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Tatiana Peres de assis Maia
1ª Unidade
Sustentabilidade
Meio Aimbiente
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Photo by Austin Distel on Unsplash
Tatiana Peres de assis Maia
1ª Unidade
Meio Aimbiente
Sustentabilidade
Sustentabilidade
Meio Ambiente
Tatiana Peres de Assis Maia
1ª Unidade
Copyright Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Núcleo de Educação a Distância.
Todos os direitos são reservados. É proibida a reprodução, distribuição, comercialização ou 
cessão sem autorização dos detentores dos direitos. Esse livro foi publicado no Ambiente 
Virtual de Aprendizagem do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, para leitura 
exclusiva online pelos alunos matriculados no Ensino a Presencial. Os leitores poderão imprimir 
as páginas para leitura pessoal. Os direitos dessa obra não foram cedidos.
Autores: Tatiana Peres de Assis Maia
Título: Sustentabilidade
Diretor geral: Cleber Fagundes Ramos
Gerente de produção: Vanessa Anderle Zaiatz
Design Instrucional: Anderson Julio de Souza
Projeto gráfico: Bruno Vinícius dos Reis
Diagramação: Fabricio Frigo Pielke
1ª Edição
2019
fag.edu.br
Av. das Torres, 500, Bloco 03
Fone: (045) 3321-3422
Loteamento FAG | CEP: 85.806-095
Cascavel | Paraná | Brasil
Pág. 8
Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz
Sumário
Apresentação da Disciplina ...............................................................................10
Ponto de Partida ....................................................................................................... 11
Roteiro do Conhecimento .................................................................................. 12
Unidade 01 - Meio Ambiente ............................................................................. 14
1.1 - Definições e Conceitos Ambientais e Ecológicos Básicos.......15
1.1.1 - Níveis de Organização Biológica ................................................. 17
1.1.2 - Fatores Bióticos e Abióticos ........................................................ 22
1.2 - Ecossistemas e Ciclos Biogeoquímicos ....................................26
1.2.1 - Cadeia Alimentar ............................................................................... 27
1.2.2 - Teia Alimentar ....................................................................................29
1.2.3 - Ciclos Biogeoquímicos ................................................................... 31
1.2.3.1 - Ciclo da Água .................................................................................. 32
1.2.3.2 - Ciclo do Carbono .........................................................................33
1.2.3.3 - Ciclo do Oxigênio ........................................................................35
1.2.3.4 - Ciclo do Nitrogênio ..................................................................... 37
1.3 - Poluição Ambiental ........................................................................... 40
1.3.1 - Poluição do Ar ....................................................................................42
1.3.2 - Poluição da Água .............................................................................45
1.3.3 - Poluição do Solo ..............................................................................48
1.3.4 - Poluição Sonora ...............................................................................50
1.3.5 - Poluição Visual ..................................................................................53
1.3.6 - Principais Consequências Ambientais da Poluição ........56
1.4 - Normas e Definições Legais que Regem as Questões 
Ambientais Brasileiras ................................................................................59
Referências........................................................................................................ 71
Pág. 9
Sustentabilidade
Pág. 10
Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
Prezado (a) estudante, seja muito bem-vindo (a) a mais uma etapa de 
seu processo de formação profissional. É com satisfação que apresento 
o livro da disciplina Sustentabilidade. No decorrer deste livro você vai 
conhecer as principais características ligadas ao meio ambiente, as 
questões históricas sobre a exploração ambiental e porque se fez necessário 
o estudo e aplicação da sustentabilidade. O principal objetivo deste livro 
é proporcionar conhecimentos básicos sobre os conceitos desta disciplina 
tão importante para as nossas ações diárias, seja em casa ou no trabalho 
e, sem dúvida, de grande importância na formação do pensamento crítico 
do estudante, que aprenderá a analisar as ações envolvidas no processo 
de sustentabilidade. Assim sendo, você vai ver as seguintes unidades:
Unidade 1 – Meio Ambiente.
Unidade 2 – Sustentabilidade.
Unidade 3 – Aspectos Ecológicos. 
Unidade 4 – Projeto Sustentável.
Que essa oportunidade de aprendizado seja proveitosa!
Pág. 11
Sustentabilidade
PONTO DE PARTIDA
Nesta unidade inicial da disciplina de Sustentabilidade, vamos 
conversar um pouco sobre as características mais importantes do 
meio ambiente. Pode parecer meio estranho, mas para falarmos de 
Sustentabilidade, precisamos entender o ambiente que nos cerca e, 
consequentemente, tudo o que faz parte dele. 
Ao final desta unidade, você deve apresentar os seguintes aprendizados: 
○ Entender o conceito de desenvolvimento sustentável.
• Compreender os principais aspectos envolvidos na sustentabilidade.
• Aprender pontos importantes para desenvolver um projeto 
sustentável.
Vamos lá! Aproveite!
Pág. 12
Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz
ROTEIRO DO CONHECIMENTO 
No decorrer desta unidade, você conhecerá as principais características 
do meio ambiente e suas relações. A seguir, você pode acompanhar todas 
as seções que serão trabalhadas ao longo da unidade: 
1.1 - Definições e conceitos ambientais e ecológicos básicos.
1.2 - Ecossistemas e ciclos biogeoquímicos.
1.3 - Poluição ambiental.
1.4 - Normas e definições legais que regem as questões ambientais 
brasileiras. 
Pág. 13
Sustentabilidade
Pág. 14
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UNIDADE 01 - ME IO AMBIENTE 
Pág. 15
Sustentabilidade
1 . 1 - DEF IN IÇÕES E CONCEITOS AMBIENTAIS E ECOLÓGICOS 
BÁSICOS
Vamos começar imaginando os seres vivos. Todo e qualquer ser vivo 
é formado por milhares de células que interagem entre si, organizando, 
dessa forma, os sistemas daquele organismo. Essas células se organizam 
em tecidos biológicos que irão formar os órgãos especializados em 
determinada função. Vários órgãos juntos acabam formando os sistemas 
do nosso corpo, como por exemplo, o sistema respiratório, sistema 
nervoso, etc. Todos estes sistemas trabalham em sincronia para o melhor 
funcionamento biológico daquele organismo.
O meio ambiente também funciona através de vários sistemas 
ecológicos que precisam interagir entre si para manter um equilíbrio. 
Na natureza existem organismos muito simples e pequenos, como uma 
bactéria, até organismos extremamente complexos, como as aves e os 
mamíferos. Aliás, quando falamos do meio ambiente, tudo faz parte, 
desde uma poça d’água até ecossistemas mais complexos, como uma 
floresta. Nesse contexto, estudamos principalmente as inter-relações 
entre os diversos organismos e o meio ambiente. Tudo isso faz parte de 
uma área de estudo chamada Ecologia. Vamos entender um pouco mais 
sobre essa disciplina.
A importância da relação entre seres vivos e entre os seres e o meio 
ambiente começoua ser discutida no final do XIX por muitos pesquisadores 
e ganhou maior destaque após o trabalho de Charles Darwin, em 1859, 
antes mesmo de existir a ideia da Ecologia como ciência. O termo 
Ecologia foi formalmente proposto por Ernst Haeckel, em 1866, que em 
seus trabalhos relacionou a Ecologia com a fisiologia e a biogeografia, 
explicando os padrões de como seria a história natural científica. Segundo 
Haeckel, a Ecologia é a ciência referente à economia da natureza, ou seja, 
a investigação das relações totais dos animais tanto com seu ambiente 
orgânico quanto com seu ambiente inorgânico; incluindo acima de tudo, 
suas relações amigáveis e não amigáveis com aqueles animais e plantas 
com os quais vêm direta ou indiretamente a entrar em contato. 
Pág. 16
Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz
Quando analisamos a etimologia da palavra Ecologia é oikos 
= casa; família e logia = estudo. Logo, seria o estudo da sua casa, ou 
seja, da relação do indivíduo com o meio. É interessante perceber que 
na definição de Haeckel aparece o termo “economia da natureza”, 
fazendo um paralelo dos sistemas naturais com o sistema econômico, 
como a relação entre custo-benefício e a necessidade de alocação de 
recursos nas atividades. Na natureza os organismos estão sempre 
buscando realizar suas atividades, gastando menos energia possível. 
Atualmente, a Ecologia é uma ciência muito ampla, sendo praticada 
por grandes Universidades e Centros de Pesquisa, que além de entender 
o funcionamento dos sistemas naturais, também tentam prever o efeito 
que a interferência do homem pode provocar. 
A Ecologia tem um campo de atuação bastante largo, podendo se deter 
às relações existentes entre um organismo e outro, ao funcionamento de um 
pequeno sistema, como um lago temporário, ou a questões muito amplas, 
como o efeito do clima na vegetação em escalas globais. Conhecendo 
o funcionamento dos sistemas naturais, os estudos de Ecologia podem 
ajudar a entender e prever as consequências da interferência do homem 
nesses sistemas, como poluição, impactos em ambientes aquáticos, 
impactos gerados por grandes construções, entre outras. Eles fornecem 
as bases para as discussões e ajudam na tomada de decisão política em 
muitas destas situações.
Pág. 17
Sustentabilidade
1 . 1 . 1 - N í v E I S D E O r G A N I z AÇ ãO B I O LÓ G I C A
A Ecologia pode ser estudada em diferentes níveis. Os níveis mais 
baixos se unem para formar um sistema mais complexo, como demonstrado 
na figura 1.1.
Vejamos esses sistemas de maneira crescente: 
Organismo 
É a unidade mais fundamental da Ecologia. São os seres que vivem em 
contato com o meio físico (meio abiótico) e em contato com outros seres 
vivos (meio biótico). O organismo está em constante troca de energia e 
matéria e seus objetivos são sobreviver e reproduzir. 
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População 
É o conjunto de indivíduos de uma mesma espécie que vive em um 
mesmo lugar. As populações possuem características próprias, tendo um 
controle no seu tamanho (relação entre ganho e perda de espécies) e na 
sua distribuição. 
Figura 1.1 Níveis de complexidade dos organismos
Fonte: Adaptado de biologianet
Át
om
o
M
olécu
las
Organelas Célula
Tecidos
Ó
rgão
Si
st
em
as
Organism
os
PopulaçõesComunidades
Ecossistemas
BIOSFERA
Pág. 19
Sustentabilidade
Comunidade 
É o conjunto de diferentes espécies que vivem em um determinado 
lugar. Uma comunidade é regulada pelas relações que são observadas 
entre as espécies, como dinâmica de presas e predadores, parasitas e 
hospedeiros, ou relações mutualísticas. Todas estas relações controlam 
as populações e é muito difícil definir onde uma comunidade começa e 
onde ela termina. 
Ecossistema 
É formado pelas relações entre os organismos e seu meio físico e 
químico. Ou seja, todo excreta que é eliminado, todo corpo que morre, 
todo nutriente que entra no sistema e toda energia que é usada, formam 
o ecossistema. É nesse âmbito que se estudam as ciclagens de nutrientes 
e o fluxo de energia. É muito difícil definir com precisão as barreiras de 
um ecossistema.
Os ecossistemas podem variar enormemente em dimensões, podemos 
chamar de ecossistemas uma poça de água, um charco temporário, um lago, 
uma floresta, um campo cultivado, até mesmo uma cultura de bactérias 
de laboratório (micro ecossistema). Uma das características universais 
dos ecossistemas, sejam eles terrestres ou aquáticos, seja criado pelo 
homem (agricultura) ou não, é a interação entre os componentes bióticos 
autotróficos (que produzem seu próprio alimento) e heterotróficos (que 
não produzem seu próprio alimento) e os componentes abióticos. 
Pág. 20
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Biosfera 
É todo o processo ecológico a nível global, ou seja, a união de todos 
os ecossistemas (todos os organismos e ambientes juntos). 
Os ecossistemas estão interligados através dos fluxos de energia, que 
estão em constante produção, e os ciclos de nutrientes, que nunca são 
criados, apenas se renovam no sistema. Nós podemos realizar estudos em 
qualquer um destes níveis, sendo que quanto mais amplo o nível, mais 
difícil isolar e medir seus parâmetros. As informações obtidas em cada 
um destes níveis responderão a questões diferentes. Por exemplo, estudar 
os organismos permite entender seus processos de adaptação no meio, 
enquanto estudar comunidades permite descrever sua biodiversidade, seu 
funcionamento e suas fragilidades. Trabalhos no âmbito da biosfera são 
muito difíceis, pois envolvem uma série de variáveis difíceis de controlar, 
além de exigirem materiais especializados, como satélites, e seu custo 
pode ser bastante alto.
Pág. 21
Sustentabilidade
Outros dois conceitos devem estar bem claros para você, para que 
possamos dar continuidade no conteúdo, são os conceitos de habitat e 
de nicho ecológico. O habitat deve ser entendido como o local onde cada 
organismo vive. Cada espécie está adaptada a um determinado local, 
sendo este o ambiente ideal para ela diferente do conceito de nicho, 
que vai envolver a função daquele organismo no local onde vive, isto 
é, envolve o seu modo de vida, suas relações ecológicas, resumindo, sua 
função dentro daquele habitat. 
Pílula de conhecimentoPílula de conhecimento
Para gravar melhor o que é um habitat e um nicho ecológico, assista à pílula de 
conhecimento:
(Pílula 01 – Tópico 01).
Pág. 22
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1 . 1 .2 - FATO r E S B I ÓT I C O S E A B I ÓT I C O S
Figura 1.2 - Fatores Bióticos e Abióticos
Fonte: Adaptado de todamateria
Os  fatores bióticos e abióticos  representam as relações existentes 
que permitem o equilíbrio do ecossistema. Vamos entender melhor o que 
são estes fatores. Comecemos observando a figura 1.2.
Sol
Nutrientes Calor
Calor
Produtores
- Plantas
-Algas
Consumidores
- Herbívoros
-Carnivoros
Decompositores
- Fungos
-Bactérias
Ciclos
-Gases
-Água
-Minerais
Energia térmica gerada 
em cada etapa
Componentes BióticosComponentes abióticos
Insolação
Pág. 23
Sustentabilidade
Componentes Abióticos
São os compostos inorgânicos e orgânicos básicos. Podem ser 
divididos em químicos, como: água, dióxido de carbono, oxigênio, 
Cálcio, Sais de Fósforo, Nitrogênio, aminoácidos, ácidos húmicos, alguns 
nutrientes vitais, pH, salinidade; ou físicos, como a luz, temperatura, 
umidade, entre outros.
Componentes Bióticos Produtores
Os produtores são organismos que produzem seu próprio alimento, 
são organismos que realizam fotossíntese, produzindo matéria no 
ecossistema, como exemplo as algas, plantas flutuantes e enraizadas;
Componentes Bióticos Consumidores
São os organismos que não produzem seu próprio alimento e 
que, para sobreviver, devem se alimentar de outros organismos, como 
exemplo os animais como larvas de insetos, crustáceos e peixes. Quando 
estes animais se alimentam de produtores são chamados de herbívoros 
(consumidores primários) e quando se alimentam de outrosanimais são 
conhecidos como carnívoros (consumidores secundários).
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Componentes Bióticos Saprófitos
São organismos que decompõem a matéria orgânica, como bactérias, 
protozoários flagelados e fungos. Estes organismos degradam a matéria 
orgânica, reduzindo-a aos seus componentes químicos básicos que são 
devolvidos ao ambiente.
Pág. 25
Sustentabilidade
APRENDA UM POUCO MAISAPRENDA UM POUCO MAIS
Para que você entenda um pouco mais sobre os níveis de organização em 
biologia separei o vídeo “Hierarquia Biológica”, que contextualizará o que 
você vai aprender nesta disciplina. Clique no link indicado a seguir e assista 
ao vídeo. O conteúdo é simples e claro, facilitará sua compreensão. Não se 
esqueça de fazer suas anotações sobre o que aprendeu.
Fonte: youtubeBR – Canal Aprendi Biologia.
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1 .2 - ECOSSISTEMAS E C ICLOS BIOGEOQUíMICOS
A energia de um sistema biológico é caracterizada pela força motriz 
que mantém os diversos ambientes e garante as condições necessárias 
para a produção primária, ou seja, a produção de biomassa a partir 
de componentes orgânicos. Vou deixar mais claro para você: todos os 
organismos precisam de energia para sobreviver, para executar suas 
atividades diárias, se reproduzir e crescer. Isto é verdadeiro também 
para as populações e comunidades. A energia deve ser produzida nos 
ecossistemas e deve ser transmitida para todos os níveis envolvidos, para 
que todos possam sobreviver e manter o equilíbrio deste ecossistema.
A luz é a fonte primária de energia para qualquer sistema, sendo 
essencial para a existência da vida na Terra. Os organismos produtores, 
plantas, algas e algumas bactérias, absorvem a luz do Sol e a assimilam 
através da fotossíntese, durante esse processo a luz interage com um 
pigmento, chamado de clorofila que irá absorver essa radiação luminosa, 
e convertem em energia química, formando os compostos orgânicos.
A matéria orgânica que foi sintetizada pelas plantas contém energia, 
que vai servir de alimento para manutenção de processos vitais e de 
crescimento de todos os animais. Inicialmente, essa energia é passada 
aos herbívoros e, em seguida, é passada, pela cadeia alimentar, a todos os 
outros organismos superiores, inclusive o homem. Vamos entender como 
temos um fluxo de energia estudando uma cadeia alimentar.
Pág. 27
Sustentabilidade
1 .2 . 1 - CA D E I A A L I M E N TA r
A cadeia alimentar é a relação entre a matéria e energia que os seres 
vivos utilizam para sobreviver, isto é, as relações necessárias para a busca 
de energia por meio da alimentação. De forma simplificada, pode-se 
classificar como cadeia alimentar a sequência de organismos que servem 
de alimento uns para os outros, através dos níveis tróficos.
Os níveis tróficos são divididos em três principais ramificações: 
produtores, consumidores e decompositores. Os produtores encontram-
se no primeiro nível da cadeia alimentar, são organismos autótrofos, 
que obtêm energia da fotossíntese, como por exemplo, as plantas. Os 
consumidores são classificados como seres heterótrofos, ou seja, precisam 
se alimentar de outros seres vivos para obter energia. Essa classificação 
inclui todos os animais. Os consumidores primários se alimentam 
totalmente, ou majoritariamente dos produtores, como por exemplo, 
o coelho. Os consumidores secundários têm uma alimentação baseada 
no consumo de consumidores primários. Os consumidores terciários 
alimentam-se dos consumidores secundários e assim sucessivamente. E 
os decompositores ocupam o último nível trófico da cadeia alimentar, e 
são responsáveis por decompor outros seres vivos após seu ciclo de vida.
Pílula de ConhecimentoPílula de Conhecimento
Para entender o que é um organismo autotrófico e heterotrófico, acesse à 
pílula do conhecimento.
(Pílula 01 – Tópico 2).
A cadeia alimentar é um dos ciclos que ocorre no meio ambiente, e 
essa relação ajuda a equilibrar o ecossistema, portanto todas as espécies 
são extremamente importantes para cada uma das etapas existentes. 
Supondo que um consumidor secundário seja extinto, por exemplo, isso 
influenciaria seus consumidores terciários, desequilibrando todas as 
relações existentes em tal cadeia. 
O esquema apresentado (figura 1.3) ilustra o conceito de cadeia 
alimentar e, inerente a esse conceito está o conceito de nível trófico, 
dessa forma podemos perceber que cada organismo ocupa um lugar 
predeterminado dentro da cadeia alimentar e, em virtude de sua colocação 
na cadeia, dependerá a sua colocação em um nível trófico ou não.
Sol
Fluxo de Energia
Ciclo da Matéria
Perda de Energia
Produtores
Decompositores
Consumidores 
primários
Consumidores 
secundários
Figura 1.3 - Fluxo de energia nos ecossistemas
Fonte: Adaptado de sobiologia
Pág. 29
Sustentabilidade
1 .2 .2 - T E I A A L I M E N TA r
Em um ecossistema as relações de transferência de matéria e energia 
não são tão simples como nas cadeias alimentares, pois os organismos 
de um ecossistema se relacionam com diversos outros, em um delicado 
equilíbrio entre predadores e presas, parasitas e hospedeiros, formando 
uma estrutura complexa e emaranhada de relações que são denominadas 
teias ou redes alimentares, dessa forma um organismo pode ocupar 
diferentes níveis tróficos, como podemos observar na figura 1.4. Em um 
sistema biológico isto é extremamente vantajoso, pois os organismos têm 
várias opções alimentares, conferindo maior estabilidade ao sistema.
Pág. 30
Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz
Figura 1.4 - Teia alimentar
Fonte: Adaptado de sobiologia
Produtores
Árvore
Verdura
Gramíneas
Inseto
Rato
Coelho
Zebra Cobra
Coruja
Raposa
Decompositores
Lagarto
Gavião
Onça
Consumidores de
1° ordem
Consumidores de
2° ordem
Consumidores de
3° ordem
Pág. 31
Sustentabilidade
1 .2 .3 - C I C LO S B I O G E O Q U í M I C O S
Todos os organismos são formados por elementos químicos e que, 
em sua grande maioria, são chamados de nutrientes. Esses nutrientes são 
obtidos, pelos produtores, através da fotossíntese e, pelos consumidores, 
através da alimentação de outros organismos. Porém, esses elementos 
devem circular na natureza, o que chamamos de ciclo biogeoquímico.
Entende-se por ciclos biogeoquímicos o movimento cíclico de 
elementos químicos entre o meio biológico e o ambiente geológico. 
Todos os 30 a 40 elementos necessários ao desenvolvimento dos seres 
vivos circulam na biosfera. Agora, vamos estudar os ciclos dos elementos 
mais representativos.
Pág. 32
Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz
1 .2 .3 . 1 - C I C LO DA ÁG UA
A água é o constituinte orgânico mais abundante nos seres vivos e, por 
isso, é essencial para a manutenção da vida e precisa ser continuamente 
reciclada para garantir a vida no planeta. 
O ciclo da água funciona assim: a água evapora das superfícies 
aquáticas, principalmente, e terrestres, formando as nuvens, condensa-se 
e precipita em forma líquida (chuva, orvalho, nevoeiro) ou sólida (neve, 
granizo). No solo a água pode atravessar as camadas do solo e atingir um 
lençol freático, de onde chegará a um rio ou riacho. Parte dessa água fica 
retida no solo e é absorvida pela vegetação que atua mantendo a umidade, 
regulando as chuvas e protegendo o solo da erosão. Vamos observar este 
ciclo, na figura 1.5.
Figura 1.5 - Ciclo da água
Fonte: www.infoenem.com.br
Pág. 33
Sustentabilidade
1 .2 .3 .2 - C I C LO D O C A r B O N O
O elemento químico carbono está presente na estrutura de todas as 
moléculas orgânicas, sendo, portanto, essencial para a vida no planeta e 
também está disponível como CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera ou 
na forma de carbonatos dissolvidos na água. A fotossíntese e a respiração 
são os dois processos que regulam o ciclo do carbono. Vamos entender o 
que são estes dois processos:
Fotossíntese: é realizada pelos produtores, retirando o Carbono, 
sob a forma de CO2, daatmosfera e acumulando-o, sob a forma de 
matéria orgânica disponível para a teia alimentar do sistema biológico. 
Os consumidores só têm acesso ao carbono se alimentando dos outros 
organismos. 
Respiração: todos os organismos realizam o processo de respiração, 
que irá devolver CO2 para o ambiente. Os consumidores também podem 
liberar parte do carbono adquirido com a nutrição através de suas 
excreções ou resíduos digestórios.
Pág. 34
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Mas a maioria do carbono está acumulada sob a forma de matéria 
orgânica, fazendo parte da estrutura de cada ser vivo. Como este carbono 
poderá retornar para ambiente? Bom, através da ajuda dos decompositores 
que atuam sobre os detritos orgânicos, degradando esta matéria viva após 
a morte dos organismos, fazendo a quebra dos tecidos e a reintegração, 
ao ambiente, de seus componentes básicos, sendo um deles, o carbono. 
Vamos analisar a figura 1.6 para entendermos melhor este ciclo.
Condensação
H2O
Precipitação
H2O
fotossíntese
fotossíntese
Evaporação 
H2O
H2O recebido pelas plantas
e os animais
Respiração
O2O2
O2
O2
CO2
CO2
CO2
CO2
CO2
CO2
Figura 1.6 - Ciclo do Carbono
Fonte: Adaptado degrupoescolar
Pág. 35
Sustentabilidade
1 .2 .3 .3 - C I C LO D O Ox I G ê N I O
O oxigênio molecular, O2, é indispensável para a respiração aeróbica, 
realizada pela maioria dos organismos e é o segundo componente mais 
abundante da atmosfera, estando presente em cerca de 21%.
O ciclo do oxigênio se encontra intimamente ligado com o ciclo 
do carbono, uma vez que o fluxo de ambos está associado aos mesmo 
fenômenos: fotossíntese e respiração. Porém, no ciclo do oxigênio, o 
processo de fotossíntese libera para a atmosfera o oxigênio, enquanto a 
respiração e a combustão consomem o oxigênio.
Pág. 36
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Este oxigênio atmosférico pode ser consumido de várias maneiras:
1 - Pela respiração dos organismos;
2 - Pela combustão;
3 - Pela degradação, principalmente, pelos raios ultravioletas, 
formando o ozônio (O3);
4 - Pela combinação com metais do solo, principalmente o ferro, 
formando óxidos metálicos. Vamos analisar este ciclo, na figura 1.7.
Figura 1.7 - Ciclo do Oxigênio
Fonte: Estudo Prático
Pág. 37
Sustentabilidade
1 .2 .3 .4 - C I C LO D O N I T r O G ê N I O
O nitrogênio se mostra como um dos elementos de caráter 
fundamental na composição dos sistemas vivos. Ele está envolvido com 
a coordenação e controle das atividades metabólicas. Entretanto, apesar 
de 78% da atmosfera ser constituída de nitrogênio, a grande maioria dos 
organismos é incapaz de utilizá-lo, pois este se encontra na forma gasosa 
(N2) que é muito estável possuindo pouca tendência a reagir com outros 
elementos.
Os consumidores conseguem o nitrogênio de forma direta ou indireta 
através dos produtores. Eles aproveitam o nitrogênio que se encontra 
na forma de aminoácidos. Produtores introduzem nitrogênio na cadeia 
alimentar, através do aproveitamento de formas inorgânicas encontradas 
no meio, principalmente nitratos (NO
3
) e amônia (NH
3+
). 
Vamos observar a figura 1.8 para estudarmos este ciclo:
Figura 1.8 - Ciclo do Nitrogênio
Fonte: Pinterest
Pág. 38
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O ciclo do nitrogênio pode ser dividido em algumas etapas:
Fixação: consiste na transformação do nitrogênio gasoso em 
substâncias aproveitáveis pelos seres vivos (amônia e nitrato). Os 
organismos responsáveis pela fixação são as bactérias, elas retiram 
o nitrogênio do ar fazendo com que este reaja com o hidrogênio para 
formar amônia. 
Amonificação: parte da amônia presente no solo é originada pelo 
processo de fixação. A outra é proveniente do processo de decomposição 
das proteínas e outros resíduos nitrogenados contidos na matéria orgânica 
morta e nas excretas. Decomposição ou amonificação é realizada por 
bactérias e fungos.
Nitrificação: é o nome dado ao processo de conversão da amônia 
em nitratos.
Desnitrificação: As bactérias desnitrificantes (como, por exemplo, 
a Pseudomonas denitrificans), são capazes de converter os nitratos em 
nitrogênios molecular, que volta à atmosfera fechando o ciclo. 
Pág. 39
Sustentabilidade
PARE E PENSE NISSOPARE E PENSE NISSO
Podemos ilustrar alguns exemplos simples de cadeias alimentares: 
• No mar: algas (fitoplâncton - produtor), zooplâncton (herbívoro - 
consumidor primário), peixes pequenos (carnívoro - consumidor 
secundário), peixes maiores (carnívoro - consumidor terciário) e aves 
(carnívoro - consumidor quaternário). 
• Na terra: capim (produtor), gafanhoto (consumidor primário), pássaros 
(secundário) e raposa (terciário).
Perceba que a cadeia sempre vai se iniciar com um autótrofo (produtor), que 
irá produzir toda a energia a ser repassada para os demais níveis seguintes, 
mas sempre com uma quantidade menor a cada nível, pois os organismos se 
utilizam desta matéria para sobreviver, repassando apenas uma fração menor 
do que absorveram. 
Todas as cadeias também envolvem decompositores, pois irão degradar 
qualquer matéria orgânica, como os próprios indivíduos após sua morte.
Pág. 40
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1 .3 - POLUIÇãO AMBIENTAL
O termo poluição foi citado a primeira vez no final da década de 70 
e é o nome dado a qualquer tipo de degradação do ambiente, é causada 
direta ou indiretamente pela ação do homem. E, como conceito, a poluição 
ambiental pode ser definida como: “Toda ação ou omissão do homem 
que, pela descarga de material ou energia atuando sobre as águas, o solo, 
o ar, causa um desequilíbrio nocivo, seja ele curto, seja de longo prazo, 
sobre o meio ambiente”.
A poluição ambiental é causada pelo excesso de liberação de 
poluentes, matérias ou energia. Ainda que, em grande parte, estejamos 
a mencionar fatores comuns, tais como gases, óleos, lixo, agrotóxicos, 
imagens e ruídos, entre outros, o seu acúmulo resulta na degradação 
do meio ambiente e, até, do patrimônio cultural. Porém, existem alguns 
exemplos de poluição que ocorre de forma natural. Um exemplo é o 
enxofre liberado pela atividade vulcânica, que prejudica o crescimento 
das plantas.
Além disso, é considerada um grave problema ambiental, uma vez 
que resulta na perda da qualidade de vida, podendo acarretar problemas 
patológicos, destruição ambiental e alterações climáticas, por exemplo, e 
por essa razão pode ser enquadrado como crime, foi instituído pela Lei 
nº 6.938/81 o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), o qual 
se ocupa da Política Nacional do Meio Ambiente, regulada pelo Decreto 
99.274/90.
Pág. 41
Sustentabilidade
Tipos de poluição
Há diversos tipos de poluição, como a sonora, visual, hídrica, do 
solo, atmosférica, dentre outras. Vamos estudar cada uma delas agora! 
Vamos lá?
Pág. 42
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1 .3 . 1 - PO L U I Ç ãO D O A r
A poluição do ar ou poluição atmosférica é o resultado do lançamento 
na atmosfera de grandes quantidades de gases ou de partículas líquidas ou 
sólidas, dentre as quais temos as poeiras industriais, aerossóis, fumaças 
negras, solventes, ácidos, hidrocarbonetos, capazes de provocar impacto 
ambiental e problemas na saúde humana.
Dentre os principais poluentes que causam o desequilíbrio no ar 
atmosférico temos: 
• Monóxido de carbono: produto resultante da queima incompleta 
dos combustíveis. 
• Dióxido de enxofre e óxidos de azoto: produtos da combustão do 
enxofre presente nos combustíveis fósseis. 
• Dióxido de carbono: produto resultante da queima de qualquer 
matéria orgânica. É encontrado naturalmente na atmosfera, mas 
quando lançado em grande quantidade, provoca desequilíbrios, 
entre eles, o efeito estufa.
• Chumbo: produto usado na gasolina para aumentar sua 
octanagem. No Brasil, o chumbo foi substituído pelo álcool etílico 
anidro, como aditivo à gasolina com essa mesma finalidade. 
Vamos analisar a figura 1.9, que nos traz mais exemplos de poluentes 
e suas consequências.Pág. 43
Sustentabilidade
Figura 1.9 - Quadro com os principais agentes poluidores do ar e suas consequências
Fonte: cienciamais5.blogspot.
Poluente Visão Pulmão Cerebral Cardíacos Outros 
efeitos
CO
[monóxido 
de carbono]
Asfixiante
[impede 
o sangue 
de receber 
oxigênio]
Tonturas, 
sonolência, 
dores de 
cabeça
Danifica 
o coração 
e agrava 
doenças 
cardíacas
Em doses 
elevadas, 
pode conduzir 
à morte
SO2
[dióxido de 
enxofre]
Irritação das 
mucosas dos 
olhos
Irritação, 
asma, 
efísemas, 
bronquites. 
Em crianças, 
asma e tosse 
convulsa
Diminui a 
resistência 
ásinfecções
Metais 
pesados
[Pb, Hg, Cd, 
As, Ni]
Efeitos no 
sistema 
neurológico 
de crianças
Provocam o 
cancro
PM
[matéria 
particuada]
Redução da 
visibilidade. 
Irritação das 
mucosas dos 
olhos
Bronquites 
crónicas, 
crises 
respiratórias, 
irritação 
das vias 
respiratórias
Crises 
cardíacas
NO2
[dióxido de 
azoto]
Redução da 
visibilidade
Lesões nos 
brônquios 
e alvéolos 
pulmonares
Aumento da 
reactividade 
a alergéticoas 
naturais
O3
[ozono]
Irritante
Congestão 
nasal, asma, 
danos nos 
pulmões, 
tosse
Dores de 
cabeça
Dores no 
peito
BTX
[benzeno, 
tolueno e 
xíleno]
Alguns são 
carcinogénicos 
e mutagénicos
Pág. 44
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Principais consequências
Os processos industriais e de geração de energia, os veículos 
automotores e as queimadas são, dentre as atividades antrópicas, as 
maiores causas da introdução de substâncias poluentes na atmosfera, 
muitas delas tóxicas à saúde humana e responsáveis por danos à flora e 
aos materiais.
A poluição atmosférica traz prejuízos não somente à saúde e à 
qualidade de vida das pessoas, mas também acarreta maiores gastos do 
Estado, decorrentes do aumento do número de atendimentos e internações 
hospitalares, além do uso de medicamentos, custos esses que poderiam 
ser evitados com a melhoria da qualidade do ar dos centros urbanos. As 
populações mais vulneráveis são as crianças, os idosos e as pessoas que já 
apresentam doenças respiratórias. A poluição do ar também pode afetar 
ainda a qualidade dos materiais (corrosão), do solo e das águas (chuvas 
ácidas), além de afetar a visibilidade.
Pág. 45
Sustentabilidade
1 .3 .2 - PO L U I Ç ãO DA ÁG UA
Quando falamos de água, pensamos em um líquido incolor, inodoro 
(sem cheiro), insípida (sem sabor) e insossa (sem sal), sendo essencial 
para a sobrevivência humana. O que chamamos de água potável tem 
por conceito “toda água própria para o consumo”, além disso, deve ter 
certa quantidade de sais minerais dissolvido, importantes para a saúde e 
deve estar livre de materiais tóxicos e microrganismos, como bactérias, 
protozoários, etc.
Pág. 46
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A água cobre 70% da superfície da terra. Apesar da abundância, a 
água limpa está cada vez mais cara e rara. A água doce apropriada para 
o consumo humano, corresponde a apenas 2,5% do total. Menos de 0,5% 
está em depósitos acessíveis ao homem. O consumo de água per capita 
multiplicou-se por mais de dez vezes no último século, porém ainda 
existem milhões de pessoas sem acesso à água potável. Podemos ver, na 
figura 1.10, alguns exemplos da utilização de água pelo ser humano.
Cerveja 1L Arroz 1kg Leite 1kg Queijo 1kg Batata 1kg Banana 1kgManteiga 
1kg
Carne de 
boi 1kg
Carne de 
frango 1kg
Figura 1.10 - Quantidade de água necessária para se produzir itens do cotidiano
Fonte: vivoverde
As principais fontes de poluição da água são as atividades agrícolas, 
domésticas e industriais, o esgoto doméstico e industrial e a construção 
na costa. A atividade agrícola é potencialmente poluidora porque o uso de 
pesticidas e fertilizante químicos infiltra no solo e atingem o lençol freático.
Pág. 47
Sustentabilidade
Principais consequências
O lançamento de substâncias físicas e químicas na água é 
potencialmente prejudicial para a vida aquática, animais e plantas. 
Quanto mais poluída, menor a reserva de água para consumo e para a 
produção de alimentos de animais e seres humanos.
A contaminação da água pelos resíduos de aterros sanitários mal 
instalados ou lixões a céu aberto ocorre pela proximidade de rios ou pela 
infiltração no lençol freático do chamado chorume. 
Lançados nos rios e no mar, os restos da indústria de transformação 
também provocam a morte da vida dos rios e do mar para onde são 
canalizados dejetos como óleo, celulose, tintas, plástico e químicos variados.
A exploração petrolífera em águas subterrâneas ocorre, principalmente, 
pelo vazamento do petróleo no mar e geram desastres ecológicos. Além 
do vazamento na fase de exploração, a contaminação pode ocorrer no 
transporte ou pelo mau estado dos equipamentos de captação.
Pág. 48
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1 .3 .3 - PO L U I Ç ãO D O S O LO
A poluição do solo pode ser entendida como toda e qualquer mudança 
em sua natureza (do solo), causada pelo contato com produtos químicos, 
resíduos sólidos e resíduos líquidos, os quais causam sua deterioração 
ao ponto de tornar a terra inútil ou até gerar um risco à saúde.
Apesar de acharmos que não, o solo é repleto de vida, especialmente 
sua camada inicial (15 centímetros), onde encontramos os fungos, 
bactérias, protozoários e vermes decompositores, responsáveis pelo 
equilíbrio entre os diversos níveis tróficos. 
De modo mais geral, podemos afirmar que solventes, detergentes, 
lâmpadas fluorescentes, componentes eletrônicos, tintas, gasolina, diesel 
e óleos automotivos, bem como fluídos hidráulicos, hidrocarbonetos e o 
chumbo são os principais agentes poluidores do solo.
Sabemos, ainda, que o condicionamento inadequado do lixo 
doméstico, esgoto e resíduos sólidos industriais degradam a superfície, 
além de produzirem gases tóxicos e chuva ácida (a qual também se 
infiltra no solo).
Nas áreas rurais, por sua vez, os principais vilões são a utilização 
indiscriminada de defensivos agrícolas, bem como a adubação incorreta 
ou excessiva.
Pág. 49
Sustentabilidade
Principais consequências
O solo leva vários séculos ou até milhões de anos para se formar 
sob a ação dos agentes naturais (intemperismo), enquanto que a sua 
destruição poderá ocorrer em apenas um ou em poucos anos, devido às 
atividades humanas. A crescente modificação do solo por ação antrópica 
traz consequência muitas vezes irreparável.
Vou citar alguns exemplos:
• Com a adição de fertilizantes e inseticidas na prática agrícola, 
temos a alteração das cadeias alimentares;
• Com a utilização de técnica arcaicas de ocupação e manejo do solo, 
acarretando a erosão do mesmo, inviabilizando sua utilização, 
além de contribuir para o assoreamento de rios, córregos e lagos, 
próximos daquela região;
• Em todos os aspectos ambientais, desde a contaminação de níveis 
freáticos até a bioacumulação de produtos tóxicos pela cadeia 
alimentar chegando ao homem.
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1 .3 .4 - PO L U I Ç ãO S O N O r A
Poluição sonora é o excesso de ruídos que afeta a saúde física e 
mental da população. É o alto nível de decibéis provocado pelo barulho 
constante proveniente de atividades que perturbam o silêncio ambiental. 
É considerada crime ambiental, podendo resultar em multa e reclusão 
de 1 a 4 anos.
A poluição sonora e a visual são tipos de poluição que muitas vezes 
passam desapercebidas por fazerem parte do dia a dia dos moradores 
das grandes cidades. Entretanto, causam danos ao ambiente e à saúde 
humana, afetando seriamente a qualidade de vida.
O nível do barulho admitido nos grandes centros urbanos pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS), pode atingir até 50 decibéis, porém 
o que é verificado normalmente chega a 90 e 100 decibéis. Portanto, 
qualquer som que ultrapasse os 50 decibéis já pode ser considerado 
nocivo à saúde.
Pág. 51
Sustentabilidade
POLUIÇÃO SONORA
De acordo com a OMS, até 55 decibéis é um nível aceitável de ruído
níveis de ruídos em decibéis
Podemos observar na figura1.11 alguns exemplos de sons e a 
quantidade de decibéis emitidos:
Figura 1.11 - Os níveis em decibéis de barulhos cotidianos, segundo a OMS.
Fonte: hypeverde
Além disso, o uso frequente de aparelhos de reprodução sonora 
individual como os fones de ouvido, MP3, celulares e tablets, provoca 
graves problemas e até a perda da audição, principalmente em crianças e 
adolescentes.
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Principais consequências
Diversas situações causam desconforto acústico. Como exemplo 
das consequências destes desconfortos, temos: estresse; irritabilidade; 
redução na capacidade de comunicação e aprendizado; insônia; perda 
gradativa da audição; exaustão física; hipertensão; perturbações cardíacas 
e circulatórias; envelhecimento precoce e distúrbios gástricos.
Mas não são somente os humanos que sofrem com a poluição 
sonora, os animais são até mais prejudicados, pois muitos dependem 
do som para sua sobrevivência, podendo desequilibrar facilmente um 
ecossistema. Segundo dados da OMS, a poluição sonora é considerada 
uma das que mais afeta o meio ambiente, perdendo apenas para a 
poluição do ar e da água. 
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Sustentabilidade
1 .3 .5 - PO L U I Ç ãO v I S UA L
A poluição visual é um tipo de poluição moderna, encontrado 
nos grandes centros urbanos, uma vez que designa o excesso de 
informações contidas em placas, postes, outdoors, banners, cartazes, 
táxis, carros e outros veículos de anúncios, além da degradação 
urbana fruto das pichações, excesso de fios de eletricidade e acúmulo 
de resíduos (figura 1.12).
Figura 1.12 - Exemplo de Poluição Visual: Times Square, Nova York, Estados Unidos
Fonte: todamateria
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Nesse sentido, basta pensar numa metrópole cheia de anúncios, 
pichações, em que o cidadão comum, passa de um ser ativo com liberdade 
de expressão, para um expectador massacrado e alienado pelas marcas e 
o consumo.
Por fim, a poluição visual vai contra a harmonia estética do ambiente 
urbano, sendo um tema muito discutido na atualidade, afinal todos 
queremos uma cidade bonita e limpa, locais agradáveis para habitar e 
que promovam o bem-estar da população.
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Sustentabilidade
Principais consequências
Muitas empresas, com o intuito de gerarem lucro, acreditam no papel 
da divulgação de seu produto, e a partir da falta de leis que priorizem a 
qualidade vida do ser humano nas grandes cidades, essa poluição visual 
tem aumentado consideravelmente, que junto à poluição luminosa 
(excesso de luz artificial) e à poluição sonora (excesso de barulho), podem 
gerar muitos problemas de saúde na população, sobretudo mental, fato 
que tem sido alertado pelos psicólogos.
Além de ser gerado pelas empresas, o próprio cidadão pode contribuir 
com o aumento da poluição visual ao degradar o ambiente (deterioração 
do patrimônio, pichações, etc.) e as áreas verdes, as quais são substituídas 
algum tipo de poluição visual.
A despeito dos problemas de saúde como stress, transtornos 
psicológicos, cansaço visual, estão os problemas sanitários (ocasionado 
pelo excesso de lixos e resíduos), o aumento dos acidentes automobilísticos, 
uma vez que esse excesso de informações e sinalizações, podem distrair 
os motoristas. Por conseguinte, problemas de mobilidade urbana surgem, 
posto que a locomoção dos pedestres pode ser afetada pelo excesso de 
placas, postes, outdoors, dentre outros.
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1 .3 .6 - Pr I N C I PA I S C O N S E Q U ê N C I AS A M B I E N TA I S DA P O L U I Ç ãO
Todos os tipos de poluição certamente são prejudiciais ao meio 
ambiente, seja a poluição do ar, das águas, do solo, a poluição sonora, entre 
tantos outros tipos. Todos esses tipos mencionados trazem consequências, 
que variam e que podem causar catástrofes no planeta Terra.
O derretimento de geleiras, o aquecimento da camada de ozônio e 
os possíveis tsunamis, terremotos, furacões, englobam os determinantes 
que afetam tanto a Terra, em todos os sentidos e cada vez mais com 
maior intensidade, isto tudo de acordo com as expectativas analisadas 
em pesquisas realizadas recentemente por instituições, a nível mundial 
de qualidade.
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Sustentabilidade
APRENDA UM POUCO MAISAPRENDA UM POUCO MAIS
Para que você entenda um pouco mais sobre a poluição, separei o vídeo 
“Poluição Ambiental” que trará mais exemplos para você. Clique no link 
indicado a seguir e assista ao vídeo! O conteúdo é simples e claro, tenho 
certeza que facilitará sua compreensão! Não se esqueça de fazer suas 
anotações sobre o que aprendeu.
Fonte: youtubeBR – Biologia Total com Professor Jubilut
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PARE E PENSE NISSOPARE E PENSE NISSO
A humanidade sempre procurou inventar e aperfeiçoar instrumentos e 
atividades para melhorar sua condição de vida. Ousando constantemente, a 
tecnologia, durante todo o processo histórico do homem “civilizado”, foi seu 
principal objetivo. Todavia, deu as costas para aquilo que já nasceu perfeito e 
do qual depende: o meio ambiente.
Ou seja, empenhamo-nos por uma vida fantástica, mas esquecemos da 
fantástica vida da natureza. Qualquer atividade depende dos recursos 
naturais, que são finitos. Não existe agropecuária sem solo, a indústria 
não produz sem energia, bem como o comércio, os serviços e as demais 
atividades dependem da água. Estamos cuidando do nosso ambiente para 
promover justiça e qualidade para as presentes e futuras gerações? Estão aí os 
inúmeros desastres ambientais, o aumento da lista de espécies em extinção, a 
concentração e o crescimento da população nas grandes cidades.
A água e a poluição causam doenças que matam de 5 a 6 milhões de pessoas 
todo ano, 90 mil quilômetros quadrados de florestas foram derrubados 
anualmente na década de 90, remanescendo apenas um terço do total das 
matas nativas na Terra.
Por outro lado, muitos avanços têm sido alcançados. Há empresas que não 
poluem, desencadeando um processo que todos os materiais e substâncias 
gerados e utilizados sejam reintegrados ao ciclo de produção. 
Se continuarmos agredindo a natureza, estaremos desencadeando e 
acelerando um processo de autodestruição. Correremos sérios riscos de 
catástrofes apocalípticas, causadas pela poluição e outras formas de agressões 
ao meio ambiente, que são determinantes para o esgotamento de todas as 
fontes de energia e outros importantes recursos naturais. E, aí será praticamente 
impossível a manutenção de vidas em nosso planeta. Vamos deixar chegar a tal 
ponto? A tarefa é de todos nós.
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Sustentabilidade
1 .4 - NOrMAS E DEF IN IÇÕES LEGAIS QUE rEGEM AS 
QUESTÕES AMBIENTAIS BrASILE IrAS
Até a Constituição de 1988, o meio ambiente não havia sido motivo 
de preocupação particular no Brasil. As primeiras legislações ambientais 
surgiram durante o período da ditadura militar, como forma de mitigar 
os danos causados aos recursos naturais pela política desenvolvimentista 
do período, com suas aberturas de estradas, estímulo à imigração e à 
criação de gado na Amazônia, instalação de indústrias poluentes, 
construção de barragens e exploração de minérios, entre outras. Foi só 
após participar da primeira grande conferência sobre o meio ambiente, 
realizada em Estocolmo em 1972, que o Brasil criou a SEMA (Secretaria de 
Meio Ambiente) para lidar com a questão ambiental. Aos poucos foram 
surgindo movimentos e organizações, instituições de pesquisa voltadas à 
proteção do meio ambiente.
A legislação ambiental brasileira é uma das mais completas do 
mundo. Apesar de não serem cumpridas da maneira adequada, essas leis 
nos ajudam a garantir a preservação do patrimônio ambiental do País. A 
partir de agora, vamos estudar as principais leis ambientais brasileiras. 
Vamos lá?
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Lei n° 6.938 de 17 de janeiro de 1981
Vamos começar pela lei mais importante no quesito ambiental: 
A Política Nacional do Meio Ambienteé uma lei que define os 
mecanismos e instrumentos de proteção do meio ambiente no Brasil. Tal 
legislação é anterior à Constituição de 1988, apesar de ter sido prevista 
nos incisos VI e VII do artigo 23 e no artigo 225 da Carta, em que, neste 
último, se coloca que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de 
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defende-lo e 
preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. O texto que dispõe acerca 
da Política Nacional do Meio Ambiente é a Lei nº 6.938, de 31 de agosto 
de 1981. Ao todo, são 21 artigos, modificados por diversas leis desde a sua 
criação.
A finalidade da Política Nacional do Meio Ambiente, prevista no 
artigo segundo, é a preservação, melhoria e recuperação da qualidade 
ambiental. Para isso, a lei considera o meio ambiente como um patrimônio 
público a ser assegurado e protegido para o uso coletivo. Ela aponta 
também o princípio de racionalização do uso do solo, o planejamento e 
fiscalização do uso dos recursos ambientais, a proteção dos ecossistemas 
e o controle e zoneamento das atividades poluidoras. Além disso, são 
previstos incentivos à pesquisa e ao estudo para a proteção dos recursos 
ambientais, o acompanhamento da qualidade ambiental, a recuperação 
de áreas degradadas, a proteção de áreas ameaçadas de degradação e a 
educação ambiental.
Pág. 61
Sustentabilidade
O texto define ainda, no artigo terceiro, o conceito de meio ambiente 
como “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem 
física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as 
suas formas”. Entende-se degradação ambiental como “alteração adversa 
das características do meio ambiente” e poluição como degradação da 
qualidade ambiental resultante de atividades que prejudiquem a saúde 
da população, afetem desfavoravelmente a biota e lancem matérias fora 
dos padrões ambientais estabelecidos. No inciso V do mesmo artigo 
apresenta-se o conceito de recursos ambientais, entendendo-o como “a 
atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, 
o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e 
a flora”.
Entre os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente estão: 
compatibilizar o desenvolvimento econômico e social com a preservação 
do meio ambiente, definir áreas prioritárias de ação governamental 
e estabelecer critérios e padrões de qualidade ambiental e de manejo 
dos recursos ambientais. Outros pontos que o texto atenta são o 
desenvolvimento de pesquisas e tecnologias para o uso racional dos 
recursos ambientais, a divulgação de dados e informações a respeito do 
meio ambiente, além de impor a recuperação e/ou indenização dos danos 
causados aos recursos ambientais por agentes poluidores ou predadores.
Os principais instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, 
elencados no artigo nono, são: o estabelecimento de padrões de qualidade 
ambiental, o zoneamento ambiental, a criação de áreas de proteção 
ambiental, a avaliação dos impactos ambientais, o licenciamento e a 
revisão de atividades poluidoras, a concessão dos recursos ambientais 
com fins econômicos, o incentivo ao desenvolvimento tecnológico e as 
penalidades pelo não cumprimento das medidas de preservação ambiental.
A Política Nacional do Meio Ambiente prevê também que a 
responsabilidade pela proteção e melhoria da qualidade ambiental é da 
União, dos estados e dos municípios, que constituem o Sistema Nacional 
do Meio Ambiente. Além dos órgãos regionais, também são responsáveis 
pelas políticas ambientais brasileiras o Conselho Nacional do Meio 
Ambiente (CONAMA), o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) e o 
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
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Lei n° 9.605 de 12 de fevereiro de 1998
O meio ambiente é um bem fundamental à existência humana e, como 
tal, deve ser assegurado e protegido para uso de todos. Este princípio é 
expresso no texto da Constituição Federal, em seu artigo 225. Este artigo 
dispõe sobre o reconhecimento do direito a um meio ambiente sadio como 
uma extensão do direito à vida, seja pelo aspecto da própria existência 
física e saúde dos seres humanos, seja quanto à dignidade desta existência, 
medica pela qualidade de vida. Este reconhecimento impõe ao Poder 
Público e à coletividade a responsabilidade pela proteção ambiental.
A Lei de Crimes Ambientais reordena a legislação ambiental 
brasileira no que se refere às infrações e punições. A pessoa jurídica, 
autora ou coautora da infração ambiental, pode ser penalizada, chegando 
à liquidação da empresa, se ela tiver sido criada ou usada para facilitar 
ou ocultar um crime ambiental. Crime é uma violação ao direito. Assim, 
será um crime ambiental todo e qualquer dano ou prejuízo causado aos 
elementos que compõem o ambiente: flora, fauna, recursos naturais e o 
patrimônio cultural. Por violar o direito protegido, todo crime é passível 
de sanção (penalização). A punição pode ser extinta caso se comprove a 
recuperação do dano ambiental. As multas variam de R$ 50,00 a R$ 50 
milhões de reais.
De acordo com esta lei, os crimes ambientais são classificados em 
cinco tipos. Vamos ver quais são eles!
Crimes contra a fauna: descrito nos artigos 29 a 37. São as agressões 
cometidas contra animais silvestres, nativos ou em rota migratória, 
como a caça, pesca, transporte e a comercialização sem autorização; os 
maus-tratos; a realização experiências dolorosas ou cruéis com animais 
quando existe outro meio, independente do fim. Também estão incluídas 
as agressões aos habitats naturais dos animais, como a modificação, 
danificação ou destruição de seu ninho, abrigo ou criadouro natural. 
A introdução de espécimes animal estrangeiras no país sem a devida 
autorização também é considerado crime ambiental, assim como a morte 
de espécimes devido à poluição.
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Crimes contra a flora: descrito nos artigos 38 a 53. Causar destruição 
ou dano a vegetação de Áreas de Preservação Permanente, em qualquer 
estágio, ou a Unidades de Conservação; provocar incêndio em mata ou 
floresta ou fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam 
provocá-lo em qualquer área; extração, corte, aquisição, venda, exposição 
para fins comerciais de madeira, lenha, carvão e outros produtos de 
origem vegetal sem a devida autorização ou em desacordo com esta; 
extrair de florestas de domínio público ou de preservação permanente 
pedra, areia, cal ou qualquer espécie de mineral; impedir ou dificultar a 
regeneração natural de qualquer forma de vegetação; destruir, danificar, 
lesar ou maltratar plantas de ornamentação de logradouros públicos ou 
em propriedade privada alheia; comercializar ou utilizar motosserras sem 
a devida autorização.
Poluição e outros crimes ambientais: descrito nos artigos 54 a 
61. Todas as atividades humanas produzem poluentes (lixo, resíduos e 
afins), no entanto, apenas será considerado crime ambiental passível 
de penalização a poluição acima dos limites estabelecidos por lei. Além 
desta, também é criminosa a poluição que provoque ou possa provocar 
danos à saúde humana, mortandade de animais e destruição significativa 
da flora. Assim como, aquela que torne locais impróprios para uso ou 
ocupação humana, a poluição hídrica que torne necessária a interrupção 
do abastecimento público e a não adoção de medidas preventivas em 
caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.
São considerados crimes ambientais a pesquisa, lavra ou extração 
de recursos minerais sem autorização ou em desacordo com a obtida 
e a não-recuperação da área explorada; a produção, processamento, 
embalagem, importação, exportação, comercialização, fornecimento, 
transporte, armazenamento, guarda, abandono ou uso de substâncias 
tóxicas, perigosas ou nocivas à saúdehumana ou em desacordo com 
as leis; a operação de empreendimentos de potencial poluidor sem 
licença ambiental ou em desacordo com esta; também se encaixam 
nesta categoria de crime ambiental a disseminação de doenças, pragas 
ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, 
à flora e aos ecossistemas.
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Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural: 
descrito nos artigos 62 a 65. Ambiente é um conceito amplo, que não se 
limita aos elementos naturais (solo, ar, água, flora, fauna). Na verdade, 
o meio ambiente é a interação destes, com elementos artificiais (aqueles 
formados pelo espaço urbano construído e alterado pelo homem) e 
culturais que, juntos, propiciam um desenvolvimento equilibrado da 
vida. Desta forma, a violação da ordem urbana e/ou da cultura também 
configura um crime ambiental.
Crimes contra a administração ambiental: descrito nos artigos 66 
a 69. São as condutas que dificultam ou impedem que o Poder Público 
exerça a sua função fiscalizadora e protetora do meio ambiente, seja ela 
praticada por particulares ou por funcionários do próprio Poder Público. 
Comete crime ambiental o funcionário público que faz afirmação falsa 
ou enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou dados técnico-
científicos em procedimentos de autorização ou de licenciamento 
ambiental; ou aquele que concede licença, autorização ou permissão em 
desacordo com as normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços 
cuja realização depende de ato autorizativo do Poder Público. Também 
comete crime ambiental a pessoa que deixar de cumprir obrigação de 
relevante interesse ambiental, quando tem o dever legal ou contratual de 
fazê-la, ou que dificulta a ação fiscalizadora sobre o meio ambiente.
Qualquer pessoa, ao tomar conhecimento de alguma infração 
ambiental, poderá apresentar representação às autoridades integrantes do 
Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA). A autoridade ambiental 
não tem escolha: uma vez ciente, deverá promover imediatamente a 
apuração da infração ambiental sob pena de corresponsabilidade.
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Sustentabilidade
Lei n° 7.735 de 22 de fevereiro de 1989
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis (IBAMA), órgão federal foi criado a partir desta 
Lei. O IBAMA é uma autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente 
(MMA). Seus objetivos são a preservação, a melhoria e a recuperação da 
qualidade ambiental, além de assegurar o desenvolvimento econômico, 
com o uso sustentável dos recursos naturais.
O IBAMA é resultado da fusão de 4 entidades que, até então, atuavam 
separadamente na área ambiental, e que tiveram suas atribuições fundidas 
no novo órgão: Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), Superintendência 
da Borracha (SUDHEVEA), Superintendência da Pesca (SUDEPE) e 
Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF).
Ele tem a responsabilidade pela execução da Política Nacional do Meio 
Ambiente, que veremos em seguida, além da atribuição, ao nível federal, 
de conceder ou não licenciamento ambiental de empreendimentos, ao 
controle da qualidade ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais 
(água, flora, fauna, solo, etc.), e também pela fiscalização, monitoramento 
e controle ambiental.
Lei n° 9.433 de 08 de janeiro de 1997
Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema 
Nacional de Recursos Hídricos. Define a água como recurso natural 
limitado, dotado de valor econômico, que pode ter usos múltiplos 
(consumo humano, produção de energia, transporte, lançamento 
de esgotos). A lei prevê também a criação do Sistema Nacional 
de Informação sobre Recursos Hídricos para a coleta, tratamento, 
armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos 
e fatores intervenientes em sua gestão.
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Lei n° 6.902 de 27 de abril de 1981
Esta Lei, intitulada de Lei da Área de Proteção ambiental, criou as 
“Estações Ecológicas “, áreas representativas de ecossistemas brasileiros, 
destinadas à realização de pesquisas básicas e aplicadas de Ecologia, 
à proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento da educação 
conservacionista, sendo que 90 % delas devem permanecer intocadas 
e 10 % podem sofrer alterações para fins científicos. Foram criadas 
também as “Áreas de Proteção Ambiental ” ou APAS, áreas que podem 
conter propriedades privadas e onde o poder público limita as atividades 
econômicas para fins de proteção ambiental.
Lei n° 5.197 de 03 de janeiro de 1967
A Lei da Fauna Silvestre classifica como crime o uso, perseguição, 
apanha de animais silvestres, caça profissional, comércio de espécies 
da fauna silvestre e produtos derivados de sua caça, além de proibir a 
introdução de espécie exótica (importada) e a caça amadorística sem 
autorização do Ibama. Criminaliza também a exportação de peles e couros 
de anfíbios e répteis em bruto. 
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Sustentabilidade
Lei n° 4.771 de 15 de setembro de 1965
Esta é a Lei das Florestas, que determina a proteção de florestas nativas 
e define como áreas de preservação permanente (onde a conservação 
da vegetação é obrigatória) uma faixa de 30 a 500 metros nas margens 
dos rios, de lagos e de reservatórios, além de topos de morro, encostas 
com declividade superior a 45 graus e locais acima de 1.800 metros de 
altitude. Também exige que propriedades rurais da região Sudeste do país 
preservem 20 % da cobertura arbórea, devendo tal reserva ser averbada 
em cartório de registro de imóveis.
Lei n° 7.661 de 16 de março de 1988
A Lei do Gerenciamento Costeiro define as diretrizes para criar o 
Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, ou seja, define o que é zona 
costeira como espaço geográfico da interação do ar, do mar e da terra, 
incluindo os recursos naturais e abrangendo uma faixa marítima e outra 
terrestre. Permite aos estados e municípios costeiros instituírem seus 
próprios planos de gerenciamento costeiro, desde que prevaleçam as 
normas mais restritivas. Este gerenciamento costeiro deve obedecer às 
normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
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Lei n° 7.805 de 18 de julho de 1989
A mineração, como se observa, é uma atividade que traz inúmeros 
impactos negativos ao meio ambiente: desmatamento, poluição e 
assoreamento de cursos d’agua, poluição sonora, etc. Por isso, a atividade 
deve passar por intenso controle regulatório por parte do Estado e da 
sociedade, em suas diversas etapas. 
Lembramos que “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas 
e biológicas do meio ambiente, afetando a biota, as condições estéticas 
e a qualidade dos recursos ambientais” deve ser considerada impacto 
ambiental de acordo com a Resolução 1/86 CONAMA. A atividade de 
mineração é regulada pela Constituição Federal de 1988, pelo Código de 
Mineração e Leis específicas, além de atos normativos do Departamento 
Nacional de Produção Mineral – (DNPM), Ministério de Minas e Energia 
(MME) e Ministério do Meio Ambiente (CONAMA). 
A Lei da Exploração Mineral estabelece regras que estão voltadas à 
indústria de produção mineral. O Código conceitua as jazidas e as minas, 
estabelece os requisitos e as condições para a obtenção de autorizações, 
concessões, licenças e permissões, explicita os direitos e deveres dos 
portadores de títulos minerários, determina os casos de anulação, 
caducidade dos direitos minerários e regula outros aspectos da indústria 
mineral. Dispõe, ainda, sobre a competência da agência específica do 
Ministério de Minas e Energia, o Departamento Nacional de Produção 
Mineral – DNPM, na administração dos recursos minerais e na fiscalização 
da atividade mineral no País.
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Sustentabilidade
Lei n° 7.802 de 10 de julho de 1989
Esta lei, chamada de Lei dos Agrotóxicos, dispõe sobre a pesquisa, a 
experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o 
armazenamento, a comercialização, a propagandacomercial, a utilização, 
a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, 
o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de 
agrotóxicos, seus componentes e afins. 
Em outras palavras, essa lei regulamenta desde a pesquisa e fabricação 
dos agrotóxicos até sua comercialização, aplicação, controle, fiscalização 
e também o destino da embalagem.
Há algumas exigências impostas, vou listar algumas:
• Obrigatoriedade do receituário agronômico para venda de 
agrotóxicos ao consumidor.
• Registro de produtos nos Ministérios da Agricultura e da Saúde.
• Registro no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis – IBAMA.
• O descumprimento desta lei pode acarretar multas e reclusão.
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Lei n° 6.453 de 17 de outubro de 1977
Esta é a Lei das Atividades Nucleares que dispõe sobre a 
responsabilidade civil por danos nucleares e a responsabilidade criminal 
por atos relacionados com as atividades nucleares. Determina que se 
houver um acidente nuclear, a instituição autorizada a operar a instalação 
tem a responsabilidade civil pelo dano, independentemente da existência 
de culpa. Em caso de acidente nuclear não relacionado a qualquer 
operador, os danos serão assumidos pela União. Esta lei classifica como 
crime produzir, processar, fornecer, usar, importar ou exportar material 
sem autorização legal, extrair e comercializar ilegalmente minério nuclear, 
transmitir informações sigilosas neste setor, ou deixar de seguir normas 
de segurança relativas à instalação nuclear.
APRENDA UM POUCO MAISAPRENDA UM POUCO MAIS
Para a proteção do bem de uso comum e garantia de uma vida saudável, o 
direito ambiental utilizou-se de uma série de princípios, expressos tanto na 
Constituição brasileira quanto na Política Nacional de Meio Ambiente. Clique 
no link abaixo e assista ao vídeo! O conteúdo é simples e claro, tenho certeza 
que facilitará sua compreensão! Não se esqueça de fazer suas anotações sobre 
o que aprendeu.
Fonte: youtubeBR – Prof. 
Rosenval Júnior
Fonte: youtubeBR – Prof. 
Rosenval Júnior
 
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Sustentabilidade
rE F E r ê N C I AS
BAIRD, C; trad. RECIO, M. A. L; CARRERA, L. C. M. Química Ambiental. 2. ed. 
Bookman, Porto Alegre, 2002.
BARROS, J. N. Especialização em Mineração e Meio Ambiente: legislação 
ambiental aplicada à mineração. Cruz das Almas, BA: UFRB, 2017.
BEGON, M; TOWNSEND, C. R; HARPER, J. L. Ecologia: De indivíduos a 
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BORDALO, R. Manual Completo de Direito Ambiental. Indaiatuba, SP. Editora 
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BRILHANTE, O. M; CALDAS, L. Q. A. Gestão e avaliação de risco em saúde 
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BRAGA, A. L. F. Poluição atmosférica e atendimentos. Ver Ista Saúde Pública 
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RICKLEFS, E. R. A Economia da Natureza. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
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