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LESÕES PROLIFERATIVAS BENIGNAS NA CAVIDADE ORAL Lesões reacionais, lesões proliferativas não neoplásicas e neoplasias benignas. LESÕES PROLIFERATIVAS ASSOCIADAS AO EPITÉLIO · Aspecto clínico difere. · Microscopia tem relevância na diferenciação, mas a conduta acaba sendo a remoção cirúrgica. 1. PAPILOMA ESCAMOSO: · Proliferação benigna do epitélio escamoso estratificado que resulta em um aumento de volume papilar ou verruciforme. · Associação com HPV 6 e 11 (baixa oncogenicidade). Características clínicas: · Ocorre em igual frequência em homens e mulheres. · Língua, lábios e palato mole. No PM é o aumento de volume de tecido mole mais comum. · Nódulo macio, indolor, exofítico, com numerosas projeções superficiais digitiformes que lhe conferem uma aparência verrucosa (superfície de projeções menores) ou de “couve-flor” (superfície de projeções mais amplas). · As projeções podem ser pontuadas ou embotadas. · Esbranquiçado, avermelhado ou com coloração da mucosa normal (depende da quantidade de ceratinização da superfície). · Irregular. · Pediculado ou séssil. · Geralmente unitário. Em imunossuprimidos: lesões maiores e múltiplas – papilomatoses. · Cresce rapidamente até o tamanho máximo de cerca de 0,5 cm. Principais diagnósticos diferenciais: verruga vulgar, condiloma acuminado, xantoma verruciforme, hiperplasia epitelial focal, carcinoma verrucoso e carcinoma de células escamosas. Características histopatológicas: · Projeções visíveis macro e microscopicamente. · Proliferação do epitélio escamoso estratificado, disposto em projeções digitiformes com centros de TC fibrovascular (hiperplasia epitelial sustentada por focos de TC). · Presença de coilócitos – células epiteliais claras alteradas pelo vírus, com núcleos pequenos e intensamente corados (picnoticos) e citoplasma claro – nas porções mais altas da camada espinhosa do epitélio (registram a presença do vírus). Tratamento: · Remoção cirúrgica – excisão cirúrgica conservadora, incluindo a base da lesão. · A recidiva é improvável. 2. VERRUGA VULGAR: · Hiperplasia focal, benigna e induzida por vírus do epitélio escamoso estratificado. · Associação com HPV 2, 4, 6, 40. · Contagiosa – cuidado com auto inoculação. · Comum na pele e rara na mucosa oral. Características clínicas: · Crianças. · Regiões mais anteriores da boca (vermelhão dos lábios, mucosa labial, parte anterior da língua). · Pápula ou nódulo indolor de superfície verrucosa. · Rósea, amarelada ou branca. · Pediculada ou séssil. · Cresce rapidamente até atingir o tamanho máximo de 0,5 cm. · Lesões múltiplas ou agrupadas são comuns. Características histopatológicas: · Proliferação de um epitélio estratificado escamoso hiperceratótico disposto em projeções digitiformes ou pontuadas com centros de TC (infiltrado de células inflamatórias crônicas). · Cristas epiteliais alongadas tendem a convergir para o centro da lesão (efeito de taça). · Uma camada de células granulares proeminentes (hipergranulose) exibe grânulos cerato-hialinos enrugados e agrupados. · Presença de coilócitos na camada espinhosa superficial. Tratamento: · Tratamentos devem ser amplos para incluir a base da lesão (evitar recidiva). Podem ter regressão espontânea. · Remoção cirúrgica – excisão cirúrgica (na boca: mais simples e seguro), curetagem (raspagem), crioterapia, agentes ceratolíticos. └ A crioterapia induz a formação de uma bolha subepitelial que eleva o epitélio infectado de seu TC subjacente, permitindo a descamação do tecido morto. 3. CONDILOMA ACUMINADO: · Proliferação benigna induzida por vírus do epitélio escamoso estratificado da genitália, região perianal, laringe e boca. · Associação com HPV 2, 6, 11, 16, 18, 53 e 54. · DST, com lesões desenvolvendo-se no sitio de contato sexual ou trauma (risco de auto-inoculação para outros sítios mucosos). Podem ser indicativas de abuso sexual quando diagnosticadas em crianças. · Período de incubação: 1 – 3 semanas. Características clínicas: · Adolescentes e adultos jovens. · Mucosa labial, palato mole e freio lingual. · Aumento de volume exofítico, séssil, firme, rosa, bem delimitado e indolor, com projeções superficiais curtas e embotadas. · 1 – 3 cm. · Lesões múltiplas que se aglutinam. Características histopatológicas: · Proliferação benigna do epitélio escamoso estratificado acantótico com projeções papilares ceratóticas (1ª imagem). · Delgadas ilhas de tecido conjuntivo sustentam as projeções papilares epiteliais, as quais são mais embotadas e mais largas do que as do papiloma escamoso e da verruga vulgar, dando uma aparência de criptas preenchidas de ceratina entre protuberâncias · O epitélio que recobre a lesão é maduro e diferenciado, porém células da camada espinhosa frequentemente apresentam núcleos picnóticos, enrugados (ou “semelhantes a uvas passas”), circundados por áreas claras (coilócitos), uma característica microscópica da infecção pelo HPV (2ª imagem). Tratamento: · Remoção cirúrgica. 4. PAPILOMA MULTIFOCAL: Hiperplasia epitelial focal, doença de Heck. · Proliferação localizada do epitélio escamoso oral, induzida por vírus. · Populações e grupos étnicos: esquimós e indígenas tem maior prevalência. · Associação com HPV 32 e 13. · Condição infantil. Em jovens e adultos de meia idade, está associada com indivíduos HIV +. Características clínicas: · Múltiplas pápulas de consistência macia, indolores, planas ou arredondadas, que se encontram geralmente agrupadas, apresentando a coloração da mucosa normal; também podem estar dispersas e pálidas. · Mucosa labial, jugal e lingual. Características histopatológicas: · Acantose do epitélio oral (1ª imagem). · Espessamento da mucosa se estende pra fora, logo, as cristas epiteliais da lesão apresentam a mesma profundidade das cristas epiteliais normais adjacentes. · Cristas largas, confluentes, em formato de clava. · Ceratinócitos superficiais com alterações coilocíticas (semelhante a outras infecções pelo HPV) ou com núcleo alterado (lembra a figura de mitose; 2ª imagem). Tratamento: · Regressão espontânea, recidiva rara. HIPERPLASIAS FIBROSAS · Proliferação do tecido conjuntivo fibroso. · Grupo de lesões mais comum na cavidade da boca. · Não é uma proliferação do epitélio. Logo, o volume é recoberto, na maioria das vezes, por epitélio normal. · Por agente traumático: relação causa-efeito (mordidas, sucções e hábitos). · Em forma de pregas, nódulos, pedúnculos. · Crescimento lento e assintomático. · Massa exofitica, firme a palpação, superfície lisa e bem delimitada, séssil ou pediculada, de volume variável. 1. HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA: Epílude fissurada/epílude por dentadura (aumento de volume na gengiva/rebordo alveolar). · Hiperplasia de TCF que se desenvolve em associação com as bordas de uma prótese total ou parcial mal adaptada. Características clínicas: · Adultos de meia idade e idosos. · Acomete maxila e mandíbula, com prevalência na porção anterior e face vestibular rebordo alveolar. · Única ou múltiplas pregas de tecido hiperplásico no vestíbulo alveolar. As bordas da prótese associada se encaixam perfeitamente dentro da fissura, entre as pregas. · Massa exofítica, firme a palpação, séssil ou pediculada, bem delimitada, com superfície lisa. · 1 cm – lesões que envolvem a maior parte do vestíbulo. Características histopatológicas: · Hiperplasia de TCF. · Epitélio hiperqueratinizado com hiperplasia irregular das cristas epiteliais. · Podem existir áreas focais de inflamação, principalmente na base das fissuras, entre as pregas. Tratamento: · Remoção cirúrgica com exame microscópico do tecido envolvido. · Corrigir ou refazer a prótese mal adaptada. 2. HIPERPLASIA PAPILOMATOSA INFLAMATÓRIA: Associação com estomatite por dentaura. Papilomatose por dentadura. · Crescimento de tecido reacional que se desenvolve, geralmente, abaixo da dentadura. Relacionada a prótese removível mal adaptada, má higiene da prótese removível e seu uso 24h/dia. Relação com Cândida albicans. Características clínicas: · Mais comum no palato duro abaixo da base da dentadura. · Geralmente assintomática.· Mucosa eritematosa com superfície pedregosa ou papilar (áreas papilares e eritematosas). Características histopatológicas: · Mucosa com numerosos crescimentos papilares na superfície cobertos por epitélio pavimentoso estratificado hiperplásico. · TC varia de frouxo e edematoso a altamente colagenizado. Tratamento: · Remoção e higienização da prótese antes de dormir. · Excisão cirúrgica, curetagem, eletrocirurgia, criocirurgia e cirurgia a laser. · Uso de terapia antifúngica tópica ou sistêmica. 3. FIBROMA TRAUMÁTICO/DE IRRITAÇÃO: · Hiperplasia ou neoplasia? · Hiperplasia reacional do TCF em resposta a irritação ou trauma local. · Fibroma: neoplasia benigna rara. Fibroma traumático: lesão hiperplásica relacionada com algum agente agressor. Características clínicas: · Mais comum na mucosa jugal (ao longo da linha de oclusão), mucosa labial, língua e gengiva. · Nódulo de superfície lisa, cor rosada (semelhante à da mucosa), cinza acastanhada em negros ou esbranquiçada (hiperceratose) devido a uma irritação contínua. · Séssil ou pediculado. · Mede cerca de 1,5 cm. · Assintomático. Características histopatológicas: · Aumento de volume nodular do TCF recoberto por epitélio pavimentoso estratificado. · TC denso e colagenizado. · Não encapsulada. · Atrofia de cristas epiteliais (aumento de volume do tecido adjacente). · Superfície pode exibir hiperceratose secundária a trauma. Tratamento: · Remoção cirúrgica. └ Encaminhar para exame microscópico (outras neoplasias simulam sua aparência clínica). LESÕES REACIONAIS · Exame radiográfico e diagnóstico para diferenciação. · Fator irritante ao tecido. · Indolores (o que incomoda é o sangramento). · Proliferações. 1. GRANULOMA PIOGÊNICO: · Não é um granuloma verdadeiro; proliferação de tecido de granulação. Granuloma: massa ou nódulo de tecido cronicamente inflamado, com focos circunscritos a maneira de grânulos, geralmente associado a um processo infeccioso. Piogênico: acreditava-se que a lesão era causada por uma infecção. · Resposta tecidual a um irritante local ou trauma. · Uso incorreto de fio dental, má higiene oral, cálculo dentário, fratura dentária... organismo promove uma angiofibrinogênese e proliferação de tecido de granulação. Características clínicas: · Acomete mais crianças e adultos jovens do sexo feminino (hipótese: efeitos vasculares hormonais). Granuloma gravídico: granuloma piogênico de gengivas em grávidas. Podem começar no 1º trimestre, e sua incidência aumenta a partir do 7º mês. Aumento gradual da lesão pode estar relacionado ao aumento nos níveis de estrogênio e progesterona associada a fatores irritantes. Após a gravidez, resolvem-se sem tratamento ou sofrem maturação fibrosa. Epílude granulomatosa: crescimento de tecidos de granulação que podem surgir nos alvéolos dentários após extração. Lembram granulomas piogênicos e usualmente representam um tecido de granulação reacional ao sequestro ósseo no alvéolo dentário. · 75% dos casos acometem a gengiva (superior > inferior; anterior > posterior; vestibular > lingual). Algumas lesões se estendem entre os dentes, envolvendo tanto a gengiva vestibular quanto a lingual. · Outras localizações: lábios, língua, mucosa jugal. · Aumento de volume com superfície lisa, nodular ou lobulada, geralmente pediculada (mas pode ser séssil). · Superfície caracteristicamente ulcerada. · Varia de rosa ao vermelho roxo. Granulomas piogênicos jovens: aparência altamente vascular; no começo há sangramento, incômodo e desconforto. GP antigos: mais colagenizados, de cor rosa. Se o paciente não buscar tratamento, o tecido que tem vasos e fibras começa a depositar fibras e deixa de depositar vasos (com isso, há mudança de cor). Lesões maduras podem fibrosar e originar nódulos semelhantes as hiperplasias fibrosas. · Varia de mm à cm de diâmetro. · Crescimento indolor (embora sangre facilmente devido à alta vascularização) e rápido (preocupação com lesões malignas). · Proliferação vascular, com presença de um infiltrado inflamatório misto (neutrófilos, plasmócitos e linfócitos). O epitélio acima pode estar ulcerado ou não. · Não há envolvimento ósseo. Tratamento: · Remoção cirúrgica. · Para lesões gengivais, a excisão deve ser estendida para a região subperióstica e os dentes adjacentes devem ser raspados de modo eficaz, para remover qualquer fonte de irritação contínua. · O espécime deve ser submetido a microscopia para afastar o diagnóstico de lesões mais graves. 2. LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES: · Crescimento semelhante a tumor, comum na cavidade oral. Não representa uma neoplasia verdadeira, mas sim uma lesão reacional por irritação local ou trauma. Características clínicas: · 60% dos casos: mulheres. · Exclusivamente na gengiva e rebordo alveolar edêntulo, tanto na região anterior quanto na posterior, sendo a mandíbula mais atingida que a maxila. · Aumento de volume nodular, séssil ou pediculado, ulcerado ou não. · Coloração vinhosa ou azulada. Mais azul-arroxeado que o granuloma piogênico da gengiva (vermelho brilhante) com aparência clínica semelhante. · A maioria das lesões tem menos de 2 cm de diâmetro. RX: · Embora se desenvolva dentro dos tecidos moles, algumas vezes pode ser radiograficamente observada uma reabsorção em forma de taça do osso alveolar subjacente – mas isso não fecha diagnóstico. Características histopatológicas: · Proliferação de células gigantes multinucleadas permeada por células mesenquimais volumosas ovoides e fusiformes. Exames laboratoriais: Ca, P e fosfatase alcalina (hiperparatireoidismo – relacionada a alterações ósseas sistêmicas). Tratamento: · Excisão cirúrgica local, abaixo do osso subjacente. · Os dentes adjacentes devem ser cuidadosamente raspados para remover qualquer fonte de irritação e minimizar o risco de recidiva. 3. FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO: · Crescimento gengival de natureza reacional. O produto mineralizado tem origem de células do ligamento periodontal. Características clínicas: · Acomete mais adolescentes e adultos jovens do sexo feminino. · Lesão exclusiva da gengiva. Predileção pela maxila (região de I e C). Usualmente os dentes não são afetados. · Massa nodular, séssil ou pediculada, que usualmente se origina da papila interdental, ulcerada ou não. · Vermelho-rosa. · Muitos são menores que 2 cm de diâmetro. · Lesões vermelhas ulceradas são confundidas com granulomas piogênicos; as rosas não ulceradas são clinicamente semelhantes aos fibromas de irritação. RX: · Pontos radiopacos. Tratamento: · Excisão cirúrgica local, com envio de espécime para exame histopatológico. · Subperiosteais (recidivas são comuns se a base da lesão permanecer). · Raspagem de dentes adjacentes. LIPOMA: · Neoplasia verdadeira e benigna de gordura. Patogênese incerta. Características clínicas: · Mais comum em obesos, mas o metabolismo do lipoma é independente da gordura corpórea normal. · Incomum em crianças. · Mais frequente na mucosa jugal e vestíbulo da boca. · Aumento de volume nodular (tumefação) de superfície lisa e consistência macia, sésseis ou pediculados. · Amarelos ou rosas (revestidas por mucosa de tamanho normal). · Menor de 3 cm. · Apresenta vasos sanguíneos na superfície. · Assintomática. Características histopatológicas: · Células adiposas recobertas por mucosa normal; tumor bem circunscrito; presença de vasos. └ Após sua biópsia, o espécime não imerge na solução de formal a 10% (reforça ser um lipoma). Tratamento: · Tratamento cirúrgico (excisão cirúrgica conservadora). · Bom prognóstico (recidiva rara). HEMANGIOMA: Diagnósticos diferenciais: sarcoma de Kaposi, linfangioma, nevo melanocítico. · Neoplasia benigna mais comum na infância, que exibe rápida fase de crescimento com proliferação de células endoteliais, seguida de uma involução gradual. · Adultos: malformações vasculares. Anomalias estruturais dos VS sem proliferação endotelial. Por definição, estão presentes no nascimento e persistem ao longo da vida. Características clínicas: · Áreas nodulares, globulares, vinhosas, volumosas e com presença de sangue. · Mais comum em criançasbrancas do sexo feminino. · Predileção pela região de cabeça e pescoço (60%). · Lesões únicas (80%) ou múltiplas (20%). Cavidade bucal: mucosa bucal, lábios e língua (uma das causas de macroglossia). Nódulos com lobulações que representam uma proliferação vascular, firmes e borrachosos a palpação (podendo sentir uma pulsação devido a presença de vasos), e o sangue pode ser evacuado com aplicação de pressão (vitropressão). Área avermelhada, vinhosa, as vezes azulada. Intra-ósseo: silencioso, indolor, observado radiograficamente, pode causar deformidades. · Lesão ativa nas primeiras semanas ou meses (estaciona, regride, desaparece). └ Vitropressão/diascopia: necessária para diagnóstico de lesões escuras, avermelhadas ou arroxeadas. └ Dentro do osso não tem característica própria. Com cuidado, cirurgiões interpretam imagens que trazem essa possibilidade e fazem uma punção no local para aferir se há sangue. Tratamento: · Presença de sangue restringe como atuar na lesão. · Lesões grandes não devem ser incisionadas, pois há risco de hemorragia, e a biópsia incisional é contraindicada em determinados casos. · Tratamento indicado quando há risco de trauma durante a fala/mastigação (risco de sangramento abundante). · Radioterapia NUNCA! Totalmente contraindicada. · Interferon (droga muito cara, não muito usada). · Cirúrgico (lesões pequenas), agente esclerosante (escleroterapia), embolização e crioterapia. Injeta-se um líquido dentro da lesão, que promove um processo inflamatório, fibrosamento, obstrução de vasos e sua redução na região. Observa-se regressão. · Tem índice de recidiva, mas há um controle interessante dessas lesões. SARCOMA DE KAPOSI: · Rara neoplasia vascular/tumor de vasos sanguíneos, relacionada ao vírus HHV-8. Características clínicas: · Placa localizada, principalmente, no palato. · Vitropressão negativa. SÍNDROME DE STURGE-WEBER: · Proliferação vascular hamartomatosa envolvendo os tecidos do cérebro e da face. Características clínicas: · Respeita a linha media. · Relação do n. V com os vasos (acompanha o nervo V). Pode atingir 1, 2 ou 3 ramos do trigêmeo. · Paciente pode apresentar calcificações intracranianas, com crises convulsivas/espasmos relacionados a isto ou não. Pode ter graus diferentes de retardo mental. · Paciente também apresenta hiperplasia gengival. · Lesões “vinho do porto” ou nevo flâmeo (maculas, manchas). LINFANGIOMA: · Tumor de origem vascular (vasos linfáticos). Características clínicas: · Predileção pela região de cabeça e pescoço (50 – 75% de todos os casos). · Mais comum na língua (leva a macroglossia). · Elevações de pequenas dimensões, isoladas ou confluentes em massas maiores. Pequenas pápulas acastanhadas. Aspecto pedregoso. └ Na vitropressao o hemangioma muda de cor, mas o linfangioma não. Tratamento: · Remoção cirúrgica. · Ressecção radicular para evitar sua recorrência (como é vaso, não é circunscrito). · Alto índice de recidiva. NEVO MELANOCÍTICO: Pigmento; lesão pigmentada. · Proliferação benigna e localizada de células nevicas e deposição de melanina (coloração acastanhada, enegrecida). Características clínicas: · Mais comum em palato e gengiva. Diagnóstico diferencial: melanoma (maligno). · Na vitropressão mantém coloração. MANCHA MELANOCÍTICA: · Pigmentação racial. · Mais comum em fumantes PIGMENTAÇÃO MELÂNICA TATUAGEM POR AMÁLGAMA: · Deposição de amálgama ao invés de melanina. DOENÇA DE ADDISSON: · Manchas escuras em condições sistêmicas. · Desregulação das adrenais levando a hiperpigmentação. MELANOMA: · Neoplasia maligna de origem melanocítica. · Analisar a história do paciente, avaliações microscópicas e associações feitas. · Realizar acompanhamento. - Observar se há mudança de comportamento: mudança na cor, produção de filhotes, superfície irregular, perda de limites (crescimento rápido e agressivo) e lesões satélites sinais de malignização. Características ABCDE do melanoma: assimétrico, bordas irregulares, coloração irregular, diâmetro > 6 mm, evolutivo. NEUROFIBROMA: · Neoplasia maligna dos nervos periféricos, que se origina de uma mistura de tipos celulares, incluindo as células de Schwann e os fibroblastos perineurais (proliferação de células neurais). Características clínicas: · Tumores isolados (adultos jovens; cirurgia) ou associados a neurofibromatose tipo 1 (quadro sistêmico). · Acomete a pele. · Na boca: língua e mucosa jugal. · Lesões indolores, moles e de crescimento lento. Características histopatológicas: · Geralmente, o neurofibroma solitário é bem circunscrito, especialmente quando a proliferação ocorre no perineuro do nervo envolvido. Podem não aparecer bem delimitados, misturando-se ao TC subjacente. Células fusiformes com núcleos ondulados associados a feixes colágenos e matriz mixoide. NEUROFIBROMATOSE TIPO 1: Doença de Von Recklinghausen · Herança autossômica dominante, com variedade de mutações no gene NF1 (responsável pela neurofibronina, uma proteína supressora tumoral). Características clínicas: · Neurofibromas múltiplos, em qualquer local do corpo, comuns na pele. · Início na puberdade. · Varia de pequenas pápulas a grandes nódulos amolecidos; aumentos de volume pedunculados na pele. · Manifestação leve na boca. · Presença de pigmentação café com leite na pele: machas de bordos irregulares, coloração amarelo parda a castanho escura, que variam de 1 mm a vários cm. Usualmente presentes ao nascimento ou podem se desenvolver no 1º ano de vida. Nódulos de Lisch: manchas translúcidas de coloração acastanhada. └ Potencial de malignização dos neurofribromas. Realizar o aconselhamento genético. NEOPLASIAS MUSCULARES Liomioma: ML Rabdomioma: MC · Tumores raros. Características clínicas: · Inespecíficos, mas são proliferações; características clínicas variáveis; ocorrem intra-ósseos. Tratamento: · Excisão cirúrgica e acompanhamento dos pacientes. Ana Caroline Peçanha – 2018/2 – UFES
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