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DECRETO DE LIBRAS 5.626, 22 DE DEZEMBRO DE 2005 - FORMAÇÃO PROFISSIONAL COM PERSPECTIVAS INCLUSIVAS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA – UNINTA
CURSO DE PSICOLOGIA
ZUYLLA MARGARYDA XIMENES ARAGÃO 
 JOEL BRUNO ANGELO ROCHA
SOCORRO TAYNARA ARAÚJO CARVALHO
DECRETO DE LIBRAS 5.626, 22 DE DEZEMBRO DE 2005 - FORMAÇÃO PROFISSIONAL COM PERSPECTIVAS INCLUSIVAS
SOBRAL 
2020
INTRODUÇÃO
Começamos esse trabalho afirmando que Inclusão é uma ação política e social. Temos essa dívida histórica, pois por muito tempo excluímos, punimos sujeitos que são considerados fora da norma e a população surda está inserida nesse contexto. Então inclusão é permitir que o sujeito seja quem ele é, sem precisar ser diminuído, categorizado, segregado. Inclusão é ser e dar acesso a todos independente de qualquer característica que o sujeito carregue. Inclusão é ensinar que todos nós somos alteridades. Inclusão é adaptar um ambiente para que todos se sintam confortáveis para aprender. 
Diante disso, algo marcante e potente para a inclusão da população surda foi o decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005 que regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 que estabelece sobre a inclusão da libras como disciplina curricular, da formação do professor de libras e do instrutor de libras, o uso e da difusão da Libras e da língua portuguesa para o acesso das pessoas surdas à educação, a formação do tradutor e intérprete de libras, a garantia do direito à educação das pessoas surdas, garantia do direito à saúde das pessoas surdas e da responsabilidade do poder público e das empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos, no apoio ao uso e difusão da libras. 
Nesse sentido, esse decreto promove juridicamente praticas para a formação profissional de libras, garantido direitos no âmbito da educação, fator emancipador, já que a educação gera autonomia, liberdade e permite a criação de narrativas de inclusão para as pessoas surdas. 
Nessa perspectiva, o decreto permite uma democratização da Língua de Sinais Brasileira, já que este estabelece a disciplina de Libras em todos os cursos de Nível Superior, sendo obrigatório nas licenciaturas e cursos de formação de professor, além disso, essa disciplina também aparece como optativa em todos os outros cursos que não são licenciatura. 
Outra questão importante é a formação profissional para os docentes e instrutores de Libras, que fazem curso de graduação de licenciatura plena em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua Portuguesa como segunda língua. Além disso, esse curso de nível superior prioriza a formação de pessoas surdas, fator que já é uma forma de inclusão. 
Além disso, as pessoas surdas tem direito a um interprete e tradutor desde a educação infantil até o nível superior e de professor de Libras (1ª língua) e português (2º língua). Assim, é dever das instituições preparar os profissionais para que as pessoas surdas tenham toda acessibilidade e se crie uma cultura de libras nas instituições. 
DESENVOLVIMENTO
Para estabelecer uma educação inclusiva de qualidade, é importante que se estabeleça uma formação adequada que os profissionais, isto é, a formação será a base para uma educação inclusiva de verdade. A lei já citada na introdução, foi elaborada pensando na contribuição e desenvolvimento de uma prática pedagógica comprometida, ética e politicamente dentro das exigências do contexto atual. Para a formação de profissionais capacitados e preocupados com sua atuação prática e teórica no campo social. 
Diante disso, é importante está atento sobre a atual realidade existente na sociedade, que implica mais do educador, por que exige uma polivalência e dinâmica no domínio do conteúdo e nas relações com os alunos, não apenas saber o conteúdo, mas que seja um profissional inclusivo, ou seja, que insira na sua atuação pedagógica, uma dimensão mais humanizada e respeitosa com os limites cada aluno, apresentando maneiras tecnológicas e políticas para contribuir com o desenvolvimento dos estudantes com um ensino ético, político e social. 
Lippe (2010) ressalta a importância de se repensar a formação inicial, na busca principalmente de uma prática pedagógica inclusiva mais satisfatória. Assim surgem questionamentos como, qual a formação ideal ou necessária do professor do ensino básico para o trabalho inclusivo? São questionamentos importantes para a formação profissional e ética dentro das capacidades e limites da aprendizagem de cada profissional. 
Neste contexto, lutar por uma política que leve em consideração todo o ambiente necessário para o dinamismo social e a aprendizagem que está para além do conhecimento científico, mas, sim no cotidiano de cada sujeito. Assim, precisa-se “[...] de um professor que, para além das áreas conteudísticas habituais de formação possa, ainda, conhecer e desenvolver um conjunto de práticas que permita aos alunos alcançar o sucesso, isto é, atingirem o limite superior das suas capacidades” (RODRIGUES, 2008, p. 11).
 Embora essa lei tenha sido implementada, é necessário investigar como esses profissionais lidam com esse conteúdo na prática, se realmente conseguem obter resultados positivos, pois quando se trata de inclusão nas escolas, a formação e a atuação docentes devem ser entendidas como cruciais para se pensar a qualidade do ensino e da aprendizagem. (PEREIRA et al; 2015).
 Os profissionais precisam se atualizar diariamente, isto é, ter uma formação continuada, procurando sempre melhorias, buscando por práticas que auxiliem no sucesso de uma educação totalmente inclusiva, como por exemplo, busquem temáticas que tratam desse tipo de educação, isto é, que seja um assunto prioritário da vida desses profissionais. Sendo assim, como forma de qualificar o professor para lecionar em sala de aula dando atenção à educação inclusiva, a modalidade de formação continuada vem sendo a estratégia mais utilizada (PEREIRA et al; 2015).
CONCLUSÃO
Por muito tempo a população surda vivenciou uma lógica de normatização, de patologização em que o sujeito precisa ser controlado e consertado. É como se os sujeitos estivem fora da curva da norma. Por outro lado, hoje lutamos pela lógica inclusiva que afirma que o acesso deve ser de todos, e que o direito ao aprendizado e a permanência deste também deve ser de todos, independentemente de qualquer característica específica do sujeito. 
O decreto de Libras 5.626 de 22 de dezembro de 2005, é um marco importante para a história da educação surda, pois estabelece várias diretrizes e movimenta as estruturas sociais que historicamente segregaram oprimiram as pessoas surdas. Logo, é fundamental que nos como estudantes de Psicologia lutemos para que os direitos das pessoas surdas não sejam tirados delas, além disso é nossa missão lutar pela inclusão, pela liberdade, autonomia e direito das pessoas serem quem ela são.
Para finalizar, deixo aqui um verbo que Tânia Galia descreveu em um de seus livros, “Outrificar-se” que significa Impregnar-se do outro, significa absorver, mergulhar no universo do outro.
Mas, para conseguir ter essa experiência incrível é necessário desaprender, desconstruir-se, pois, o encontro com o outro gera estranhamento. Nesse processo, é possível respeitar e ter empatia pelo outro e isso é fundamental na luta pela inclusão.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais-Libras, eo art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial da União, 2005.
LIPPE, E.M.O. O ensino de ciências e deficiência visual: Uma investigação das percepções das professoras de ciências e da sala de recursos em relação à inclusão. Dissertação (Mestrado em Educação para a Ciência), Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru, 2010.
PEREIRA, L. L. S. et al. Trajetória da formação de professores de ciências para educação inclusiva em Goiás, Brasil, sob a ótica de participantes de uma rede colaborativa. Revista Ciência & Educação, Bauru, v.21, n. 2, p. 473-491, 2015.
RODRIGUES, D. Desenvolver a educação inclusiva:dimensões do desenvolvimento profissional. Inclusão: Revista de Educação Especial, Brasília, v. 4, n. 2, p. 7 - 16, 2008.

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