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93 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO Unidade IV 7 PLANEJAMENTO DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO Quando iniciamos um projeto ou atividade profissional e pretendemos alcançar determinados objetivos, torna-se necessária a elaboração de um planejamento em que sejam considerados os recursos disponíveis, o tempo disponível, os recursos humanos e tecnológicos com que se pode contar, os objetivos claros e as metas para atingi-los etc., permitindo a organização e o controle do que está sendo executado ao longo do tempo. Assim, quando se fala em planejamento, por mais que possa surpreender, na maioria das vezes, as empresas não o fazem, ou, quando o fazem, executam-no de forma apropriada. Em relação à Segurança e Saúde no Trabalho, isso se torna ainda mais crítico, pois, ainda, para muitos empresários, tudo que se relaciona com a Segurança e Saúde do Trabalho é visto como custo, despesa, e não como um investimento. É por isso que, na maioria das vezes, as ações são reativas, e não proativas. Dessa forma, no intuito de implantar um sistema de gestão, o planejamento torna-se o ponto de partida e, para isso, podemos contar com a ferramenta Peva (planejar, executar, verificar e agir), proposta na NBR 18801 (ABNT, 2010), que possui o planejamento como o primeiro elemento. O planejamento é formado por uma série de critérios responsáveis em determinar a forma com que a Segurança e Saúde no Trabalho deverão ser planejados. Um bom planejamento deve ser composto de uma série de critérios, como descrito a seguir: • Aderência à legislação. • Gestão de riscos. • Objetivos e metas. • Gerenciamento de mudanças. • Preparação e respostas a emergências. • Segurança na aquisição de bens e produtos. • Segurança com contratos. • Análise crítica. 94 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 Unidade IV Avaliando os requisitos legais, deve-se considerar toda a legislação vigente, englobando, assim, não só as NRs, mas também o que consta na Constituição Federal de 1988, da qual emanam as demais regras de conduta e, por isso, é considerada a “mãe das leis”, pois toda legislação se subordina a ela. Torna-se então fundamental a compreensão correta das leis, permitindo sua correta interpretação e aplicação, pois se deve atender tudo que a legislação brasileira prevê, e isso inclui a CLT, o Código Civil, o Código Penal, a Lei Orgânica da Previdência, o Regulamento de Benefícios da Previdência Social, a legislação de competência do Ministério da Saúde, a legislação aprovada pelo Congresso Nacional, acordos sindicais, bem como normas específicas para determinadas atividades, por exemplo, normas da ABNT, além do que cada conselho de classe fixa para seus profissionais. Em resumo, exige um conhecimento específico por parte do profissional que irá fazer essa análise para poder garantir um bom atendimento aos requisitos legais. Observação Para poder fazer um planejamento de SST, é crucial que a empresa já tenha uma política de segurança do trabalho adotada. A política de segurança do trabalho é fundamental para que se possam definir os objetivos que se pretendem alcançar, bem como as metas que serão determinadas. Assim, é importante fazer uma elaboração consciente e consistente da Política e Segurança do Trabalho dentro da realidade da empresa de forma que ela possa realmente cumprir na prática a política apresentada “no papel”. 7.1 Gerenciamento de riscos Figura 76 O gerenciamento de riscos é vital no que diz respeito à SST. Este, por si só, é essencial, como já discutimos anteriormente, pois envolve planejamento, organização, condução e controle dos recursos disponíveis. Mas, ao falar em gerenciamento de riscos, deve-se buscar a eliminação dele, quando possível, ou o seu controle e, caso após todos os esforços não tenha sido possível a sua eliminação e controle adequados, as medidas de proteção devem ser adotadas. Sempre se deve buscar, inicialmente, as medidas de proteção coletivas e, por último, as individuais. 95 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO Qualquer que seja a atividade humana exercida, sempre existem perigos presentes no ambiente ou na atividade e, como já abordado anteriormente, a gravidade desse perigo tem uma relação direta com a potencialidade de ele causar danos devido ao risco que dele emana. Dependendo da norma ou do sistema de gestão que será adotado, haverá sempre alguma diferença em suas definições de perigo e risco, mas o importante é compreender que o risco está relacionado a uma fonte de perigo na qual não temos controle. Dessa forma, deve-se sempre procurar como primeira opção a eliminação da fonte de perigo, como ação principal e, somente quando isso não for possível, por uma questão tecnológica, de processo ou de ordem financeira, esgotando todos os esforços nesse sentido, deverá então se optar em manter o perigo sob controle de maneira a garantir um ambiente seguro. No gerenciamento de riscos, é preciso levar em consideração a possibilidade da ocorrência de perdas e, no sentido de minimizá-las, deve-se fazer uso de técnicas que possibilitem a redução dos efeitos das perdas ao máximo possível. Como exemplo, citamos o caso do acidente que ocorreu no Rio de Janeiro, em 28 de janeiro de 2014, causado por um caminhão que transitava com a sua caçamba levantada e atingiu uma passarela, na linha amarela no Rio de janeiro; as consequências recaem sobre a empresa de transportes proprietária do veículo. Saiba mais Para saber detalhes desse acidente, acesse o link a seguir: “É IMPOSSÍVEL que caçamba levante à toa”: especialista adverte que caminhão que causou queda de passarela nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, devia estar irregular. Band.com.br, São Paulo, 28 jan. 2014. Disponível em: <http://entretenimento.band.uol.com.br/masterchef/ noticias/100000660223/e-impossivel-que-cacamba-levante-a-toa.html>. Acesso em: 6 jul. 2018. Esse é um exemplo básico com o qual podemos fazer uma reflexão na importância de uma gestão de riscos, definindo-se protocolos e procedimentos a serem adotados pela empresa no momento em que esta passa a ter a real dimensão do potencial de dano que um dos seus equipamentos pode causar quando mal operado ou utilizado pelo seu funcionário. Dessa forma, pode-se compreender como a falta da análise adequada das condições ambientais (ambientes de trabalho), dos conhecimentos das limitações do equipamento, do plano de manutenção adotado, das condições de operação do funcionário, talvez com uma confiança excessiva e mesmo sob pressão, buscando a conclusão da obra dentro do prazo, vieram a se somar nesse acidente em questão; mas não deixa de demonstrar a falta de um adequado gerenciamento de riscos. 96 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 Unidade IV Saiba mais A investigação dos acidentes é fundamental para que se possa buscar as causas básicas e agir na fonte do problema. Dessa forma, as técnicas de investigação são essenciais. Uma delas é utilizando o Mapa – Modelo de Análise e Prevenção de Acidentes de Trabalho, elaborado pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – Cerest. Leia: ALMEIDA, I. M.; VILELA, R. A. G. Modelo de análise e prevenção de acidentes de trabalho: Mapa. São Paulo: Cerest, 2010. Disponível em: <https://www.forumat.net.br/at/sites/default/files/arq-paginas/mapa_ versao_2010_1.pdf>. Acesso em: 5 jul. 2018. Agora o papel da OIT poderá ser entendido, pois o gerenciamento de riscos tem respaldo legal originado de uma das convenções da OIT, que foi ratificadaem 1982. Essa convenção é a 148, que dispõe sobre riscos ocupacionais no ambiente de trabalho, originados pela poluição do ar, pelo ruído e pela vibração (CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO TRABALHO, 1977). Já o Decreto nº 93.413, promulgado em 15 de outubro de 1986 (BRASIL, 1986), determina que sejam adotadas medidas para prevenir e limitar os fatores de risco nos ambientes de trabalho, dando prioridade às medidas de proteção coletiva ao invés das individuais, conforme já ressaltamos anteriormente. Saiba mais A Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho apresenta uma boa reportagem sobre avaliação e riscos que contribui para enriquecer seu conhecimento. AGÊNCIA EUROPEIA PARA A SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. Oira: instrumentos gratuitos e simples para um processo ágil de avaliação de riscos. [s.l.], 2018. Disponível em: <https://osha.europa.eu/pt/topics/ riskassessment/index_html>. Acesso em: 5 jul. 2018. Dessa forma, o gerenciamento de riscos passou a ser adotado como prática legal, como se pode observar em diversas NRs, entre elas, a NR-9, na qual encontramos o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, que toda empresa deve elaborar e renovar anualmente. Além das NRs, há normas estrangeiras utilizadas, sendo que as principais normas técnicas de certificação de sistema de gestão também abordam esse assunto, entre elas, podemos citar as mais conhecidas e utilizadas no Brasil, como a britânica BS 8800:1996 (BSI, 1996), e a americana OHSAS 1800:2007 (OHSAS, 2007), entre outras. Mas o importante é que todas elas determinam que os Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde 97 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO no Trabalho possuam um gerenciamento de riscos e que este possa ser avaliado de maneira a comprovar a sua eficácia. Mas como podemos gerenciar os riscos? Pois bem, inicialmente, deve-se fazer a identificação dos perigos e o levantamento dos agentes de riscos existentes na empresa, ou seja, qualificá-los. Para isso, deve-se contar com a participação de funcionários que tenham bom conhecimento das instalações, atividades e dos processos da empresa. É importante que se faça um treinamento básico para os trabalhadores sobre risco e perigo, para que eles tenham o conhecimento mínimo necessário a fim de conseguirem identificar os agentes de risco no ambiente. Os resultados serão ainda melhores se utilizarmos equipes multiprofissionais e, assim, poder somar a experiência e visão de cada um em sua área específica. E lógico que a participação do trabalhador é importante, pela contribuição que fará com o conhecimento profundo que adquiriu no dia a dia da sua atividade no seu posto de trabalho e departamento, além de conseguir mais comprometimento dele com o sistema de gestão posteriormente implantado, uma vez que ele participou da sua elaboração. Todos os setores e departamentos da empresa devem ser considerados na busca de perigos e agentes de riscos e, para isso, torna-se necessário o correto planejamento, com procedimentos operacionais específicos e claros. Essa busca pelos perigos e agentes de riscos inicia-se de forma mais ampla, analisando os principais agentes, que, como determina o PPRA (NR-9), são agentes físicos, químicos e biológicos, mas os riscos ergonômicos e mecânicos/acidentes que não são contemplados pelo PPRA deverão ser tratados em outro momento, pois também são importantes. Após o reconhecimento deles, passa-se, então, para a fase na qual se faz a quantificação dos agentes de risco, quando for o caso, analisando também a população que se encontra exposta a esses agentes, bem como o tempo de exposição. Todas essas informações são essenciais para todo desenvolvimento das ações de controle que serão implantadas. Quanto ao PPRA, é essencial saber que o programa deve ser desenvolvido seguindo determinadas etapas: • Antecipação. • Reconhecimento. • Avaliação. • Controle. A etapa da antecipação consiste em analisar os projetos de novas instalações, os métodos de trabalho, processos, visando identificar os riscos potenciais e, dessa forma, implantar medidas de proteção para eliminá-los ou, nos casos que não for possível, reduzi-los, conforme item 9.3.3 da norma (BRASIL, 1978). A etapa do reconhecimento deve identificar os riscos, as suas fontes geradoras, a trajetória e os meios de propagação desses agentes pelo ambiente de trabalho. Também deve ser analisada a quantidade de empregados expostos a esses agentes, conforme item 9.3.2 da norma (BRASIL, 1978). 98 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 Unidade IV Figura 77 – Quando um risco é identificado, deverá ser analisada a necessidade de medições ambientais para ver se há contaminações que possam afetar os empregados ou o meio ambiente Quanto à avaliação, esta deve ser quantitativa, sendo feita sempre que necessário, atendendo assim o item 9.3.4 da norma (BRASIL, 1978). Por fim, o controle das medidas implantadas deve ser feito de forma que sejam suficientes para eliminar o risco e, quando não for possível eliminá-lo, minimizá-lo e mantê-lo sob controle. Para cada atividade desenvolvida na empresa, há necessidade de uma avaliação dos riscos e sua quantificação quando for o caso Tabela 1 - Nível(is) médio(s) de ruído registrados – Lavg/NPS Área(s) de trabalho N0. de Empregados Expostos *(GHE) Dosimetria Tempo de Exposição Diária Estimado (h) Tempo Máximo Permitido (T) (h) Fonte(s) Geradora(s) Tipo de Exposição Meio de Propagação/ Trajetória Metodologia adotada e instrumentos de medição utilizados Nível Médio de Ruído **(Lavg) / #NPS dB(A) Montagem de resistências 6 76 Variável – Cabine de Pintura H a b i t u a l e I n t e r m i t e n t e A r e D i f u s a As medições foi efetuada em decibel (dB), no circuito de compensação “A” e resposta lenta (SLOW). As medições foram realizadas próximo ao ouvido do empregado avaliado. O valor reflete fidedignamente as condições encontradas no momento da avaliação. O critério adotado foi o dB(A), instrumento operando no circuito de resposta lenta (SLOW). Audiodosímetro de ruído, marca Quest Tecnologies, tipo 2, calibrado em 10/2011. 89 Variável 4h30 Jao n0 1 71 Variável – Prensa Hidráulica 98 Variável 1h15 Máquina Laminadora (TRM n0 01) 72 Variável – Máquina MET - 01 75 Variável – Máquina MEF - 01 Expedição 1 68 8 – Ruído de Fundo Compras e vendas 4 62 8 – Ruído de Fundo Laboratório de testes 6 61 8 – Ruído de Fundo *Grupo homogênio de exposição. **Nível médio da medição, obitido a partir do tempo de operação do audiodosímetro, cujo(s) os valor(es) são dados em dB(A). #Nível de pressão sonora. 99 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO Tabela 2 – Quadro geral EPIs x função(ões)** EPIs: * P ro te çã o au di tiv a Óc ul os d e se gu ra nç a Ca lç ad os d e se gu ra nç a Lu va s d e ra sp a M ás ca ra p ar a so ld ad or Lu va s i m pe rm eá ve is Bo ta s d e Bo rr ac ha Re sp ira do r c on tr a po ei ra s Re sp ira do r c on tr a so lv en te s Cr em e pr ot eç ão p ar a a pe le Ci nt o de se gu ra nç a 0 – EPI de uso Obrigatório E – EPI de uso Eventual NA – Não Aplicável Qu al qu er fu nç ão d ev e til iz ar o br ig at or ia m en te o p ro te to r a ur ic ul ar , qu an do e xp os iç ão a n ív ei s d e ru íd o a pa rt ir de 8 0 dB A. Qu al qu er fu nç ão d ev e ut ili za r o c in to d e se gu ra nç a tip o pá ra qu ed ist a. *L im ita do r d e es pa ço , d e la je s v al as e tc . FU N Ç Ã O Apontador de Produção 0 0 0 NA NA NA NA NA 0 NA Montador Técnico 0 0 0 NA NA NA NA NA NA NA Ferramenteiro 0 0 0 0 NA NA NA NA NA NA Meio Oficial Torneiro Mecânico 0 0 0 0 NA NA NA NA NA NA Prensista 0 0 0 0 NA NA NA NA NA NA Serralheiro 0 0 0 0 0 NA NA NA NA NA Soldador 0 0 0 0 0 NA NA NA NA NA Operador de Máquinas NA 0 0 NA NA NA NA NA NA NA Técnico Eletrônico 0 NA 0 NA NA NA NA NA NA NA Técnico Mecânico 0 NA 0 NA NA NA NA NA NA 0 Ajudante Geral 0 NA 0 NA NA 0 0 NA NA NA Faxineiro 0 NA 0 NA NA 0 NA NA NA NA **A determinação dos EPIs para cada função deve ser clara e seguida por todos Figura 78 – Determinar os EPIs adequados e apropriados ao risco e fiscalizar o seu uso deve ser uma preocupação constante das empresas 100 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 Unidade IV Figura 79 – Nos casos em que há necessidade constante de troca de EPIs, estes devem estar com acesso fácil pelos empregados, para que possam trocá-los assim que necessário Observação Os aspectos ergonômicos envolvem uma série de conhecimentos já apresentados anteriormente, mas se observar bem, são decorrência dos três principais grupos de risco, que acabam, por questões posturais, de esforço etc., gerando problemas para o trabalhador. Por isso, a análise adequada desses três grupos é fundamental. Após terminar o levantamento e mapeamento dos riscos e perigos presentes na empresa, em todas as suas dependências e em seus processos, inicia-se a análise das atividades laborais, identificando agora os riscos operacionais. Vejam, um aspecto é identificar um perigo em um determinado ambiente e verificar o controle que se tem sobre ele; mas, quando houver um trabalhador executando uma tarefa lá, outros riscos poderão aparecer com as atividades que serão desenvolvidas nesse ambiente, pois, na movimentação 101 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO de materiais, pessoas, nos próprios procedimentos que serão executados etc., outros riscos podem ser acentuados e, muitas vezes, com potencial maior do que os que foram identificados na análise macro. Portanto as atividades operacionais devem ser descritas por etapas para que se possam identificar os riscos que possuem e quais as medidas de controle que estão sendo aplicadas pela empresa. Assim, todas as atividades todas executadas devem ser analisadas, ou seja, deve-se examinar os trabalhos, e não os empregados. Por isso que em casos que existem muitos postos de trabalho executando a mesma tarefa, opta-se em fazer análise por grupo homogêneo. E para maior credibilidade na análise executada, deve-se ter a participação de um profissional prevencionista, o acompanhamento do supervisor e do próprio empregado. Observação O gerenciamento de risco consiste na seleção e implementação de estratégias mais apropriadas para o controle e a prevenção de riscos, envolvendo a regulamentação, a utilização de tecnologias de controle, o monitoramento no ambiente de trabalho e a remediação ambiental, a análise de custo/benefício, a aceitabilidade de riscos e a avaliação de seus impactos nas organizações e nas políticas públicas. Uma boa conduta por parte da empresa é adotar procedimentos para exame contínuo dos perigos e também para a avaliação dos riscos e das medidas adotadas para seu controle de forma a garantir a eficiência do sistema. Os profissionais que farão a análise de todas as informações sobre as atividades identificadas com perigos existentes deverão ser capazes de poder considerar quem será prejudicado com o perigo existente e de que forma isso ocorrerá, estimando o risco associado a cada perigo identificado. Assim, deve-se considerar a severidade e a probabilidade que venha a ocorrer. A severidade será obtida quando da classificação das atividades e com as informações coletadas em campo. Se olharmos a BS 8800 (BSI, 1996), esta traz alguns critérios que podem ser utilizados para classificar os níveis de consequência, sendo eles: • Levemente prejudicial. • Prejudicial. • Extremamente prejudicial. Já para definir a probabilidade, necessita-se fazer um estudo que envolva diversos fatores, que devem considerar erros humanos, que podem ser intencionais ou não, duração e frequência da exposição, a 102 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 Unidade IV forma de exposição, os controle adotados, as proteções oferecidas pelos EPC e EPI, competências e capacidade de executar as tarefas determinadas e assim por diante. Quanto maior o número de pessoas expostas ao perigo, mais grave ele será. Figura 80 – A ordem e limpeza nos locais de trabalho são fundamentais para a segurança. Com produtos químicos, torna-se ainda mais importante, além de EPCs com um sistema de exaustão adequado Figura 81 – Em locais onde há fontes de calor, a ventilação forçada é uma das alternativas 103 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO Essa classificação é geralmente feita de forma subjetiva, sem a necessidade de utilizar ferramentas mais elaboradas, fazendo cálculos para determinar índices numéricos. O procedimento recomendado é criar um formulário para fazer a avaliação de risco, adotar critérios para poder fazer uma classificação das atividades de trabalho com as respectivas informações a respeito dessas atividades, utilizar métodos para identificar e classificar os perigos, usar um vocabulário padronizado para a descrição dos níveis estimados de risco e para a utilização de critérios a serem seguidos para tomar a decisão se um determinado risco é tolerado ou não. Alguns modelos de classificação sugeridos por normas internacionais acabam sendo amplamente adotados, como os modelos propostos na BS 8800 (BSI, 1996) e a UNE 81905 (AENOR, 1997). Quadro 4 – Modelo para estimativa de risco segundo a BS 8800:1996 Consequências Levemente Prejudicial Prejudicial Extremamente Prejudicial Probabilidade Altamente Improvável Risco Trivial Risco Tolerável Risco Moderado Improvável Risco Tolerável Risco Moderado Risco Substancial Provável Risco Moderado Risco Substancial Risco Intolerável Fonte: BSI (1996). Quadro 5 – Modelo para estimativa de risco segundo a UNE 81905:1997 Consequências Ligeiramente Danoso Danoso Extremamente Danoso Probabilidade Baixa Risco Trivial Risco Tolerável Risco Moderado Média Risco Tolerável Risco Moderado Risco Importante Alta Risco Moderado Risco Importante Risco Intolerável Fonte: Aenor (1995). Com os resultados obtidos no fim dessa análise, confrontando com os objetivos da empresa e as metas determinadas, passa-se a ser necessário priorizar os pontos em que se investirão os esforços, uma vez que os recursos sempre são restritos, tanto de pessoal, material, financeiro, como de tempo. Por isso surge o desafio de saber o que priorizar. Existem ferramentas de gestão da qualidade extremamente úteis nesse ponto. A matriz de priorização é uma delas. Diversos modelos e formatos diferentes foram criados e adaptados, mas o conceito permanece o mesmo. As prioridades devem atender os objetivos da empresa, respeitando os recursos disponíveis, dessa forma, estabelece-se um grau de destaque para as prioridades seguindo uma hierarquia de valores que considera o que é essencial, importante ou acidental, nessa ordem decrescente de relevância. 104 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 Unidade IV De forma geral, uma matriz de priorização segue a mesma estrutura dos modelos apresentadospara estimativa de riscos, mas considerando os resultados obtidos com a ação a ser tomada e os recursos necessários. Conforme os objetivos definidos pela empresa, pode-se considerar o recurso humano, material, financeiro ou de tempo, e assim definir um padrão para a priorização que atenda às necessidades da empresa. 8 GESTÃO DE MUDANÇAS Deve ser bem óbvio, para todos, que vivemos em um mundo extremamente dinâmico no qual a evolução tecnológica se dá em ordem exponencial e nos surpreende a cada dia com novas descobertas e aplicações tanto no nosso dia a dia como nos ambientes laborais e processos produtivos ou mesmo nos serviços. Assim, o desafio das empresas e dos seus sistemas em acompanhar essas mudanças é real e constante. As empresas buscam adotar tecnologias que se tornem acessíveis e que possam possibilitar seus processos a serem mais eficientes e produtivos e, assim, em consequência, torná-la mais competitiva. Isso faz parte da existência das empresas, em suas mais diversas áreas de atuação e mercados, devendo ser parte integrante do seu planejamento. O planejamento também deve, constantemente, ser revisado e atualizado, sofrendo ajustes ao longo de suas atividades. Por isso a gestão de mudanças deve fazer parte de qualquer sistema para que ele possa sempre estar sendo melhorado, em um processo contínuo de atualização. Não só existem mudanças nos ambientes de trabalho, mas também nos aspectos técnicos e legais, exigindo também uma constante atualização para que possa se adequar a essas mudanças. Portanto, pode-se dizer que os fatores de mudança são tanto internos quanto externos à empresa, e a gestão de mudanças deve permitir acompanhar todas elas. Basta pensar em um ambiente já conhecido, documentado, bem analisado, onde os perigos são bem conhecidos e controlados e, em um determinado momento, muda-se uma matéria-prima, um processo ou procedimento, ou mesmo um novo equipamento, até mesmo um novo posto de trabalho ou a organização do trabalho seja alterada, criando-se um novo turno. Cada nova situação pode criar novos perigos a serem analisados para poderem ser eliminados ou controlados e, se não houver uma constante avaliação, pode-se descobrir isso tarde demais. Assim, os responsáveis pelo sistema de gestão, principalmente os envolvidos com as questões de SST, devem buscar identificar previamente os perigos provocados pelas mudanças, antecipando-se para determinar as medidas necessárias e assim garantir a condição de segurança previamente estabelecida. De certa maneira, todos nós gerenciamos mudanças diariamente, pois a cada dia nos deparamos com situações, pessoas, informações etc., que nos fazem mudar de alguma forma, e isso faz parte da evolução contínua de cada um. Da mesma maneira que essa evolução ocorre de forma diferente em cada 105 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO pessoa, resultando em uma “evolução” com incremento maior ou menor para situações análogas, mas indivíduos distintos, isso também ocorre nas empresas, conforme seu grau de maturidade do sistema para administrar as mudanças que vai sofrer, queira ela ou não. Assim, em se tratando de empresas, temos diversas situações que provocam essas mudanças, também podendo ser de menor ou maior intensidade. As mudanças de menor intensidade devem ser aquelas que fazem parte de um processo contínuo de evolução e melhoria da empresa. Já as mudanças de maior intensidade costumam ser de ruptura de paradigmas e, com isso, riscos maiores estão envolvidos. Alguns exemplos que ocorrem nas empresas são: • Uma mudança de direção, por uma fusão ou aquisição, que pode afetar toda a cultura da empresa. • Aquisição de novas tecnologias que podem impactar em processos, procedimentos, produtos, rotinas de trabalho, como mudança de softwares, novos equipamentos, alterações das instalações etc. • Alteração de leiaute, mudanças nas linhas de produção, no fluxo de materiais etc. • Mudança de chefia ou gerência. • Alterações na organização do trabalho. Há muitos outros fatores que devem sempre ser acompanhados para que se possa agir proativamente com as mudanças, garantindo a segurança nos ambientes e procedimentos de trabalho. Por isso mesmo é fundamental que as empresas não deixem de dar a devida importância para a gestão de mudanças e elabore procedimentos que permitam definir o que será considerado mudança, que deve estar relacionados com alterações, modificações, transformações ou troca. Para facilitar a gestão de mudanças, utilizam-se perguntas objetivas, como forma de se certificar que o controle sobre o processo é mantido. Como exemplo temos: • Houve a criação de novos perigos? • Caso afirmativo, há riscos associados a esses perigos? Quais? • Houve alteração nos demais perigos já existentes? • Houve comprometimento do controle dos riscos existente? As questões são criadas conforme a necessidade de avaliação das mudanças e devem atender ao SGSST no sentido de permitir adequá-lo e complementá-lo de forma que seja sempre eficaz em seus objetivos. Um aspecto relevante para que realmente se tenha uma boa gestão de mudanças é a capacitação de seus funcionários, em todos os níveis de responsabilidades. 106 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 Unidade IV É importante que todos os funcionários estejam sempre aptos a identificar perigos e riscos em seus ambientes de trabalho e a forma com que devem controlá-los. As mudanças dos ambientes e processos de trabalho também obrigam a reciclagem de seus funcionários para atualizá-los. Um dos pontos cruciais é poder fazer a avaliação dos impactos causados por uma determinada mudança antes que ela ocorra, quando possível e, assim, poder colaborar no projeto de forma a torná-lo mais eficaz nos aspectos de SST. É vital ter consciência que as pessoas são um elemento valioso para o êxito de um SGSST e, portanto, garantir a capacitação e atualização de todos é fundamental para que possam interagir de forma correta com o sistema e respondendo à política e cultura implantada na empresa. Um bom sistema de comunicação também se faz necessário, pois a divulgação das informações também é fundamental nesse processo. Figura 82 Deve-se entender que as mudanças influenciam diversos aspectos da empresa, como tecnologias empregadas, métodos de trabalho, cultura existente e até mesmo as relações interpessoais. E quando lidamos com pessoas, o desafio maior é conseguir com que as pessoas realmente se comprometam com os resultados que pretendam atingir. E, para isso, deve-se criar ambientes e condições motivacionais que permitam que todos se envolvam nesse processo e tenham as questões de SST como um valor e, para tanto, a empresa deve fazer o mesmo. Ao ter a informação de que uma mudança será implantada na empresa, deve-se iniciar uma série de procedimentos, como a identificação da necessidade da mudança, em seguida, a possibilidade de análise e avaliação os riscos potenciais dessa mudança para que, depois, seja feito o planejamento adequado para essa mudança e, assim, realizá-la, avaliando os resultados e sistematizando os controles. 107 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO Ou seja, todo processo tem início a partir do momento que se constata a necessidade de realizar uma mudança, dentre todas as situações que já vimos anteriormente, como uma alteração de matéria- prima, aquisição de novas tecnologias, alterações de procedimentos ou processos, instalação de novos equipamentos etc., ou no momento em que se faz uma atualização de processos para, por exemplo, atender a novos requisitos legais no gerenciamento de objetivos e metas daempresa, através de análises preliminares de risco etc. Dessa forma, a adoção de um formulário para o gerenciamento de risco deve ser feita, no qual devem constar quem está requisitando a mudança, qual o tipo de mudança, o tempo para ela, bem como seu motivo e o que se espera alcançar com ela. Pode-se, assim, classificar a mudança de duas formas: temporária, para atender uma situação específica que existe em um determinado momento, por exemplo, a manutenção de um determinado equipamento ou instalação, que terá uma data de início e uma data para ser finalizada, retornando então à condição anterior; ou pode ser classificada como permanente, quando a alteração permanecerá constante após a sua implantação. Assim, recomenda-se a adoção do seguinte protocolo de gerenciamento de mudanças: • A avaliação dos riscos deve ser feita antes de se iniciar a mudança. • A identificação de representantes das áreas e atividades que estarão envolvidas, definindo-se para isso a equipe de gerenciamento de mudança. • Essa equipe deverá executar a análise preliminar de riscos de forma que atenda os seguintes requisitos: –― Riscos à saúde. ―– Riscos mecânicos. ―– Riscos elétricos. –― Riscos operacionais. ―– Aspectos ambientais. –― Aspectos legais. Todas as informações e resultados devem ser registrados nos formulários que forem criados para o gerenciamento de mudanças de modo a se ter documentado todo o processo, anexando esses documentos à avaliação. Quando a empresa possuir a estrutura do SESMT, os profissionais que o compõem deverão agir como consultores, de forma que orientem nas ações que deverão ser adotadas. 108 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 Unidade IV Figura 83 Assim, novamente, respeitando a hierarquia de ações a serem adotados, os esforços devem ser no sentido de: • Eliminação. • Substituição. • Controles de engenharia. • Controles administrativos, sinalização e comunicação. • Adoção de EPI. 8.1 Prevenção às emergências As emergências são acontecimentos inesperados ou de gravidade excepcional que requer uma ação, ou reação imediata ou urgente. Trata-se de uma situação crítica, com ocorrência de perigo. Assim, todas as empresas estão sujeitas a possibilidade de ocorrer emergências que podem ter sido provocadas por fatores externos ou internos. Por isso, se observamos as normas técnicas de sistema de gestão, perceber-se-á que elas determinam que a empresa deve manter medidas de prevenção, preparação e atendimento a situações de emergência. 109 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO Para tanto, essas medidas deverão identificar o potencial de ocorrência de acidentes e situações de emergência e, assim, direcionar as ações preventivas de SST a eles. Figura 84 Pela importância desse tema, encontra-se na ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) normas que deverão ser utilizadas para elaborar o sistema de controle de emergência: a NBR 15219, que trata do plano de emergência contra incêndio; a NBR 9077, sobre saídas de emergência em edificações; a NBR 13434-1 e NBR 13434-2, sobre sinalização de segurança contra incêndio e pânico, entre outras . Para desenvolver o plano de emergências, deve-se contar com um profissional habilitado e capacitado, que tenha experiência suficiente para desenvolvê-lo, conforme os riscos existentes na empresa, sendo riscos baixo, médio ou alto. Deverá levar em consideração uma série de aspectos, ente eles, a construção, a localização da empresa, ocupação e população, a existência de funcionários com necessidades especiais etc. É fundamental avaliar previamente os riscos para que se possa, assim, desenvolver um plano de emergência que seja compatível com esses riscos, sendo importante definir para isso a quantidade de materiais perigosos onde eles estão armazenados, como são transportados, a priorização dos equipamentos que, por sua natureza e operação, oferecem riscos devido à alta pressão e/ou temperatura, a identificação e conhecimento da localização das válvulas e registros para isolamento etc. Conforme a análise de riscos for desenvolvida para atender ao plano de emergência, ela deve também considerar os fatores internos e externos, sendo importante avaliar a área ao entorno da empresa, de forma a identificar outros riscos potenciais ou mesmo situações que possam se somar e agravar riscos existentes na organização. A avaliação ainda deverá considerar o número de pessoas expostas ao risco, o tipo de risco, a área de potencial impacto desse risco, os impactos a médio e longo prazos e efeitos ao meio ambiente. 110 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 Unidade IV Aspectos como comunicação eficiente são fundamentais, pois, em situações de emergência, as informações corretas são essenciais para uma reação adequada, bem como para uma correta coordenação das ações de forma a proteger todas as pessoas que se encontrem em situação de emergência na empresa. A comunicação externa também é essencial, para que as autoridades competentes e as empresas da vizinhança possam tomar as medidas adequadas. O atendimento pré-hospitalar, a assistência médica, as ações de brigadas, os procedimentos de evacuação, todos dependem de uma organização prévia para que possam funcionar corretamente no momento necessário. Tudo isso deverá estar englobado no Plano de Atendimento a Emergência (PAE), o qual deverá considerar, além de diretrizes básicas para elaboração do PAE, uma série de quesitos na sua elaboração de procedimentos, como: • Constituição de um comitê de emergência. • Formação de brigada de emergência. • Capacitação e treinamento da brigada de emergência. • Treinamentos e simulados de emergência. • Determinação das responsabilidades dos membros da organização. • Definição de emergências. • Definição de um sistema de comunicação em situações de emergência. • Ação conjunta com órgãos públicos e empresas vizinhas. Figura 85 – Sistema de combate a incêndio para áreas de alto risco utilizando gás inerte 111 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO Classificam-se os procedimentos em de intervenção, como ações de alerta, de socorro a vítimas, controle de emergência, ou procedimentos de informação, visando informar os funcionários da empresa e também da vizinhança sobre os riscos envolvidos em suas atividades e consequências em caso de sinistro, e, por fim, os procedimentos de normatização, aplicados após o sinistro nos inquéritos, bem como nas autorizações que por ventura sejam necessárias para operação da empresa. O PAE, de forma geral, visa preservar as vidas humanas, as instalações e o meio ambiente, adotando medidas que possam minimizar os efeitos de um acidente sobre todos eles. Para tanto, o comitê de emergências é fundamental para elaboração do PAE, que será responsável em determinar todas as demais ações do plano, como: • Descrição da organização. • Ocupação. • População. • Saídas de emergência. • Equipamentos de emergência. • Brigadas de emergência, podendo ser compostas de equipes de: –― combate de incêndio; ―– resgate; ―– abandono; –― atendimento pré-hospitalar; ―– emergência ambiental etc • Treinamentos para situações de emergência. • Serviço médico. • Estrutura de auxílio. 112 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 Unidade IV Figura 86 – Saídas de emergência de área de risco Conforme a realidade dos riscos, da empresa, da sua localização, da populaçãoexposta aos riscos e do potencial dano que possa causar, o comitê de emergência irá determinar as ações mais adequadas para cada situação. 8.2 Análise Crítica (AC) A Análise Crítica (AC) está voltada a uma avaliação qualitativa de um determinado agente, sendo parte da análise que compõe o SGSST. Essa análise deve ocorrer de forma planejada, sendo uma atribuição da direção da empresa executá-la. Os intervalos em que a AC será executada dependem do ponto em que o Sistema de Gestão se encontra, sendo que, no início, os intervalos serão menores e, conforme o sistema for se aprimorando, esses intervalos aumentarão, não devendo no entanto ultrapassar um ano. Como já discutido anteriormente, nas questões relacionadas à SST, se não houver o comprometimento da alta administração, toda ação que for tomada tende a fracassar ao longo do tempo. Aqui, sendo a AC uma atividade atribuída à alta administração, torna-se fundamental o seu comprometimento, que ela poderá demonstrar o seu compromisso com as ações de SST, bem como a sua aderência ao negócio da empresa. Assim, ao efetuar a AC, a administração deve considerar: • Todas as informações resultantes de investigação de ocorrências com lesões, danos à saúde e doenças do trabalho e os registros de incidentes, entre outros. • A participação e contribuição de seus funcionários, bem como contribuições externas, as mudanças e quaisquer situações que venham afetar o SGSST. A realização da AC deve adotar uma estratégia que busque checar e mensurar o sistema, avaliando a estratégia global do SGSST, a capacidade de o sistema atender e responder às necessidades globais 113 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO da empresa, a necessidade de fazer alterações no sistema, permitir identificar ações que possam ser exigidas para suprir deficiências do sistema, verificar sua retroalimentação, avaliar os progressos obtidos e a eficácia das ações adotadas. Resumo A execução e responsabilidade pela SST e sua gestão na organização é da alta administração e/ou do empregador, que devem demonstrar seu compromisso através das responsabilidades e atribuições. A documentação do SGSST deve ser clara e apresentada de modo a ser compreendida por todos. Os controles de documentos devem priorizar a revisão e atualização quando necessário para as mudanças que sejam necessárias. Os controles organizacionais devem identificar as operações e atividades que estejam associadas aos riscos e para as quais seja preciso implementar medidas de controle para sua gestão e utilizar a auditoria interna para garantir que sejam realizados planejamentos de acordo com as conformidades, incluindo os requisitos referentes às normas, a fim de garantir que está sendo mantido ou melhorando de acordo com as não conformidades. A alta administração deve agir e analisar criticamente o SGSST da organização em intervalos planejados, para assegurar sua contínua adequação e, para isso, aplicar uma gestão de mudanças. Essas análises críticas devem incluir a avaliação de oportunidades de melhoria e a necessidade de alterações. Exercícios Questão 1. (Enade 2005) Acidentes industriais ocorrem, muitas vezes, devido às interações inadequadas entre o trabalhador e sua tarefa, máquina e ambiente. Sob o enfoque ergonômico, a ação realmente eficaz para reduzir o número de acidentes consiste em A) Selecionar cuidadosamente os trabalhadores, para cada tipo de tarefa, de acordo com as suas habilidades individuais. B) Manter o ambiente sempre limpo e bem arejado, removendo todos os obstáculos existentes no piso. 114 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 Unidade IV C) Programar pausas para a redução da fadiga, sendo obrigatórios pelo menos 5 minutos de descanso a cada 30 minutos de trabalho contínuo. D) Dimensionar as tarefas, colocando-as dentro dos limites e capacidades da maioria dos trabalhadores. E) Colocar música no ambiente de trabalho, a fim de reduzir a fadiga e a monotonia e, consequentemente, aumentar a vigilância dos trabalhadores. Resposta correta: alternativa D. Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: uma seleção cuidadosa dos trabalhadores para cada tipo de tarefa, de acordo com as suas habilidades individuais, não garante que acidentes industriais não possam acontecer devido às interações inadequadas entre o trabalhador e tarefa, máquina e ambiente. Sob o enfoque ergonômico, a ação realmente eficaz para reduzir acidentes consiste em dimensionar as tarefas, colocando-as dentro dos limites, capacidades e conhecimentos dos trabalhadores. B) Alternativa incorreta. Justificativa: apesar de haver um ambiente sempre limpo, bem arejado e sem obstáculos no piso, não existe garantia de que um acidente não ocorra, pois as tarefas podem não estar convenientemente dimensionadas de acordo com outros aspectos relativos à saúde dos trabalhadores e limites das suas capacidades e conhecimentos. C) Alternativa incorreta. Justificativa: embora as pausas para compensação da fadiga durante a jornada de trabalho sejam importantes, não há garantia de que um acidente não venha a ocorrer, pois as tarefas podem não estar convenientemente dimensionadas de acordo com outros aspectos relativos à saúde dos trabalhadores e limites das suas capacidades e conhecimentos. D) Alternativa correta. Justificativa. “Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora”. MTPS (1990, item 17.1.2.). A análise ergonômica procura evidenciar os fatores que podem levar a uma sub ou sobrecarga de trabalho (física ou cognitiva) e suas influências sobre a saúde. Segundo Wisner (1994), citado por Alves (2005), a ergonomia visa ao melhoramento e à conservação da saúde dos trabalhadores e à concepção e ao funcionamento satisfatórios do sistema técnico do ponto de vista da produção e da segurança. Portanto, as tarefas devem ser dimensionadas, colocando-as dentro dos limites e das capacidades da maioria dos trabalhadores. 115 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO E) Alternativa incorreta. Justificativa: apesar da influência positiva da música no ambiente de trabalho, não existe garantia que um acidente não venha a ocorrer, pois as tarefas poderão não estar convenientemente dimensionadas levando em consideração outros aspectos relativos à saúde dos trabalhadores bem como os limites das suas capacidades e conhecimentos, o que poderá aumentar o risco de acidentes. Questão 2. (Enade 2009, adaptada) Durante sua atividade profissional, os administradores da saúde e da segurança do trabalho precisam tomar inúmeras decisões que envolvem riscos com impacto no desempenho de suas instituições. Fazem-no num contexto em que não dispõem de informações suficientes e têm restrições de recursos e de tempo para coletar mais informações para apoiar o seu processo decisório. Além disso, possuem limitações cognitivas que os impedem de alcançar uma solução ótima para os problemas que enfrentam. Com base no texto, é correto afirmar que os administradores tomam decisões num contexto de racionalidade A) Instrumental B) Legal. C) Limitada. D) Plena. E) Técnica. Resolução desta questão na plataforma. 116 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gram aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 REFERÊNCIAS Audiovisuais 28 DE ABRIL: dia mundial em memória às vítimas de acidentes de trabalho. Brasil: Serviço de Recursos Instrucionais, 2017. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/multimidia/ detalhe-video/download/Videocast/624/28%20de%20abril%202017_20170426101128-mp4>. Acesso em: 5 jul. 2018. 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Unidade II – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2006: Administração. Questão 17. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/enade/2006/Provas/PROVA_DE_ ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 6 jul. 2018. Unidade II – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2010: Tecnologia em Gestão Ambiental. Questão 15. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/ enade/provas/2010/tecnologia_gestao_ambiental_2010.pdf>. Acesso em: 6 jul. 2018. Unidade III – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2008: Engenharia grupo VI. Questão 32. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/Enade2008_RNP/ ENGENHARIA_VI.pdf>. Acesso em: 6 jul. 2018. 123 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 Unidade III – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2010: Tecnologia em Gestão Ambiental. Questão 27. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/ enade/provas/2010/tecnologia_gestao_ambiental_2010.pdf>. Acesso em: 6 jul. 2018. Unidade IV – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2005: Engenharia grupo VI. Questão 37. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/enade/2005/provas/ ENGENHARIA_VI.pdf>. Acesso em: 6 jul. 2018. Unidade IV – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2009: Administração. Questão 13. Disponível em: <http://public.inep.gov.br/enade2009/ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 6 jul. 2018. 124 Re vi sã o: M ar ci lia B rit o/ Al in e Ri cc ia rd i - D ia gr am aç ão : E ve rt on M ar tin s S ou za - 1 3/ 07 /2 01 8 Informações: www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000
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