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Maria Vitória Carvalho – Tutoria – P2 UC4 A3 metabolismo de carboidratos TERMOS DESCONHECIDOS ESTEATOSE HEPÁTICA • Esteatose é uma degeneração caracterizada pelo acúmulo anormal e reversível de lipídeos no citoplasma de células parenquimatosas, hepatócitos, fibras do miocárdio, onde normalmente lipídeos não seriam evidenciados histologicamente, formando vacúolos em consequência de desequilíbrios na síntese, utilização ou mobilização. • A Esteatose hepática, popularmente conhecida como "Gordura no Fígado", é um problema de saúde que acontece quando as células do fígado são infiltradas por células de gordura. • É normal haver presença de gordura no fígado, no entanto quando este índice chega a 5% ou mais o quadro deve ser tratado o mais brevemente possível. Nesses casos, o fígado não só aumenta de tamanho, como também adquire um aspecto amarelado. • Pessoas com obesidade, sedentárias e que fazem consumo de álcool, regular ou não, têm mais tendências para desenvolvimento da Esteatose Hepática. Mulheres também têm um risco maior de desenvolver excesso de gordura no fígado, tendo em vista que o hormônio estrógeno, produzido naturalmente pelo corpo feminino, propicia o acúmulo dessa gordura. Em crianças nos primeiros anos de vida, a esteatose hepática é causada principalmente por doenças metabólicas NPH • Insulina Humana Recombinante NPH também conhecida como protamina neutra de Hagedorn é um agente que combate o diabetes, diminuindo o nível de glicose no sangue, após a injeção. CITOCROMO P450 • As enzimas do citocromo (CYP) P450 são uma superfamília da proteína envolvida na síntese e no metabolismo das drogas, toxinas e componentes celulares normais. TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA • A terapia renal da substituição (RRT) é um termo usado para referir as modalidades do tratamento que são usadas para substituir as funções de filtração do desperdício de um rim normal. A insuficiência aguda do rim (AKI) causa a deterioração progressiva no regulamento do balanço da ácido-base do corpo, assim como o balanço do eletrólito e o fluido. Em tal ajuste, RRT é essencial ajudar ao corpo a sobreviver a insanidades metabólicas de seguimento. É utilizado em situações nas quais os rins não conseguem manter sua homeostase, como, choque séptico, falha hepática, insuficiência aguda do rim e etc. A hemodiálise é um procedimento que filtra o sangue. Através da hemodiálise são retiradas do sangue substâncias que quando em excesso trazem prejuízos ao organismo, como a ureia, potássio sódio e água. objetivos MECANISMO DE AÇÃO DOS MEDICAMENTOS METFORMINA XR • Tem uma substância ativa que reduz a glicose no sangue, reduzindo a produção da glicose no fígado através da inibição da gliconeogênese e glicogenólise, no músculo, através do aumento da sensibilidade à insulina, melhorando a captação e utilização da glicose periférica • Metformina não estimula a secreção de insulina GLIBENCLAMIDA Maria Vitória Carvalho – Tutoria – P2 UC4 A3 • Diminui a glicose pelos mesmos mecanismos de outras sulfoniluréias, tanto por estimulação da secreção de insulina, como pelo aumento da resposta à insulina pelos tecidos. O efeito extrapancreático predominante parece ser a redução na produção de glicose hepática TIPOS DE DIABETES DIABETES MELLITUS TIPO 1 • Predisposição: HLA + exposição à antígenos (ex: bactérias); Estimula a produção de anticorpos como o Anti Ilhota (ICA), Anti Insulina (IAA); • Incapaz de produzir insulina suficiente para o controle da glicemia. Então, ao se alimentar ocorre uma hiperglicemia e como as células não conseguem captar a glicose, os músculos e o tecido adiposo utilizam os ácidos graxos armazenados nos triacilgliceróis (triglicerídeos) (principal combustível). Como consequência, os pacientes diabéticos ficam magro demais e fracos muscularmente, favorecendo outras patologias e traumas. • Devido a essa degradação de glicerol, forma- se o Acetil-Coa, que no fígado é convertido em corpos cetônicos, que são o acetoacetato, a acetona (essa é exalada em diabéticos descompensados) e o beta- hidroxibutirato (combustíveis alternativo). • Tratamento: reposição de fluidos e eletrólitos, seguindo-se de administração de doses baixas de insulina. ASSOCIAÇÃO COM O METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS • O metabolismo de glicose em mamíferos é limitado pela taxa de captação da glicose pelas células e sua fosforilação pela hexocinase. A captação da glicose do sangue é mediada pela família GLUT de transportadores de glicose. Portanto, em músculo esquelético, coração e tecido adiposo, a captação e o metabolismo da glicose dependem da liberação normal de insulina pelas células b pancreáticas em resposta à quantidade elevada de glicose no sangue. • Os indivíduos com diabetes mellitus tipo 1 (também chamado de diabetes dependente de insulina) têm pouquíssimas células b (destruição autoimune) e são incapazes de liberar insulina suficiente para desencadear a captação de glicose pelas células do músculo esquelético, do coração ou do tecido adiposo. Assim, após uma refeição contendo carboidratos, a glicose se acumula a níveis anormalmente altos no sangue, condição conhecida como hiperglicemia. Incapazes de captar glicose, o músculo e o tecido adiposo utilizam os ácidos graxos armazenados nos triacilgliceróis como seu principal combustível. No fígado, a acetil-CoA derivada da degradação desses ácidos graxos é convertida a “corpos cetônicos” – acetoacetato e b-hidroxibutirato – que são exportados e levados a outros tecidos para serem utilizados como combustível – cetoacidose. • Em pacientes com diabetes tipo 1 não tratados, a superprodução de acetoacetato e b-hidroxibutirato leva a seu acúmulo no sangue, e a consequente redução do pH sanguíneo leva à cetoacidose, uma condição potencialmente letal. A administração de insulina reverte esta sequência de eventos: GLUT4 se desloca para a membrana plasmática dos hepatócitos e adipócitos, a glicose é captada e fosforilada por essas células, e o nível de glicose no sangue decresce, reduzindo potencialmente a produção de corpos cetônicos. O diabetes mellitus tem efeitos profundos no metabolismo de carboidratos e lipídeos. • A falha da gliconeogênese é geralmente fatal. A hipoglicemia provoca disfunção cerebral, podendo levar ao coma e à morte. A glicose também é importante na manutenção de concentrações adequadas de intermediários do ciclo do ácido cítrico, inclusive quando ácidos graxos são a principal fonte de acetil- CoA nos tecidos. Além disso, a gliconeogênese remove o lactato produzido pelo músculo e Maria Vitória Carvalho – Tutoria – P2 UC4 A3 pelas hemácias, bem como o glicerol formado pelo tecido adiposo. DIABETES MELLITUS TIPO 2 • Resistência a insulina; • Insulina – pode estar em excesso - realiza a ligação com a célula, mas não faz a fosforilação da tirosina e sim da serina que não é capaz de ativar o GLUT-4; • Fisiopatologia: Também pode haver a diminuição das células-B (Muito descompensado); Aumento da secreção de glucagon; Aumento da lipólise; Aumento da produção de glicose hepática; Diminuição do efeito da incretina- avisos aos pâncreas; Aumento da reabsorção de glicose; Disfunção de neurotransmissores; • Tratamento: utilização de insulina (último dos casos), controle alimentar de carboidratos, lipídeos e proteínas, MEV (atividade física, reeducação alimentar), controle da glicemia, entre outros. ASSOCIAR OS EXAMES SOLICITADOS COM A DIABETES HEMOGLOBINA GLICADA • Refere-se a um conjunto de substâncias formadas a partir de reações entre a hemoglobina A (HbA) e alguns açúcares. O processo de “glicação” de proteínas envolve uma ligação não enzimática e permanente com açúcares redutores como a glicose, ao contrário do processo de “glicosilação”, que envolve uma ligação enzimática e instável. • Atualmente, a manutenção do nível de A1Cabaixo de 7% é considerada como uma das principais metas no controle do diabetes. Os dois estudos supramencionados indicaram que as complicações crônicas começam a se desenvolver quando os níveis de A1C estão situados permanentemente acima de 7%. Algumas sociedades médicas adotam, inclusive, metas terapêuticas mais rígidas de 6,5% para os valores de A1C. GLICEMIA CAPILAR • Verifica os níveis de açúcar no sangue em determinado momento do dia e para isso deve ser utilizado um aparelho de glicemia que realiza a análise de uma pequena gota de sangue que é retirada da ponta do dedo. A dosagem da glicemia capilar é mais indicada para pessoas que possuem hipoglicemia, pré- diabetes e diabetes, sendo nesse caso recomendado que a dosagem seja feita antes e após as refeições para que se possa fazer um controle dos níveis de glicose e, assim, possam ser feitos ajustes na dieta ou mudança na dose do medicamento caso haja necessidade. TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE • A pessoa faz jejum de 12 horas, depois bebe uma dose-teste de 100 g de glicose dissolvida em um copo de água. A concentração sanguínea da glicose é medida antes do teste e por várias horas em intervalos de 30 minutos. Uma pessoa saudável assimila a glicose rapidamente, e o aumento no sangue não é maior do que 9 a 10 mM; muito pouca ou nenhuma glicose aparece na urina. No diabetes, a pessoa assimila muito pouco da dose-teste de glicose; o nível do açúcar no sangue aumenta drasticamente e retorna muito lentamente ao nível do jejum. Uma vez que os níveis sanguíneos de glicose excedem o limiar do rim (cerca de 10 mM), ela aparece também na urina. DOSAGEM DA GLICEMIA EM JEJUM / PÓS- PRANDIAL Maria Vitória Carvalho – Tutoria – P2 UC4 A3 • Hemoglobina glicada (A1c), que reflete as contribuições relativas da glicemia de jejum e pós-prandial (GPP); • A glicemia de jejum é a mais utilizada na avaliação do controle glicêmico; reflete os valores mais baixos de glicemia do dia, sofre a menor variabilidade e é considerada método pouco sensível para avaliação do perfil da glicose plasmática durante o dia; - Valores recomendados pela Associação Americana de Diabetes (ADA): • Glicemia em jejum: 70 a 99 mg/dL. • Glicemia pós-prandial até 2 horas após alimentação: 70 a 140 mg/dL • A glicemia 2 horas pós-sobrecarga e a GPP medem os picos atingidos em resposta ao teste com 75 g de glicose oral (TOTG) ou à refeição e têm sido consideradas equivalentes no que diz respeito ao seu significado fisiopatológico. Ambas tendem a aumentar com a idade, de tal modo que este comportamento pode ter implicações diagnósticas em indivíduos com faixa etária mais avançada. IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NO CONTROLE DA DIABETES • A elevação da insulina provoca aumento da síntese do glicogênio nos miócitos pela ativação da PP1 e inativação da GSK3. Ao contrário dos hepatócitos, os miócitos têm uma reserva de transportadores GLUT4 sequestrada em vesículas intracelulares. A insulina provoca seu deslocamento para a membrana plasmática onde eles permitem o aumento na captação de glicose. Consequentemente, os miócitos ajudam a baixar a glicose sanguínea em resposta à insulina, porque aumentam a taxa de captação de glicose, a síntese de glicogênio e a glicólise. Fornecendo ATP para suatentar a concentração. AO AUMENTAR A ATIVIDADE MUSCULAR E A LIBERAÇÃO DE INSULINA, COM A TIVIDADES FÍSICAS E ALIMENTAÇÃO, OS MIÓCITOS CONSEGUEM AUMENTAR A SÍNTESE DO GLICOGÊNIO, ABAIXANDO A GLICOSE NO SANGUE, AUMENTANDO A CAPTAÇÃO DA MESMA PARA A GLICÓLISE E GLICONEOGÊNESE VIAS METABÓLICAS DOS CARBOIDRATOS MECANISMO DO SORO GLICOSADO NO CONTROLE DO COMA ALCOÓLICO • Trata-se de uma intoxicação decorrente do excesso de consumo de bebida alcoólica. O organismo não suporta a quantidade ingerida, e é necessário o internamento imediato, para que aconteça a administração da glicose intravenosa. • O álcool pode ser um dos causadores da hipoglicemia por ser bastante energético. O nosso corpo não armazena essa energia e tampouco a utiliza para realizar suas funções metabólicas. • A cetoacidose alcoólica é uma complicação metabólica da utilização de álcool e do jejum, caracterizada por hipercetonemia e acidose metabólica, com intervalo de ânions positivo, sem hiperglicemia significativa. A cetoacidose alcoólica causa náuseas, vômitos e dor abdominal. O diagnóstico se faz por meio da Maria Vitória Carvalho – Tutoria – P2 UC4 A3 história e do achado de cetoacidose sem hiperglicemia. O tratamento consiste em infusão IV de solução fisiológica e glicose. • O álcool pode afetar os níveis de glicose no sangue, porque impede o fígado de regular o nível de glicose. O fígado desempenha um papel importante na regulação da glicose no sangue, libertando de forma constante glicose no sangue durante todo o dia. Normalmente, quando não come, o fígado ajuda a manter os seus níveis de glicose no sangue estáveis, fazendo glicose do glicogênio. MAS QUANDO BEBE, O SEU FÍGADO ESTÁ TÃO OCUPADO A LIDAR COM O ÁLCOOL, QUE DESLIGA A PRODUÇÃO DE GLICOSE. RELAÇÃO ENTRE PERDA DE CONCIÊNCIA E METABOLISMO DE CARBOIDRATOS • CETOACIDOSE DIABÉTICA: é uma complicação metabólica aguda do diabetes caracterizada por hiperglicemia, hipercetonemia e acidose metabólica. A hiperglicemia causa diurese osmótica com perda significativa de líquidos e eletrólitos. Ocorre principalmente no diabetes melito tipo 1. Causa náuseas, vômitos e dor abdominal e pode evoluir para edema cerebral, coma e morte. É diagnosticada pela detecção de cetonemia e acidose metabólica com intervalo de ânions positivo, na presença de hiperglicemia. O tratamento envolve expansão de volume, reposição de insulina e prevenção de hipopotassemia. • A deficiência de insulina faz com que o organismo metabolize triglicerídeos e aminoácidos em vez de glicose para produzir energia. As concentrações plasmáticas de glicerol e AGL se elevam em decorrência da lipólise não controlada, assim como a alanina do catabolismo muscular. Glicerol e alanina fornecem substrato para a gliconeogênese hepática, a qual é estimulada pelo excesso de glucagon que acompanha a insuficiência de insulina. O glucagon também estimula a conversão mitocondrial de AGL em cetonas. A insulina normalmente bloqueia a cetogênese pela inibição do transporte de derivados de AGL na matriz mitocondrial, mas a cetogênese prossegue na ausência de insulina. Os principais cetoácidos produzidos, os ácidos acetoacético e beta- hidroxibutírico, são ácidos orgânicos fortes que causam acidose metabólica. A acetona derivada do ácido acetoacético acumula-se no sangue e é eliminada lentamente pela respiração. DIFERENÇA DE GLICEMIA CAPILAR, HEMOGLOBINA GLICADA A1C E GLICEMIA EM JEJUM GLICEMIA EM JEJUM • Jejum de 8 a 12h. Mede a quantidade de glicose no sangue, prevendo hiperglicemia, normalidade ou hipoglicemia. • É um exame ótimo para auxiliar no diagnóstico da diabetes e monitorar os níveis de glicose em pessoa com a doença já diagnosticada. A avaliação da glicemia pode ser feita através, principalmente do plasma. Até 99 mg/dl: normal; de 100 a 126 mg/dl: pré-diabético; acima de 126 mg/dl: diabético. GLICEMIA CAPILAR • Coleta de sangue de capilares sanguíneos geralmente do dedo, através da perfuração cutânea por uma lanceta. Há aparelhos próprios para realizar essa medição. • Acompanhar a glicemia e avaliar a eficiência do plano alimentar, da medicação oral e principalmente da administração de insulina, podendo monitorar melhor o tratamento. Utilização do sangue total (10-15% mais baixa). HEMOGLOBINA GLICADA A1C • Não é necessário jejum. • Avalia a concentração de glicose no sangue dos últimos 3 meses, a partir do sangue total, uma vez que a hemácia tem uma meia-vida de 90 a 120 dias. Maria Vitória Carvalho – Tutoria – P2 UC4 A3 • Não é indicada para pacientes anêmicos pois o tempode meia vida de uma hemácia desses pacientes são curtos, e não vale a pena o exame pois avalia o período de no mínimo 3 meses, menos que isso é indicado outros exames. • Normalmente, deve estar entre 4,5 a 5,6%; - 4,0 a 5,6% → Resultado normal. Valor esperado para pessoas não diabéticas. - Entre 5,7 e 6,4% → Resultado anormal, que indica pré-diabetes, ou seja, elevado risco do paciente desenvolver diabetes a curto prazo. - Entre de 6,5 e 7,0% em pacientes sem diagnóstico de diabetes → Resultado anormal, que indica diabetes (ver diagnóstico do diabetes mais à frente para saber mais detalhes). - Entre de 6,5 e 7,0% em pacientes sabidamente diabéticos e em tratamento → resultado desejado, que indica controle adequado da glicemia. - Entre de 7,0% e 7,9% → Resultado anormal para adultos diabéticos, mas que pode ser tolerado em pacientes idosos ou crianças, pois esses fazem parte de um grupo que tem maior risco de desenvolver episódios de hipoglicemia com a medicação para o diabetes. - Acima de 8,0% → Resultado anormal, que indica diabetes mal controlado. • Existem diferentes tipos de hemoglobina que se diferenciam em razão das variações presentes nas globinas. Os tipos mais comuns são a hemoglobina A1 (Hb A1), A2 (Hb A2) e F (Hb F). O primeiro tipo é o mais comum, representando cerca de 97% de toda a hemoglobina encontrada no nosso corpo. A Hb A2, por sua vez, representa cerca de 2% da hemoglobina encontrada em adultos. Por fim, a HB F é aquela encontrada no feto e no recém-nascido, correspondendo, respectivamente, a 100% e 80% da hemoglobina presente nesses grupos. • O termo “hemoglobina glicosilada” tem sido erroneamente utilizado como sinônimo de hemoglobina glicada (HbA1c). O processo de “glicação” de proteínas envolve uma ligação não enzimática e permanente com açúcares redutores como a glicose, ao contrário do processo de “glicosilação”, que envolve uma ligação enzimática e instável. • A HbA é a forma principal e nativa da hemoglobina, e a HbA0 é o principal componente da HbA. Na prática, ela corresponde à chamada fração não glicada da HbA. Por outro lado, a HbA1 total corresponde a formas de HbA carregadas mais negativamente pela adição de glicose e outros carboidratos. • Existem vários subtipos de HbA1 cromatograficamente distintos, como HbA1a1, HbA1a2, HbA1b e HbA1c. Desses todos, a fração HbA1c, ou apenas A1c, é a que se refere à hemoglobina glicada propriamente dita, cujo terminal valina da cadeia beta está unido à glicose por meio de uma ligação estável e irreversível. HORMÔNIOS QUE PARTICIPAM DO METABOLISMO DA GLICOSE • 3 tipos: concentração de enzimas, alteração das enzimas e regulação hormonal. • Regulação Hormonal: a glicose é regulada pelo hormônio glucagon, adrenalina e insulina, além de variações na expressão gênica de várias enzimas glicolíticas. Essa regulação tem o objetivo de manter os níveis de ATP praticamente constantes e as quantidades de intermediários glicolíticos também Maria Vitória Carvalho – Tutoria – P2 UC4 A3 INSULINA • HIPOGLICEMIANTE SÍNTESE E SECREÇÃO • Ao entrar nas nossas células Beta por proteínas GLUT2 (não necessitam de insulina), a glicose segue à glicólise e ao Ciclo do Ácido Cítrico, formando ATP. Entretanto, os canais de vazamento para potássio da célula Beta são sensíveis a ATP, fazendo com que o potássio se acumule e o Cálcio entre. O cálcio, por sua vez, provoca a expulsão da insulina. Alguns medicamentos como os hipotensores, beta bloqueadores e alguns suplementos tireoidianos provocam problema na expulsão desse hormônio, gerando o que se chama de diabetes medicamentoso. • Estímulo: aumento de glicose, aminoácidos, na corrente sanguínea e hormônios gastrointestinais como a secretina. • A insulina estimula a síntese das hexocinases II e IV, PFK-1, piruvato-cinase e várias enzimas envolvidas na síntese de lipídeos. A insulina estimula a síntese de glicogênio no músculo e no fígado. ENTRADA DA GLICOSE NA CÉLULA 1. Liga-se a receptores específicos e de alta afinidade, localizados principalmente no fígado, músculos e tecido adiposo. 2. O seu receptor é glicosilado e clivado em uma cadeia Alfa e outra Beta. O domínio citosólico da subunidade Beta é a tirosina-cinase, a qual é ativada pela insulina. 3. Fosforilação da tirosina, a qual inicia uma cascata de respostas de sinalização celular, incluindo a fosforilação de uma família de proteínas denominada Proteínas Substratos do Receptor de Insulina (SRIs). 4. Ativação das vesículas citoplasmáticas da GLUT4, as quais colocam a glicose para dentro e depois se fundem para formar uma organela chamada endossomo. A sua manutenção é mediada pela família GLUT de transportadoras de glicose. Cada grupo de transportadores possui propriedades cinéticas únicas, caracterizando suas funções e sua distribuição por diferentes tecidos. • GLUT 1: glicose basal corporal. Alta afinidade com a glicose, presente difusamente em todos os tecidos fetais, vai perdendo-se ao longo da vida adulta e não muda seu comportamento com a insulina. Envolvido no transporte de glicose através da barreira hemato-encefálica. • GLUT 2: possui a maior cinética entre os GLUT, está presente nos hepatócitos, células β pancreáticas, mucosa intestinal e rins. Suas funções são reguladas pela insulina. • GLUT 3: transporte de glicose ao cérebro, mais do astrócito ao neurônio. Independentes de insulina. • GLUT4: possui a menor cinética da família dos GLUT, mas grande afinidade. insulina- dependente, mais abundante nas membranas celulares do músculo esquelético, cardíaco e tecido adiposo. Essas vesículas são totalmente móveis e qualquer defeito na rota de translocação das vesículas citoplasmáticas determina a resistência ao estímulo da insulina, tornando assim o indivíduo um diabético tipo II. Maria Vitória Carvalho – Tutoria – P2 UC4 A3 GLUCAGON • HIPERGLICEMIANTE • Estímulo: glicemia baixa sanguínea, aminoácidos (junto com a insulina mesmo para não ter hipoglicemia) e Adrenalina. • Mecanismo: 1. O glucagon liga-se a receptores específicos da membrana celular do hepatócito. Os receptores para glucagon são diferentes dos que ligam insulina ou adrenalina. 2. Receptores do glucagon – adenilato ciclase – aumento de AMPc – ativação da proteína- cinase – fosforilação de tudo e assim, expulsando a glicose. ADRENALINA • HIPERGLICEMIANTE • Ligada ao sistema simpático. • Ela é liberada na corrente sanguínea, oriunda das suprarrenais, que quebra o glicogênio (glicogenólise) e libera a glicose no sangue devido a algum estado de alerta, estresse, entro outros motivos. CORTISOL • HIPERGLICEMIANTE • Hormônio do Estresse. • Controlado pelo Hipotálamo, mas produzido no córtex da adrenal. Quando o seu nível aumenta, ele inibe o CRH e ACTH, sendo este último relacionado ao AMPc, o que fosforila toda a membrana e expulsa a glicose. DIFERENÇA ENTRE INSULINA REGULAR E NPH REGULAR • A insulina regular é uma insulina rápida e tem coloração transparente. Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre meia e uma hora, e seu efeito máximo se dá entre duas a três horas após a aplicação. NPH • A Insulina NPH é uma insulina intermediária e tem coloração leitosa. A sigla NPH que dizer Neutral Protamine Hagedorn, sendo Hagedorn o sobrenome de um dos seus criadores e Protamina o nome da substância que é adicionada à insulina para retardar seu tempo de ação. Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre duas e quatro horas, seu efeito máximo se dá entre quatro a 10 horas e a sua duração é de 10 a 18 horas.
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