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Samantha Lopes – OMF II 1 Potencial de Ação Cardíaco ➢ Coração miogênico: • Histologia: junções gap → comunicação livre entre as células permite a passagem de íons. • Acoplamento elétrico: propagação do estímulo (polarização e despolarização; rapidez com que ocorre o estímulo). • Discos intercalares: proteínas ancoradoras entre as membranas celulares. ➢ Ultraestrutura do músculo cardíaco: • Fibras estriadas estruturadas em sarcômeros → a disposição horizontal das células justapostas auxilia na passagem do sangue e aumenta a eficiência com que ocorre os batimentos cardíacos. • Células do músculo cardíaco ramificadas. • Núcleo unido. • Discos intercalares com junções gap. • A perda ou a lesão das fibras faz com que haja perda das funções cardíacas. ➢ Impulso elétrico: • Origem para a contração. • Contração: depende da despolarização rítmica das membranas das células musculares → especialização celular em regiões específicas do coração que irão desencadear o impulso nervoso, mas sempre obedecendo uma dinâmica rítmica. Se houver alguma danificação nessas células, o coração do paciente será agravado. • Corações miogênicos: origem nas células musculares. • O impulso será propagado célula a célula, ocorrendo a despolarização com a abertura dos canais Na, Ca e K. Com a abertura dos canais de Ca²+, o cálcio irá entrar para dentro da membrana (Mais [ ] → Menos [ ] (a favor do gradiente de [ ]). Como os canais são dependentes de voltagem, eles só irão se abrir quando houver uma mudança de voltagem, ou seja, com a abertura dos canais de sódio, que faz com que os potenciais de membrana variem, tornando-se em uma variação elétrica. A entrada de cálcio provoca a sinalização para que ocorra a liberação de cálcio para dentro do retículo sarcoplasmático → reserva da célula muscular para que ocorra o processo de contração muscular. Após ocorrer o processo de contração, o cálcio será liberado das proteínas de contração, vai retornar ao retículo sarcoplasmático para ser armazenado para que ocorra o processo de despolarização, sendo jogado para fora da membrana para reequilibrá-la. ➢ Balanço de K/Ca: • Alteração do potencial de repouso. • Alteração do potencial de ação. • Alteração da excitabilidade. • Alteração da FC. • Muito Ca dentro da célula muscular cardíaca é um sinal de que a célula precisa se contrair, muito cálcio fora, é sinal que a célula precisa relaxar. • O balanço de K e Ca está diretamente ligado com a excitabilidade cardíaca. • K → diminuição → fatal. • Ca → Balanço → Reserva (para o processo de contração). • Problema nutricional de potássio: desequilíbrio de membrana → não será possível realizar a condução de impulso. • O excesso de potássio também altera a excitabilidade cardíaca, podendo paralisar os canais que transitam os íons, diminuindo a excitabilidade cardíaca. Samantha Lopes – OMF II 2 • Alteração de temperatura também altera a permeabilidade dos íons, a baixa temperatura pode levar a uma parada cardíaca ou a uma hipotermia. Já, o aumento da temperatura, durante um exercício de alta intensidade, pode ocorrer uma melhora leve e, posteriormente, a fadiga. ➢ Fisiologia das fibras miocárdicas: • O aumento ou a diminuição da FC está diretamente relacionada ao SNA, nas estruturas simpáticas e parassimpáticas. • O nervo vago, pela via parassimpática, atinge vias distintas do coração, aumentando a FC. • O ponto inicial do circuito elétrico é no átrio elétrico. • Quando há uma estimulação simpática máxima, o débito cardíaco é considerável e o átrio direito, assim como outras partes do corpo, trabalham mais. O débito cardíaco será maior porque será necessário um maior bombeado de sangue, como em situações de fuga, de luta e de exercícios físicos de alta intensidade. • Quando a via simpática não está trabalhando, o coração não tem ritmo da FC normal, mas em algumas situações de relaxamento do corpo, pode desencadear estímulos por uma via parassimpática, diminuindo a FC. • O nervo vago, que sai da região cranial, atinge dois nós de pontos importantes do controle de circuito dos impulsos. Se for necessário diminuir a FC, regula esses dois pontos (Nó SA e nó AV) para as vias parassimpáticas. Já, as vias simpáticas, possui uma relação maior com a via medular. O gânglio sai da região medular, atinge o nó SA e o nó AV, além de outras áreas, para fazer com que a FC aumente mais rapidamente mediante a necessidade. • O impulso sempre se inicia o nó/ nodo sinoatrial, localizado no átrio direito, chamado também de marcapasso inicial, pois será ele que irá dar o primeiro conjunto de impulsos e ditar o ritmo do coração, para se propagar pelo coração. Parte desses impulsos deve ser enviada para o átrio esquerdo, uma vez que os dois átrios entram em sístole e em diástole juntos. Os átrios recebem os impulsos de maneira uniforme através das vias intermodais. Posteriormente, esses impulsos chegam a um mesmo ponto em comum, que é o segundo ponto de controle, o nó/nodo atrioventricular, onde há um retardo nodal do impulso por alguns instantes para evitar que os átrios e ventrículos tenham impulso ao mesmo tempo (isso diminuiria a eficiência cardíaca), passando pelo feixe de his (região átrio-septo), atingindo também a região do miocárdio através de fibras especializadas, chamadas de fibras de purkinge, para que os impulsos cheguem nos ventrículos pelos feixes ramificados e realizem o processo de contração e depois relaxamento. Samantha Lopes – OMF II 3 ➢ Propriedades funcionais das fibras miocárdicas: • Automatismo (cronotropismo): atividade rítmica que persiste mesmo com o órgão desligado do corpo. • Condutibilidade (dromotropismo): tecidos excitáveis (reage aos impulsos elétricos). • Excitabilidade (batmotropismo): capacidade de responder a outros estímulos que não sejam os do marcapassos. • Contratilidade (inotropismo): coração responde aos estímulos contraindo-se. • Tônus cardíaco: certo grau de tensão (contração mesmo em repouso). • Obs: fibras do miocárdio tem a propriedade de gerar, também, seus próprios impulsos, em alguns sítios específicos. ➢ Automatismo e condutibilidade cardíaca: • Retardo nodal: quantidade diminuta de junções gap, há menos comunicação entre as células, o impulso será transmitido em uma velocidade pouco menor do que em outras regiões, o que gera o atraso. ➢ Eletrofisiologia do miocárdio: • Células cardíacas e potenciais de ação cardíacos: ✓ Células contráteis: tecidos atriais e ventriculares (trabalho cardíaco). ✓ Células condutoras especializadas: conduzem os potenciais de ação por todo o miocárdio (células do nó AS, vias intermodais dos átrios, nó AV, feixes de his, fibras de pukinje). ✓ É por causa da semelhança histológica entre as células contráteis e as células condutoras que é necessário inervar cada região do coração. As células condutoras em regiões específicas fazem com que o estímulo seja propagado pelas células musculares. • Potenciais de ação x células musculares: ✓ Músculo esquelético: sem hiperpolarização. ✓ Músculo liso: entrada de Ca²+. ✓ Músculo cardíaco: platô → grande entrada de cálcio para propagar o impulso para as células vizinhas e para ocorrer o processo de contração muscular. (curva no gráfico 3). Isso não ocorre com o músculo esquelético porque a forma como esse músculo se contrai é diferente. ✓ A câmara deve se contrair de maneira uniforme. Isso ocorre com um processo de despolarizaçãomais longo, pois o tempo para que o impulso se propague e inicie o processo de contração é relativamente longo. ✓ Resumindo: quando todas as células receberem o estímulo de forma simultânea, elas irão se contrair juntas. • Potencial de ação nos ventrículos, dos átrios e das fibras de purkinje: ✓ Chamados de potenciais rápidos em função da condutância despolarizante. ✓ Longa duração (150 a 300ms); → depende da localização. ✓ Longos períodos refratários (demoram um tempo até que um novo potencial de ação chegue). ✓ Se aumenta os batimentos a condução dos impulsos é mais rápida, se diminui a frequência a dcondução de impulsos é mais lenta, mas, de maneira geral, a quantidade de segundos do processo de transmissão não varia. ✓ O potencial de repouso geralmente é estável, mas se a FC aumentar, o potencial de repouso encurta e terá mais potencial de ação em um menor tempo, já que o coração está batendo mais rápido. Isso ocorre também de forma contrária. Samantha Lopes – OMF II 4 ➢ Potenciais de ação cardíacos: • Canais de Cálcio tipo L (longa duração): ✓ 0 → despolarização (a membrana está negativa e tende a ficar postiiva com a aberutra dos canais de Na+). ✓ 1 → Potencial de membrana variou, mudança de voltagem induz o fechamento dos canais de sódio, pois a molécula já está despolarizada. ✓ 2 → Abertura dos canais de K+, tendo uma entrada de grande quantidade de cálcio por um tempo considerável (devido ao processo de contração). ✓ 3 → Após o processo de contração, os canais de cálcio são fechados e ocorre a repolarização. ✓ 4 → O potencial de membrana volta para a voltagem de repouso, através do bombardeamento de grandes quantidades de K+ para fora da célula, espernado um novo potencial de ação acontecer. ➢ Potenciais de ação no nó SA: • Automaticidade: mais permeáveis a Na/Ca → transitam com mais facilidade. • Alto e lento influxo. • Canais inativam em mais ou menos 100ms. • Ca se difunde no cardiomiócitos → iniciar o processo de contração. • Influxo de Na/Ca cessa. • Altos valores de K em efluxo. • Hiperpolarização. • Potencial de repouso → está tendo trânsito de subtâncias. e está variando o potencial de membrana, mas não o suficiente para desencadear um potencial de ação. • As próprias células iniciam seu próprio estímulo para se despolarizarem, nos limites, os canais automaticamente se abrem ou se fecham para a passagem de substância. • Pode ser enviada uma mensagem simpática para o sinoatrial para que o processo ocorra mais rapidamente ou pode ter um sinal parassimpático para que o processo ocorra mais lentamente. Samantha Lopes – OMF II 5 • Potencial de repouso é instável, praticamente não existe. • Não têm platô mantido, mas tem entrada de cálcio. • As células do nó SA são as únicas miocárdicas com automaticidade intrísceca → suprime os outros marcapassos latentes; supressão por processo de atividade. • Marcapassos latentes: células do nó AV, do feixe de his e das fibras de purkinje → podem comandar o ritmo em casos de alteerações no nó SA. ➢ Alterações do potencial Marcapasso: • Marcapasso extópico/ foco ectópico: contrações anormais causadas por marcapassos latentes. • Pode ajudar a manter o ritmo durante transplantes. • Comprometimento do bombeamento → uso de marcapasso artificial (sinoatrial fuciona de forma decadente). • Bloqueios de ramo: ✓ 1º grau (parcial): diminuição da intensidade do impulso via nó AV. ✓ 2º grau (parcial): distúrbio na condução dos átrios – ventrículos. ✓ 3º grau (completo): não há comunicação AV. Batimentos mantidos pelas fibras de his em diante.
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