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Estudos Ambientais Urbanos

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Prévia do material em texto

Estudos 
Ambientais 
Urbanos
Me. Rebecca Manesco Paixão
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; PAIXÃO, Rebecca Manesco. 
 
 Estudos Ambientais Urbanos. Rebecca Manesco Paixão. 
 Maringá-PR.: Unicesumar, 2021. 
 224 p.
“Graduação - Híbridos”.
 
 1. Estudo. 2. Ambeintal. 3. Urbano. 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-65-5615-387-2
CDD - 22 ed. 363.7
CIP - NBR 12899 - AACR/2
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação
CEP 87050-900 - Maringá - Paraná
unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
Impresso por:
Coordenador de Conteúdo Flávio Augusto 
Carraro.
Designer Educacional Kaio Gomes; Jociane 
Karise Benedett .
Revisão Textual Cintia Prezoto Ferreira.
Editoração Matheus Silva de Souza.
Ilustração Welington Vainer.
Realidade Aumentada Autoria.
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor e 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos 
Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William 
Victor Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de 
Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente 
da Mantenedora Cláudio Ferdinandi.
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James 
Prestes e Tiago Stachon; Diretoria de Graduação 
e Pós-graduação Kátia Coelho; Diretoria de 
Permanência Leonardo Spaine; Diretoria de 
Design Educacional Débora Leite; Head de 
Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de 
Souza Filho; Head de Metodologias Ativas 
Thuinie Daros; Head de Curadoria e Inovação 
Tania Cristiane Yoshie Fukushima; Gerência de 
Projetos Especiais Daniel F. Hey; Gerência 
de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro 
Garcia; Gerência de Curadoria Carolina Abdalla 
Normann de Freitas; Supervisão do Núcleo 
de Produção de Materiais Nádila de Almeida 
Toledo; Projeto Gráfico José Jhonny Coelho e 
Thayla Guimarães Cripaldi; Fotos Shutterstock.
PALAVRA DO REITOR
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalha-
mos com princípios éticos e profissionalismo, não 
somente para oferecer uma educação de qualida-
de, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-
-nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emo-
cional e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois 
cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos 
mais de 100 mil estudantes espalhados em todo 
o Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá, 
Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 
300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de 
graduação e pós-graduação. Produzimos e revi-
samos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil 
exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo 
MEC como uma instituição de excelência, com 
IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 
10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos 
educadores soluções inteligentes para as ne-
cessidades de todos. Para continuar relevante, a 
instituição de educação precisa ter pelo menos 
três virtudes: inovação, coragem e compromisso 
com a qualidade. Por isso, desenvolvemos, para 
os cursos de Engenharia, metodologias ativas, as 
quais visam reunir o melhor do ensino presencial 
e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
BOAS-VINDAS
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Co-
munidade do Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a 
Unicesumar tem sido conhecida pelos nossos alu-
nos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é 
importante destacar aqui que não estamos falando 
mais daquele conhecimento estático, repetitivo, 
local e elitizado, mas de um conhecimento dinâ-
mico, renovável em minutos, atemporal, global, 
democratizado, transformado pelas tecnologias 
digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comu-
nicação têm nos aproximado cada vez mais de 
pessoas, lugares, informações, da educação por 
meio da conectividade via internet, do acesso 
wireless em diferentes lugares e da mobilidade 
dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets ace-
leraram a informação e a produção do conheci-
mento, que não reconhece mais fuso horário e 
atravessa oceanos em segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer 
transformou-se hoje em um dos principais fatores de 
agregação de valor, de superação das desigualdades, 
propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber 
cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e 
usar a tecnologia que temos e que está disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg 
modificou toda uma cultura e forma de conhecer, 
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, 
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa 
cultura e transformando a todos nós. Então, prio-
rizar o conhecimento hoje, por meio da Educação 
a Distância (EAD), significa possibilitar o contato 
com ambientes cativantes, ricos em informações 
e interatividade. É um processo desafiador, que 
ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores 
oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida 
sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que 
a EAD da Unicesumar se propõe a fazer.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você 
está iniciando um processo de transformação, 
pois quando investimos em nossa formação, seja 
ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, 
consequentemente, transformamos também a so-
ciedade na qual estamos inseridos. De que forma 
o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabe-
lecendo mudanças capazes de alcançar um nível 
de desenvolvimento compatível com os desafios 
que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o 
Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompa-
nhará durante todo este processo, pois conforme 
Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na 
transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem 
dialógica e encontram-se integrados à proposta 
pedagógica, contribuindo no processo educa-
cional, complementando sua formação profis-
sional, desenvolvendo competências e habilida-
des, e aplicando conceitos teóricos em situação 
de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como 
principal objetivo “provocar uma aproximação 
entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita 
o desenvolvimento da autonomia em busca dos 
conhecimentos necessários para a sua formação 
pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de 
crescimento e construção do conhecimento deve 
ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos 
pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar 
lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o Stu-
deo, que é o seu Ambiente Virtual de Aprendiza-
gem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas 
ao vivo e participe das discussões. Além disso, 
lembre-se que existe uma equipe de professores e 
tutores que se encontra disponível para sanar suas 
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de apren-
dizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquili-
dade e segurança sua trajetória acadêmica.
APRESENTAÇÃO
Seja bem-vindo(a), é com muito prazer que apresento a você o livro 
especialmente preparado para fornecer uma base de conhecimentos 
para a consolidação da disciplina intitulada de “Estudos Ambientais Ur-
banos”. Trata-se de uma disciplina fundamental para que você adquira 
conhecimentos relativos à proteção dos recursos naturais, bem como 
sobre o licenciamento ambiental de empreendimentos e/ou atividades. 
Além disso, você também será introduzido à avaliação de impactos 
ambientais, sobre alguns estudos ambientais que fazem parte do pro-
cesso de licenciamento ambiental, com destaque ao gerenciamento de 
resíduos sólidos e, por fim, faremos uma passagem sobre algumas das 
principais legislações ambientais brasileiras, cujo conhecimento é de 
extrema importância acadêmica e profissional.
Para apresentaçãodos conteúdos, desenvolveu-se o assunto em 9 Uni-
dades, interdependentes, conforme veremos a seguir. Na Unidade 1, 
estudaremos sobre as riquezas encontradas na natureza que podem 
ser utilizadas para o suprimento das atividades humanas, os chamados 
recursos naturais. Também aprofundaremos nossos conhecimentos 
sobre os recursos água, solo e ar, bem como sobre a poluição destes e 
formas de evitá-la ou controlá-la.
Na Unidade 2, veremos como a relação homem versus natureza foi 
sendo alterada com o passar do tempo, de modo que este passou a 
consumir desenfreadamente os recursos naturais, acarretando em di-
versos problemas ambientais. Neste sentido, dada a necessidade de 
proteção do meio ambiente, estudaremos também sobre o desenvol-
vimento sustentável, definido como o desenvolvimento que satisfaz as 
necessidades do presente, sem comprometer as necessidades futuras. 
Por fim, abordaremos sobre a educação ambiental, um importante 
instrumento para o uso consciente dos recursos naturais, assim como 
para a conservação do meio ambiente.
No contexto do desenvolvimento sustentável, na Unidade 3, vere-
mos que empreendimentos e/ou atividades utilizadoras de recursos 
ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou 
causadoras de degradação ambiental, necessitam de licenciamento 
ambiental, ou seja, procedimento administrativo pelo qual o órgão 
ambiental competente licencia à localização, instalação, ampliação e 
a operação de tais empreendimentos e/ou atividades.
Na Unidade 4, você será introduzido ao conceito de impactos ambien-
tais, bem como à Avaliação de Impactos Ambientais (AIA). Você estu-
dará que a AIA é um importante instrumento de política ambiental, 
formado por um conjunto de procedimentos que auxiliam no exame 
sistemático dos impactos ambientais de uma ação proposta e de suas 
alternativas. Por fim, nesta unidade, destaca-se o Estudo de Impacto 
Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
Na Unidade 5, abordaremos sobre as metodologias empregadas no 
processo de AIA, com ênfase aos métodos Ad Hoc, checklists, matri-
zes de interação, redes de interação, overlays, modelos de simulação 
e análise custo-benefício. 
Na Unidade 6, você conhecerá alguns dos estudos ambientais que 
fornecem subsídio para a análise da licença ambiental requerida para 
um empreendimento e/ou atividade. Neste sentido, abordaremos sobre 
o Estudo de viabilidade ambiental (EVA), Plano de controle ambiental 
(PCA), Relatório de controle ambiental (RCA), Plano de recuperação 
de áreas degradadas (PRAD), Plano de gerenciamento de resíduos só-
lidos (PGRS), Plano de controle de poluição ambiental (PCPA), Plano 
de gerenciamento de riscos (PGR), Estudo de impacto de vizinhança 
(EIV) e Relatório de impacto de vizinhança (RIV).
APRESENTAÇÃO
Na Unidade 7, você poderá aprofundar seus conhecimentos no que diz 
respeito à questão dos resíduos sólidos, bem como sobre o gerencia-
mento destes, dando-se uma maior ênfase aos resíduos da construção 
civil, dada a importância do gerenciamento destes no âmbito urbano.
Na Unidade 8, estudaremos sobre a gestão ambiental, e veremos que 
ela não traz somente benefícios ao meio ambiente, mas também pode 
trazer benefícios econômicos e estratégicos para um determinado em-
preendimento que a adote. Também estudaremos sobre a NBR ISO 
14.001, que trata dos Sistemas de Gestão Ambiental (SGA).
Por fim, na Unidade 9, você será introduzido a algumas legislações 
ambientais importantes a você, como acadêmico e futuro profissional, 
tais como: Política Nacional de Recursos Hídricos, Leis de Crimes 
Ambientais, Sistema Nacional de Unidades de Conservação, Política 
Nacional de Resíduos Sólidos e o Código Florestal.
O material não tem a pretensão de esgotar os temas abordados ao longo 
das unidades, mas trazer orientações sobre os assuntos mais relevantes. 
Assim, para que seu aprendizado seja efetivo, é necessário que você se 
dedique.
Um grande abraço e boa leitura!
CURRÍCULO DOS PROFESSORES
Me. Rebecca Manesco Paixão
Possui graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Universitário de Maringá 
(UNICESUMAR-2014) e licenciatura em Matemática pela mesma instituição (UNICESUMAR-2017). 
É Mestre em Engenharia Química pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química 
da Universidade Estadual de Maringá (UEM-2017), atuando na linha de pesquisa: Gestão, 
Controle e Preservação Ambiental. Atualmente é doutoranda em Engenharia Química pelo 
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da Universidade Estadual de Maringá 
- UEM. Tem experiência com licenciamento ambiental, gerenciamento de resíduos sólidos 
e tratamento de água e de efluentes líquidos, como professora de cursos presenciais e a 
distância e na elaboração de materiais didáticos.
Link para acesso ao currículo lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.
do?id=K4367457U5
Recursos Naturais
15
Meio Ambiente e 
Sociedade
37
Licenciamento 
Ambiental
57
Avaliação 
de Impactos 
Ambientais
Metodologias 
para Identificação 
de Impactos 
Ambientais
79
107
Estudos Ambientais
129
Resíduos Sólidos
Gestão Ambiental
179
Legislação 
Ambiental
201
155
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Me. Rebecca Manesco Paixão
• Propiciar o entendimento do conceito recursos naturais.
• Apresentar ao aluno conceitos importantes relacionados ao recurso água e estudar as principais formas de poluição 
desse recurso. 
• Apresentar ao aluno conceitos importantes relacionados ao recurso solo e estudar as principais formas de poluição 
desse recurso.
• Apresentar ao aluno conceitos importantes relacionados ao recurso ar e estudar as principais formas de poluição desse 
recurso.
Recursos Naturais
A Água O Ar
O Solo
Recursos Naturais
Recursos 
Naturais
Olá, caro(a) aluno(a), para começarmos nossos es-
tudos sobre os recursos naturais, primeiramente, 
precisamos entender o conceito que possuem. Eles 
podem ser entendidos como todas as riquezas que 
se encontram disponíveis na natureza e que podem 
ser utilizadas pelo ser humano para suprimento de 
suas necessidades. Dentre os recursos naturais, os 
mais importantes são a água e o ar, uma vez que 
dependemos deles para nossa sobrevivência. 
Venturi (2006) cita que o recurso natural pode 
ser definido como qualquer elemento ou aspecto da 
natureza que esteja em demanda, que seja passível 
de ser utilizado, ou que esteja sendo utilizado direta 
ou indiretamente pelo homem para satisfazer suas 
necessidades físicas e culturais, em determinado 
tempo e espaço. Neste sentido, perceba que os re-
cursos naturais são providos pela natureza e não 
podem ser criados ou manufaturados pelo homem, 
como o plástico. 
Além disso, um recurso natural pode passar da 
condição de livre para bem econômico, de acordo 
com sua disponibilidade, isto é, conforme o homem 
se apropria dos recursos, estes adquirem valor eco-
nômico e passam a ser transacionados no mercado 
de bens e valores (PHILIPPI JR.; SILVEIRA, 2005). 
A exemplo o recurso solo, no mercado imobiliário 
17UNIDADE 1
brasileiro, cuja única forma de apropriação deste recurso é por meio da compra e venda.
Os recursos naturais podem ser renováveis e não renováveis:
• Recursos naturais renováveis: são inesgotáveis, ou seja, não se esgotam na natureza, visto que 
sua renovação é permanente, como a luz solar, os ventos etc. No entanto, é importante salientar 
que alguns recursos renováveis podem se tornar não renováveis em consequência do mau uso 
que deles fazemos.
• Recursos naturais não renováveis: são esgotáveis, visto que sua renovação não é feita em tempo 
hábil para a utilização pelo homem, como o carvão mineral, petróleo, pedras preciosas, ferro etc.
Os termos renováveis e não renováveis têm sido empregados para se referir às formas econômicas e 
racionais de utilização dos recursos naturais, de modo que os renováveis não se esgotem por mau uso, 
e os não renováveis rapidamente deixem de existir (DULLEY, 2004). Neste sentido, é muito impor-tante que atuemos na conservação desses recursos tão importantes para nós. Alguns recursos naturais 
possuem capacidade de recuperação, mas dependendo do grau de degradação imposto, o recurso 
degradado pode não ter condições de retornar ao seu estado natural. 
À título de ilustração, um recurso hídrico possui capacidade de autodepuração dos poluentes nele 
depositados; no entanto, se a quantidade de efluentes líquidos for superior a sua capacidade de absorção, 
o corpo d’água pode não se recuperar e atingir tal grau de degradação que não permita a vida aquática, 
comprometendo seus usos e, até mesmo, acarretar doenças de veiculação hídrica.
Os recursos naturais são ditos renováveis se voltarem a estar disponíveis, caso contrário são não 
renováveis.
Fonte: Dulley (2004, p. 22).
Nesta unidade denominada de “Recursos Naturais”, não poderíamos deixar de estudar sobre a água, o 
ar e o solo. Por isso, você poderá aprofundar seus conhecimentos no que diz respeito a esses recursos, 
bem como sobre a poluição deles.
20% da população mundial, que habita, principalmente, os países do hemisfério norte, consomem 
80% dos recursos naturais e energia do planeta e produz mais de 80% da poluição e da degradação 
do meio ambiente.
Fonte: Consumo Sustentável (2005).
18 Recursos Naturais
Caro(a) aluno(a), embora saibamos que a maior 
parte do planeta Terra é coberta por água – apro-
ximadamente dois terços (⅔) –, apenas uma pe-
quena parcela é utilizável para as atividades hu-
manas, conforme ilustra a Figura 1.
A ÁGUA
19UNIDADE 1
97,5%
ÁGUA SALGADA
2,5%
ÁGUA DOCE 68,9%
Calotas Polares
29,9%
Água
subterrânea
0,9%
Outros
reservatórios
Figura 1 - Distribuição de água no mundo / Fonte: a autora.
Assim, perceba que apenas 2,5% da água dispo-
nível em nosso planeta é doce; e ainda, dessa pe-
quena parcela, apenas 0,3% se encontra nos rios 
e lagos, formas de mais fácil acesso às atividades 
humanas, e de onde provém a maior quantidade 
da água que consumimos. 
Em termos globais, a água disponível no mun-
do é superior ao total consumido pela popula-
ção, mas essa distribuição é desigual e não está 
de acordo com o tamanho da população e suas 
necessidades pessoais, bem como para as neces-
sidades da indústria e da agricultura. Além da má 
distribuição e das perdas, a crescente degradação 
dos recursos hídricos acaba por tornar a água im-
própria para diversos usos. Neste sentido, em mui-
tas regiões do mundo há problemas relacionados 
à água, seja pela escassez desse recurso ou por sua 
qualidade inadequada.
O homem utiliza a água para diversos fins, que po-
dem ser classificados em usos consuntivos (quando 
há perdas entre o que é retirado e o que retorna ao 
sistema natural) e em uso não consuntivo.
• Uso consuntivo: abastecimento humano, 
abastecimento industrial, irrigação e des-
sedentação de animais.
• Uso não consuntivo: recreação e lazer, 
harmonia paisagística, geração de energia 
elétrica, preservação da fauna e da flora, 
navegação, pesca, e diluição de despejos.
Dentre os vários usos da água, o abastecimento 
humano é considerado o mais nobre e prioritário, 
visto que o homem depende deste recurso para 
sua sobrevivência. Neste sentido, a água que nós 
bebemos deve obedecer a critérios específicos 
estabelecidos pela legislação vigente, no caso do 
Brasil a Portaria nº 2.914/2011 (BRASIL, 2011), de 
forma a chegar ao consumidor apresentando ca-
racterísticas sanitárias e toxicológicas adequadas.
Além disso, alguns usos da água, sejam eles 
consuntivos ou não consuntivos, podem acar-
retar em alterações de sua qualidade, a exemplo 
das indústrias que lançam seus efluentes líquidos 
nos corpos hídricos receptores, muitas vezes sem 
tratamentos adequados, e até mesmo na irrigação, 
em que fertilizantes e pesticidas podem acabar 
infiltrando-se nos corpos d’água.
A América detém a maior parte da água doce 
do mundo (45%), seguida da Ásia (28%), Europa 
(15,5%) e África (9%). E ainda, o Brasil está entre as 
nações mais ricas do mundo em termos de água, 
disponibilizando um total de 8.225 km3/hab.ano.
Fonte: Calijuri e Cunha (2013, p. 248).
20 Recursos Naturais
Poluição das Águas
A poluição das águas diz respeito à introdução de poluentes (químicos, radioativos 
ou organismos patogênicos) que podem torná-la imprópria para um determinado 
uso. Os poluentes, sejam eles nas formas de matéria ou energia, são capazes de 
alterar as propriedades físicas, químicas e biológicas das águas.
De acordo com Derisio (2012), a poluição das águas pode ter origem em quatro 
tipos de fontes, a saber:
• Poluição natural: não está associada à atividade humana, como chuvas e 
escoamento superficial, salinização e decomposição de vegetais e animais 
mortos.
• Poluição industrial: compreende os resíduos líquidos gerados nos pro-
cessos industriais em geral.
• Poluição urbana: proveniente dos habitantes de uma cidade, que geram 
esgotos domésticos lançados direta ou indiretamente nos corpos d’água.
• Poluição agrossilvipastoril: decorrente das atividades ligadas à agricul-
tura e pecuária, por meio da utilização de defensivos agrícolas, fertilizantes, 
excrementos de animais e erosão.
Além dessas fontes de poluição citadas, também se deve considerar a poluição 
acidental, a qual é decorrente do derramamento de substâncias nos corpos d’água, 
a exemplo de acidentes de derramamento de petróleo.
Quanto às fontes de poluição dos corpos d’água (Figura 2), elas podem ser 
pontuais, cujo lançamento da carga poluidora é feito pontualmente em um de-
terminado local, ou difusas, quando os poluentes alcançam o corpo d’água de 
forma dispersa, não havendo um ponto específico para a entrada do poluente. 
Neste sentido, caro(a) aluno(a), os poluentes podem chegar aos corpos d’água por 
diversas formas, seja por meio do lançamento direto, precipitação, escoamento 
pela superfície do solo ou por infiltração. 
Poluição ambiental: resultante das atividades e intervenções humanas que liberam 
formas de matéria (microrganismos, partículas etc.) ou energia (radiação, ondas 
sonoras etc.) em desacordo com padrões ambientais estabelecidos, e que podem 
afetar negativamente a qualidade de vida dos seres vivos. 
21UNIDADE 1
Zona rural
Plantação
Fábrica
Subúrbio
Cidade
Fontes
difusas
Fontes pontuais
Alimentação
de animais
Figura 2 - Poluição da água por fontes pontuais e difusas / Fonte: Braga et al. (2005, p. 83).
Podemos citar alguns exemplos de poluentes das águas superficiais, como: efluentes 
líquidos domésticos, efluentes líquidos industriais, águas pluviais carregando impu-
rezas da superfície do solo, resíduos sólidos, sedimentos, dejetos animais, agrotóxicos, 
fertilizantes e pesticidas. 
As fontes de poluição pontual podem ser facilmente identificadas e, portanto, seu 
controle é mais fácil e rápido, comparativamente com as fontes difusas.
22 Recursos Naturais
Mota (2012) e Calijuri e Cunha (2013) enume-
ram que as consequências da poluição da água 
podem ser de caráter sanitário, ecológico, social 
ou econômico, como:
• Prejuízos ao abastecimento humano.
• Agravamento dos problemas de escassez 
de água de boa qualidade, como as doenças 
de veiculação hídrica.
• Elevação do custo do tratamento de água, 
que se reflete no preço a ser pago pela po-
pulação.
• Prejuízos a outros usos da água, como in-
dustrial, irrigação, pesca etc.
• Desvalorização das propriedades margi-
nais.
• Prejuízos à fauna aquática, promovendo 
desequilíbrios ecológicos.
• Degradação da paisagem.
Caro(a) aluno(a), perceba que são vários os po-
luentes dos corpos d’água que podem trazer di-
versos prejuízos aos seus usos. Neste sentido, é 
muito importante que haja o controle da poluição 
desse recurso.
Controle da Poluição da Água 
O controle da poluição da água pode englobar 
ações de caráter preventivo e corretivo. As ações 
corretivas visam corrigir o dano já causado, de 
forma a eliminar ou reduzir a carga poluidora 
já existente, a exemplo de acidentes ambientais, 
como o derramamento de petróleo que ocorreuno Alasca em 1989, cuja água contaminada foi tra-
tada por meio da biorremediação. As ações pre-
ventivas visam evitar que a poluição do recurso 
ocorra, como a adoção de estações de tratamento 
de efluentes líquidos em uma indústria, capaz de 
tratar o efluente, tornando-o apto a ser disposto 
no corpo hídrico receptor. 
Assim, observe que as ações de caráter preven-
tivo são mais eficazes no controle da poluição, do 
que as de caráter corretivo, visto que são menos 
onerosas, pois evitam o surgimento dos prejuízos 
que já discutimos.
No Brasil, existem resoluções que tratam do con-
trole da poluição dos recursos hídricos, baseando-
-se no critério do corpo receptor conjugado com o 
lançamento de efluentes líquidos (DERISIO, 2012). 
Neste sentido, a Resolução CONAMA nº 357/2005, 
alterada pela Resolução CONAMA nº 430/2011, 
dispõe sobre a classificação dos corpos d’água e di-
retrizes ambientais para o seu enquadramento, bem 
como estabelece as condições e padrões de lança-
mentos de efluentes líquidos.
Com relação ao corpo hídrico receptor, são esta-
belecidos padrões de qualidade em função de seus 
usos preponderantes. Assim, as águas do território 
nacional são divididas em termos de salinidade, ou 
seja, águas com valores iguais ou inferiores a 0,5% 
são ditas doces; águas com valores entre 0,5% e 30% 
são ditas salobras; e águas com valores iguais ou 
superiores a 30% são denominadas de salinas. Para 
cada um desses tipos de água, os mananciais são 
enquadrados em classes, de forma a definir critérios 
ou condições a serem atendidos.
Além disso, as referidas resoluções determinam 
que os efluentes líquidos, independentemente da 
fonte poluidora, só podem ser lançados nos cor-
pos hídricos desde que obedeçam determinadas 
condições no que se refere aos parâmetros físicos, 
químicos e biológicos.
Para finalizarmos este tópico, observe que o con-
sumo da água no planeta tende a aumentar, acompa-
nhando a tendência de aumento populacional e de 
desenvolvimento industrial. Assim, torna-se muito 
importante manejar adequadamente os recursos 
hídricos compatibilizando seus diversos usos, de 
forma que esse recurso natural seja mantido em 
quantidade e em qualidade para as presentes e fu-
turas gerações. 
23UNIDADE 1
Para Braga et al. (2005, p. 126), 
 “
[...] o solo pode ser conceituado como um 
manto superficial formado por rocha desa-
gregada e, eventualmente, cinzas vulcânicas, 
em mistura com matéria orgânica em de-
composição, contendo ainda, água e ar em 
proporções variáveis e organismos vivos. 
Neste contexto, são quatro os componentes princi-
pais que constituem o solo: elementos e partículas 
minerais, matéria orgânica, ar e água. O solo é um 
recurso que suporta toda a cobertura vegetal, sem o 
qual os seres vivos não poderiam existir. É utilizado 
como: fundação para edificações, aterros e estradas; 
elemento de fixação e nutrição de vegetais; para o 
armazenamento de combustíveis fósseis; para o 
armazenamento de água; e também pode ser ex-
traído para posterior utilização na construção civil.
O solo apresenta diferentes camadas que fun-
cionam como um “filtro” capaz de reter todas as 
impurezas nele depositadas; mas com o passar do 
tempo, essas impurezas passam a se acumular, ge-
rando uma gradativa queda na qualidade do solo 
para a agricultura, para uma comunidade vegetal 
nativa ou para os microrganismos que vivem em 
meio ao substrato (CHUPIL, 2014). 
O SOLO
24 Recursos Naturais
Neste sentido, dados todos os usos que o solo pode ter, esse recurso deve ser ma-
nejado adequadamente com vistas a não degradação, visto que o solo leva séculos ou 
até mesmo milhões de anos para se formar sob a ação de agentes naturais, e em um 
pequeno intervalo de tempo pode ser degradado pela atividade antrópica. 
A degradação do solo está relacionada a sua perda de qualidade ou à diminuição 
da sua capacidade produtiva. E pode ser causada pela ação do homem, por meio do 
lançamento inadequado de resíduos sólidos, desmatamento, queimadas, impermea-
bilização, aplicação de fertilizantes e pesticidas, acidentes no transporte de cargas etc.
Sánchez (2001, p. 82) define a degradação do solo como: 
 “
(I) a perda de matéria devido à erosão ou a movimentos de massa, (II) o acúmulo 
de matéria alóctone (de fora do local) recobrindo o solo, (III) a alteração negativa 
de suas propriedades físicas, tais como sua estrutura ou grau de compacidade, (IV) 
a alteração das características químicas, (V) a morte ou alteração das comunidades 
de organismos vivos do solo.
A agricultura é uma das principais atividades humanas modificadoras do solo, a exem-
plo do monocultivo, que pode acarretar em perda de biodiversidade e da variabilidade 
genética das espécies na região e, ainda, facilitar a ocorrência de processos erosivos.
O Mar do Aral, no Uzbequistão, é um exemplo desastroso de degradação por práticas agrícolas inadequa-
das, em que projetos de irrigação mal planejados, conduzidos pela antiga União Soviética, na década de 
60, levaram à degradação ambiental de grandes proporções, com o quase desaparecimento de um dos 
maiores lagos do mundo, à salinização excessiva das águas e do solo e à decadência econômica da região. 
Fonte: adaptado de Calijuri e Cunha (2013).
Além disso, você deve se atentar que a ocupação urbana também é responsável pela 
degradação do recurso solo. De acordo com Calijuri e Cunha (2013), o processo de 
ocupação urbana se inicia com o desmatamento e posterior impermeabilização da 
cobertura do solo, de forma a modificar o balanço hídrico e provocar, com frequência, 
problemas de erosão, assoreamento e inundações.
Esse cenário é comum na maioria das cidades, em que o solo não consegue desem-
penhar sua função, em decorrência do manejo sem planejamento das águas pluviais, da 
disposição inadequada de resíduos sólidos, da contaminação em postos de combustíveis 
e em áreas industriais, e até mesmo devido à ocupação de áreas instáveis sujeitas a riscos 
geológicos. Observe a Figura 3, que ilustra um exemplo de ocupação urbana irregular.
25UNIDADE 1
Figura 3 - Ilustração de ocupação urbana irregular / Fonte: Ocupação Urbana (2011, on-line)¹. 
Erosão é o destacamento e transporte de partículas sólidas do solo, como resultado de 
agentes naturais, como a água e o vento, de forma que esse processo é intensificado pela 
ação humana. A remoção dessas partículas sólidas pode causar alterações de relevo, 
riscos às obras civis, empobrecimento do solo e, até mesmo, assoreamento dos rios.
Controle da Poluição do Solo
Vimos que a degradação do solo está diretamente relacionada a práticas que preju-
diquem sua qualidade, como a introdução de poluentes, a exemplo dos fertilizantes, 
resíduos sólidos, produtos químicos e outros que podem saturar o solo, desertificar, 
alterar a topografia e diversas outras consequências. Dessa forma, torna-se necessário 
a adoção de medidas de controle da poluição do solo.
26 Recursos Naturais
Assim como no controle da poluição da água, no controle 
da poluição do solo podem ser utilizadas ações preventi-
vas e corretivas. As ações preventivas estão relacionadas 
ao ordenamento do uso e ocupação do solo, por meio de 
técnicas ambientalmente adequadas que não coloquem 
o meio ambiente em risco. Nas áreas rurais, Braga et al. 
(2005, p. 140) citam que estas medidas estão relacionadas 
às “práticas conservacionistas” que permitem a exploração 
do solo, sem depurá-lo significativamente. 
Dentre as técnicas utilizadas, destaca-se o preparo do 
solo para plantio em curvas de nível; terraceamento; estru-
turas para desvio que terminem em poços para infiltração 
das águas; controle das voçorocas; preservação nativa nas 
áreas de grande declive e nas margens de cursos de água. 
As ações corretivas dizem respeito à recuperação do 
solo já degradado. No caso de processos erosivos, em que 
a camada de solo removido ainda é delgada, permane-
cendo à superfície os horizontes superiores, o plantio de 
vegetação é indicado a fim de repor a fertilidade eproduti-
vidade do solo. No entanto, em casos mais graves, torna-se 
necessário intervenções por meio de obras de engenharia 
hidráulica, engenharia de solos e engenharia agronômica 
(BRAGA et al., 2005).
Neste sentido, caro(a) aluno(a), perceba que a mudança 
de consciência da população para com os cuidados com o 
meio ambiente, mais especificamente o solo, também pode 
ser considerada como medida de controle da poluição, 
envolvendo a utilização de materiais recicláveis, uso de 
defensivos agrícolas menos persistentes, como inseticidas 
fosforados, proteção das florestas, evitando o desmata-
mento e outros.
Além disso, quanto ao aspecto legal, no Brasil temos a 
Resolução CONAMA nº 420/2009, alterada pela Resolu-
ção CONAMA nº 460/2013 (CONAMA, 2013) que 
 “
dispõe sobre critérios e valores orientadores de qua-
lidade do solo quanto à presença de substâncias quí-
micas e estabelece diretrizes para o gerenciamento 
ambiental de áreas contaminadas por essas substân-
cias em decorrência de atividades antrópicas.
27UNIDADE 1
A troposfera compreende a camada de ar que pos-
sui 12 km de espessura acima da crosta terrestre e 
onde o homem desenvolve suas atividades (DE-
RISIO, 2012). Do ponto de vista climático, a tro-
posfera possui importância fundamental, uma vez 
que essa camada é responsável pela ocorrência das 
condições climáticas do nosso planeta. Acima da 
troposfera, encontra-se a estratosfera, uma cama-
da muito importante do ponto de vista ambiental, 
uma vez que é nela que se encontra a camada mais 
espessa de ozônio, possibilitando a ocorrência das 
reações importantes para o desenvolvimento das 
espécies vivas (BRAGA et al., 2005).
O ar atmosférico é composto por uma mistu-
ra de gases, principalmente nitrogênio (78,11%), 
oxigênio (20,95%), argônio (0,93%) e dióxido de 
carbono (0,03%); ainda, pode-se encontrar em sua 
composição: hidrogênio, metano, óxido nitroso 
e gases nobres, como neônio, hélio e criptônio, 
além de vapor-d’água, ozônio, dióxido de enxo-
fre, dióxido de nitrogênio, amônia, monóxido de 
carbono, partículas sólidas em suspensão e outros 
componentes variáveis em função das atividades 
humanas, os quais podem alterar ou introduzir 
alguns componentes (MOTA, 2012). 
O AR
28 Recursos Naturais
Já vimos que o ar é um recurso natural indispen-
sável aos seres vivos, e essencial à manutenção da 
vida na Terra. Além disso, o ar é utilizado na comu-
nicação, no transporte, na combustão, em processos 
industriais e também como diluidor de resíduos 
gasosos.
Dados todos os usos do ar, como resultado de 
seu uso indiscriminado, surge a poluição desse re-
curso, o que acarreta em impactos sobre as pessoas, 
animais, vegetais e materiais.
Poluição do Ar
A poluição do ar é definida como a presença ou o 
lançamento de substâncias, cujas altas concentrações 
podem torná-lo impróprio à saúde; inconveniente 
ao bem-estar público; danoso aos materiais, à fauna 
e a flora; e prejudicial à segurança, ao uso e gozo da 
propriedade. Essas substâncias são denominadas de 
poluentes atmosféricos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde 
(WHO, 2005, on-line)², os poluentes atmosféricos 
são classificados em primários e secundários:
• Poluentes primários: são aqueles emitidos 
diretamente das fontes poluidoras para a at-
mosfera, como:
• material particulado (fumos, poeiras, 
névoas).
• monóxido de carbono (CO).
• dióxido de carbono (CO2).
• óxidos de nitrogênio (NO e NOx).
• compostos de enxofre (SOx, H2S).
• hidrocarbonetos.
• clorofluorcarbonos.
• Poluentes secundários: são aqueles forma-
dos na atmosfera por meio de reações quími-
cas, a partir dos poluentes primários. Entre 
eles, destaca-se os oxidantes fotoquímicos, 
resultantes da reação entre os hidrocarbone-
tos e os óxidos de nitrogênio, na presença de 
luz solar, a exemplo do ozônio (O3), peroxia-
cetilnitrato (PAN) e peróxido de hidrogênio 
(H2O2). Ainda, no contexto dos poluentes 
secundários, o trióxido de enxofre (SO3) 
pode reagir com o vapor de água para pro-
duzir o ácido sulfúrico (H2SO4), que se pre-
cipita originando a chamada “chuva ácida”.
Chuva ácida é um fenômeno causado pela intera-
ção de óxidos com vapor d’água, capaz de formar 
substâncias ácidas, como ácido sulfúrico e ácido 
nítrico, que se precipitam na forma de chuva. 
Esta pode provocar diversos danos, como a des-
truição das florestas, a destruição de construções 
e patrimônios históricos e a contaminação dos 
recursos hídricos.
E, dentre as fontes de poluição, podemos destacar 
as de origem natural e as de origem antrópica. 
Quanto às fontes de poluição do ar de origem natu-
ral, cita-se os vulcões, a desnitrificação por bactérias 
e a decomposição anaeróbia da matéria orgânica. 
Quanto às fontes de poluição de origem antrópica, 
tem-se várias, como: as indústrias, os veículos auto-
motores, queima da vegetação, queima de combustí-
veis fósseis, queima de resíduos sólidos, aplicação de 
agrotóxicos, aplicação de “sprays” e dentre diversas 
outras atividades humanas que podem liberar po-
luentes atmosféricos.
Você se lembra que as fontes de poluição podem 
ser pontuais ou difusas? Como exemplos de fon-
tes pontuais de poluentes atmosféricos se tem as 
indústrias, que podem liberar pontualmente gases 
e materiais particulados nocivos; quanto às fontes 
difusas, um exemplo comum que nos deparamos 
em nosso dia a dia são os veículos automotores.
29UNIDADE 1
Como sabemos, a poluição atmosférica pode re-
sultar em várias consequências para o meio am-
biente e para a saúde dos seres vivos. Dentre seus 
principais impactos, destaca-se:
• Desfiguração da paisagem.
• Redução da visibilidade.
• Danos à saúde humana, acarretando em 
doenças do aparelho respiratório, como: 
asma, bronquite, enfisema, câncer, irritação 
dos olhos etc.
• Danos à vegetação, por meio da redução da 
fotossíntese e também alterações no cres-
cimento e na produção de frutos.
• Alterações das características climáticas, 
podendo acarretar em maior precipitação, 
redução da radiação e iluminação, e até 
mesmo em aumento da temperatura.
Controle da Poluição do Ar
Dados todos os danos que a presença dos poluentes atmosféricos pode causar, a Resolu-
ção CONAMA nº 003/90 (CONAMA, 1990) dispõe sobre os padrões de qualidade do 
ar no Brasil. Em seu artigo 1º, a referida resolução define que os padrões de qualidade do 
ar representam: “as concentrações de poluentes atmosféricos que, ultrapassadas, poderão 
afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos à 
flora e à fauna, aos materiais e ao meio ambiente em geral” (CONAMA, 1990, p. 01).
30 Recursos Naturais
Neste sentido, caro(a) aluno(a), é importante adotar medidas de controle da poluição 
atmosférica como forma de atender a legislação vigente e evitar os danos que ela pode causar. 
Assim, a emissão de gases e materiais particulados nocivos deve ser controlada na fonte 
poluidora, compreendendo, por exemplo, a adoção de filtros nas chaminés das indústrias.
Além disso, é importante que, por meio do planejamento territorial, sejam tomadas 
algumas medidas nas cidades, conforme Mota (2012) destaca: 
• Localização das fontes poluidoras em local afastado, como em zonas industriais, 
a exemplo da Figura 4. 
• Utilização de barreiras, sejam elas naturais ou artificiais, com vistas a evitar a 
propagação dos poluentes.
• Distribuição adequada das edificações, de forma a garantir a circulação do ar e 
consequente dispersão dos poluentes.
• Incentivo ao transporte coletivo.
Ventos predominantes
Zona residencial,
escolas, hospitais
Zona comercial
e de serviços
Área
verde
Zona
industrial
Figura 4 - Exemplo de uso do solo visando à qualidade do ar em áreas urbanas
Fonte: adaptada de Mota (2012).
Caro(a) aluno(a), para finalizarmos esta unidade, sabe-se que o ser humano não 
consegue sobreviver sem ar e, dessa forma, ele é obrigado a utilizar esse recurso nas 
condições em que este se encontra. Diferentemente da água e do solo, que podem 
ser tratados, com raríssimas exceções,pode-se tratar o ar já poluído. Assim, devemos 
utilizar desse recurso de modo a não provocar mudanças em sua composição e, con-
sequentemente, trazer prejuízos à nossa saúde e ao meio em que vivemos.
Tenha sua dose extra de conhecimento assistindo ao vídeo. 
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31
1. Os recursos naturais envolvem elementos ou partes do meio ambiente físico 
e biológico que possam ser úteis e acessíveis ao homem, como solo, minerais, 
fauna, flora dentre outros. Assim, explique o que são os recursos naturais e 
as formas que podem ser encontrados na natureza quanto a sua exploração.
2. Nós vimos que são diversos os usos da água pelos seres vivos, os quais podem 
ser classificados em usos consuntivos e não consuntivos. Quanto aos usos con-
suntivos, qual das alternativas não faz parte desse grupo:
a) Abastecimento público.
b) Dessedentação de animais.
c) Irrigação.
d) Geração de energia elétrica.
e) Abastecimento industrial.
3. Estudamos que a degradação do solo está diretamente relacionada à perda de 
sua qualidade. Sobre esse assunto, leia as afirmações que seguem e assinale V 
para verdadeiro e F para falso:
 ) ( O solo é composto, principalmente, por elementos e partículas vegetais, ma-
téria orgânica, ar e água.
 ) ( A degradação do solo pode envolver a perda de matéria devido à erosão ou 
a movimentos de massa.
 ) ( No controle da poluição de solos, as medidas preventivas visam recuperar o 
meio já degradado.
 ) ( Um problema muito comum resultante da impermeabilização dos solos nas 
cidades são as inundações.
A sequência correta é:
a) V-V-V-V.
b) V-F-F-F.
c) F-V-F-V.
d) F-V-V-V.
e) V-F-V-F.
32
Conservação dos recursos naturais e sustentabilidade: um enfoque geo-
gráfico
Autor: Thiago Kich Fogaça, Monyra Guttervill Cubas e Bruna Daniela de Araujo 
Taveira
Editora: Intersaberes
Sinopse: a problemática ambiental passou a ser tema de destaque no mundo 
à medida que a escassez de recursos naturais tem sido agravada em virtude 
do consumo indiscriminado. Embora muitas pessoas e empresas já tenham 
mudado suas atitudes com relação ao meio ambiente, muito ainda precisa 
ser feito. No contexto atual de desenvolvimento, é emergencial descobrirmos 
mais maneiras de utilizar esses recursos de forma sustentável e de reduzir os 
impactos ambientais. 
LIVRO
Gestão dos recursos naturais: uma visão multidisciplinar
Autor: Erivaldo Moreira Barbosa, Rogaciano Cirilo Batista e Maria de Fátima 
Nóbrega Barbosa
Editora: Ciência Moderna
Sinopse: no livro “Gestão dos Recursos Naturais: Uma Visão Multidisciplinar”, o 
leitor encontrará informações sobre teorias, instituições, métodos, planejamento, 
suporte à decisão, indicadores, avaliação e monitoramento dos recursos naturais 
por meio do viés multidisciplinar. O leitor encontrará, ainda, informações acerca 
do desenvolvimento sustentável, agroecologia e sustentabilidade. 
LIVRO
33
Introdução ao controle de poluição ambiental
Autor: José Carlos Derisio
Editora: Oficina de Textos
Sinopse: o controle da poluição ambiental ganha cada vez mais relevância para 
a indústria, que precisa atender aos requisitos da legislação, de normas técnicas 
e das exigências de consumidores e investidores. O livro aborda os principais 
usos da água, do ar e do solo; os tipos de poluição que os afetam e os danos 
provocados; parâmetros e métodos para avaliação de qualidade; técnicas de 
controle de poluição e aspectos legais e institucionais. 
LIVRO
Home: nosso planeta, nossa casa
Ano: 2009
Sinopse: o fotógrafo Yann Arthus-Bertrand foca nos temas que mais importam, 
como a perda da diversidade, globalização da agricultura, o crescimento popu-
lacional e da pobreza e, acima de tudo, a beleza deste mundo.
FILME
O vídeo “O dinheiro faz o mundo girar (Money, money)”, produzido pela WWF, 
ilustra o poder destrutivo e o egocentrismo do homem e as consequências 
que este pode trazer ao meio ambiente quando da exploração intensiva dos 
recursos naturais. 
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
WEB
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/6549
34
BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2005.
BRASIL. Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Dis-
põe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo 
humano e seu padrão de potabilidade. Brasília: DOU, 2011.
CALIJURI, M. do C.; CUNHA, D. G. F. Engenharia ambiental: conceitos, tecnologia e 
gestão. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2013.
CHUPIL, H. Acidentes ambientais e planos de contingência. Curitiba: Intersaberes, 2014.
CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 003, de 28 de junho 
de 1990. Dispõe sobre padrões de qualidade do ar, previstos no PRONAR. Conama, 1990.
CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 357, de 17 de março 
de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu 
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, 
e dá outras providências. Conama, 2005.
CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 420, de 28 de dezembro 
de 2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presen-
ça de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas 
contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. Conama, 2009. 
CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 430, de 13 de maio de 
2011. Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera 
a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CO-
NAMA. Conama, 2011.
CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 460, de 30 de dezem-
bro de 2013. Altera a Resolução CONAMA nº 420, de 28 de dezembro de 2009, que dispõe 
sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias 
químicas e dá outras providências. Conama, 2013.
CONSUMO SUSTENTÁVEL: Manual de Educação para o consumo sustentável. Brasília: 
Consumers International/MMA/MEC/IDEC, 2005. Disponível em: http://portal.mec.gov.
br/dmdocuments/publicacao8.pdf. Acesso em: 23 fev. 2021.
35
DERISIO, J. C. Introdução ao controle de poluição ambiental. 4. ed. São Paulo: Oficina 
de Textos, 2012.
DULLEY, R. D. Noção de natureza, ambiente, meio ambiente, recursos ambientais e recursos 
naturais. Agric., v. 51, n. 2, p. 15-26, 2004.
MOTA, S. Introdução à engenharia ambiental. 5. ed. Rio de Janeiro: ABES, 2012.
PHILIPPI JR. A.; SILVEIRA, V. F. Controle da qualidade das águas. In: PHILIPPI JR. A. Sa-
neamento, Saúde e Ambiente: fundamentos para um desenvolvimento sustentável. São 
Paulo: Manole, 2005. 
SÁNCHEZ, L. E. Desengenharia. O passivo ambiental na desativação de empreendimentos 
industriais. São Paulo: EDUSP, 2001.
VENTURI, L. A. B. Recurso natural: a construção de um conceito. GEOUSP - Espaço e 
Tempo, n. 20, p. 9-17, 2006.
REFERÊNCIAS ON-LINE
¹Em: http://ocupacaourbana.blogspot.com.br/2011/09/ocupacao-urbana-irregular.html. 
Acesso em: 23 fev. 2021.
²Em: http://www.who.int/phe/health_topics/outdoorair/outdoorair_aqg/en/. Acesso em: 
23 fev. 2021.
36
1. Os recursos naturais são as riquezas que a natureza nos dá e que podem ser transformados de forma a 
torná-los valiosos e úteis. Quanto à exploração do homem, os recursos naturais podem ser renováveis, 
a exemplo do vento, e não renováveis, a exemplo do petróleo.
2. D.
3. C.
	_Hlk63975601
	_Hlk63975521
	Recursos Naturais
	Meio Ambiente 
e Sociedade
	Licenciamento Ambiental
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