS DIAS SECOS, EM NOITES ALTER- NADAS .. . 1 11111111 1 30 ... depois de ter observado, durante o dia, qualquer mudança de secura. Use a norma de relações sexuais em noites alternadas porque o fluido seminal pode confundir o reconhecimento do fluxo mucoso. 48 SE VOCÊ NECESSITA ESPAÇAR AS GRAVIDEZES OU NÃO QUER ABSOLUTAMENTE FICAR GRÁVIDA, deve seguir as seguintes regras: 1 ® EVITE AS RELAÇÕES SEXUAIS NOS DIAS DA MENSTRUAÇÃO. A razão é que o óvulo pode enviar, antecipada- mente, sua mensagem aos ovários e o fluxo mucoso pode estar oculto pelo sangue, tornando impossível que a mulher distinga se seu período de fertilidade começou. 11111111 47 30 EVITE TER RELAÇÕES SEXUAIS QUANDO SENTIR MUDANÇA NA SECURA ATÉ O QUARTO DIA APÓS O ÁPICE. 1 2 3 Desde esse momento até que comece a menstruação, não é possível a gravidez e não há restrições nas relações sexuais. 49 Porém, o que deveria fazer o casal quando a mulher tem ciclos muito longos ou está am~ mentando? Durante esse tempo, que pode durar semanas e até meses, a mulher sabe que nao é fecunda, seja pela sensação de secura ou pela presença constante de uma secre~ão vaginal invariável que permanece igual dia após dia. Esta secreção é completamente diferente do fluxo mucoso que aparece quando a mulher tem uma ovulação normal e deve ser observada durante duas semanas sem mudança, antes que seja considerada sinal de infertilidade. Em tais circunstâncias, para espaçar a gravidez, devem-se aplicar as regras 4 e 5. so EVITE POR COMPLETO AS RELAÇÕES SEXUAIS CADA VEZ QUE OBSERVAR UMA MUDANÇAº DA SECURA OU DE UMA SECREÇÃO INVARIÁVEL ATÉ A QUARTA NOITE DEPOIS DE TER VOLTADO A APRESENTAR O MESMO PADRÃO DE INFERTILIDADE. * NOTA: Tal mudança pode ser: uma mudança na sensação de secura; a presença do fluxo mucoso; uma sensação de umidade ou lubrificação; uma mudança na quantidade da se- creção ou em sua cor, consistência ou textura. 52 ® ESPACE AS RELAÇÕES SEXUAIS EM NOITES AL-TERNADAS DE SECURA OU DE SECREÇÃO IN- VARIÁVEL .. . depois de ter ot,>servado, ao longo do dia, que não há nenhuma mudança na secreção. 51 E o que deve fazer um casal se a mulher experimenta ciclos irregulares por causa de tensões, doença, pré-menopausa ou por estar se recuperando dos efeitos da pílula ou do DIU? Nesses momentos, talvez experimente acumulações de t1uxo mucoso ou uma perda de sangue que não tenha sido precedida pelo dia do ápice uma ou duas semanas antes. Os casais devem a1>licar as regras 4 e 5, até que o fluxo mucoso reapareça. Isto pode durar vários ciclos. Durante a aprendizagem do método e em circunstâncias especiais, tais como o período de amamentação ou o abandono da pílula, é muito útil o acompanhamento de um instrutor do Método da Ovulação. 53 OBSERVAÇÕES E REGISTROS D OBSERVAÇÕES . Certifique-se durante o dia todo da sensação de umidade ou secura na vagma e da presença de alguma secreção mucosa. Exames internos não são necessários e devem ser evitados. Duchas vaginais também devem ser evitadas. REGISTROS Inicie 0 registro assim que aprender o método. Use uma nova coluna horizontal do gráfico no primeiro dia de cada menstruação. 1. Anote no gráfico, todas as noites, antes de dormir. . 2. Anote o sinal de maior fertilidade observado no decorrer do dia. 3. Anote quando houve relações sexuais, isto é, durante o dia ou à noite. SELOS Dia de menstruação, sangramento ou spotting (pequenas manchas vermelhas). Marque co.m um selo vermelho. Lembre-se que o sangramento menstrual pode obscurecer o muco cervical num ciclo curto. Dia seco: não se vê muco, a mulher tem a sensação de secura durante o dia todo. Marque com um selomarrom. Um dia seco é um dia infértil quando ocorre nos primeiros dias do ciclo, antes do inicio do ciclo fért!I. . , . Se quer espaçar a gravidez, o casal pode ter relaçoes sexuais somente a noite, durante os primeiros dias secos, de maneira que possa confir~ar.a secura d~rante 0 dia. Também se recomenda ter relações sexuais uma noite sim outra nao, de maneira que o fluxo seminal e o fluxo vaginal não dificultem o reconhecimento do muco cervical. 54 42 DIA PÓS-ÁPICE ATÉ A MENSTRUAÇÃO SEGUINTE Estes são os últimos dias inférteis do ciclo. A menstruação geralmente ocorre dentro de 11 a 16 dias após o ápice. Dia de muco pós-ápice: o muco é não-elástico, espesso, pegajoso ou amarelado. Não há sensação de lubrificação e umidade durante o dia todo. Marque com um selo amarelo. Dia seco pós-ápice: não se vê muco e não há sensação de umidade lubrificante durante o dia todo. Marque com. um selo marrom. INFORMAÇÃO ADICIONAL 1. Recomenda-se abstinência das relações sexuais e do contato genital durante 2 a 4 semanas enquanto se aprende o Método da Ovulação, de maneira que a mulher possa observar claramente seu padrão de fertilidade. 2. Cada ciclo tem seu próprio padrão, por isso, o gráfico de uma mesma mulher mostrará pequenas variações de um mês para outro. 3. As mulheres que estão amamentando ou em período de pré-menopausa, que interromperam o uso da pilula ou do DIU, ou que tenham dificuldade para en- gravidar, devem seguir regras especiais. Caso precisem do acompanhamento de um especialista, por favor, entrem em contato com um instrutor autorizado da Confederação Nacional de Planejamento Familiar - CENPLAFAM, nos seguin- tes endereços: Sede Nacional: Av. Bernardino de Campos, 110 cj. 12 04004 São Paulo, SP Fone: (011)284-3884 Alameda Sílvio de Almeida, 102 12570 Aparecida do Norte, SP Fone:(0125)36-1214 56 Dias de muco antes do ápice: observa-se uma mudança na sensação de secura. Marque com o selo branco com a estampa de um bebê e com o selo do muco mais parecido com aquele que foi observado durante o dia. Uma gravidez pode resultar de relações sexuais em qualquer dia antes do ápice, quando o muco aparece e nos três dias inteiros que se seguem ao ápice. Se estiver querendo uma gravidez, o casal deve manter relações quando tiver certeza da presença do muco claro e elástico, acompanhado da sensação de umidade lubrificante. O dia do ápice é o último dia do muco elástico, apresentando a sensação de umidade e lubrificação. O ápice indica que a ovulação está próxima ou acaba de acontecer. Esse dia é identificado um dia depois de ter ocorrido, quando há mudança para um muco pegajoso e não elástico ou quando se observa secura. Marque com o selo ápice com a estampa de um bebê. Estes dois símbolos são usados para marcar quando ocorreram relações sexuais, de dia ou à noite. DIAS 1-2-3 PÓS-ÁPICE O muco do dia após o ápice é não-elástico, espesso, pegajoso ou amarelado. Não há sensação de lubrificação e umidade durante o dia todo. Marque com um selo amarelo com a estampa de um bebê. Dia seco após o ápice: não se vê muco, não há sensação de lubrificação e umidade durante o dia todo. Marque com um selo marrom com a estampa de um bebê. anta Casa de Misericórdia de Assis 19800 Assis, SP Fone: (0183) 22-2369 Santa Casa de Misericórdia de Lorena Rua Dom Bosco, 562 12600 Lorena, SP Fone: (0125) 52-5544 55 Rua Joaquim M. Pereira, 184 - Jd. Cândida 13600 Araras, SP Fone: (0195) 41-561.1 AI. Cel. João Leitão, 35 13800 Moji-Mirim, SP Fone: (0192) 62-5137 Praça Rui Barbosa, 149, sala 11 80010 Curitiba~ PR Fone: (041) 233-8203 Centro Comunitário Praça Rui Barbosa s/n - Cx. Postal 374 86800 Apucarana, PR Fone: (0434) 2-2400 r. 297 Av. Pe. José Germano Neto, 4.200 Cx. Postal 191 87500 Umuarama, PR Fone: (0446) 22-1301 (à tarde) 57 Rua Marquês d' Abrantes, 673 Cx. Postal 212 85600 Francisco Beltrão, PR Av. N. Sra. das Dores, 880 97090 Santa Maria, RS Fone: (055) 255-1588 Rua Antônio Augusto, 2562 apto. 201A 60110 Fortaleza, CE Fones: (085) 231-4011; 224-0505 Avenida Joaquim Nabuco, 1023 69000 Manaus, AM Fone: (092) 234-1186 (à tarde) Travessa Quintino Bocaiúva, 2193 68745 Castanhal, PA SQS 308, Bl. E, apto. 403 70335 Brasília, DF Fone: (061) 243-3620 Rua Espírito Santo, 1059 122 andar 31030 Belo Horizonte, MG Fone: (031) 442-0353 Gráfica de Muestra Esta es una gráfica ropresentativa de un oclo de una pareja que esta tratando de posponer el embarazo. Sl la pareJ8 hubiera estaôo 1ratando de lograr un embarazo, hub1era uttlizado tos dias fért1tes en vez de los dias infért•les para 1ener relaciones sexuales Cada ctdo de cada mujer os diferente; por k> tonto, no espere que su gráfica sea exactamenle como H ta Las cdras que aparecen encima de las casillas se refieren a los dias d&I clck> y no a la fecha La uoCa fecha que es necesano anotar es el pril'l'l8f dia de la menstruación La pareja siempfe dobe empeza< una gráfica nueva el pnmer dia de la menstl\J&clón. qve •• cuéndo ccmlenz.a cada ciclo, cclocando una estampi11e rota en LI cas11&a &l Eleoly .. IUN-~pw ... dibl.'6 ... m.sm.IOI úrOoloadeltol y la U. ElllOI .. re""wen a kl9 dau., (1..llt .. ~ b.M) ~ telCUl* lei -IOI • durante e1 dia. "luna •de nochtJ l.a pai.,. det>9 anotai Clda vez QUI b9M ~ MXuaàM ~ d9 la laM ftt•, 't pof lo menoa la pr.....,. V9Z qv. tenga ~ deap.* dei Di• oa • ""- • E9tampill•• tafe• - La .,.,.. C'OI006 .. tampiJa• rctat9fltltCUIU~•1kJe;di111 1 • 5pofqUtl no. tueronlOtd u 9fl que" m"*" obMrvó •I A~ rMnttrual. 'ta Qua la paf$ ~ trlltandO da pospor'l9t" el etnbarl.lO, M .t>stuYo "°' di•• d9 len9r ~ • EttamplllH Cll .. - Estas ntamplllaa .. u11huuon IOI dfH 6 a 10, porqw H IOS fueron dias aecoa. L.a menstf\ladón hebf• tem"llMdo y la MCf9Clórt mucos. no n.bia VUflto & 'J)llf9Cef Ourante Hloa dias, la par$ P<Xt'• tener rMoonM un dia SI y un CI 1 no. Plf'OIOIOcll ncx:he GUIA PARA CONCEBIR PARA CONCEBIA 111111 -- [2 • • a ........ ~pi,iadt~-.-.............. un..-... ~ • ....., ..... da .............. .... ~•11ntjitqlllodill._.da1.Nnq.,en_ta.,.,.qi.-ilq,.-W1 ........ U.m..tw-...6 -~J<ltlaani'6cr..Ml'O ................... Oal ..... ~ .... obaat"6 ... ptrriatoa._....,.__..dla1ddo.~t110DMINDdlau~da .. fl'U:IOllO• "°""'"° .. cu6ndonol6un._lftYCIOIOutlloy~ru....i.oi.-o-._......el llofD•Nto,...,..y_......_,piodUclilndow.....-.hOmadar........, l.a~ ............ CICVl'tM.la~ .. ....,.. ........... ~ .. loadlaadl~llftldaddata,..... ............... ~ctll'O '/~~- .... ..,_.,.luNdldy~ ~ ............. ...,..,... .... p&ft01M1llodl .... dabllt'l .... ~~..,,... .... -oadadolclal9l'I lolpm...,.dliMdlll ddo. .............. ~ otllfdady(lfll'lllldad. ~Cl*ldo .,...,..,_.oon~maa,.,.... la~ pudo..,_raliadonae oonyuglMa NMa Ili oomlel\lcldt li IMa 1*1111 i.ndlatA, ac.o nodl 1oapmiarosdla9..m..Luego.ta,.,.~-,.....,..~--~ ~.,._ ...... ..,lftllCIOaO.llalrOl'latotdlae'1..,..,..,..dra..-•• Clll'*'9 ........ ,,..~.queáal"~ 1Lj: EstarnpillH b1Mcas con b1W - Ema~ • utãzwon 101 dlaa 11 • 13, porque_,. d.as la rrLIJlllf C1beerYó .. Ma9CIÓr'I mucou 5Jf'$Õ Uni~ adi wz. m111 ~ y ~ B beW., .. _....,,.... indíca Q1A MIOS IOtl IOI diM ..,_...., 'f la mu.• P'Mde quDI erré>arazadl 11 -.ne: ~ MXUllles o CUllqu6ef" con&IClo geMlt. Lll Pfll• .. ab8ll.No durante ... dias. Eatampillu de nuto mucoso - Lll ~ COIOCÓ ... ~ ena. liniN de •baA kJe; dias 11 1 16. porque.,. tueron IOll dlU.,. que i. ,,_.,., Obe9M> a.~- Cade d a, ellgió 1' •ta.,, que mas M par9Cít 1 &a MCl.aón obMfWdL EIOI dias too todos l•tiiieis EstamplllH blanc11• con becM 'I ttl6nguto - Eu nta~• • u.o el d•• 14, que tue el Dia de ta Cúsplde de lill m.Jf81' EI Dia de la CUlpkM • el ultmo dia en ~ M obMMI una MCttoón clara y e&âstica o 18 Sient8 una Mf'IS806n humtda y ~ Lll muttr ldentlfio6 el Dt1 de aa C09ptde ~ de que Y' l'labía pasado, porque la MCl9CIOn puó 1 Mf peglfoatl y no ~ y Y• no Mnlll la Mf1NQIÓr'I de homedad. L11 pere,a se •betwoe1 Oi• da la CUtptdt Eatampnl11 amarfUH con bebt - EtlU 1~011 M t.1Hron IOt dlu 15 y 16, Qúe lueron tos d •as q ue aigu;eron in-nediatamente ai Ola da la CV91)1da, porqoe NOS dias hli>o una MCfedól'1 pegajosa , espes.a y no elá.s1Jc1. No l\ubo sensadón ~~ o da hurnadMI. Los pr1mtrot troa dias después de la Cúspide se conslderan ttrtNI. y en No. troa <ffu 18 UC1Uza vna Ml&mplla con beb6, ya Ma catt con bebé ( si el dia es MOO, 9itl aecrt1Ci6n mucou) o Mia Mtampil MWr .. con bebé (si M ve la MCreción mucosa da tlpO lnlêf1il!)_ La pare)I ae abafWO Estampllll C.11' con"beW - EIUI .atamplll .. etiip6t6 .. d18 17. lll partjl utboeata 11&tampila pofqUe. aunque lua W1 di. MOO. todavia er1i IM'! dia dt ltol'bl<*I. ya que.,. li tetcef cl!I ~de li Cuspide. Siguiendo las regtu, la~ M ~ Estampillll e..fff - Estai~- .. ~ a ueark:>I O'al 11126y28, porque lueton dias secos. No 9f9" dia t6rtlles. ~ hlbi.-. .,...cto trw d1u ~ de la CUspide la pareia podía llfllzllr lodm esaa. dlu y noc:t. pwa Wtolr ~ conyug&lel. Estampitte "'*'lla - Esu ..umple M uM.zo e1 dia 27. cu6ndo 11*eoó unia M0'906n mucoui no .aást.ica, aispea. C*nON o ~ qa "911 .. ubl .... ~ potQ1.9 hlbta ..-ecd:I mas de ns cNs ~da hlberM lmnthc.CSO li~ con carteu. No había Mt'MCl6tl ~o hUmeda.. A -=-.a~• puedl uLIDf...,....,...,.. de Ili~.~ atwnPAo., el cuo de una fTIUll9f qua .wi ._~ a*'ldo pro6Jce un1 MCt9CIOn c:ona.nte que no c:.rnbll dia trM cU.. ~ ela sabe que • ciWen6it de 1U MCttclÓn mucou ..... En ... CUO. 111'1 ~ .. pnnw lrd:xl de camblO 11 a..., muc:oeo ,..., .. hblrWI t,01-ittdo • ~ i:mnc. con bebt. (~de IMf 111s ~ 57, 58. 6 1 J 52 llOtwe • .,-on bMK:i6 lnMrU--PBI) 51 53 Gráfica de Muestra EllMton•~de ............. del ... m..icoeo parezca .. f\.fo m..icoeo que .. obteNlndo CL*'ido M lmpll con el PIPI'~ o ...-.d6n que ...... ~ el trwwanodeldfa.Eft1)ilcta....,eu~enCUIW"*>hfliJt: 1ennhado au lnltrucddn niclll t,. - ., l)MOn8. por une instruc::tcni con ~ o dilllpuM dt I'** llldc> ..aa ltwo UM nu..'alinMde .. ~ en el ptlrnercll de cam ~ C9dl. '**> tletw ... propio patrdn. ... que .. grüc:e "'°'""' pequel\al ~ entt9 dclo "J de*>. n.. o Cl*t'O a.m.dM ~ o WilM oon un lnMtuc*>r paN _..,._ ... ____ .. loe ~ 1fpol dt..,, tl'UX)90 oeMoll que Uf'lll ,,...... --- ... -- ---·-.. -.. .-OJMdo .. en'lp6ela • .,,.,.,., .. rn6lodo. o..ndo hlga .. urMce. ~ .. ...,,.,..que mu .. ·-... --.. -. .. -).- 52 •Cada noche. marque en su gráfica la observaclón més fértil que usted ha ylsto o sentido durante todo el día. NOTAS: 1 Sa...,_...•~de-~~y de~CIDIUIC*l~U..2•4NmWIM.,,,.,.... .. _... ... ~."'9todo.~caua•..,...~ c:ibiMwltcMtlf't'Wl ..... oa.Alldltuttr1ildad 2_ LH ~ cllber'I cob:::wM tin Ili gr6ficll cede noche ....... cie ..... dotn* 3L.anq.i-dll»....,~dUIWlt9kd:ieldl•delll Mnlldón OI M*'9cl O Mquacild an la tptf1Utll '4Ql'\ll. '/de teiprflloSnClldil~~llUOOU~ La~ dllbaoonlf"tn li grilca .. t9"01T1C111Mrtiqoe MhaVIMn!ICto o v.eo an a.lqu.., rnomanto dai dali A IMPORTANTE: la Pf.r$ hUbleta l4*lado 9118 1 ~lilht.tierllhebldodluenqueW.~ tlutMf• Mnlldo ili MRNaón dt t1oo\edld pefO no i'lubMtfa obMfwdo nnguna MCredón E• d a M ~undia"'"11,Porqi.M11l1MCl'ea6n fl'AICIOM -*' Pf'Mll'I .. pefO putOI ..... *' 8CUONI qus tia nopuede obslrNll. ~ q,11 '-. r!I.!« ·-M llO lmx!WM oqng IP qyt ... 5 A.9U"fll<*-.~quesonutida~an .. ~"°"" Eldob"~qua .. ~oonlll CMA;aciOn. el dolo!' de D pac:tlOs. lol clManqw ia,._.., .. ..... ...........,.. .... y li» diM M que,..... 9llldo ~yhaye~_..,~ 1 En ioe cMs,...., Ili,.....~ quedai- embwamda no eoto•tenar ....... -.-.MOporc:uetQu•conl.c:IO glM8' con *' mMda. 7 Lat....,.,..que...,~an•41poc:a...tor• •~-""~de..._ta.,..o•Mn ..,._"'OlJ.oqus..-clila.ol9dP9W1oanoebif ~ ...... ..,.._.,.__----de .. ,.. .......... •.-uc:w ~ ........ ,....M.66.'7'1•-l ~ ..... '°""' .. .....,_, L.a oonci.pdón•PGltiten~dfadeilP'*-...-111 lll.lfoncoeooeMol'.L.aOOl\OlllPd6n•-~en: ~~= - la,.,..,._ .. MModD ... ~ Balgl .... IDgNl"unlll't"OWuoyno.._..,...~~.......,. • ..,_ ,..,_ ~ o.*'do...._ en - Dmds ... IN.ICIOIOdmlo'f~OOl\ ........... fürl9lil a.rllo el ... IN,ICllll90 oomlaNa. , ........ - - La,.,. ................. mixmolll....,,..., da • ,.oc."'9 .. ~dl10• 1•clil9dllp.IMdillll ...,..,....,.._.,. .. ,,.,... .... ~ .. ..,_.....,._.,..,_en••en••...,.._ _,.,... .. ...,,..__-*',......, Qilpda, ....... ~-quedildo ........ ur. .... ~•---•11Nct.1podlili "'*-"""«fio .... __ .,,._ Bll.tDlll'UCl090_... • ._.,_ta~Em.......,......,....,_'/,._..IOI ............ ~~uraNlll ......... .,...c.oye ... -...•NoolO .... .,... .. órMD.. ru.....iddo_..,..MJ._fpoadilll.tofnlll0080o.Mol6.911ofD•L __,•.,..._. ......... 'l*'*Y~---~..._ .... INOOeO_....dll:dr:f&DldW> .. mnbf ..-Ollf!Wt-.v.,.~ta.,...alllcMdscll......,.da...,,._.....hNIUoeWiitoao .,...,..., e.*"'*" blandll •.,.., ... NONdOl'I...,,... '/ICUOlll ................... , (~ ... -~OllC*'41funotellla#MldlllO'IUlld6ft.r..--'OndllpoS.-.. .......... ~y~lllN11.• ..... •--caMca1t-=11tac:M4dadlltame.La MO'addl'ldalll40111UCOaOMr11 ... ~potlil .. lrM0080fpoa l. 'f l. l..allUICllldldlipoS.,._ ano.doto.ta,fOllpol,fll'lb"mil..,a111~qi.-ocurrelllNdldard9taa_..dlltorm. U. ~ .......... ..,lnl.IOOal>oon:iditOOrtal~···~~ un cano......,, dllpÁI • 11 CMmddn....,._1aa _.._. 1.' *°a y apwaoa 111.., 1po o~e... .... ..,_....,,,....,.1ormi1.unablff'M~pn1oa ~dalMfWllqL»lilwewdll.dalp*dallôOlpldalloa~nopuadan.....,... ··~i.tlft& LM~lft.-tl'wl la llaQIMdad91Dt"'11potdaNCndclMadllli.toft'UIOIOmnbfcra ~d.nnw ............... dclo tlWllWll. 54 GUÍA PARA CONCEBIA DIFICULTADES PARA LOGRAR EL EMBARAZO ~ .. ~w... pequeltecentldeddllftufo-ceMc:el ~AlfMe llnen cMcubd Pllf'9conc9t*~• la corta lt..nddn dlt114Dmuicaooon ~*-CIUl•WC:.<l.1111âlurwpooMtw:w.en.idlL B~•un...,dllddod9 ... rt'Lfer"enque«ll.foOIMc:llloonC#ICMl'fedcu..,._• pr..at. 90lo cuno una MnMdõn. La m41J obMfotlO o...iro dlM dlt rner'lllnJld6n a be a..1111 lt llgmton ochD !IM aiecoa. a.....6 un 11.fo mucoeo utm y ~ dlnntl el dll. lrwc». EN li.to M ~~*'c:wdJk>pordoldllllmM.&---.<t.nnilio.cllec1e1 11,11m.twnotó tlneoloUM....mtin~y~Our.-elcili11notó,._,..ll-0.d9 MCteCl6n.. e. .. ntoo qUI "'*"" .anndo ... C""*'9 .. dlil -*riaf. C4ldil.doldM<ILnntillollprWnltoldllll9Ml0911~pudo--~~.,..Mpera • ~«»• ........ Una lllalqUI .. ~ .. -~ .. ~ h1Mump16- ,..... ~ tmtaobllniw •~ .......... n"UCIOlkl9d. u.on-dlM y" dia_....... 11.eo.po. peta qUI .. ~ qutdW9 ~ C-* .. ,...-~C*lldld·fk4o-c.Mo& AQ.n9,,..,..... llnen clllcultld 91\ oonoet*'dlt*ic> a qUI ... a'*9 cerAclMa poducen UM pequW\a mnld9d dl 9*' rruooeo oerka. e. .. un........, detddodl.,. ""'""'.,.. .. a.-1 • pocaJd&Ufll. ~ cmlld9d dlll.fooeMcill.La ""'""ObMNd UM _...cu4*ilddl.., rruooeoMt*:l yPIOIPo •cl6ctnodfa ctl ai ddoy ~ en••doct.~bedíat1~y14el..,•10rn6~,,...daroymuelMllco.Na96ww ......aón~y ............ B dfl. 15ta~'fDM6anow......_EMO .. hcllcoqwl*"-oowrtdo •O.-.. •.....-kw.LotdliM ,..,... ... e**> .. ~ por li. MqUedld. Lan'Ltjer" ... queproó.ldl""!lpoct;ewidOld• .. -ceMcll.porb""*'"**~~ ••Ollldlldy~dll..,muc:o.oynoalaOlil'lllldld.La~lM>~HtlNlldonM ~r....iClOl"lllllnzodela~del~muoo.ountnocht ... ow.nodUtltd91o9~dllfll: MCOe.. lu9golll ~ ~- !Wicb'IM........,. 1.-obl«w" ... ~ "* ,...... • ._.,_,,~-ac:t..y.idla---~nt«rdlioonotl:llr. GUfA PARA POSPONER EL EMBARAZO Lol~DfM .. Ctdo• t.e F ... ~ 55 l.c»pitrMroe~óltddoH ........... lloomienmdltil~i-.laC61pide.. En..,.clMdllddo.............,.hefun~dlt~c:Wndo•riwl••~ ~-blfo.EM~1*111p.MdlW,.. ... POtUMMnlldónd9~enla \l\M o por...,. Nt..cfõn~que no--.. E-.~ ~óe llM81100S, od9 MCf1lddn condrNI que .. rnn11n1 lpil dia RI cMe. " lllnl. pâdl'I bMloo ..-. (P.8..L). TCJdli ,,....llJlfWIÓl•ldwdlcwtuproploP9ttón""'°°~·--··~.CUllql.tw carnt*>W1 .... ~b6eicohdlcf.un....-oenloe,._...ctmnonnanMylapolll9dlddel ~--flnllclad. Ent.pm-dCa. deldclo. W ,....,,_ mMta1M..., ~ • lapenta.eolln-* por Unoct-Plfw. ~., P.8.1.pJldm Mf ~Ó.li"'* ..... TMd6n • ~ ~,..,.._w.noc:t. li. otn. no. &to~Ut11.~mu-pm11~•CICLO REGULAR 1111 --a.--............. ci:fo ..... La,...,_..... ....... .,.,.. .. pMMI' ........ ~ ...... dlloo ... lil ........ , ......... ._ .. _f-._~--1o-..,_.., ... 11:&L-.._ ........................... ,..pi,1Cfo ...... """*""" ....... -!Wldll·-.............. _,._ .. _.... ....... ""' ..... ..,_'""°' ,.....,,.&.o ........ _._ .. """'.&l• ... -l'al' .. _ ................... , .... ,... ......... .. _ _....~r--. ... c:-...11~.--- ........ _11. ..... _,.... ............ .. .,,..,.........__o11110., _ __. __ Mllldl!n~r...._..,__ ....... .....,. .. .. , . ........ - .. ......, .... ,,...._,__,..... ............... llbtoldlllll.&11 --ntr:lli ..... OClll*ll ... -*41•- ..... ___ ...,.. .. ~ .............. ""'9 .... 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NgUt11d91*-lmnlilmdotuCúlpkie, ~COf'lftllt ....... Ngludet.pm-"'-dll dcloo .. ia•~ · - Pnqi.1911,,,._.~..,..__,p.a.Lc»~ oonlCltll9. ... Me~CllOl'Ot(14)df•~· --~oonewi.•c:Mt11oo1.11ll*lt<11~cAt.s de MCiNdõn «lfllWM tin ownblo ...,,..,. oon ._ MCm. s. l'IOOrlWtmllullWdldeun~pw-.---.etP.B.I. Cldo Cono Ur-.nt-püldlllfWUM~..,lalordluddltudc*>en .............. de~ "4dl. .... dcU cortD9 90n nonnlMI per9 ....... ~Enuridc*>cortolA'Wn4el'P..-"'*'""9• MOftielónc:lt ... lftll0090~comilnra• ....... - ~, Qlb4lctin'lbl9~ ..... 19o-·• Cl6lplOt. e"'° mucot0 ceMo11 P1J101 oa.m- .:ri mw. • cti. .. - 56 !MrlllrwdõnllGUIW*.La~-~· dl9 ..... ... OCUf9 por .. CWTtio. NCpJldMI o. \Wlll ~ ~ tln ~La Q)lpldl hloe qi.19 • lfll°*N .. owWd6n o ll'l9 .. CMâd(ln .... oountr. l.aQllpldl Mot.Mwdenlrodel.W'IOO dl»<lude li CM.Aedõn.Enll .... ~•·Q'.lls*lil•~ .. ,. ... ~ !)Mpoeponel'ltamberam. .... ~lnw.zqp.'9 ... pâdr!MM~la pel'ljl ---~pwa ~oonyvg.IN.., .. noche. l.W'ldilllyatronoo.tP.B.L - B~qJenoN~porll~llU•cledMle cl'M...,puedlqueno ......... ~~Etl cld-.~11.pwttadeoe ........ por ... ctr.I c:omplMo9 delP* .. MngndoyOCl"llh.W ~ Nlglu cM IDa~dJu~)hN-.~IU Cl.llplde. sr.~ a*Jdow-.~.-dlndo·~ 1e~pUi1C1eoa.m.,-•1octi.~11e &ee•uri~•urimmconodeur.rrq.r.a.Vwo~ dlude~~fl.IMln~~portr'fll d'-deeecr.aónmuco1ede~NnlM.Noc:&....odla ot...YóuriCWYDio..,laMCINdo.ldelllMb'f~ • utii.Y ~E-.mrrtioh:lcó~~Mblaco.mõo..,(;(apldell --La.,..;.19*1i..~•1m""*'-090'-~ ......... ~~..,1Da<l.ad9~y 58 Aeg11i•11oco.pc1e -'-N.VU:CILlll• ,,. ~•COls*le.•~- ~pwll,___~ ..... CWll10df9 ....... C6lplde-..quepmdplelli~ - •~Otle.Ollplide.La~en-c.::i,deb9 ....----·~ - Se recomletlde. • llbelhrdl dl.nrWa ... cuuo...,.. c9MplM O. Ul"lflbOnlleepotliaMOO~d9der•ka cu6i1Cklno•• • <*llpe<no. - o..w'ldo .. .... ~ .. MtlOdo <li .. OWIAldón .. ~l.fte~dtdoe•O#A'OMfNMSde rnwwtaqi.19 .. ~puedl.ldnillcw...,~Patrónc:lt1'4o ô.ilWlttlmdi.de..,muooM~Ur.-1'.J'9Mldenlilo6 .. C4epidil,llt~afllcó · ~dai0ied91e.Cllpidit,9Wlendolu NillidclnM~por--11119~~-·~ Loe oncechl,...,.. Mfon la-.. ~o lm OM'tloe .. ~ ... dcto. e.. cMla, nodlN .-NIMln cllpontiM . .. Pl't;I f*9 ...-NAlidoMI~ Ea ~ notw que en ... clclo cono no htmlwDn dl.a ~ .,..... .. ~ GUiA PARA POSPONER EL EMBARAZO CICLO LARGO 111111 Cldo- 8ddo~ .. oo.~•llDVUfdll<**i.L.-dcb....,.tClll A~ Wtl'l(ll:t.ft .... dm unddollrgo.. Lanq.robMniódnoo dr.. menltNtld6n ~por dD9 dlu "°°"" En .. oar.io y - dll9 obMNó un poc:o • MCNd6n rnuc:oem. pe10 _,. dfM lJlfOl'I ~porcáMMOQl.l.apartijlaNO~~~ ~.,.noc:n..i.onno~dlhlbef.e~~ k11Sd'-"9!õll»qi.19elglMfonal9*tT'IUC09G.En•dlll ,7•1Uddo ~elll4oM.llCIOeOYCCWÔ'lllOhMia .. dil20.Dur.-.-.«-s tdloun .........,. ~ Y•~ UlricwM9n .. .., nu:mo. a dla20•mi.tw~....,...,.... .,...-dõn ~ .... m.tw lcllnlll06 9U COepbe .. dlli 20 porqy9 obMrV6 ......,.,.<la~ NWTNll9pmw.---~Encftap**1--~· tlinllõn,~~0"111111'1.-tddnqut "'** .. ~~ ....... lpo.dctoOCll'fWt.N .... llW--- .... camn. dl .......,delplMdl Ili~ o dMoclllioMIM cit...-.dón--de pmciplt ......... CICLO ANOVULATORIO 59 PARA POSPONER EL EMBARAZO DURANTE LA LACTANCIA Sli.~-*'_,...•-~~no<MMl"o ,,.,.._...,._..,....,la~~~qlJI· ..,. ~ '*"'""""' dit ............... pma., IM1dón . la Mdl)ndllpudnU.-.. ................ laprad.1od61'1 dl"" homua.._.~-IUpf1rM·owi.dõr'ly.porlo-...... ~ ... """' ... .......,.La ..... '*'*1tit,Cl#ll'Oll ·~-lo---yelUIOdllpklloc.;irno~o~ ~ ......... NIOtl'I0 ... ~1.N-....:q1.11d11rnft"'9 llMOMidllldpoti.~ll'IMllml,oornopor...,....cWndo•ll ... ...,_.,...._,oU...•....._ll"°"'*"prolldlWi~y lllll9dldd911~rwbnl.. Oblilill'Ylll1d~ll911'11.4wp.-dl....,.~. PàOrl Mlioo .... (P.B.l.)qlJlotUl'9a*ldo .... _... • ., rh.EIP.8.t ... Y'lpeflodD•~411•~91'111'"'"',a -potwa~de~tnla~Opot .... ~ n.dld9., .. ~~cwnDICIW1tuP..8.l.•Ul'lll~qm .. ~ .. ~·-~ La,,...comllnzli ........ ""** • .,ddo ... dll-*riwlloal OOINl!ZM•o.e••pedlll11i1 ..... (1.oq1Aoe),~ ~------~dll~S.~• .....__.._ ... ~......_.yl9ootA'mll .. P..B.Lu.go -~·....,.,••Mn«o1"'-~J*al10lf!C'* ... ...... e..,__~ ...... piWll~~·""" _.,..anoallllrWd9d:.iCOl'Nllwdtla .... Mir111yla ~0.IUOllplõt.. PATRÓN BÁSICO INFÉRTIL DE SEQUEDAD ~ u. .......... f'l'IMlftlllO(u .... ,......._~: - •11119"Wtlll'llnocit.llyoarooflftlOI06M:MCC19.Enel-• .. ,........-.... ...,. MCMddn ODftlWM, lfn mmbD ~ ( .. .. .,.,.....Wlloo...,.,y~mplcw'-....._,... ,..,_~UNl!Odle .. yolnlno. - &t......,,O'*R>t.'t!CW!jF•e!Pª' fll;!r...._e*Q> ..... 1 rwwt wgwtg. ..... '*>D'P*! .......... 111PBJ de"Pm'r!PMW"ll'DMP ..... 1MJpB! • ...._ ....._, .... p.wtt,,....._,.....~ 1gnpcg11-mdMp.*a-,,.......,,.,pe1 PA'lrM .. ,,.. ....... p .... - SI wbl'I «'I IOI díal dt ...,.00 ll'lnlWlil aâ'ldO IU ~ ~ .. oc:ur1do ...... ~ ... .,_. 1111111111111111111111111111111111111111111111111111 cu.....,. Un P*6n ....,., ""6rtl o. ......... e......,.., noe mu.1n uno rn.fitr que~ toWn.- •ou boW.lliflioYl'IP.B.l.dl-..--:i..Ciuwm~ la9toq&a, i. ... en.,.zda ..... IU~dleot*Ol'fol:IMrYó«ID~ Ho...W~monchtOewowlO'f*""°°°~ '*Gú'lmmblo9nlll~dlMCfJldld,!Jn9VWQ1.1rtMIC:IMWI06 .iP.B.L .. ,_,...~lur.glalhla9~«&9~ ~poopolWf.iemt.ram.La~V<O~l*'O~ oonwugolM uno noct. á. on no U.... lo9 <IM MOO&. PATRÓN BÁSICO INFÉRTIL DE SECRECIÓN DE FLUJO MUCOSO A9r-~~tllltr1)0dllailldrd&,Mnatiour-.humedlld ~--~ouP.BJ-~lipod91'4ono..,.cuorpodt modo quo cu6ndo M ... no dlfo rw.kl.IG. Lo corrnrto P9N con ti .., mucooo un:-... quo-.. cuorpo 'f • ....ioo. 1.a~ .. .........,dlnnllla__....._ .. ,....,.~ Ili MCNdóncar#nuaquo .. "**"'° ... dlatrMlfa.~ ~ 61 LM~P.-.. ~ un dc:to•<MMddn. La. c:kD ~ p:*9en ocunt oamo ~ dt enlwmed9d. ~ tlnllón. dlldlncil nlâtdDMI u olJm lilc*na. a_...... ..... ...,...dt""dclo~Lam.fll'ClbMrYó dnoo«tllidl ~ y• dlls--.Nncwnodlaot..vó ...... muoc.u wg.ti>por .. <luaeoc19. lol c191111y 17 Obllr'l'OdmdlialmMdlik.toll'l.llXl90.Elabwon~ ~pCll'ch9..oce..larnJiOOllllldld(llMl ... om.vóMtlM ..-.. rwut.11 y ~ i*Qpcô1& tlllblrlrdomdoel~ ........... Aldlil28de1Udc:toCCllTllNÓel~...., • ~-- LM.._dlM clM ddo· U .... polilCMllllortl .... dl ll -i.o.cai-dlíl90lldalo•lkllendlfl0Mdsel"'*'"'9â•Qllpldll(el !Alhodlm ........ ..,~ .. NllNdl>y~y ....... ~•tunMl!d)rlo~,.....,~~u CCilpld9 .. __. ... ...,..""'_por .. ml'tio• l9qJllÓldOIW..~~--~La~lnl;bfJ." .. aprmlrM lllOIUlclllrl º""'llloNldón..-. •ocurlr. Lll ~•OC..Wdlnbocleunoodi:»dlM.,..oclMp\IMdtll owlldól'l.En ............. COlpim .. ~lll'lglllde• CCilpide .,_ polpOIW .. emb9fuD. ~··e-.. _ .... .._ ..... ,,.~-~·~ ...... ~ l*"~~ ...... CUlll'IO ... ~Cllll ~._ ... prh::lple .. prom..IMnllnladOn, ~~~ll'l-6tldt~quonoCM'dlocn dllt9M<lOl~l.#'l'ooOlq.1tll~,...,.,_quano'*""61 -~o.wn.-..,,.,.... ... ~ .......... P.8.1. lnonoMll~llPbllrtglldtklsprirneswc:il9~PM PGIPOl*"wi«ltJal.m.La ~*°'~P""''**" ~- riocheli. oftno~.-oorrer.cldndtP.BJ.. helelq.,ooeu'9 ... CWl'tlla. Ef ~.,...,... QU9.,, Ufl dclo i.va bdDa - dlMMl.:loe;Otll.t:ill"UOOtOtfllloct#Wl ..... la ~ .. ~~...-.u~ 119.116•~·-"""*°'oc..~ Plfa*ll .. 11,fo~Mll'\Ztll'fen..taOllc*»o volWrfla,...,_•1111P.8.l. LotdfiMl~dtfkfo ITM:IC*loon~Wff11MQU90CUTW1 ~~--~~·O)lplclit. Y•,.lll**b•Rllgllldtla~_,ll'INtlllL U1*$1tg&Aó•Aegtu0ttot~OIM~de IOdcllldcto.Ctldl...Zqi.111hlible unC*'!Olotn .. PAl. O.MqUedld lll*tfl•lltl*NO~IOtdfMdtlll,foft'IUCOMlll'mlostNI .._..,...... .. ,.._,•tu P.8.L U ,_... P'*** NllldonM ~ IN !'IOCM .. Clfn no ô.nf* IClt .... M00e. &~lf'Ul'óWQU9.,unddo1t1giotodotrotd'M...._.. ct.a.,ft'U:OIOqi.»OCllNl'lw!lledl .. ~-~ polti9lnwMi ...... L9 ~ '9116 .. Rt9M .... Pm.ot O-.~f*S-••"'lf009Mo9'~-- oo.pdeo~•l'llDnlr•IUP.8..l. Ea~~WbtlicbelwiunclclO~S. ....... .,bml~potlo9__.. ......... ~----dl~plllrdnMr11dl ..... 'fl9...,.... 611 ....... dt .. ~ 60 .,.,.,___ - 81~,,_..,no.-~IM~llMr-.so .. ~dlblra ~-..i....-.•lil;ll9i:m-;.-..dll_,0_1a -- . - Pw9quall,.....pued9~9UP.&L•~~ ....... ldnllcercftlrot(14)dl9'~dt--MONdón ~-~OUll ... OICMDf'Otdl.ldt~ oor-...-.~...,,...oon .... .-..a._.. .. ......... Ull~P'f9 ......... P.S.LO.A,iom.IQ090. U.w.zqua .... ~ ...... ~ .. 11"$ ... ~ i--~~·•nocn.widlit11ymonodllf':8J.. - B~quano•~por -~d1Nodliooi96ild1Mc ......~qi.llll'IO ................... \Jll'dldlta.En~ ~l& ... dlbo.....,_por ....... ~ ~dll-vrodo'f~....-i.r-oi-mm 111111 8 NtVado quo OCUN-.... do.,.. tipo do ddo no• una menetNad6n -oadarL B-vldO li'*» Mr l'!lllfiOf o,,...,, quo ai NnlJmdo mr.9Ulll normam.. ~por uno ,,.,.... Como no ha ocurido li CJlllAldOr\, ai Mnt18dO li'*»~ MOOndor ---da lwlldad que~• Ili <MAld6n. f.I '""" rwmu" -*d!bt .,._IM,,...... qrnn,.. ~twR!rM!IMmrngll!ca ..... OelrM"llDQ• 111..fAl...DHq• de ... ".,. "'*W <QWdt!*'ôW qrnp """* ., ... !Ô!WJW dlM pr4KMllllQrkw dtl '**' y '*' ... ,.... IM; pmwm Qfu;,... que !Olr«qJt••WN*'t prtnlrol .. ~ .... ldlf'lllllcw .. ~8111 .,.,.,.,,~-......--CW!do .. '*""llolMl'lllNOCIOn P*"'OOIMTW•,_,.dll10clos~d911oldllnlilc:adórldello ~~ ................. cmo.~--·-dll·~ - S.,__..ll~du!W'ltf-•~---...,.. !Mt.fl~~odlllp.;MdldlraMl~no• • tw .... _ -o..icro .... ~ ........... Ow\.llad6rl .. ~-abllhlol'IOladlcbt•~--·-qua la"*~ldllndlcarwpot*IPl*dndlllfO- 11111111 1111 C1mWCWTf*>M li MpW*X> de tt;i lllQF. • w Ili! lllIW*>#I 11'*'*"'1 !l)gmjlk!#)ll....,,,arrpclq. pll •Qn1""3!jm o n*dlm o•«-. 9C1W de WO' a•..., li wndOO M «h'* l!-PO..-,,W!P..aMc*M!IM ...... ~ .. ~ ...... -~~~-cfeildo <*!tllo.mM"'M~delNIOlnOa•trilmm..acndórlquano .,...oll~"--•l"IOCMdll~dla. 62 BP.B.ldlt~n'UJ0901)1.*i909Mf'lN\lllll-OCU1'9llCMMdóny '-aquldo_...p(lr .. ~qA·llgl.&~dtll pm.a~t11140nuio.oquaOCUl'9., ...... .,,.,...,.. dltlll--..oomo~--.~--...,._ ..,___.., P.BJ.IM*fonuio.oqAnoWlfil. PARA POSPONER EL EMBARAZO DURANTE LA LACTANCIA CUANDO APARECEN DfAS AISLADOS DE FLUJO MUCOSO .......................... La ........ ~ Dill ........ ....., ............... ~ ........... ~ ...... IOdo-tlqio- a... .. ,....,~~-·P.&J.d9...,.,.._.La,.. _._.. ........ ~ .. pwtcUllr.w. ..... . ............................. , ........ .. ,.... .. ---.e..,._..,.,. ...... _ .... .......... ......................... . .. ,_ ... ......_..., .. P.&.ld9 .................. .. ll'ALLa~Wflllll~ ........... ~-...... ...,-.................. .. ..... ..... "" .......... .,.. lildlfteil..-m-lllCDMlllllMl6.-....lol .. ......... -~ ..... IÔfllfO .... DURANTE EL DESTETE "'*".....,.. .. ~ ........ ,...... .. nór!wo.,,.,.,.....meclda .. t11i.tl6•1tdln.......,._ldololWllu-.lllldoa.Lallr9dld~puecl9,.,,,_. ~._.Ot1NtnlMMdld••,,....odlli.tl6.,...,.~ ~•ll~Str-....•~.....,.,.._**...,•._• ...,mwooeo-dtQUtOCU"llllowlildón. ....... .wm............. ........ mMMJ"M'I*' ..... ,.. ........... .......,, .... bprnwwdt ...... frrlp ... . ._................. . ............... ,...,,., ............... ..... &m ........... ...,. ................. -.Loe~--.. "--m*"-16n•• .. •~EflelNMnOJIMdl9D .. ot..'116- ...... _ ... ,....., .......... ftlolbl, ........ ......, ... ......,,, et.i•ono..-!'16•P1t•.....--°"*"''-"'*·~· ..... cit..\16lnll ..... _ .. , ...................... a... ........... WUCOIO .................... por..-.__...~, GUÍA PARA POSPONER EL EMBARAZO 63 ~El•23notóun~••lllqlJldld. Elllllhloó ..... C°"*'91'11btti OQ.rl'IOollcllllt'lllrior.La~comtNÕdcXieclM ...... Olllpidt.. U ......... ~--~DIM~---------. ~-.....,_~ .. ocuntrwiC*ldo9'l .. P.8J.de~m1113dillf ........... l'IOCNdllcu11tD•-~--CIOIPIPl:lb6•IWlfnll·~"'*'° .,..,., .... _."""°__...,.,....._ ........ INnoct.tl.,anno-..m ....... u,. ......... l'IOOMd6 .. o:lllpld91a ........ Recllm .. Dia•la Qlilipldil ............... ~,_ .. _,.,.o.pa ... Cólpd9.l.ol ..,..., ... ,ftOCNeti.Oftkle ...... ...._ .. d'*' ....... ._ cllpoJelipw11,.....,. ..... ._.,.lp99dó .. ~ b~ ............... ~~ ............. ~ .. ~ .......... ,__......,...__ __ ........ ~ ... -...... _..,..u....,..u....-..... p..-d9 ........ ,,..,_ ......... ~u.. ............. abMrW .. .-ddr'I•...,~ ~°'°*"~ ... uWdpeddin-~•llltlrllltlld. TENSIÓN (STRESS), DESCONTINUACIÓN DEL uso DE LA PÍLDORA o AL EXTRAER EL OISPosmvo INTRAUTERINO ,......-~--............. _..., .. ....i:lllll! ................... _...... ... ~ ................ .... ................................ ,,.. ....... L..,,...,.. .... c;:11111 . ... ,_.._....._ .... ,,,.._.. ........... ~ ........ ---.... ~ ,.. .. ~111 ............ ..,....._-...... .. ...,_,. ................. ._......,._ .......... ...-.o ........ ...,.._!119_Plll'_~_ ........... ~.--........................ bl9,...,. .......... -. ... ---... ---------.......... ...... ~-:.=-.:...i..:-..:.:==-~-:: ........ ,__, .............. ,....... .... ...... & ... ,....... ... ._. ... ,......_...~ ........... .. ,......._,., ................. ,.,.. .................. ...... .................................. _ ............. ... ._ __ - .. _ ........... ...,.__.... - .. _ ...................... _ ... _ .... ...... ..... _ _..._..... .. _........,_ ....... ,...,. ._......, .............................................. -..... ..... _ ~~ 1111111111 SECRECIÓN DE FLUJO MUCOSO CONTINUO 1111 65 _ .. .,.. ... ,__.,... . .,,...,. ......... _ ...... ,.. ........... ....-..... - ................. . .................. (.IW.L)• ....... ...... 1111 ... _ .... . wM.L• ... ..-..1.a,.... ,.____. ____ ~- ........................ ..,,... ... 1'.JU_ ............................... _. .. w. ............... ... ,...,._........,.. ..... c:..,... .......................................... Ollilfiillfll-.......... - ...... ,.. .................... .. fuMlllll)lll........,. ..... _..__ ......... ~ ... ... ..................... ~.,... .............. ~ .. ........................................... ~ .. ~--~ ........ ,..... .... ~ .... ...,_. .. 111111 1..ee ............... y.._~ ........ c.....- ....___ .... , ........... _ ......... .. Llt ................................... COliplitlljal ..... - __ ,......,_....,..t-.. ......... OMpldia. ...... 'Prt'e'h')._, ..... M!oo.Mt. .............. .. ....-... all*flQ,lll~puadlocr.Mtr911-...dlt10 dll911 ... ..,_ ......... ,,......, ............ . ,..........,...~.--~ ...... 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CIGll'IO.~· ........ .....-oo.n4c:el.Ellnal6WI ........ -~-·· ....... e.•ftlo6q,.-llllOOlplctt -""""'··-· .... ,... .............. ., __ ~ ...... . lcldo .. ddo ..... qw• -- .............. ~Otilll'ldro•at.N61M ........ ,.BJ. ..................... ,...... ~ ......... ~ ... ft'UCOM .. ........................... ,.&.L U..\llU .. -~-CO..-•llPIOó•Al(lllll-DM.dl .. 0Cllpldt.La~Ml6-..--..~u.. ..... ~ ..... ·-~ .... ~--...,.. ..... "*°" ..... dlllll ........ &ao. ... ,,.,.. .. ,... .. dlJior'itillll..,......,..~ La~OOllWU6- ............... -·-E-.11poO.c**>~ocunt .. ......._"**., IMIAóft,,....,.,,..~ ..... ....._ .. pldlotao-..da_....,~...,...(Dl.I). ~- ... alM'PID•undcfo .... UN ....... CIM'tilil'ânr*llllM:>doaic:ic*l..la~ oorl*lll6 ............... ~ .. -U~•llblt.NDU..Dpmwwcla9dltddo ~-.....riort•l'l'UCIClliáld..,,..,.,Ell Mo ....... ~...,~ PCl'"" .. '"'°°'°~r--.~• OMtilr '-.. ,_.. ..... dcfo °'*ldo-.....Ó ..... ....-,.. dln'......, ... PIQdlda .... --*'" ro..s.' ............ En ... ..,. .. ~ =::::-~~~...::::: .. ........ e .. ~,,_,oo'*luõ .. 66 ~om.-•fllllrón••MCl'ldõn.La~• -.,muooaoq.ie .. ......,ca.'1'6 .... ••.._..,. -~~~, .. .,..,. ....... ........ ~-~-~--- ...... •c:w.•·~ ............ Mtllruo,. Oor*aa ... p6dr9 .. GU(A PARA POSPONER EL EMBARAZO - CIRCUNSTANCIAS ESPECIALES PREMENOPAUSIA - SANGRADO ENTRE ~ MENSTRUACIONES ~ 111111 -l.A~-«11Upull0rnii:âno •~dlloe __ ....,.,,~~etllotma (ll'tlCMl.L&~enlallorwmd•inMIMl'Cl9da•.,_d9to.__,.lfl09.,dl#ll., .,...,....l.a.Wllldllddlla~~~~ ~·~lolc**-10n~-debldcl•lloa.idulclõnd9119flol'll'IOnM.Una """"PI*"" OYUM ~o putdl ro O'll'!Allt, arq.» aun ocuna IWIQl1ld0. l.M ~plJlden .. ~yprolongllClll&. ~ ... ~ ............. ptOClll»fT'ICIOC*...,nu:xleO'flleúlpld9•10fT'lemtnOt ~Cl.MlndO..., ocurre. • "*9 la A9glll dl IDll Pm*°9 CX..a..ldo_. -..içM'lbioen .. P.8,.l,lnCIUIMC&Mndo~df&s~dl~9n1NQlepd9~~~ dl~tMQrldO.~•-vaô:lyel-..~y ........ qutdlta oon ut1 P.BJ, '*"*"'*qwlndbl IU~ lnll. --- PREMENOPAUSIA - FASE LUTEAL CORTA 1111111111 E-.•un~dl \l"ldc*>~C..C. dtM delptMdl kllrdlcwlaOúlpklie .., ., '**' .m.tar, .. ll'R.f9t caetYo dnoo dfu cll ~E*'» fuiwon M9lkb "°' ... d!M-. Durwtil .. ~d6drnoy ~· ... V.Oi.W\~ Nlpnóo. La~ obelrv6unNUnoala~eldladoc9,•CW11continu6.._.eldlldedaMldetudt:lo. &!9lcla--...~tupldróndlll.tomuoot0.Anwdidll~~loedla9ll8*• tom6 9IMlico, ~ y ctmm. La'"""' obMfY6 un cwrOiO •a.to nlüOOIO PIOIPo'" .i cl9 ~&mi.linclo6qwMl~--··...-nc.. La~~ ... Regl9I dl toe Pm.m Df• ..... NIOOl'IOOlf..., Cl\lpkil. eu.Mio .. obMtYó unCMiliodtP.8.Ld9 ....... ta~~-Nlldorllt~---ct.sde '-""""'"'---"'"" CllTdo mu ... e-.. oomsM» ,_.la nocN dlt cw.1o dia~ que MIDr'n6 • au P.BJ_ Ls ~1.M1cllportill;pwa~CIClf1l/UglilC1ri1nocr.t1.otranoUW.loedlMM009.. l.N1o1U~laCOlpldetl.~iplcóill~delOC.dtll~HWG~ deli!i9alcuMD<llldlilp*dltlaC..-hu&all ....... ~.~--- .. "fnod-. .. ~k.M:l~ ... l'lllldr:IM9~ e... .. ocro~O.OlrOdc:lo~larn,t. tr.Ml ... dlMdl~[)MpMdeloect.lde MngfUo~ ..... MOO&.la ~ àNO ~p.a......,.~1n.noc:n..iyon nolllnr*blciM...,._ElC*'óftdlllfo~ conwm) • els onoe y " \dtl'llJloo 11. Cl:llplcl9 e1 c1i1 eKilo9 por•cwnblo•~tt1tldll.ql.h:ie. Lalftfll'~ll"ll ........... ..,...,..dlldo ... cl-.&toh:loóq.19~-~hlbfli ow19do,1Uddo .. lr'Httldll*k>•qw• .... IUIMl"- dl ......... dlU .. dl dlnddn. Como ... ...... La~~-Reg!MdelOtP1'11MfoeOl'al•~ d91dclohmll"'9M~lit~8'g.JidlrnerM • IFfoó li R101dlla~1*t. poepoNf un ~laCOlpk»noMMl'llCM-1o~ ~--dlMMCIOldilplMdll!.l-vado~· 67 O MÉTODO DA OVULAÇÃO DESENVOLVIMENTO E BASES CIENTÍFICAS JOHN J. BILLINGS K.C.S.G, M.D. FRACP., FRCP., LONDRES Neurologista clínico Hospital de São Vicente Melboume, Austrália Membro do Comitê de Bioética de São Vicente Presidente da Organização Mundial do Método da Ovulação Billings Examinador externo em Uroanatomia, Universidade de Melboume, Melboume, Austrália Presidente da Comissão Assessora de Jnvesrigação Médica do Conselho Nacional de Saúde e Investigação Médica da Austrália Decano da Escola de Medicina de pré-graduados do Hospital São Vicente Melboume, Austrália EVELYN L. BILLINGS M.B., B.S., MELBOURNE D.C.H., LONDRES Examinadora em Histologia e Embriologia Departamento de Anatomia Universidade de Melboume Melboume, Austrália Assessora Principal do Centro de Planejamento Natural da Família Departamento de Medicina Comunitária, Hospital de São Vicente Melboume, Austrália V ice-Presidenta da Organização Mundial do Método da Ovulação Billings 58 ct.. HcW. d9111$1 IU)CltO COIWI#* y 9"I c:mnbD oomo .. P.8.L Segundo, ............ «>Ml\W .. MCNdóft • .., muco.o trvt ~.,.,...., ..... #glln~oomopcw_. un ...,._., d9 la~ un CMlblo.,. la MU9dOnr. Ili• bM mM IMlloo o '9rle m.yor dMdld. o .... - ~. ~ q1111W'lln•ll.f0•'*'~º..,.,..,~·- CM'lblollnclcel'lla~dtflnlld9d..CWndo .... unllj:I muoc.o ~ trWOnOM • "°'9111 l6clmlme un eMlbio CUlndo oott'llr.m•~·-muootoordo:wto. .......... ~ootlllill*9yllrlmndodlt*io•que -'*'cilallrndo~,.......·~~-11.fO qwlamc.fWOOMt'4~dtlli~pMde...WO.un •.-.owodecildoqu11•-"'~'*-,..,....• --~""*~·ll'UCIDlidMl~que-~ ~~odloior---.•tnon'IW"fneoeliltm ~medoo. S. l900tl'lllndl----"*'* cr.- •,.,.. ~-~•..,....cr.-•..-.no•~ con ia~ e IMPOIO IM'lllMn~ ,__.......,. dl!*dlndO dll lpo. ~ r.n:.o. en ckto9 en que l'llrf r.N ..:ndórt oorlltarM, • a.to que la nq.- ob9l!W "'lot l)l'ltMtol dlu dei dckl .... que~ No início da década de 1950, pediu-se ao Dr. John Billings, de Melbourne, Austrália, que atuasse como conselheiro médico de casais que desejavam métodos naturais de planejamento familiar. Os únicos métodos naturais então disponíveis eram os Métodos do Ritmo e o da Temperatura Basal do corpo. Comprovou-se que esses dois métodos eram inseguros e inevitavelmente limitativos quando os ciclos da mulher eram prolonga- dos e irregulares. O Dr. Billings recorreu à literatura médica, com a esperança de encontrar algum indício que conduzisse ao desenvolvimento de um método natural melhor e mais efetivo. En- controu, assim, referências que remontavam ao ano de 1855, a respeito da secreção de um fluxo mucoso produzido pela cerviz do útero, próximo ao tempo da ovulação. As propriedades físicas e químicas dessa se- creção foram extensivamente estudadas, po- rém havia poucas referências de que essa se- creção fosse uma observação familiar própria de mulheres fecundas e com boa saúde. Reco- nheceu a possível importância do fluxo mu- 68 coso como um indicador da ovulação e se perguntou se essa secreção não poderia ser usada pelas mulheres como um sinal de fertilidade. Começou então a perguntar a uma quanti-dade de mulheres a respeito de suas obser- vações sobre essa secreção. Todas confir- maram ter observado uma secreção de fluxo mucoso durante o ciclo menstrual, porém não haviam compreendido a sua importância. Este era o indício que ele estava procurando: a familiaridade de mulheres fér teis e sadias com a secreção de fluxo mucoso. A questão passou a ser, então, determinar se existia alguma característica típica do fluxo mucoso durante o ciclo e se as mulheres podiam identificar sua fase fértil. 59 Com a cooperação de centenas de mulheres, logo surgiu um padrão característico e regu- lar do fluxo mucoso. Fez-se evidente que a sensação produzida pelo fluxo mucoso, e tanto quanto o seu aparecimento, poderia permitir às mulheres reconhecerem o come- ço da fertilidade. Em 1962, o Dr. Billings pediu ao Dr. James Brown, um endocrinologista da Universidade de Melbourne, para realizar investigações correlacionando a exatidão das observações das mulheres com respeito ao padrão carac- terístico do íluxo mucoso cer vical, com as características típicas hormonais ováricas próprias da ovulação. O Dr. Brown concor- dou e iniciou um programa completo ele investigação clínica e de laboratório. Anali- saram-se centenas de ciclos de mulheres em todas as categorias reprodutivas. Até o ano de 1964, os investigadores estavam convencidos de que as observações das mulheres quanto às características típicas do íluxo mucoso cervical identificavam sua fer- tilidade com tanta exatidão quanto os sofis- ticados exames de laboratório. Os dados da investigação r ealizada por Brown e vários de ESTUDO CASAIS Klaus, H. t ou1ros EUA, 1979 1.090 Klaus, H. EUA, 1981 72 Billings, L. Pré-meno1>ausa 1972 98 Estudo da OMS Filipinas, índia, 725 Irlanda, EI Salvador Nova Zelllndla, 1977178 A. Oedé, Itália, 1985 720 (Lombardia) Cilacap Rural lndonésia, 1978-82 978 60 seus colegas proporcionaram verificação cien- tífica ao novo método, chamado agora Mé- todo da Ovulação Billings ou Método da Ovulação. Em 1964, a Drª Evelyn Billings começou a participar da investigação de seu esposo. Começou a preparar instrutores e ajudou a aperfeiçoar e simplificar o método. Atualmente, com sua esposa como colabora- dora permanente, John Billings faz muitas viagens por ano, ensinando e dando con- ferências sobre o Método da Ovulação. O Método da Ovulação pode ser usado tanto para conseguir como para evitar a gravidez. Usado para conseguir a gr avidez, um casal de fertilidade normal, ger almente conceberá dentro de três ciclos. Usado para evitar a gravidez, o Método da Ovulação tem uma porcentagem de efetividade de 98-99%. DURAÇÃO GRAVIDEZES REFERÊNCIAS EM CICLOS RELACIONADAS COM O MÉTODO* ) 2.282 l ,17% Contraception, jun. 1979, 19.6. 808 0 % Apresentado na 91 Conferl ncia Anual de Obslelricia, Ginecoh>- gia e Ps icossomática, 1981 3-4 anos 0% "EI Método Bilings", editado 1>or Ann O'Donovan Pty, Ltda. Austrália 7.514 2,8% FerL Ster., Vol. 36, p. 591. 1981 2.974 0% Medicina e J\1orale, jan. 1985 14.541 0,27% Pusal Metode Ovulasi JI. J en. A. Yani 23, Cllacap • As gravidezes relacionadas com o Método são aquelas que ocorreram apesar de se terem aplicado corretamente as regras para evitá-las. Este gráfico i11dica unicamente as gravideus relacio11adas com o Método. 62 ESTUDOS DE EFETIVIDADE DO MÉTODO DA OVULAÇÃO ESTUDO CASAIS DURAÇÃO GRAVIDEZ ES REFERÊNCIAS Billings, J . Weissman. S R. M. St. Cloud Bali , M." Kyu San Cho Urbano Rural Movimento Famma Feliz Mascarenhas. M., Oolack, L., Cent ro de Vida Familiar ·ramil Nadu, Bernard, C. JAMES B. BROWN Graus acadêmicos Austrália, 1972 Tonga, 1972 EUA, 1974 Austrália, 1976 Coréia, 1976 Cor éia, l 977n s lndia, 1978 EUA, 1978 lndia, 1978179 M.Sc. (Honras de Primeira Classe) Universidade de Nova Zelândia, 1940 Ph.D. na Universidade de Edimburgo, 1952 D.Se. Universidade de Edimburgo, 1970 Membro do Colégio Real de Obstetrícia e Ginecologia da Austrália Cargo atual 165 282 260 l24 465 918 3.806 3.530 329 3.275 Professor Emérito e Associado do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Real para Mulheres na Universidade de Melboume EM CIC LOS RELACIONADAS COM O MÉTODO• 1.560 0% J. lr ish Med. Assoe. Abr. 1977, 70.6 2.503 0,5% Lancei 1972, 2, 813-6 1.823 0,6% Carta de Noticias da Fundação da Vida Humana 1.635 2,9% Europa, J . Ob. Gln. & Rep. Biol., l 976, 6:2, 63-66 Reunião da Organiza- 11.064 1,61 % ção Mundial de Sa úde, l,96% Genebr a, fev. 1976 24.414 l ,4% Informe anual, H.F.M. Cor éia. 1977n 8 39.967 0,06% Mascarenhas, M.M., "A eretividade do uso do Método da Ovula- ção na Índia", 9:209, 1979 J.354 1,1 % Programa Hosp. Ago. 1978, pp. 64ss. 39.300 0% Informe Anual 61 O Dr. Brown tem trabalhado desde 1947 na apli- cação de ensaios de composição de hormônios para a identificação das fases de fertilidade e in- fertilidade durante o ciclo menstrual em Okland, Nova Zelândia, em Edimburgo, Escócia (1949-1962) e em Melbourne (1962). Em Edimburgo este- ve envolvido no desenvolvimento dos primeiros ensaios necessários à composição de hormônios para estrógenos, pregnadiol e total de gona dotro- pinas na urina e, durante a sua perma- nência em Melbourne aperfeiçoou os ensaios de composição para estrógeno e pregnadiol, para aplicação rápida e massiva. Durante a década de 1960, o Dr. Brown usou esses ensaios de compo- sição para ajudar os doutores John e Lyn Billings a desenvolver e convalidar o Método da Ovu- lação. Tem estado envolvido na aplicação inter- nacional de ensaios. de composição de hormô- nios na investigação do câncer e, recente- mente, da mesma maneira que seus colegas da Universidade de Harvard, foi-lhe outorgado o prêmio Antoine Lacassagne 1986, pela Ligue Nationale Française Contre le Cancer (Liga Nacional Francesa Contra o Câncer). 63 VERIFICAÇÃO CIENTÍFICA DO MÉTODO DA OVULAÇÃO Grande parte das primeiras investigações- chave no Método da Ovulação foi realizada pelo Dr. James Brown, da Universidade de Melbourne. Em 1962, o Dr. Billings pediu ao Dr. Brown que realizasse estudos hormonais para correlacionar a exatidão das obser- vações das mulheres sobre as características típicas do fluxo mucoso cervical com as características típicas hormonais ováricas relativas à ovulação. O Dr. Brown concor- dou e iniciou um programa completo de investigação clínica e de laboratório. Exami- naram-se centenas de ciclos de mulheres em todas as categorias reprodutivas. As investigações do Dr. Brown demonstraram que o desenvolvimento do sintoma do fluxo mucoso cervical apresentava muito melhor coordenação com os níveis de estrógeno, na fase · folicular do ciclo, que qualquer outro sintoma que acompanha a ovulação e, além disso, ajudou a estabelecer a relação entre o estrógeno e a progesterona, as mudanças do fluxo mucoso cervical e a ovulação. Fig. 3 64 66 Enquanto o Dr. Brown trabalhava com os hormônios estrógeno e progesterona, seu colega, o Dr. Henry Burger, endocrinologista da Universidade Manash, em Melbourne, trabalhava com os outros hormônios que regulam o ciclo menstrual: hormônio estimu- lante do folículo (FSH), que estimula o de- senvolvimento do folículo que contém o óvulo e o hormônio _Iuteinizante (LH), que ativa a ovulação. Usando amostras de sangue fornecidas por usuários do Método da Ovulação, o profes- sor Burger pôde traçar um gráfico das mudanças do FSH e LH, durante os ciclos de mulheres normalmente férteis. Pôde, assim, demonstrar a relação entre o ápice do sin- toma do fluxo mucoso e o pico do LH. Os professores Brown e Burger, trabalhando com o Dr. Kevin Catt,1 demonstraram que o desprendimento de LH seguia o pico de estrógeno, no meio do ciclo, com uma dife- rença de apenas dezesseis horas (num espaço de 0-2 dias). O trabalho dos doutores Billings, Brown e Burger,2 relacionando as mudanças hormo- f1 ~: 36·1 .\(;OSTO 1 1 ~I V 'ÇJ j SETU IHIW 1 1 1\ ~ S?~ Ol'ITlllW Valores de estrógeno uriná rio e pregnadiol, sintomas do nuxo mucoso e temperatur a basal durante trfs ciclos numa mulher nor mal. nais com o sintoma do fluxo mucoso, foi publicado pela primeira vez em uma revista médica britânica, Lancet, em 1972. Este estudo demonstrou que, no momento da ovu- lação, as próprias mulheres podiam identi- ficá-lo mediante o traçado de um gráfico de seu sintoma mucoso, sem recorrer à medição da temperatura basal do corpo nem a outras provas mais especializadas. O estudo estabe- leceu a relação entre o aumento repentino de LH, a ovulação e a observação do ápice do sintoma do fluxo mucoso (fig. 3). Realizaram-se estudos adicionais dessas re- lações sob a direção do programa ·ampliado de investigação, desenvolvimento e capaci- tação em investigações da reprodução hu- mana, subordinado à Organização Mundial da Saúde. As provas disponíveis indicam que: - o aumento súbito de estradiol resulta no fluxo mucoso cervical de tipo fértil , que avisa sobre a possível fertilidade; começa em um limite médio de seis dias, antes da ovulação; - o pico de estradiol ocorre umas trinta e sete horas antes da ovulação; 65 lr------11\l l \ C \CI '!.: 100 '"'. ,.. ~ ~ :..: 80 < :..- ;.... .""'. 60 "" :-' 40 ..... ;,.; ~ 20 ;...; ;-..: :;: t o Fig. 4 l'IUMEINA MUDANÇA 1,)() MllCO PRll lEl.RA El.f.VAÇÃO 00 •Sl'RÓGl!HO h-" f l-º ---· r tf··~--- PRl.\lt:UtA t LEYAÇÂO DE PREGNAOIOI. .--:JP _.!Ji - 12 -10 -8 -6 - 4 - 2 o 2 4 6 8 Oia de ciclo relaOvo ao pico de estrógeno=dla O A linha ve · · entre os sintomas de nuxo mucoso e os indlcado.res hormo r~1c:I ~nt//.hada mostra o tempo aproximado de ovulação. De: "Cor relações lhe mucus symptoms and lhe hormonal mar kers of fertilit;a~ e e~t ~dade ::ira~és ~e Ioda a vida reprodutiva" (Correlations belween Burgcr. }fonografia , Advocate Press, Melbourne, 1981. roug ou repr uhvc hfe) J. B. Orown, F. Hnr r ison, M.A. Smith e H. G. 67 - o nível de LH começa a aumentar umas trinta ou quarenta horas antes da ovulação, alcançando o pico umas dezesseis horas antes de ser liberado o óvulo. O ápice do sintoma de. fluxo mucoso, segundo a opinião das próprias mulheres, tem um limite médio de 0,6 dia (14 horas) antes da ovulação. Em aproximadamente 85% das mulheres, o ápice ocorre dentro do dia seguinte à ovulação e, em aproximadamente 95%, dentro dos dois dias seguintes; - Num estudo da Organização Mundial de Saúde, 93% dos casos foram capazes de iden- tificar uma característica típica interpretável de fluxo mucoso ovulatório durante o pri- meiro ciclo de ensino. Este gráfico foi usado pelo Dr. Billings, em um estudo subseqüente, publicado em 1981 no Jornal Internacional de Fertilidade.3 O gráfico que ilustra a· correlação entre mu- danças no fluxo mucoso, temperatura basal do corpo e pregnadiol em 43 ciclos, confirma, além disso, que o fluxo mucoso cervical, mediante gráficos traçados pelas próprias mulheres, reflete com exatidão o que está ERIK ODEBLAD, M.D., Ph.D. Professor e Presidente do Departamento de Biofísica Médica na Universidade de Umea, Umea, Suécia Anteriormente Membro de Investigações do Conselho de Investigação Médica da Su~cia, Departamento de Obstetrícia e Ginecologia, Instituto Karolinska, Hospital Sabbatsberg, Estocolmo, Suécia acontecendo no ovário (fig. 4). A combinação dos estudos clínicos e hormonais dos Drs. Billings, Brown e Burger durante os últimos vinte anos tem envolvido várias centenas de mulheres e mais de 5.000 estimativas dos níveis dos hormônios ováricos. 68 O Dr. Brown está trabalhando atualmente no aperfeiçoamento de um kit para uso caseiro, que desenvolveu para medir os níveis de estrógeno e progesterona durante o ciclo. O kit registra quando há um aumento signi- ficativo de estrógeno no início do ciclo, o qual indica o começo da fase fértil e, novamente, quando o nível de progesterona alcança um grau que indica que a mulher ovulou, e o início da fase infértil, pós-ovulatória do ci- clo. Toda mulher que deseja usar o planejamento familiar natural poderá usar este kit de baixo custo, seja como uma ajuda para aprender o Método da Ovulação, para assim estar segura de identificar corretamente seus sintomas de fluxo mucoso cervical ou para proporciona r maior segurança de que localizou com pre- cisão as fases fértil e infértil de um ciclo. O fluxo mucoso cervical é uma secreção complexa, produzida constantemente pelas células epiteliais secretoras de fluxo mucoso da endocerviz. No canal cervical, há aproxi- madamente 400 unidades do tipo glandular, secretoras de fluxo mucoso (criptas) que pro- duzem fluxo mucoso à razão de 20 a 60 mili- gramas por dia, em mulheres n~rmais. em idade reprodutiva. Por volta do meio do ciclo, esta quantidade aumenta dez vezes e pode chegar a 700 miligramas por dia. O constituinte mais importante do fluxo mucoso cervical é um hidrogel, rico em car- boidratos e que contém glicoproteínas do tipo mucina. (Uma glicoproteína é um composto do grupo de proteínas-carboidra tos, entre. os quais se encontram as mucinas; uma m~cma é uma matéria proteinácea que combmada com água forma o fluxo mucoso.) A maioria das propriedades físicas do fluxo mucoso cervical se devem às mucinas. As a lterações ciclicas na consistência do flu- xo mucoso cer vical influem na capacida- de de pentetração, nutrição e sobrevivência do espermatozóide. As mudanças ótimas das propriedades do fluxo mucoso cervical, tais como um aumento em quantidade, 70 As mulheres que têm sintomas difíceis de fluxo mucoso, como por exemplo, as que ama- mentam, deixam de usar a pílula ou estão próximas da menopausa, comprovarão que o kit é sumamente útil para proporcionar indicações confiáveis de fertilidade e infer- tilidade. Os obstetras e ginecologistas desco- brirão que o kit é valioso como indicador da ovulação e do tempo de máxima fertilidade em casos de infer tilidade, e como um meio para identificar a atividade ovárica anormal, porém, benigna em mulher pré-menopáusica, com o qual se r eduz a necessidade de cirur- gia neste momento. Em países subdesenvolvidos, o kit poderia ser usado nos centros de aprendizagem para dar confiança às mulheres que estão aprendendo a registrar no gráfico seu sin- toma de fluxo mucoso. Atualmente o kit está sendo submetido a provas na Austrália. O Dr. Brown já está dando prosseguimento à sua produção em massa e deverá estar disponível fora de Melbourne dentro de um ano. spi11nbarkeit, consistência de mingau, pH e a diminuição de viscosidade e conteúdo da célula, ocorrem imediatamente antes da ovu- lação e se invertem depois dela. O fluxo mucoso pré-ovulatório é mais receptivo à pe- netração do espermatozóide. A secreção de fluxo mucoso cervical é regu- lada pelos hormônios ováricos. Os compo- nentes do fluxo mucoso cervical mudam acentuadamente durante o ciclo, refletin- do a preponderância de estrógenos ou progesterona. A secreção de diferentes tipos de fluxo mucoso e suas respectivas pro- priedades biofísicas (isto é, spin11barkeit, cris- talização e consistência) estão, em grande parte, determinadas por esses fatores hormonais. A estrutura e função do fluxo mucoso e sua relação com a fertilidade e infertilidade têm sido investigadas a fundo pelo Dr. Erik Odeblad e seus colegas da Univer sidade de Umea, na Suécia. As seguintes são algumas de suas comprovações: 1. A chave de quase todas as investigações atuais foi a descoberta, publicada pela pri- meira vez em 1976, de que há três tipos de fluxo mucoso cervical: G, L e S. O fluxo 69' 71 NOTAS 1. " Relação en tre o hormônio lu1einizantc do plasma e a exc.reção urinária de es1rógcno durante o c iclo menstrualt' (Rela tionship between plasma lutclnizing hormonc und urina ry estrogen excre· tion during the menstrual cyclc), H. G. Burgcr, K. J. Catt e J. B. Brown, Journal or Clin. Endocrin a nd Metab.,28:1508-1512, 1968. 2. " Sintomas e mudo.nças hormonuis que acompanham a ovu· lação" (Syrnptorns and hormonal 'cha nges accompanying ovula· tion), E. L. Billings, J.J. Billings, J. B. Brown e H. C. Burger, Lancei l" 282-284, 1972. 3. "0 nuxo mucoso cervical, indicador biológico de fertilidade e in· rertilidade" (Cer,•lcal mucus, lhe biological marker or íerlility and inrertility) J . J . Billings, lnternational Journa l or Fertility, 26:182· 195, 1981. mucoso G fecha o canal cervical durante os dias inférteis do ciclo. Apresenta-se em uma de suas variedades imediatamente depois da menstruação, outra durante a fase pós-ovu- latória do ciclo e provavelmente uma terceira durante a gravidez. O fluxo mucoso G pós-menstrual é substi- tuído pelo fluxo mucoso L quando aumen- tam os estrógenos em circulação. O fluxo mucoso L, primeiro sintoma de fluxo mu- coso do ciclo, é uma secreção pastosa mole que se transforma em secreção aquosa lubri- ficante, poucos dias depois da ovulação, quando se produz o fluxo mucoso S: O fluxo mucoso S, fluxo mucoso receptivo do esper- matozóide, provê para o espermatozóide vias de baixa mucosidade, pelas quais tem acesso à cer viz e à cavidade uterina. Parece ser necessário um certo equilíbrio entre as se- creções S e L para uma ótima fertilidade. Pouco depois da ovulação desaparecem os fluxos mucosos cervicais L e S e aparece o fluxo mucoso pós-ovulatório G. 2. O fluxo mucoso ovulatório forma um mo- saico composto de fibras de fluxo mucoso e "pérolas" de fluxo mucoso. As fibras contêm a secreção gelatinosa, o fluxo mucoso S; as L G s L Ao ~alizar a prova do spinnbarkt it, uma pessoa pode ver que a fi br o de fluxo mucoso é desigual devido à presença de diferentes ti pos de secreção cen •ical. Os tipos S e L são transparentes, o tipo G é opaco. As parles delgadas da fibra Indicam o nuxo mucoso S. "pérolas'', a secreção gelatinosa mais viscosa, o fluxo mucoso L. O fluxo mucoso S é muito pouco espesso e flui rapidamente entre as pérolas de fluxo mucoso L. As fibras têm aproximadamente 100µ m de diâmetro e 2-3cm de comprimento. As " pérolas" são elipsóides e têm tamanho de 0,3 x 1 x 3mm. Perto do orifício externo, há algumas uni- ,_ G ~ - Lj--~ --1\. 72 dades de fluxo mucoso G, que é ainda mais \'iSCOSO. A secreção S constitui aproximadamente 30% do fluxo mucoso da metade do ciclo e a secreção L 70% , mesmo que dia a dia haja variações de porcentagem, devidas à contínua secreção e perda do fluxo mucoso. 3. As unidades elipsóides de fluxo mucoso L proporcionam a estrutura mecânica para o fluxo mucoso S e atuam como mecanismos coletores de espermatozóides supostamente inapropriados pa ra a fertilização. 4. Os fluxos mucosos S e L são produzidos por diferentes zonas secretoras da endocer- viz. A parte superior da cerviz tende a secre- tar a maior quantidade de fluxo mucoso S. O fluxo mucoso do dia do ápice coincide, às vezes, porém não sempre, com a quantidade máxima de secreção do fluxo mucoso S, que é lubrificante. 5. A duração do tempo próximo à ovulação, quando se produz o fluxo mucoso S, parece depender da idade. Nas mulheres jovens, o fluxo mucoso S pode estar presente por mais tempo. Mais ou menos por volta dos 20 anos, a média de tempo de ·secreção do fluxo mucoso S é de uns 4-5 dias, enquanto que .- ... ~ .. -... """' J r G - 'Ili--~ J ~ ' 7~ \ ' I - \~ , l '~ "- u 'º"' ' \. 1 \ .4 ªº"' I \ I J'1 \ ~ ...... 20 ... " , s ' ", " 10 ... ... ~~ .. 1......-~ .... ~ - -~ ..... ~-°"' - 10 -5 o 5 10 DIAS ANTES DIA PROVÁVEL DIAS DEPOIS DA OVULAÇÃO DA OVULAÇÃO DA OVULAÇJ.\O Variações dcl icas de porcentagem de nuxo mucoso G, L e S segundo se obscnou em 1.124 amostras cervicais. Imediatamente depois da menstr uação, domina o tipo G. Quando aumenta o estímulo do estrógeno na mucosa cervical, a mucosa r esponde aumentando a secreção de fluxo mucoso L. O fluxo mucoso S não aumenta a té um ou dois dias antes da ovulação e se mantém alto até o dfa posterior à ovulação; quando diminui repen1inamente. O fluxo mucoso L diminui aproximadamente um dia antes que o S. Durante a fase do "corpo lútco", domina o nuxo mucoso G. Apó.s a ovulação, o nuxo mucoso G é acumulado desde as criptas da parle mais baixa da cerviz até a abertura externa. Isto ajuda a fechar o canal cen•ical na parte infer ior. Acima dessa " porta fechada" há um " tampão" de fluxo mucoso basta nte líquido, composto principalmente por fluxo mucoso Se que contém o esperma liberado desde as criptas que tinham sido ocupadas durante a primeira fase do avanço do ~perma. Toda a parte superior do canal cervical atua agora como um grande depósilo de esperma, capaz de pôr continuamente o óvulo ao alc::mce do esperma. 74 aos 35 anos, o tempo médio é somente de um a dois dias. Comprovou-se uma relação es- tatística significativa ma is ou menos até os 35 anos. Além disso, a elasticidade, o spinnbarkeit muda com a idade, de forma semelhante, se bem que mais complicada. 6. Os estudos sobre curvas de resposta às dosagens para os fluxos mucosos L e S, sob estimulação estrogênica, indicam que o fluxo mucoso L só requer baixas doses de estrógeno circulante no sangue, enquanto o fluxo mucoso S requer níveis mais a ltos. Essa comprovação explica facilmente por que o fluxo mucoso L precede ao fluxo mucoso S num ciclo normal. Contudo, ainda se con- tinua sem entender por que o fluxo mucoso S pode ser produzido quando diminuem os níveis de estrógeno, depois do pico desse hormônio. Este problema está sendo estudado em detalhe atualmente. 7. A circulação do fluxo mucoso S orienta as moléculas de mucina que então tendem a formar estruturas compridas e delgadas chamadas micelas, separadas por um fluido de consistência aquosa que permite o avanço muito rápido do espermatozóide. ISTMO UTERINO COLO UTERINO VAGINA 73 8. A "anatomia" do mosaico de fluxo mucoso é tal que alguns espermatozóides nadam para a cavidade uterina, porém a maioria se move rumo às criptas secretoras de fluxo mucoso S, nas quais parecem hibernar e formar um depósito de espermatozóides com uma vida média de aproximadamente 15 horas. 9. O avanço de espermatozóides de alta quali- dade parece ser um processo muito ordenado, expresso de acordo com a teoria matemática de grupos. Isto indica que existe algum tipo de intercomunicação entre os esperma- tozóides, através de sons que são os porta- dores de mensagens intercelulares. 10. Tem-se desenvolvido recentemente um método simples para estudar o comprimento das micelas formadas quando as moléculas de mucina do fluxo mucoso S se alinham no fluxo mucoso e se acumulam formando essas cadeias moleculares de distintos com- primentos. Os estudos preliminares têm demonstrado que, quando começa a secreção de tluxo mucoso S, as micelas são curtas, de uma pequena fração de milímetro. Depois de vários dias as micelas são mais compridas e Esta. figura indica ~ma fibra do fluxo mucoso S, na qual a secr eção do fluxo está indicada por setas. Este fluxo or ienta as moléculas de m~cma. Logo estas mteragem e formam micelas. Eslá indicado um espermatozóide que sobe. Outro esper matozóide morfologicamente de- feituoso está propenso a desviar-se a té as bordas da fibra S e, fina lmente, entra no nuxo mucoso L e é capturado. 75 no dia da ovulação têm um comprimento, em média, de aproximadamente lmm; de- pois da ovulação, continuam formando ex- tensões, assim como estruturas ramificadas. Em casos de infertilidade de origem cervical, por exemplo, depois de ter estado usando a pílula, as micelas não têm capacidade para crescer e permanecem curtas, sendo esta uma situação aparentemente desfavorável para o avanço dos espermatozóides pelo fluxo mucoso S. Este fator da qualidade do fluxo mucoso S é sumamente importante e merece um estudo mais detido. 11. Também estão se estudando as condições inflamatórias derivadas dos dispositivos in- tra-uterinos e outras seqüelas parecidas devidoàs enfermidades transmitidas pelo contato sexual, muitas delas promovidas pelo uso da pílula. Ao aparecer, estas inflamações podem influir sobre a capacidade da cerviz para produzir fluxo mucoso de boa quali- dade. Ainda não se tem realizado estudos detalhados neste campo, em particular. Nota: U'fhe Biophysical Properties or the Cervical-Vaginal Secre- lions", Erik Odeblad, Human L.ire Center, Collegeville, M.inoesota, 1983. TEMPERATURA CORPORAL BASAL (TCB) Devido ao comportamento da progesterona, que aumenta rapidamente no corpo Iúteo, de- pois da ovulação, a temperatura corporal basal (TCB) também se eleva depois da ovulação, indicando um leve aumento do metabolismo e proporcionando um meio ambiente com mais calor para a nova vida que se desenvolveria, no caso de acontecer a gravidez. ÍNDICE CARIOPICNÓTICO DAS CÉLULAS VAGINAlS (ICP) Também o revestimento vaginal tem uma função nessa renovação menstrual cíclica, tornando-se grosso, viscoso e mais protetor ao se aproximar a ovulação, em resposta aos estímulos dos estrógcnos que por si só po- dem produzir a maturação das células epite- liais vaginais. Determinando a relação entre formas celulares maduras e imaturas em culturas vaginais, é possível por meio de um microscópio, identificar essa maturação mediante o que se conhece como o Índice Cariopicnótico (IC). O valor máximo do ICP RUTH S. TAYLOR, M.D. Dire1ora Médica em Planejamento Natural da Família Hospital São Francisco Wichita, Kansas Chefe da Seção de Citogenélica, Hospital São Francisco Wichiia, Kansas Cilopatóloga Hospital São Francisco Wichita, Kansas Diretora Médica e Diretora de Programas Hospital S. Francisco, Escola de Citotecnologi:i Wichita, Kansas reflete o valor máximo do estrógeno na época próxima à ovulação. LEUCÓCITOS (GLÓBULOS BRANCOS) Os leucócitos ou glóbulos brancos são habi- tantes usuais do espaço cérvico-vaginal, como parte do mecanismo de defesa do corpo para destruir corpos estranhos. Os esperma- tozóides são identificados como corpos estranhos pelos leucócitos, que os devoram num instante. É interessante observar que os leucócitos praticamente desaparecem no fluxo mucoso cervical e na vagina quando se apro- xima a ovulação (outra das funções do epitélio vaginal maduro). Por conseguinte, durante essa etapa crítica, há maiores probabilidades de que sobrevivam mais espermatozóides para chegar ao óvulo, na trompa de Falópio. 78 FLUXO MUCOSO CERVICAL Sem dúvida, a maior ajuda prestada aos espermatozóides durante sua longa, árdua e perturbada viagem, é proporcionada pelo fluxo mucoso cervical, cuja função é atuar como válvula biológica que facilita a passa- gem, alimenta, armazena, deixa sair os esper- matozóides mais aptos quando seu objetivo, COMPOSIÇÃO DO CICLO MENSTRUAL A composição dos distintos processos que integram o ciclo menstrual da mulher se as- semelha à partitura m~sical de uma orquestra sinfônica. Recordemos que cada Linha da partitura de uma orquestra representa a parte que cada instrumento tem de tocar e cada instrumento, ao interpretar o papel para si determinado, estabelece uma execução harmoniosa. Assim é o ciclo menstrual. CICLO OVARIANO A ovulação é o acontecimento primordial do ciclo menstrual e constitui a função princi- pal do ovário. Todos os processos menstruais estão baseados nesse acontecimento maravilhoso que indica a época ótima para alcançar a gravidez. Ao contrário do que afirmam alguns livros de texto dizendo que a ovulação ocorre no décimo quarto dia do ciclo, esta realmente tem lugar aproximadamente catorze dias antes da mestruação seguinte, de forma independente da duração do ciclo. que é o óvulo, está pronto e esperando o encontro. Em outras etapas do ciclo mens- trual, o fluxo mucoso, que mudou devido à secreção de progesterona ou antes da estimu- lação do estrógeno, bloqueia de forma eficaz a entrada dos espermatozóides na cerviz. As mulheres que usam o Método da Ovu- lação podem identificar com exatidão sua fase fértil. O. sinal do ápice do fluxo mucoso definido pelas regras do Método da Ovulação não é superado por nenhum dos outros indicadores da ovulação antes menciona- dos: hormônios hipofisários ou ovarianos, TCB ou ICP. RESUMO O espetacular e complexo poema sinfônico que representa a fertilidade da mulher, for- mado pelos componentes do ciclo menstrual, funciona normalmente na maioria das mulheres com os cuidados apropriados. Con- tudo, muitas coisas podem prejudicar a fer- tilidade e, na sociedade de hoje, se dá com demasiada freqüência o caso oposto; isto é, as funções menstruais de muitas mulheres têm sido prejudicadas, muitas vezes perma- 77 79 HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS E OVARIANOS A ovulação é sincronizada pelo hipotálamo do cérebro, por meio dos hormônios da hipófise, Hormônio Folículo Estimulante (FSH), Hormônio Luteinizante (LH) e os hormônios ovarianos Estrógeno e Progeste- rona. Estes quatro hormônios produzem, numa ação combinada, uma série de aumen- tos e diminuições, a fim de assegurar a adequada estimulação para que o óvulo abandone seu lugar familiar e seja capta- do pela trompa de Falópio, onde permane- cerá à espera de seu conquistador. A in- teração desses hormônios assegura que a ovulação não se repita dentro do mesmo ciclo. Isto se consegue mediante meca- nismos de retroalimentação, fazendo com que os estrógenos ovarianos alcancem um nível máximo e se precipitem abrupta- mente, dando lugar a que o hormônio LH suba e coloque em ação a ruptura do folículo e a saída do óvulo, 16 horas mais tarde. nentemente, por doenças transmitidas por via sexual, drogas, dispositivos e procedimentos cirúrgicos de esterilização. O precioso dom da fertilidade, isto é, a capacidade de homens e mulheres de dar a vida a um novo ser humano tão precioso quanto eles mesmos, pode-se apreciar me- lhor mediante a cooperação com os proces- sos naturais de sua fisiologia reprodutiva. O planejamento natural da família oferece esta valiosa oportunidade. C ICLO OVARIANO HIPÓFISE E HORMÔNIOS OVARIANOS CICLO ENDOMETRIAL TEMPERATURA CORPORAL BASAL iNDICE CARIOPICNOTICO DAS CÉLULAS VAGINAIS llCPI LEUCÓCITOS !CÉLULAS BRANCAS) SELO CORRESPONDENTE AO GRAFICO ... - 12 - 10 - 8 O procedimento científico perfeito para dominar a natureza é a obediência a suas leis. E a ciência revela-nos que o controle natural dos nascimentos, ou melhor, da concepção, não só é possível, mas além disso, eficaz. A possibilidade de poder controlar a fertiJidade do amor, sem aborto, sem um dispositivo intra-uterino, sem a pílula ou sem nenhum método artificial, é totalmente con- trário à propaganda atual. Porém, agora sabemos que cada mulher pode determinar por si mesma se sua condição fisiológica lhe permite ou não procriar em dado momento. Na realidade, sempre se detiveram esses conhecimentos básicos. Que sitiante leva uma égua para ser coberta, sem ter a certeza de que está no cio? Certamente o organismo feminino é regulado mais delicadamente que o de um animal: os sinais da ovulação são muito menos óbvios. Porém, com a ajuda da intuição feminina, ta l como ela pode usar o tato para distinguir um cachecol de seda de um de rayon, ou um vestido de algodão de um de fibra sintética, toda mulher pode -2 +2 + 4 HI + 10 +12 reconhecer os sinais de sua fertilidade se lhe ensinamos no que deve prestar atenção. Este conhecimento da fertilidade é a base da verdàdeira liberdade do amor. 82 PROFESSOR JÉRÔME LEJEUNE Doutor em Medicina e Ciências Naturais Professor de Genética na Faculdade de Medicina, Paris, França Diretor de Investigação e Genética Fundamental na Faculdade de Medicina, Paris, França Chefe do Departamento de Genética Fundamental no Hospital Pediátrico, Paris, França Membro do Real Colégio de Medicina Membro da Academia Pontifícia de Ciências, Roma Este é um manual muito útil sobre o Método da Ovulação Billings, método prático de planejamentofamiliar para os casais que desejam ter um filho ou espaçar ou evitar tê· -los, e para fazê-lo sem usar métodos mecâni- cos de anticoncepção nem introduzir subs- tâncias químicas em seus corpos. O que torna este livro especialmente útil são: a clara explicação de Mercedes Arzú Wilson sobre a forma como funciona o corpo da mulher, a sua compreensibilidade para qualquer estudante secundário e, aJém disso, o apêndice completo que explica a fisiologia e endocrinologia do ciclo menstrual. WALKER PERCY, M.D. Membro da Academia de Artes e Ciências dos Es- tados Unidos Membro do Instituto Nacional de Artes e Ciências Prêmio acional do Livro, em 1962 O Método da Ovulação para o planejamento da família é fácil de usar e simples de aprender. É 98-99% eficaz, se o casal se abstém de relações sexuais uns poucos dias de cada ciclo, durante a fase fértil. Este pequeno sacrifício oferece grandes benefícios em saúde, melhor comunicação e fortaleci- mento de suas relações, posto que ambos com- partilhan~ a responsabilidade de planejar sua família. E fácil compreender por que este método já está em uso em mais de cem países do mundo inteiro. Este livro aparece em um momento no qual sérios efeitos derivados dos métodos artifi- ciais de controle da natalidade estão deixando aos casais poucas alternativas. Recomendo aos meus colegas de Obstetrícia e Ginecolo- gia que leiam esta aplicação prática do Método da Ovulação Billings, em especial a segunda parte do livro que contém sólida in- formação científica de autoridades destacadas nos campos da endocrinologia, obstetrícia e ginecologia. Os resultados alcançados pela in- vestigação científica, com o fim de obter con- hecimentos valiosos sobre as fases fértil e 81 83 infértil no ciclo da mulher descrevem-se em forma gráfica e simples neste livro, que ensina aos casais o Método da Ovulação de planejamento natural da família. Recomendo especialmente a todos os médi- cos que ajudem aos casais em sua mútua fer- tilidade e os animem a respeitar e seguir as leis naturais. BERNARD J . PISANI M.D.F.A.C.S., F.A.C.O.G. Diretor Emérito do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital e Centro Médico São Vicente, Nova Iorque PTofessor Clínico de Obstetrícia e Ginecologia da Escola de Medicina da Universidade de Nova Iorque.