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Nódulos de tireóide

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Nódulos de tireóide 
 
Métodos de diagnóstico 
• Nódulos palpáveis incidem em 5% nas mulheres e 1% nos homens 
• Identificados por ultrassonografia ~ 19 a 68% da população, em especial mulheres e idosos 
• Identificados em autópsias ~ 8 a 65% 
• Incidência aumenta com a idade 
 
Classificação: 
• Nódulos benignos: 85 a 93% dos casos 
ü Bócio coloide (> 90%) 
ü Tireoidite focal 
ü Cistos 
ü Agenesia de lobo de tireoide (ausência 
de um dos lados, crescimento 
compensatório) 
ü Teratomas, lipomas e hemangiomas 
(raros) 
 
• Nódulos malignos: 7 a 15% dos casos 
ü Carcinoma papilífero 
ü Carcinoma folicular 
ü Carcinoma medular 
ü Carcinoma Anaplásico 
ü Linfoma não-Hodgkin 
 
 
 
Nódulos Benignos de tireoide: 
à Bócio Coloide 
• Proliferação hiperplásica heterogênea, focal ou multifocal, com disfunção hormonal ou não 
• Principal causa de nódulos da tireoide 
• Mais prevalente no sexo feminino (4:1) 
• 10% dos casos ocorrem em jovens, e mais de 50% em pessoas com mais de 60 anos 
• Mais frequente em áreas carentes de iodo 
• Volume do bócio está diretamente relacionado à idade do paciente 
• Gênese: 
ü Fatores genéticos 
ü Fatores ambientais: deficiência de iodo, ingestão de substâncias bociogênicas (tiocianato e 
óleo de babaçu), estrógenos, resistência à insulina, tabagismo, menopausa e obesidade 
• Fisiopatogenia: 
 
Com o passar dos anos, é observada uma perda da sensibilidade dos tireócitos ao TSH, com 
comprometimento de seu receptor e crescimento de áreas na tireóide independentes dos níveis 
de TSH. Esse quadro propicia o surgimento de nódulos, de característica heterogênea, que podem 
ter autonomia funcional ou não, assim como possível desdiferenciação maligna. 
• Bócio com componente mergulhante (15%) ~ massas intratorácicas (TC de tórax) 
 
Deficiência de iodo
Secreção compensatória de TSH
Hiperplasia e hipertrofia da tireoide = bócio
Aumento das mutações somáticas das células tireoideanas
Mutações somáticas em alguns clones celulares, que sofrerão expansão
• Rota do bócio nodular 
 
Diagnóstico: 
• Visualização 
• Palpação (apenas nódulos > 2cm) 
• Sintomas associados ao hipo ou hipertireoidismo 
• USG de investigação ou rotina (incidentaloma: massas descobertas ao acaso em exames de imagem 
que foram solicitados para outra finalidade) 
 
Exame físico: 
• Palpação 
• Linfonodos cervicais 
• Sinais compressivos como disfagia, rouquidão, dispneia ou tosse (à Sinal de Permberton) 
 
Importância da investigação 
• Excluir CA de tireóide (7 a 15% dos casos) 
 
Classificação dos nódulos: 
• Uni ou multinodular 
• Tóxico (com secreção hormonal) ou atóxico (sem secreção hormonal) 
 
Manejo clínico: 
• Avaliar estado funcional da tireoide: 
ü TSH baixo ou supresso – hipertireoidismo 
ü TSH normal – eutireoidismo 
ü TSH elevado – hipotireoidismo 
• Identificar características de doenças autoimunes tireoidianas 
ü Características clínicas 
ü Características ultrassonográficas 
ü Dosagem de anticorpos: anti-tireoperoxidade (TPO), anti-tireoglobunia (Tg) e anti-receptor de 
TSH (TRAb) 
• Identificar fatores de risco para CA de câncer 
• Avaliar sem há indicação de punção 
• Acompanhar comportamento do nódulo 
Diferenciar nódulo benigno ou maligno clinicamente: 
• Risco moderado: 
ü Idade < 20 ou > 60 anos 
ü Sexo masculino 
ü Nódulo solitário, com mais de 4cm 
ü História de irradiação cervical 
ü Textura firme e/ou fixação 
ü Nódulo parcialmente cístico 
ü Sintomas compressivos 
 
• Risco elevado: 
ü História familiar de CA medular de tireoide ou NEM 2 
ü Crescimento tumoral rápido 
ü Nódulo muito firme 
ü Fixação nas estruturas adjacentes 
ü Paralisia de cordas vocais 
ü Linfadenopatia regional e/ou metástases à distância 
 
Padrão ouro para acompanhamento do nódulo: USG 
• Sensibilidade de 95%, com baixo custo 
• Caracterização e quantificação dos nódulos 
ü Forma desarmônica: altura > largura indica maior risco de malignidade 
ü Margens: definidas, lobuladas ou borradas 
ü Conteúdo: líquido, sólido ou misto 
ü Ecogenicidade: isoecoico, hiperecoico ou hipoecoico (moderadamente ou marcadamente) 
ü Espongiformes: nódulos 99% benignos, com componentes microcísticos 
ü Calcificação: centrais ou periféricas, micro ou macro 
• Observa a presença de linfonodos suspeitos 
• Guia o procedimento de punção 
• Classificação: TI-RADS (quanto maior, mais achados ultrassonográficos) 
 
 
 
 
 
Cintilografia de tireoide: 
• Indicada em nódulos com TSH subnormal ou supresso 
• Análise dos níveis de captação de iodo por este nódulo; 
ü Hipercaptante (“frio”) 
ü Normocaptante (“morno”) 
ü Hipocaptante (“quente”) 
 
Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF): 
• Procedimento simples e de raras complicações 
• Aspiração diretamente do nódulo 
• Em casos de bócio multinodular, puncionar o nódulo dominante 
• Sensibilidade 88%, especificidade de 77% e acurácia 82% 
• Material analisado por citopatologia 
ü Classificação de Bethesda: 
 I – Amostra insatisfatória 
 II – Benigno 
 III – Atipias/lesão folicular ou significado indeterminado 
 IV – Suspeita de neoplasia folicular evidente 
 V – Suspeita de malignidade 
 
• Indicações: 
TI-RADS 5 à PAAF recomendada para nódulos ≥ 1 cm 
TI-RADS 4 à PAAF recomendada para nódulos ≥ 1 cm 
TI-RADS 3à PAAF recomendada para nódulos ≥ 1,5 cm 
TI-RADS 2 à PAAF recomendada para nódulos ≥ 2 cm 
TI-RADS 2 à não há indicação de PAAF 
 
Tratamento 
• Clínico na maioria dos casos, com acompanhamento da USG (3, 6 ou 12 meses de intervalo) e uso de 
medicamentos em caso de disfunção hipo ou hipertireoidismo 
• Cirúrgico em caso de suspeita de câncer ou bócios de grandes volumes 
 
Prevenção 
• Comer com sal, mas sem exageros 
• Comer de forma saudável, evitando farinha e óleo de babaçu 
• Uso de colar protetor da tireoide em exames de raio X 
• Exercícios 
• Controle do estresse 
• Parar o tabagismo 
• Considerar suplementos vitamínicos e ômega 3

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