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INSTITUIÇÕES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL Milena Barbosa de Melo U N I D A D E 1 Teoria geral dos direitos e garantias constitucionais Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir os direitos fundamentais e apontar a importância da sua constitucionalização. Descrever como os direitos e garantias vêm dispostos na Constituição Federal. Apresentar um breve levantamento histórico dos direitos fundamentais. Introdução Os direitos fundamentais são reconhecidamente um conjunto de regras essenciais à condição do indivíduo, no sentido de gerar proteção no con- texto de uma sociedade autônoma. Assim, você deverá ter em mente que os direitos fundamentais devem ser estudados a partir de uma categoria jurídica instituída com a finalidade de proteger a dignidade humana em todas as dimensões. Neste capítulo, você vai compreender os direitos fundamentais de uma maneira ampla, nomeadamente: seu contexto histórico, sua finali- dade e sua previsão legal. A partir da apresentação do conteúdo, você vai desenvolver seu senso crítico acerca do surgimento dos direitos fun- damentais, bem como da importância deles. C01_Instituicoes_do_processo_administrativo.indd 1 02/04/2018 15:51:02 Direitos fundamentais e a importância da sua constitucionalização Os direitos fundamentais podem ser compreendidos como um conjunto de regras capazes de proteger o indivíduo, em todas as perspectivas. Ou seja, um direito fundamental é qualquer regra que venha a ser garantia essencial para a integridade física e emocional do ser humano inserido no contexto de uma sociedade autônoma. Por isso, reconhecer os direitos fundamentais como elementos garantidores das necessidades básicas do indivíduo é de substancial importância. Esses direitos, portanto, podem incluir desde questões que estão relacionadas com o meio ambiente, moradia, alimentação e segurança até situações básicas de segurança pública e, ainda, acerca do ordenamento urbanístico. Os direitos fundamentais podem ser conceituados como a categoria jurídica instituída com a finalidade de proteger a dignidade humana em todas as dimen- sões. Por isso, tal qual o ser humano, esses direitos têm natureza polifacética, buscando resguardar o homem na sua liberdade (direitos individuais), nas suas necessidades (direitos sociais, econômicos e culturais) e na sua preservação (di- reitos relacionados à fraternidade e à solidariedade) (FERREIRA FILHO, 2005). Há quem assemelhe os direitos fundamentais aos direitos humanos. Con- tudo, apesar da estreita ligação que se observa entre os elementos traçados no âmbito dos direitos fundamentais e dos direitos humanos, você deve notar que o primeiro nada mais é do que o formato normativo do segundo. Ou seja, quando ocorre a identificação das regras naturais do indivíduo e, consequen- temente, a aceitação por parte do sistema governamental, as regras de direitos humanos são transformadas em direitos fundamentais. Dessa maneira, você pode nomear esse processo de constitucionalização das regras essenciais à condição do indivíduo. Assim, a partir do momento da incorporação das regras de direitos essen- ciais à existência do indivíduo, é possível identificar a garantia da existência dos direitos fundamentais. É uma questão meramente de formalização, pois a partir do reconhecimento do Estado, ao inserir as normas em seu corpo constitucional, haverá a responsabilidade do cumprimento dessas regras frente à sociedade. É importante você saber ainda que a responsabilização poderá ocorrer tanto no âmbito internacional como também no âmbito nacional, por meio dos sistemas jurídicos competentes para a realização do feito. Veja: Teoria geral dos direitos e garantias constitucionais2 C01_Instituicoes_do_processo_administrativo.indd 2 02/04/2018 15:51:02 Os direitos fundamentais, como resultado da personalização e positivação constitucional de determinados valores básicos (daí seu conteúdo axiológi- co), integram, ao lado dos princípios estruturais e organizacionais (a assim denominada parte orgânica ou organizatória da Constituição), a substância propriamente dita, o núcleo substancial, formado pelas decisões fundamen- tais, da ordem normativa, revelando que mesmo num Estado constitucional democrático se tornam necessárias (necessidade que se fez sentir da forma mais contundente no período que sucedeu à Segunda Grande Guerra) certas vinculações de cunho material para fazer frente aos espectros da ditadura e do totalitarismo (SARLET, 2005) A positivação dos direitos fundamentais, considerados naturais e ina- lienáveis do indivíduo pela Constituição como norma fundamental cons- titucional, é que vincula o direito. Sem o reconhecimento constitucional, esses direitos seriam meramente aspirações ou ideais, seriam apenas “[...] direitos do homem na qualidade de normas de ação moralmente justificadas” (CANOTILHO, 2010). Nesse sentido, Souto Maior (2009) faz uma observação sobre o direito social, que tem por base a visualização do outro, buscando pelo espírito de solidariedade a elevação da condição humana, integrando o homem, sem distinções, ao todo social. Para o autor, o direito social está mais afeito aos dilemas postos pela efetivação dos denominados direitos fundamentais (vida, saúde, trabalho, lazer, intimidade, privacidade, liberdade de expressão, de crença religiosa, etc.) do que o direito liberal, voltado para a individualidade egoísta, desvinculada de qualquer interesse social. Assim, você pode notar que o Estado de Direito tem por escopo principal executar um projeto político, no sentido de conceder garantias à população contra possíveis atos abusivos do governo, em virtude de uma estrutura de subordinação preexistente. Por isso, as atividades praticadas pelo governo de um país deverão ter como pressuposto atingir a plena satisfação do Estado de Direito e, consequente- mente, garantir o respeito aos direitos fundamentais dos indivíduos que estão previstos no texto constitucional. Por isso, levando-se em consideração que é possível haver violação dos direitos fundamentais por parte dos sujeitos do direito público e privado, indica-se a aplicação de medidas jurídicas capazes de garantir o interesse privado dos indivíduos. 3Teoria geral dos direitos e garantias constitucionais C01_Instituicoes_do_processo_administrativo.indd 3 02/04/2018 15:51:02 Segundo Gouveia (2001, documento on-line): Um dois pilares fundamentais da revolução constitucionalista foi a atribuição às pessoas de direitos fundamentais, numa lógica com- pletamente inovadora para a época: (i) direitos fundamentais de fundamento jusracionalista, que o Estado deveria apenas declarar e não criar, os quais se apresentavam, por seu lado, como o produto da natureza humana descoberta pela “razão raciocinante”; (ii) direitos fundamentais de feição negativa, na medida em que correspondiam a posições de distanciamento, de autonomia, de separação e de li- berdade das pessoas contra o poder público; (iii) direitos funda- mentais de força constitucional, pois que os mesmos deveriam ser consagrados ao nível dos textos constitucionais formais, com isso se proscrevendo a fonte costumeira e alçando-se os mesmos ao nível supremo da ordem jurídica estadual; (iv) direitos fundamentais de cunho individual, uma vez que cada indivíduo, segundo a doutrina do liberalismo político então reinante, representaria uma necessidade de proteção perante o poder. Os direitos e garantias fundamentais na Constituição No decorrer do sistema normativo constitucional em âmbito nacional, você pode identifi car a existência de direitos e garantias fundamentais de duas formas: a implícita e a explícita. A diferença entre as duas formas de exposição está apenas na maneira como elas se encontram dispostas. Assim, a modali- dade explícita ocorre quando se observa o texto legal expressamente no texto constitucional. Já a modalidadeimplícita é aquele sistema que defi ne regras constitucionais que decorrem de princípios estabelecidos dentro do panorama do sistema normativo constitucional. Nesse sentido, você poderá absorver expressamente os direitos e garantias fundamentais a partir do preâmbulo da Constituição, disposto da seguinte forma (BRASIL, 1988): Teoria geral dos direitos e garantias constitucionais4 C01_Instituicoes_do_processo_administrativo.indd 4 02/04/2018 15:51:02 Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem- -estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e na ordem internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil. Posteriormente, a Constituição da República Federativa do Brasil (BRASIL, 1988), dos artigos 5º ao 17, observa os critérios reais de qualificação dos direitos e garantias fundamentais. Você vai perceber que os direitos fundamentais expressos na Constituição Federal se destinam a proteger essencialmente os interesses do ser humano, nas diversas dimensões, ou seja: direitos individuais e coletivos, direitos sociais, direitos de nacionalidade, direitos políticos e direitos relacionados à existência. Em relação à disposição implícita dos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal (BRASIL, 1988), tem-se que são elementos jurídicos para serem observados não de maneira fechada (a partir das espe- cificações de cláusulas), mas de maneira aberta, ou seja, por meio de análise flexível e a partir de uma estrutura fundamentada em princípios. A exemplificação dos direitos fundamentais acentua o caráter dialógico entre a Constituição e a realidade social. Se as normas constitucionais estão em constante interação com a realidade, para se adequarem às transformações produzidas, os direitos não podem ser taxativamente numerados, sob pena de sofrerem envelhecimento normativo e perderem eficácia (AGRA, 2002). O artigo 5º § 2º da Constituição Federal preceitua que “os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte”. Portanto, os direitos e garantias fundamentais dispostos implicitamente na Constituição Federal (BRASIL, 1988) observam um panorama mais amplo e contextualizado com os fatos sociais que ocorrem diariamente no sistema social. 5Teoria geral dos direitos e garantias constitucionais C01_Instituicoes_do_processo_administrativo.indd 5 02/04/2018 15:51:02 Em relação ao tratamento implícito de alguns direitos e garantias fundamentais, Ferreira Filho (2007) observa que no direito brasileiro — talvez o primeiro a reproduzir a ideia — a previsão de direitos implícitos aparece na Constituição de 1891 (art. 78) e tem sido repetida pelas constituições posteriores, como a de 1988, que o faz no art. 5º, § 2º. O texto de 1891 encarou tais direitos como “[...] resultantes da forma de governo que ela [a Constituição] estabelece e dos princípios que consigna” (FERREIRA FILHO, 2007). Disso não se afasta, na sua primeira parte, o preceito vigente, que os encara como “[...] decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados” (acrescentando, todavia, “[...] ou dos tratados internacionais de que a República Federativa do Brasil seja parte”) (FERREIRA FILHO, 2007). Os direitos e garantias fundamentais como direitos não absolutos É importante você observar que, apesar da essencialidade dos direitos e ga- rantias fundamentais, não existe no cenário jurídico nacional nenhum direito fundamental reconhecidamente absoluto. Ou seja, mesmo que haja o conhe- cimento de que os direitos fundamentais são essenciais para a integridade do indivíduo, não há a possibilidade de reconhecê-los como plenos e absolutos. Afi nal, no ato do equacionamento dos interesses da população, o direito fundamental em voga poderá ser relativizado. Nenhum direito fundamental é absoluto. Com efeito, direito absoluto é uma contradição em termos. Mesmo sendo básicos, os direitos fundamentais não são absolutos, na medida em que podem ser relativizados. Primeiramente, porque podem entrar em conflito entre si — e, nesse caso, não se pode estabelecer a priori qual direito vai “ganhar” o conflito, pois essa questão só pode ser analisada tendo em vista o caso concreto. E, em segundo lugar, nenhum direito fundamental pode ser usado para a prática de atos ilícitos. Então, repita-se, nenhum direito fundamental é absoluto (CAVALCANTE FILHO, 2013). Teoria geral dos direitos e garantias constitucionais6 C01_Instituicoes_do_processo_administrativo.indd 6 02/04/2018 15:51:02 Leia a seguir uma jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (BRASIL, 2000): Não há, no sistema constitucional brasileiro, direitos ou garantias que se revistam de caráter absoluto, mesmo porque razões de relevante interesse público ou exigências derivadas do princípio de convivência das liberdades legitimam, ainda que excepcionalmente, a adoção, por parte dos órgãos estatais, de medidas restritivas das prerrogativas in- dividuais ou coletivas, desde que respeitados os termos estabelecidos pela própria Constituição. O estatuto constitucional das liberdades públicas, ao delinear o regime jurídico a que estas estão sujeitas — e considerado o substrato ético que as informa — permite que sobre elas incidam limitações de ordem jurídica, destinadas, de um lado, a proteger a integridade do interesse social e, de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa das liberdades, pois nenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento da ordem pública ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros. A evolução histórica dos direitos e garantias fundamentais Em âmbito geral, é possível observar que as constituições tiveram como origem a Magna Carta Inglesa de 1215. Isso não no sentido de ser possível identifi car uma natureza eminentemente constitucional nesse documento, mas tão somente no sentido de ele ter o objetivo precípuo de proteger os privilégios dos barões e, ainda, dos homens livres. Entretanto, é importante você notar que a Magna Carta Inglesa tornou-se um fundamento para os juristas, que passaram a utilizar os fundamentos da ordem jurídica democrática da Inglaterra. Posteriormente, surge a Declaração de Direitos do Bom Povo da Virgínia, que é considerada a primeira declaração de direitos fundamentais em sentido moderno. É importante você observar que essa declaração tinha como objetivo essencial a estruturação de um governo democrático, contudo com a limitação de poderes. 7Teoria geral dos direitos e garantias constitucionais C01_Instituicoes_do_processo_administrativo.indd 7 02/04/2018 15:51:03 Na mesma linha da Declaração da Virgínia, no ano de 1791 foi editada a Declaração Norte-Americana, também conhecida como Bill of Rights. Essa declaração proclamou ao mundo a defesa da vida, da liberdade, da propriedade, da legalidade, da liberdade de imprensa e da liberdade religiosa. Nela ficaram firmados os fundamentos do regime democrático: o reconhecimento de direitos inatos de toda pessoa humana, a igualdade perante a lei, a liberdade e a ideia de que todo poder surge da vontade popular (MELO, 2006). A seguir, como fruto da Revolução Francesa e da influência da declaração de independência dos Estados Unidos, foi editada a Declaração dos Direitos do Ho- mem e do Cidadão, que renova os princípios de liberdade, igualdade e legalidade. Somente no pós-Segunda Guerra Mundial foi possível evidenciar a univer- salização dos direitos humanos a partir da Declaração Universaldos Direitos do Homem, especificando a obrigação jurídica de respeito aos direitos fun- damentais do indivíduo. Essa declaração contém 30 artigos que reconhecem a dignidade da pessoa humana com base na liberdade, na justiça, na paz, no ideal democrático, no direito de resistência à opressão e, finalmente, na concepção comum desses direitos. No contexto dessas normas constitucionais, você pode identificar facil- mente a essência das constituições democráticas: os direitos fundamentais. Tais direitos vêm a ser, segundo os ensinamentos de José Afonso da Silva (2000), algo indispensável à realização e à sobrevivência do homem. Assim, tornam-se parte do conceito os direitos sociais, os direitos coletivos e os direitos políticos, sem os quais a pessoa humana não se realiza, não convive e, às vezes, nem mesmo sobrevive. Na mesma linha, Paulo Bonavides (2000) acredita que os direitos funda- mentais são os do homem, que as constituições positivaram, recebendo nível mais elevado de garantias ou segurança. Cada Estado, pois, tem seus direitos fundamentais específicos. Além disso, os direitos fundamentais estão vincu- lados aos valores de liberdade e dignidade humanas, levando, assim, ao “[...] significado de universalidade inerente a esses direitos como ideal da pessoa humana” (BONAVIDES, 2000). Teoria geral dos direitos e garantias constitucionais8 C01_Instituicoes_do_processo_administrativo.indd 8 02/04/2018 15:51:03 A publicidade comercial é direito constitucionalmente previsto. Ela possibilita que as empresas divulguem os produtos e serviços que oferecem. Contudo, existe uma limitação à liberdade de expressão das empresas quando a publicidade é considerada ofensiva ao consumidor, no sentido de induzir ao erro. A lei que limita a publicidade do tabaco e da bebida alcoólica exemplifica com bastante maestria a limitação da liberdade de expressão das empresas comerciais em favor do direito à saúde do consumidor. 1. Assinale a alternativa correta no que diz respeito aos direitos e garantias fundamentais do indivíduo. a) Nem todas as pessoas são titulares de direitos fundamentais, em virtude da sua condição política. b) Nem todas as pessoas são titulares de direitos fundamentais, em virtude da sua condição econômica. c) Todas as pessoas são titulares de direitos fundamentais, em virtude da sua condição política. d) Todas as pessoas são titulares de direitos fundamentais, independentemente da sua condição política ou econômica. e) Nenhuma das alternativas está correta. 2. Em relação à função precípua dos direitos fundamentais, assinale a alternativa correta. a) Os direitos fundamentais podem ser conceituados como a categoria jurídica instituída com a finalidade de proteger a dignidade humana em todas as dimensões. b) Os direitos fundamentais não podem ser conceituados como a categoria jurídica instituída com a finalidade de proteger a dignidade humana em todas as dimensões. c) Os direitos fundamentais podem ser conceituados como a categoria jurídica instituída com a finalidade de proteger a dignidade humana na dimensão da segurança pública. d) Os direitos fundamentais podem ser conceituados como a categoria jurídica instituída com a finalidade de proteger a dignidade humana na dimensão da educação. e) Nenhuma das alternativas está correta. 3. Assinale a alternativa correta. a) Os direitos e garantias expressos na Constituição excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, 9Teoria geral dos direitos e garantias constitucionais C01_Instituicoes_do_processo_administrativo.indd 9 02/04/2018 15:51:03 ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. b) Os direitos e garantias expressos na Constituição excluem, na maioria das vezes, outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. c) Os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. d) Os direitos e garantias expressos na Constituição excluem apenas os decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados. e) Nenhuma das alternativas está correta. 4. Assinale a alternativa correta. a) A Declaração Universal de Direitos Humanos estabelece a universalização dos direitos humanos. b) A Declaração Universal de Direitos Humanos não estabelece a universalização dos direitos humanos. c) A Declaração Universal de Direitos Humanos estabelece a relativização dos direitos humanos. d) Não existiu nenhuma preocupação do sistema jurídico internacional no que diz respeito à universalização dos direitos humanos. e) Nenhuma das alternativas está correta. 5. Assinale a alternativa correta. a) No decorrer do sistema normativo constitucional, você pode identificar a existência dos direitos e garantias fundamentais de duas formas: a implícita e a explícita. b) No decorrer do sistema normativo constitucional, você não consegue identificar a existência dos direitos e garantias fundamentais de duas formas: a implícita e a explícita. c) No decorrer do sistema normativo constitucional, você só consegue identificar a existência dos direitos e garantias fundamentais de forma implícita. d) No decorrer do sistema normativo constitucional, você só consegue identificar a existência dos direitos e garantias fundamentais de forma explicita. e) Nenhuma das alternativas está correta. Teoria geral dos direitos e garantias constitucionais10 C01_Instituicoes_do_processo_administrativo.indd 10 02/04/2018 15:51:03 AGRA, W. M. Manual de direito constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. BONAVIDES, P. Curso de direito constitucional. 9. ed. São Paulo: Malheiros, 2000. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 29 mar. 2018. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. RMS 23.452/RJ. Relator: Ministro Celso de Mello. DJ, 12 maio 2000. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/visu- alizarEmenta.asp?s1=000020700&base=baseAcordaos>. Acesso em: 24 mar. 2018. CANOTILHO, J. J. G. Direito constitucional e teoria da constituição. Coimbra: Almedina, 2010. CAVALCANTE FILHO, J. T. Direito constitucional objetivo: teoria e questões. São Paulo: Alumnus, 2013. FERREIRA FILHO, M. G. Direitos humanos fundamentais. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 30. FERREIRA FILHO, M. G. Os direitos fundamentais implícitos e seu reflexo no sistema constitucional brasileiro. Revista Jurídica, Brasília, DF, v. 8, n. 82, p. 1-8, dez./jan. 2007. GOUVEIA, J. B. A afirmação dos direitos fundamentais no estado constitucional contem- porâneo. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, 2001. Disponível em: <http://www. fd.unl.pt/Anexos/Conteudos/eads_es01.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2018. MELO, M. B. Liberdade de expressão e informação nas publicidades comerciais. Coimbra, 2006. SARLET, I. W. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais na constituição federal de 1988. 5. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2005. SILVA, J. A. Curso de direito constitucional positivo. 17. ed. São Paulo: Malheiros, 2000. SOUTO MAIOR, J. L. O direito social transcende os direitos humanos. In: LEITE, G. S.; SARLET, I. W. Direitos fundamentais e estado constitucional: estudos em homenagem a J. J. Gomes Canotilho. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009. Leituras recomendadas ARAUJO, L. A. D.; NUNES JÚNIOR, V. S. Curso de direito constitucional. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. LENZA, P. Direito constitucional esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 11Teoria geral dos direitos e garantias constitucionais C01_Instituicoes_do_processo_administrativo.indd 11 02/04/201815:51:03 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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