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Estudos epidemiológicos

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Epidemiologia Clínica 
• Epidemiologia: “estudo dos fatores que determinam a frequência e a 
distribuição das doenças nas coletividades humanas”. 
• Clínica: “estudo da doença no indivíduo, caso a caso; estudo sobre os 
problemas de saúde em grupos de pessoas, na maioria das vezes envolvendo 
populações numerosas”. 
HIPÓTESES E DESENHOS DE ESTUDO 
Hipótese conceitual: é uma ideia do investigador para explicar à ocorrência de um 
evento (doença). 
ex: Consumo de café é fator de risco para a doença coronariana 
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Devem-se realizar estudos epidemiológicos para que sejam identificadas causas e 
etiologias das doenças, juntamente com seus fatores de risco. Assim, são 
desenvolvidas estratégias preventivas que reduzam ou eliminem fatores de risco. 
 
DESCRITIVOS: relato de caso; série de casos; 
ANALÍTICOS: - Observacionais: Transversal; Ecológico; Coorte; Caso-Controle; 
 - Experimentais: Ensaio Clínico; Ensaio de comunidade; 
Descritivos 
objetivo de determinar distribuição de doenças, condições de saúde, segundo: 
tempo, lugar e características individuais; → Quando, onde e quem adoece? 
Usam-se dados secundários (que já existe ex: mortalidade e hospitalização) e 
primários (que são coletadas durante o estudo); 
Não são feitas comparações, apenas DESCRIÇÃO; 
A epidemiologia descritiva examina como a ocorrência de casos novos (incidência) e 
casos existentes (prevalência) de alguma doença/condição relacionada à saúde 
muda de acordo com alguma característica. Ex: idade, escolaridade, etc. Quando a 
ocorrência difere segundo tempo, lugar ou pessoa, o epidemiologista não consegue 
identificar grupo de alto risco para prevenção; 
Banco de dados secundários nacional: Sistema de Informações sobre Mortalidade 
(SIM-SUS); o Sistema de Informações sobre Autorizações de Internações 
Hospitalares (SIH-SUS)25-28 e a Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (PNAD, 
1998); 
Relato de caso 
Comum, não tem alto nível de evidência; é uma importante fonte de informação 
que por vezes permanece esquecida o excluída de grandes estudos; pode 
fornecer subsídios para fornecer o melhor tratamento para pacientes em 
determinadas situações; 
Medicina baseada em evidência → literatura médica mais fraca; 
↑ nº de estudos de baixa qualidade e de pouco valor para a comunidade científica; 
Entretanto, tem ainda valia e espaço na pesquisa; deve-se ter cuidado para saber 
quando e como realizá-los; 
Alguns CEP → não há necessidade de aprovação prévia de relato de casos 
aparentemente, CASO haja oportunidade, recomenda-se consentimento do 
paciente, e por fim, os conflitos de interesse caso existam, devem ser 
declarados; 
* ↓ nº de pacientes, ↓ nº de hospital; sem grupo de comparação; descrição 
inicial (fundamental as vezes) de novas associações ou doenças; 
 
EXEMPLOS DE RELATOS DE CASO: 
→ Oclusão aterosclerótica da aorta abdominal com fluxo arterial para os 
membros inferiores mantido pela artéria mesentérica inferior; 
 
EXEMPLOS DE SÉRIE DE CASOS: 
→ Discinesia ciliar primária: Considerações sobre seis casos da síndrome de 
Kartagener; 
Estudos analíticos 
Pressupõe existência de grupo de referência, p/ estabelecer comparações. 
OBSERVACIONAIS X EXPERIMENTAIS 
 Investigador só investigador intervém 
 observa, não intervem; 
São delineados para examinar a existência de associação entre uma 
exposição e uma doença/condição relacionada à saúde; 
 
Os principais são: 
a) ecológico; 
b) seccional (transversal); 
c) caso-controle (caso-referência); 
d) coorte (prospectivo). 
 
Nos estudos ecológicos, tanto a exposição quanto à ocorrência da doença 
são determinadas para grupos de indivíduos. 
Nos demais, tanto a exposição quanto à ocorrência de doenças ou evento 
são determinantes para o indivíduo, permitindo interferências de associação; 
Diferenças entre os estudos seccionais, caso-controle e de coorte estão na 
forma de seleção de participantes na capacidade de mensurar a exposição 
no passado; 
Estudo transversal 
Exposição e a condição de saúde dos participantes são determinadas 
simultaneamente. Estudo para delimitar prevalência/condição de saúde de 
uma população específica. ex: habitantes idosos de uma cidade; As 
características dos classificados como doentes são comparadas. 
 
 
• DOENÇA E EXPOSIÇÃO: medidas simultâneas ou de curto período de tempo; 
✓ População inteira ou amostra da população; ✓ Estudo comum; 
✓ Planejamento em saúde; 
 
ex: Em 100 pessoas examinadas, quantos fazem ingestão de álcool 
frequentemente e apresentam lesões de macha branca na mucosa oral. 
 
CÁLCULO DE PREVALÊNCIA: 
Prevalência = total de doentes / total de pessoa 
 
APLICAÇÕES 
•Medir a frequência de doenças 
– Prevalência de diabetes em adultos de Pelotas 
•Descrever a distribuição das doenças conforme fatores de risco conhecidos 
– Desnutrição infantil conforme classe social 
•Medir a frequência e características de fatores de risco conhecidos 
– Prevalência de sedentarismo em crianças 
•Identificar novos fatores de risco 
– Chimarrão e angina 
• Planejar serviços e programas de saúde 
–Número absoluto de pessoas atendidas pela UBS da Cohab 
•Avaliar serviços e programas de saúde 
– Cobertura da vacina da gripe em idosos 
•Monitorar tendências temporais em doenças ou fatores de risco 
– Evolução da frequência de inatividade física de estudantes da FAGOC 
 
VANTAGENS: 
✓ Medem prevalência ✓ Doenças comuns 
✓ Úteis para planejamento de saúde ✓ Rápidos e baratos 
DESVANTAGENS: 
✓ Relação temporal entre exposição e doença 
 
Estudos ecológicos 
É comparado nesse estudo a ocorrência de doença/condição de saúde e a 
exposição de interesse em população agregada (países, regiões ou 
municípios) para observar se existe associação entre elas; 
Comparação: agregados da exposição e da doença 
Infos: são relacionadas ao grupo populacional como um todo, não há infos 
sobre doença/exposição; 
DESVANTAGENS: poder examinar associação entre exposição e 
doença/condição relacionada a coletividade; 
A unidade de informação não é individual, é coletiva (de um grupo); 
→ infos sobre doença/exposição: de grupos (escola, países...); 
→ colhidas de censos, serviços... 
→ exposição integral: associada a características geográficas, clima, etc; 
→ útil para levantar hipótese; 
VANTAGEM: baixo custo, rápida execução, dados disponíveis (IBGE, SIM..), 
mensuração da implantação de possibilidade de melhora por legislação, programas; 
 
TIPOS DE DESENHO: 
 
ESTUDO EXPLORATÓRIO: 
I- comparação de taxas de doença entre regiões durante o mesmo período 
→ identificar padrões espaciais. 
Frequentemente, pode conter dois tipos de problemas: 
a) Regiões com poucos casos → grande variabilidade na taxa da doença; 
b) Regiões vizinhas tendem a ser mais semelhantes do que as distantes; 
 
II - utilizado para prever tendências futuras da doença ou avaliar o 
impacto de uma intervenção populacional 
 
ESTUDO ANALÍTICO: avalia associação entre nível de exposição média 
e taxa de doença entre diferentes grupos→ mais comum; 
 
INCIDÊNCIA: mede n° de casos/episódios/eventos na população dentro 
de um período definido de tempo. Ótimo indicador para avaliar se a condição 
X mudando, para mais ou menos, ou esta estável, pois se refere ao indivíduo 
que passou do estado de não doente para doente; 
 
Taxa de incidência: nº de novos casos no período n° de pessoas 
expostas no mesmo período 10.000 hab 
 
PREVALÊNCIA: número total de casos/eventos/episódios em um 
determinado ponto do tempo; Se trata da relação entre esses números de 
casos existentes e o numero de pessoa na população, em um determinado 
período; 
EXEMPLOS DE ESTUDO ECOLÓGICOS: 
→ Sobre o desenvolvimento da saúde no Brasil 
 
estudos de coorte 
Conhecido como estudo de incidência, em que um grupo de pessoas com 
alguma variável comum (exposição a agente, nascimento,etc) é 
acompanhado por um grande tempo para observar o desfecho. 
RETROSPECTIVO X PROSPECTIVO 
•Até recentemente 
-Coorte = estudo prospectivo 
-Caso-controle = estudo retrospectivo 
• Coorte retrospectiva (histórica): participantes identificados segundo 
características/exposição no passado 
•Coorte prospectiva: participantes identificados segundo 
características/exposição atual; 
VANTAGENS: é possível estudar várias doenças, exposições raras, ter 
informação sobre exposição pouco sujeita a vieses, calcula-se incidência 
DESVANTAGENS: demoram vários anos, não servem para doenças 
raras, estudam-se poucas exposições, logística difícil; perda de indivíduos. 
EXEMPLOS DE ESTUDO DE COORTE: 
→ Quantidade de pacientes expostos a raio-x ou não a raio x que tem 
leucemia 
Estudo de caso-controle 
Compara-se grupo que com a doença de interesse com um que sem a doença no 
que se refere à exposição suspeita. 
FINALIDADE: quantificar fatores que ocorrem + ou – vezes nos casos do que 
nos controles; 
→ não fornece evidencias; → parte do doente, não da população; 
 
EXEMPLO DE ESTUDO DE CASO-CONTROLE: 
→ Uma coorte de 100.000 pessoas foi avaliada e foram tomadas e 
armazenadas amostras de sangue de todos. Eles foram seguidos 
prospectivamente e identificados 2000 casos de câncer. As amostras de todos 
estes casos e mais 4000 pessoas selecionadas aleatoriamente foram testadas 
para níveis de DDT. 
 
APLICAÇÕES: • Etiologia • Eficácia vacinal • Rastreamento (Screening) 
• Tratamento 
 
VANTAGENS: Podem-se estudar vários fatores de risco, doenças raras, 
normalmente, não requer grande n°. de indivíduos; relativamente rápido e barato; 
DESVANTAGENS: A seleção de controles é difícil; estudo não é adequado 
para exposições raras; NÃO é possível cálculo de incidência e prevalência; 
 
CASO-CONTROLE X COORTE 
Diferença fundamental: característica que identifica os indivíduos que vão 
participar da investigação; 
 
Coorte: EXPOSIÇÃO Caso controle: DOENÇA 
 
EXEMPLO: exposição a R-X e risco de leucemia 
Coorte: indivíduos que foram ou não expostos a R-X; 
Caso controle: indivíduos que tem ou não leucemia; 
 
Estudos analíticos experimentais 
Estudos experimentais 
❖ Estudos de intervenção ❖ Terapêutico ou Preventivo 
Dois tipos básicos: 
❖ ensaio clínico ❖ ensaio de comunidade 
 
Estudos experimentais 
- Comparabilidade de populações (alocação aleatória): receber ou não a intervenção 
é decidido de forma aleatória. 
- Comparabilidade de tratamento (placebo): os participantes não são capazes de 
distinguir se estão recebendo a intervenção ou não. 
- Comparabilidade de avaliação (cegamento): as pessoas que avaliam os pacientes 
não sabem se quem é de cada grupo que está recebendo intervenção ou não. 
 
Ensaio clínico 
 
 
EXEMPLO DE ENSAIO CLÍNICO: 
→ Vacinação 
Ensaio de comunidade 
Intervenção em comunidade – escola, bairro, cidade, etc. 
 
Ex: campanha para prevenção de AIDS; fluoretação da água para 
prevenção de cárie; 
 
EXEMPLO DE ENSAIO DE COMUNIDADE: inseticida no controle de vetor; 
 
POPULAÇÃO X AMOSTRA 
 
População alvo: especifica população-alvo; adulto ou criança; de zona urbana 
ou rural; população vulnerável, população de comunidade, de hospital, 
rede ambulatorial, etc... 
 
É importante que se entenda que a população-alvo está diretamente ligada 
ao tema central do projeto, PRECISA ter relação; 
Importante: sexo, faixa etária, instrução, causa viés na análise dos dados; 
Nem sempre dá pra analisar populações inteiras, e por isso calcula-se o 
tamanho da amostra a ser estudada; 
Exemplos: amostra de conveniência (indivíduos incluídos na pesquisa em 
determinado período). Ex: TODOS os indivíduos que forem agendados para 
consulta entre .... e.... de 2013. (não tem número mínimo uma vez que são 
TODOS)! 
No projeto “n” deve ser informado segundo estimativa a partir de algum 
dado real (fluxo de pacientes/mês). 
Nas pesquisas com estudos qualitativos, deve ser informando que o número 
de entrevistas (por exemplo) serão feitas até que haja ‘saturação dos 
dados. 
VIÉS 
Alguns cuidados/estratégias devem ser levados em conta, no planejamento, 
condução, análise e interpretação dos resultados. 
EX: estudos epidemiológicos de idosos residentes na comunidade, que 
excluem idosos institucionalizados, podem subestimar a prevalência de 
incapacidade na população. 
Importante lembrar: Vários fatores podem interferir no cálculo da amostra. 
exemplo: frequência do evento, população finita ou infinita, etc...

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