Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
13/07/2021 Saúde Pública Aula 3 Introdução à Epidemiologia Silvia Albanese Doutoranda de Ciências da Saúde Introdução à Epidemiologia Epidemiologia: conceitos básicos Etimologicamente a palavra epidemiologia significa: epi = sobre, demos = povo e logos = estudo ou conhecimento, logo é a ciência que se propõe a conhecer ou estudar o que se abate sobre o povo. Epidemiologia: conceitos básicos A partir do final do século XIX, estudos epidemiológicos que comparavam as taxas de doenças transmissíveis em segmentos populacionais tornaram-se mais frequentes. Epidemiologia: conceitos básicos Apenas na segunda metade do século XX que as doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão, diabetes e câncer começaram a ser também investigadas, bem como estudos que correlacionam hábitos de vida com surgimento de doenças, como por exemplo o tabaco no aparecimento do câncer de pulmão. Epidemiologia: conceitos básicos É um dos eixos da saúde-pública que estuda o processo saúde-doença e a distribuição das doenças na sociedade ou grupos populacionais de humanos específicos. 1 2 3 4 5 6 São determinados comportamentos ou doenças, os fatores associados a determinada causa. Temos o fatores primários e secundários. Fundamenta algumas decisões na aréa da saúde. Igualmente quando iniciou-se o Zika Vírus no Brasil, com a frequência estudou-se epidemiologicamente as causas das crianças possuírem microcefalia. Por exemplo aqueles cujam utilizava-se do cigarro/tabaco e daqueles que não usavam correlacionando a doença-causa. Possibilita aprofundamento nessas variavéis. Idosos/LGBT/Crianças entre outros grupos especifícos. beaaa Realçar beaaa Realçar 13/07/2021 Epidemiologia: conceitos básicos É essa ciência que se preocupa com a distribuição de mortalidade e morbidade, tendo em vista não só a doença, mas também os determinantes e condicionantes envolvidos à essas condições. Epidemiologia: conceitos básicos Dentre os objetivos da epidemiologia ainda podemos destacar: Descrever a distribuição e magnitude de problemas relacionados à saúde em diferentes populações humanas. Epidemiologia: conceitos básicos Levantar evidências que subsidiem o planejamento, implementação e avaliação de ações de controle e tratamento para as doenças, bem como determinar as prioridades. Identificar as causas dos agravos e doenças. Fornecer dados sobre as formas de transmissão, fatores associados ao aparecimento da doença, padrões de distribuição geográfica para formulação de medidas de enfrentamento às doenças. Estudos Epidemiológicos descritivos Estudos Epidemiológicos descritivos Os estudos epidemiológicos podem se dividem em dois tipos principais: estudos observacionais e experimentais. Nessa seção abordaremos os estudos observacionais, suas características e aplicações. Estudos Epidemiológicos descritivos Os estudos observacionais tem por característica principal a não interferência do pesquisador, ou seja, permitem que a natureza siga seu curso e as análises são feitas a partir apenas do que observado, daí o nome “observacional”. 7 8 9 10 11 12 Como um estudo de diarréia de crianças em idade escolar, nota-se que a precariedade é um fator primordial (saneamento básico), verifica o que condiciona e o que determina a saúde. Diferentes níveis sociais. A VE trabalha de modo que seja notificada de casos de doença e encima desses eles traçam o planejamento, como o controle da Dengue. Ela produz dados para avaliação e controle. Estudaremos a forma como coleta-se os dados/ metódo da pesquisa. Ele não interfere na pesquisa. beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar 13/07/2021 Principais características do estudo observacional descritivo e analítico. Descritivo Primeiro passo da investigação epidemiológica Descreve a ocorrência e distrubuição de uma doença em uma população Analítico Utiliza correlações e inferências estatísticas mais profundas Examina a associação entre uma exposição e uma doença ou condição. Estudos observacionais descritivos Os estudos observacionais descritivos avaliam como os casos novos (incidência) ou os casos existentes (prevalência) de uma condição de saúde ou doença sofre variações de acordo com outras características como sexo, idade, escolaridade, renda e outras. Estudos observacionais descritivos Os resultados desses estudos permitem maior compreensão sobre a condição de saúde ou doença e antecede os estudos analíticos que aprofundarão as análises de correlação e, cujo resultados são capazes de subsidiar a elaboração de políticas públicas específicas para atuar em sua prevenção e na promoção de saúde, sobretudo para os grupos de maior vulnerabilidade. Estudos observacionais descritivos A obtenção dos dados para análises epidemiológicas pode vir a partir do uso de dados primários, ou seja coletados diretamente de indivíduos de uma determinada população ou condição para um estudo, ou secundários, com a utilização de informações já coletadas em prontuários, fichas de notificação, relatórios oficiais ou mesmo de bancos de dados nacionais com informações específicas. Características principais observadas na epidemiologia descritiva Variáveis relacionadas à Epidemiologia descritiva O perfil epidemiológico pode ser compreendido como às circunstâncias em que os agravos à saúde ou doenças ocorrem em diferentes populações. Há três características principais observadas na epidemiologia descritiva: o tempo, lugar e pessoa. 13 14 15 16 17 18 Descritivo: é o primeiro passo da investigação, descrevendo a ocorrência e a distribuição da doença em determinada população. O Analítico é mais aprofundado, mais detalhado. Ou seja, se a pesquisa for sobre Tuberculose acomente-se mais o sexo masc. com idade de plena atividade, escolaridade baixa e renda minoritária. Essa é a correlação que se faz diante dos outros dados, verificando os resultados seguintes. Os dados utilizados nessas pesquisas são sociodemográficos. Maior chance de adoecimento. Precisa-se de autorização especial e o sigilo de paciente. Prontuários desatualizados não auxiliam na pesquisa, e sim os dados coletados diretamente é muito mais valioso. beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar 13/07/2021 As variáveis relacionadas ao tempo A descrição do estado atual é basicamente um registro e captação da situação média de um agravo ou doença, num determinado período de tempo, como ano, mês, semana, dias, horas. A descrição da tendência histórica por sua vez, parte da análise de uma série de descrições momentâneas, mostrando uma tendência ao longo tempo, essa tendência pode ser de aumento, redução ou estabilização. As variáveis relacionadas ao lugar Incluem as variáveis geográficas, geopolíticas e fatores ambientais e permitem uma série de inferências importantes para a saúde de populações As variáveis relacionadas à pessoa Inúmeras variáveis são inerentes a própria pessoa, podemos destacar a idade, sexo biológico, grupo étnico, fatores genéticos, renda, ocupação, grau de instrução, prática de exercícios físicos, presença de desnutrição ou obesidade, consumo de álcool, tabaco ou outras drogas, dentre outras inúmeras variáveis biológicas e socioeconômicas relacionados à pessoa. Medidas de ocorrência das doenças Para que se possa medir a magnitude de uma determinada doença e sua distribuição em uma população a epidemiologia utiliza alguns indicadores • Qual a fração da população afetada? Ex: 𝑥100 = 20% • Nesse exemplo em uma população de 10 indivíduos, dois foram afetados. Proporções • Velocidade de ocorrência de um evento ao longo do tempo. Ex:proporção de nascidos em um ano em relação ao número de habitantes de uma cidade. • 2000 300.000 = 0,⁄ 0067𝑥1000 = 6,7 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑑𝑎 1000 ℎ𝑎𝑏 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜 Taxas • Permitecomparar quantidades de diferentes naturezas. • Ex: Número de profissionais da saúde por leito = 200 10 =⁄ 20/1 • Nesse caso são 20 leitos para cada profissional. Razões Medidas de ocorrência das doenças As medidas de ocorrência são usadas para descrever uma situação existente ou ainda avaliar mudanças ou tendências durante um período de tempo. A medida transversal é feita a partir da observação de um momento específico no tempo. É um exemplo de medida transversal os estudos de prevalência que informam o número de casos de uma doença no momento em que foi realizado. 19 20 21 22 23 24 Padrão ouro: aquele que é extremamente confiável. A divulgação de porcentagem de exames, obtemos um panorama da doença estudada em determinado lugar. Relação de data por exemplo: dia das mães, finais de semanas anteriores a porcentagem seria de 28/29% no período descrito a porcetagem sobe para 49% (COVID). Isso é chamado de inferência. Usamos como exemplo a Tuberculose; há um programa de computador onde colocamos o nome e CEP do paciente e obtemos um mapa. Foi estudado os presos e cepa da tuberculose na população e suas regiões. Georefrenciamento pode-se observar e chegar a conclusões que determinado lugar precisa ser mais "atendida". Um exemplo de estudo transversal é a intercorrência de cirugias eletivas realizadas sem necessário acompanhamento prévio do ano de 2018/2020. beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar 13/07/2021 Prevalência A prevalência é um indicador de grande importância na saúde pública, pois fornece uma medida do volume ou carga da doença em uma comunidade ou população em um dado momento, informação essencial no planejamento dos serviços de saúde As medidas longitudinais As medidas longitudinais são obtidas quando os indivíduos são acompanhados por um período de tempo, como a exemplo dos estudos de incidência. É importante considerar que essa medida representa a velocidade com que novos casos de uma doença aparecem, dessa forma demonstra a força da morbidade e mortalidade da doença quando avalia os óbitos de uma doença por exemplo. Informação para ação Conhecer os sistemas de informação é imprescindível para os profissionais que atuam na vigilância em saúde. É a partir da análise das informações acumuladas em sistemas e bancos de dados que podemos pensar ações e elaborar políticas públicas para combatermos doenças e outros agravos à saúde, logo a informação é a base para ação. Métodos Epidemiológicos Métodos Epidemiológicos O ramo médico que se dedica ao estudo de metodologias de pesquisa é chamado de epidemiologia clínica, uma área básica que originou a maioria dos delineamentos de pesquisa para responder diferentes questões de saúde. Sua contribuição para o avanço médico é imensurável por, desde seu surgimento, utilizar as melhores evidências científicas disponíveis para conduzir decisões clínicas. Delineamento de estudos epidemiológicos • Apenas observa, descreve características. • Não há interferência. Observacional • Não se limita a observação. • Há inclusão, exclusão ou modificação de fatores no estudo. Intervencional ou Experimental 25 26 27 28 29 30 (casos novos) A fitidignidade desses dados é imprescídivelmente importante. Este alimento do banco de dados são para ações do municipío e do estado para o combatente de agravos. Epidemiologia Clínica seria o desenho do estudo/tipo do estudo. beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar 13/07/2021 Métodos Epidemiológicos Na literatura é possível encontra diversas nomenclaturas para “Delineamento de pesquisa”, o que pode gerar desentendimento entre estudantes e iniciantes no tema. Outros sinônimos para essa expressão são: “Desenhos de pesquisa”, “Modelos de estudos”, “Delineamentos de estudos”, “Métodos epidemiológicos”, “Tipos de estudos”, “Tipos de investigação”, entre outros possíveis. Estudos Analíticos em Epidemiologia São desenhos mais complexos, geralmente considerados “o próximo passo” dos estudos descritivos, que são utilizados para verificar hipóteses, ou seja, verifica a existência de associação entre um fator de exposição e uma doença ou condição de saúde. Estudos ecológicos: São estudos que comparação a exposição a fatores de interesse e ocorrência de doenças em diferentes grupos populacionais, ou seja, os dados referem-se a grupos e não a indivíduos. A unidade de estudo pode ser um país, estado, município ou região geográfica. Utilizados por exemplo na pesquisa de câncer, como por exemplo diferentes tipos de câncer em determinadas áreas. Estudos ecológicos: Os resultados desses estudos podem necessitar de outros desenhos metodológicos que comprovem a relação causa-efeito nos indivíduos, pois nem sempre a relação exposição e desenvolvimento de doença detectada num grupo agregado significa que ocorre em nível de indivíduos, evento chamado de falácia ecológica ou viés ecológico. Estudos transversais: Que, de maneira geral, representam uma fotografia da situação em um determinado recorte de tempo e avaliam exposição e condição de saúde simultaneamente, já aprofundado e exemplificado anteriormente nessa seção. Estudos de caso-controle: São estudos que podem investigar a etiologia de doenças ou de condições de saúde. Os participantes são divididos entre os que já possuem a doença (casos) e indivíduos que não tem a doença ou condição (controles). Nos dois grupos são verificadas as exposições aos fatores de risco da doença em questão e se a proporção do fator de risco for maior no grupo de casos, há então indicativo de que aquele fator realmente pode levar ao surgimento da doença. 31 32 33 34 35 36 Por exemplo, os idosos tem diminuido seus óbitos no Covid, a decadência chegou em cerca de 50% nas idades de 62 - 78. Porém a mortalidade do grupo etário de 50 anos acima este aumentado. Esse é o pensamento, uma hipótese, se emaranhando para poder fazer a coleta dos dados e aprimorar esses dados de forma significativa. Como por exemplo, a poluição e determinada região, poderia ser aplicado a ocorrência de câncer de pulmão e correlacionar com a poluição na cidade. Por exemplo a análise do grupo, mas isso não está afetando o indivíduo em sí. é chamado de falácia ecológica. Na vacina do COVID foi utilizado esse metódo, por exemplo se quem teve a imunização estava menos propenso a possuir complicações. Estudo cego, cujo aqueles que participaram por livre e espôntanea vontade não sabiam se era a vacina em sí ou placebo que estava sendo injetado, apenas no final do estudo é revelado. causa beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar 13/07/2021 Estudos de coorte: São estudos longitudinais que seguem no tempo uma população. Os participantes são divididos em dois grupos: os que foram expostos e os que não foram expostos ao fator de interesse do estudo. Espera-se que a incidência da doença ou condição seja maior no grupo de expostos e o acompanhamento temporal permite essa identificação e exclui o viés da seleção de casos e controles. Estudos experimentais Estudos experimentais Ao contrário dos estudos observacionais, os estudos experimentais têm interferência direta sobre os participantes, isso pode significar a eliminação de um fator de risco ou mesmo a inserção de algum tratamento para um grupo de pacientes. Os efeitos da intervenção são medidos por meio da comparação de desfecho de indivíduos do grupo experimental e controle. Estudos experimentais São estudos mais complexos metodologicamente e originam evidências científicas robustas sobre eficácia de drogas, intervenções e diferentestratamentos. Os estudos de intervenção englobam os ensaios clínicos randomizados, ensaios de campo e intervenções comunitárias. Ensaios Clínicos Randomizados São utilizados para testar os efeitos de intervenções específicas. Para garantir a equivalência entre os grupos, os indivíduos dos grupos intervenção e controle são alocados por meio de randomização ou aleatorização. O grupo controle receberá um placebo ou o tratamento convencional e o grupo intervenção receberá a nova intervenção ou nova droga que está sendo testada, os resultados são avaliados com base na comparação dos desfechos entre os grupos. Ensaios de Campo Envolvem pessoas que não estão doentes, mas têm risco de desenvolver a doença. Os dados são coletados em campo, ou seja, as pessoas não estão institucionalizadas e envolvem um grande número de pessoas. São estudos caros e logisticamente complicados. 37 38 39 40 41 42 O pressuposto como por exemplo o COVID, sabemos que pessoas com comorbidades, idosas, gestantes são pessoas de grupo de risco. Se a pesquisa for sem rigor, essas pessoas com risco ficariam em um só, obtendo-se mais mortes (viés que atrapalha).Para não acaretar nenhum viés no estudo, as pessoas tem que ser bem parecidas umas com as outras. Maiores justificáveis para esse tipo de estudo devido ao risco. Um exemplo desse tipo de estudo é a respeito da enxaqueca crônica, utilizando de um componente de estudo como o colhimento de sangue daqueles que possuem a anomalia e dos que não possuem, compa- rando-os para ver o que os difere. Por isso os estudos não efetivos é uma perda de tempo dedicado e dinheiro. beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar 13/07/2021 Ensaios comunitários Os ensaios comunitários têm como grupo de tratamento comunidades ao invés de indivíduos, são estudos que se aplicam principalmente para doenças que tenham relação com as condições sociais e que possam ser influenciadas por intervenções voltadas ao comportamento do grupo e do indivíduo. Epidemiologia nos serviços de saúde Transição Demográfica: breve histórico As diversas transformações demográficas do Brasil nas últimas décadas, impactam diretamente sobre as esferas econômica e social, além de apresentar um novo quadro quanto ao perfil de morbimortalidade da população. • diminuição da taxa de mortalidade • industrialização e a demanda de força de trabalho nas grandes cidades culminaram no êxodo rural Transição Demográfica: breve histórico O rápido avanço da ciência e o acesso à serviços de saúde de maior qualidade trouxe benefícios como: a redução das mortes materno-infantis, a erradicação e controle de doenças infecciosas e, consequentemente, propiciou aumento da expectativa de vida da população. Transição Demográfica: breve histórico A mudança no perfil de morbimortalidade pelas questões apresentadas recebe o nome de transição epidemiológica. Se por um lado conseguimos viver por mais tempo que no passado, com maior participação mais expressiva de idosos, a “nova vida urbana” com seus hábitos pouco saudáveis, associados a longevidade fizeram com que as doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes e a hipertensão, aumentassem significativamente. Transição Demográfica e epidemiológica e o envelhecimento populacional O envelhecimento populacional, impulsionado pela melhora das condições sociais, econômicas e os avanços médico-científicos, tem estreita ligação com a transição demográfica e epidemiológica. 43 44 45 46 47 48 Por exemplo: crianças obesas x desnutridas, pois esse estudo irá mostrar que as crianças desnutridas podem apresentar falta de ter o que comer. saída do campo para a cidade. A mudança de comportamento do ser-humano é fundamental. Pois com a indrustialização as pessoas passaram a se tornar mais "preguiçosas". Pois antigamente, as pessoas se alimentavam melhor, faziam exercícios físicos. O acesso a alimentação desregrada e errada como (refrigerante, fast food etc) beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar 13/07/2021 Transição Demográfica e epidemiológica e o envelhecimento populacional A transição demográfica passa de um momento inicial pelo baixo crescimento populacional, onde há elevados níveis de natalidade e mortalidade, para outra fase caracterizada por baixo crescimento ou estabilização ou crescimento negativo, em que as duas variáveis (natalidade e mortalidade) são baixas. Transição Demográfica e epidemiológica e o envelhecimento populacional Essas mudanças geram uma nova distribuição entre os três grupos etários, são eles: de 0 a 14 anos, 15 a 59 anos e 60 anos ou mais. A participação do grupo de 60 anos ou mais passa a ser maior, a medida em que mais pessoas passam a integrar esse grupo. Transição Demográfica e epidemiológica e o envelhecimento populacional A maior representatividade desse grupo é mais comum em países desenvolvidos, porém traz consigo desafios importantes, como a elaboração de novas políticas públicas de saúde, sociais e econômicas que atendam esse grupo e outras adaptações desde as idades iniciais para que no futuro, os idosos tenham melhores condições de vida e maior controle dos agravos relacionados ao envelhecimento, como doenças crônicas não transmissíveis e degenerativas. Fases da transição demográfica. 1 • Fase I - Pré-Industrial. • Taxa de natalidade e mortalidade elevadas, crescimento populacional lento, se estende até meados do séc. XX. 2 • Fase II - Intermediária de divergência de coeficientes. • Redução do coeficiente de mortalidade. Taxa de natalidade ainda elevada. Aumento populacional, ocorre no século XX (1950) . 3 • Fase III - Intermediária de convergência de coeficientes (1970). • Redução dos Coeficientes de natalidade e mortalidade, crescimento populacional e aumento do envelhecimento populacional. 4 • Fase IV - Moderna ou de pós-transição (anos 2000). • Redução significativa dos Coeficientes de natalidade e mortalidade, estado de equilíbrio populacional, aumento da expectativa de vida. Coeficientes Coeficientes de Natalidade e Fecundidade Ao nos depararmos com textos epidemiológicos ou que se referem a medidas epidemiológicas populacionais os termos “taxa de natalidade” e “taxa de fecundidade”, são frequentemente utilizados. No entanto, divergem em seus significados e necessitam ser corretamente conceituados, a fim de evitar interpretações erradas. 49 50 51 52 53 54 Taxa de natalidade: aqueles que são nascidos vivos. Taxa de Fecundidade: a fecundação em si, gravidez. beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar 13/07/2021 Coeficientes de Natalidade e Fecundidade O coeficiente de natalidade tem relação com o número de nascidos vivos, por mil habitantes, em uma determinada região e em um espaço de tempo considerado. O uso do coeficiente de natalidade permite analisar as variações regionais e temporais relacionadas a natalidade, estimar o componente migratório da variação demográfica, além de subsidiar a elaboração de políticas públicas específicas para a atenção materno- infantil. Coeficiente e Indicadores de Mortalidade e Letalidade O coeficiente de mortalidade representa o risco ou probabilidade de óbito em uma determinada região ou comunidade, num determinada espaço de tempo. Esse coeficiente pode ser medido de maneira geral (Coeficiente de Mortalidade Geral) ou em grupos como coeficiente de mortalidade infantil, coeficiente de morte perinatal e coeficiente de morte materna.Coeficiente e Indicadores de Mortalidade e Letalidade E por tipo de doença, como o coeficiente por doenças transmissíveis. A contagem de óbito auxilia também na investigação da ocorrência de determinadas doenças e estabelecer relações entre os grupos populacionais mais atingidos, ou seja, essa medida pode também representar o peso que os óbitos apresentam em determinada população. Conceitos importantes para cálculo de coeficientes de mortalidade infantil. • Expulsão ou extração completa do corpo da mãe, de um produto que Respire ou apresente qualquer outro tipo de sinal de vida. Nascido Vivo • É a morte do produto de concepção, antes da expulsão ou da extração completa do corpo da mãe. Óbito Fetal • É a criança que, nascida viva, morreu em qualquer momento antes de completar um ano de idade. Óbito Infantil Indicadores de Morbidade A morbidade diz respeito às doenças ou situações existentes, essas medidas são capazes de avaliar o comportamento e mudanças no tempo e prever tendências futuras. São essenciais para a formulação de ações e políticas de saúde pública. Os indicadores de morbidade são: prevalência, incidência e taxa de ataque. Os dois primeiros já foram devidamente abordados em outras seções dessa unidade. Descrição da situação-problema 55 56 57 58 59 60 Cômites de investigação dos óbitos infantis e maternas. beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar beaaa Realçar 13/07/2021 Descrição da situação-problema Em uma reunião de um grupo de profissionais da vigilância epidemiológica alguns pesquisadores discutem formas de se medir as consequências do tabagismo naquela população em específico. Porém necessitam de respostas e resultados mais rápidos para apresentarem às autoridades competentes. Inicia-se então a discussão para se determinar qual delineamento seria adequado e quais respostas teriam. Supondo que você faça parte desse grupo, quais sugestões você daria? Quais os prós e contras da nova metodologia adotada? Resolução da situação problema A criação de um plano de acesso a lazer, cultura e práticas de exercício físico para toda população é imprescindível, pois não basta cuidar dos idosos de hoje apenas, mas pensar que esse investimento terá impacto no idoso de amanhã. Ações preventivas, com acompanhamento constante para monitorizar o estado de saúde e intervir sobre possíveis agravos futuros junto à Atenção Básica é imprescindível. Resolução da situação problema Permitir acesso aos bens de consumo básicos, boa alimentação e condições ambientais, epidemiológicas e de trabalho dignas também terão um peso importante na qualidade de vida do idoso e poderão fazer com que ele permaneça ativo por mais tempo. Afinal tão importante quanto longevidade é a qualidade de vida. Por fim, as medidas sugeridas vão de encontro com o que o SUS determina, o cuidado preventivo e holístico e menos assistencialista e biomédico. Recapitulando 61 62 63 64 65
Compartilhar