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07 - Nódulos Tireoidianos - Fábia Cruz 1 💬 07 - Nódulos Tireoidianos - Fábia Cruz Conceitos Nódulo hipoecoico (hipoecogênico) → imagem mais escura Nódulo isoecoico (isoecogênico) → mesma cor da glândula Nódulo hiperecoico (hiperecogênico) → imagem mais clara 07 - Nódulos Tireoidianos - Fábia Cruz 2 Epidemiologia Quanto maior a idade, maior a chance de surgirem nódulos Mais comum em mulheres Avaliação funcional TSH → solicitado na avaliação inicial para excluir possibilidade de ser autônomo ou hipercaptante Nódulo com TSH supresso → realizar cintilografia de tireoide Cintolografia → indica mais se o nódulo está produzindo muito ou pouco hormônio Avaliação anatômica (USG) Visa identificar lesões nodulares suspeitas (e posterior investigação com citologia aspirativa) Ecogenicidade 07 - Nódulos Tireoidianos - Fábia Cruz 3 Nódulos malignos → maioria hipoecogênicos imagem HIPERecogênica (claras) → Tireoide normal, bócio colóide (Benignas) imagem HIPOecogênica (escura) → Tireoidites, neoplasias (Patologias que merecem mais atenção) Nódulos sólidos e císticos Cistos tireoidianos → 98% dos casos são benignos Nódulos com componentes císticos importantes → geral/são benignos Nódulo misto → punção feita na parte sólido Calcificações Periférica (padrão casca de ovo) → frequentemente benignos Microcalcificações centrais → altamente sugestivo de malignidade Halo hipoecogênico (margem) Halo completo → provável benignidade Halo incompleto → pode ser maligno Doppler em tireoide Avalia a vascularização do nódulo tireoidiano (proliferação celular está ligada a maior vascularização) 07 - Nódulos Tireoidianos - Fábia Cruz 4 Ex.: Bócio nodular → fluxo periférico, CA papilífero → fluxo central Exemplos de alterações Bócio multinodular (BMN) Características Mais comum em idosos Sintomas compressivos TSH supresso ou normal PAAF: para confirmar benignidade BMN mergulhante → gera complicações/realizar TC Risco de malignidade similar entre nódulos únicos e de BMN Opções de tratamento Tireoidectomia total Iodo (I131) → redução de volume Classificações Chamas → avalia da vascularização (quanto maior o nível, maior a chance de malignidade) 07 - Nódulos Tireoidianos - Fábia Cruz 5 Linfonodos Tamanho > 1 cm Formato arredondado Presença de calcificações Vascularização periférica Cistificação TI-RADS Indica qual conduta tomar - realizar PAAF? 07 - Nódulos Tireoidianos - Fábia Cruz 6 PAAF guiada por USG Sempre puncionar na parte sólida Indicação depende de fatores de risco e características do nódulo Classificação de Bethesda (a partir da PAAF) 07 - Nódulos Tireoidianos - Fábia Cruz 7 Abordagem geral Anamnese e exame físico TSH, T4 livre US tireoide Cintilografia (se TSH supresso) CA de tireoide Epidemiologia Raro (1% de todos os tipos) Mais prevalente em mulheres (4:1) CA endócrino mais comum Fatores de risco Mulheres (estrogênio leva a proliferação celular) HMF TSH alto Doença autoimune Dieta pobre em iodo HPP Exposição à radiação ionizante História familiar 07 - Nódulos Tireoidianos - Fábia Cruz 8 Dieta pobre em iodo Fisiopatologia Mutações genéticas → oncogênse BRAF: carcinoma papilífero RAS: carcinoma folicular RET: carcinoma medular P53: carcinoma anaplásico Histopaologia Células foliculares Bem diferenciadas (maioria) → carcinoma papilífero (85%) e folicular (10%) Indiferenciados → carcinoma anaplásico (5%) Células parafoliculares → carcinoma medular (5%) Células não tireoidianas CA papilífero Tipo histológico mais comum (crianças e adultos) Baixa malignidade (crescimento lento) → bom prognóstico BRAF: mutação mais importante presente em 50% dos casos Disseminação Linfática (linfonodos intraglandulares) → perto Hematogênica: pulmão, ossos, SNC → longe Quadro clínico Depender do estágio Geralmente eutireoidiano (massa de crescimento lento e indolor) Presença de linfonodomegalia Disfagia, rouquidão (nervo laríngeo recorrente) 07 - Nódulos Tireoidianos - Fábia Cruz 9 Diagnóstico USG (carcinoma multicêntrico) PAAF (padrão ouro) → alta sensibilidade e especificidade Tratamento Tireoidectomia Lesão > 1 cm (faz a total) Microcarcinoma < 1 cm (faz lobectomia) Dissecção linfonodal Adenomegalia ao exame físico ou exames de imagem CA folicular Segundo mais comum Geralmente maiores que os tumores papilíferos Mais comum: mulheres > 50 anos e áreas Fisiopatologia Translocação PAX/PPAR-game (mutação mais frequente) Quadro clínico Nódulo único descoberto casualmente Solitário e indolor Formas clínicas Minimamente invasivo - invasão microscópica da poulação Altamente invasivo - atravessa a cápsula e penetra os vasos sanguíneos Disseminação Metástases à distância são comuns: ossos, pulmão, cérebro e fígado Raramente cursa com metástases para linfonodos cervicais 07 - Nódulos Tireoidianos - Fábia Cruz 10 Tratamento Cirúrgico Terapia ablativa (boa resposta ao radioiodo) Indicados: alto/intermediário risco de recidiva, doença metastática, abordagem da doença recorrente CA medular Origem de células parafoliculares 5% dos casos Mutação no protooncogene RET Tumor neuroendócrino que secreta substâncias bioativas Calcitonina ACTH VIP CEA Quadro clínico Nódulo palpável duro, nos 2/3 superiores 07 - Nódulos Tireoidianos - Fábia Cruz 11 Esporádico = indolente e solitário Sintomas como disfagia, rouquidão e pressão local são pouco frequentes Sintomas ligados a hipersecreção Hipercalcitoninemia = diarreia (↑ motilidade e secreções gástricas ↑) Síndrome de Cushing = ACTH ou CRH Diagnóstico PAAF (se der indeterminado → dosagem de calcitonina) Tratamento Tireoidectomia total com esvaziamento linfonodal Prognóstico ruim Anaplásico Muito raros (1% dos CA de tireoide) Paciente mais velhos Mutação da p53 Quadro clínico Função tireoidiana normal Massa tumoral de crescimento rápido evoluindo com sintomas compressivos Rouquidão Disfagia Dispneia Dor cervical Diagnóstico → PAAF Tratamento Sem metástase → tireoidectomia total associada à radioterapia e quimioterapia 07 - Nódulos Tireoidianos - Fábia Cruz 12 Com metástase → garantir a via área (traqueostomia) e suporte nutricional (gastrostomia) Péssimo prognóstico