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Problema 1 Data: 13/09 Especificidade e Memória OBJETIVOS : 1) Determinar a origem e o desenvolvimento do sistema imunológico e seu destino final (embrionário e vida adulta) As células do sistema imunológico tem origem nas células tronco.Os progenitores linfoide e mieloide, que estão no saco vitelino desde a quarta semana de gestação, migram para o fígado fetal, que por volta da 20° semana migra para a medula óssea. Estas células passam por uma série de divisões e diferenciações até se transformarem em uma célula madura. Todas as células amadurecem na medula e são lançadas na corrente, com exceção dos linfócitos T, que se originam na medula, mas amadurecem e se diferenciam no timo, para só depois cair na circulação, como demonstrado na Figura 1. FIGURA 1 : Ontogenia do sistema imunológico. Adaptada de Ygberg e Nilsson, The developing immune system - from foetus to toddler. Acta Paediatr 2012; Como mostrado na Figura 1 também (B) durante o desenvolvimento para a vida adulta várias células do sistema imunológico continuam amadurecendo, como as células dendríticas e os linfócitos B. Com o tempo, o sistema imunológico vai perdendo a sua capacidade de distinguir o que é próprio do que não é (identificar antígenos estranhos). Consequentemente, os distúrbios autoimunes tornam-se mais frequentes. FONTES : Ygberg S, Nilsson A. The developing immune system - from foetus to toddler. Acta Paediatr 2012; Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/51724391_The_developing_immune_system-From _foetus_to_toddler. Acesso em 14/09/2021 e ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A.H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 8ᵃ Edição. Elsevier, 2015 . 2) Diferenciar resposta inata e adaptativa A imunidade inata (natural) é a que existe já antes da exposição ao micróbio e por isso é uma resposta rápida. Ela não é específica e inclui defesas por barreiras físicas (como a pele), químicas e por células especializadas. Esse tipo de imunidade não apresenta memória imunológica e envolve processos como a fagocitose e a inflamação. A imunidade inata não apresenta melhoras depois da exposição ao organismo invasor. Já a imunidade adaptativa (adquirida) acontece depois da exposição a um agente, melhora depois de repetidas exposições e é específica. Possui memória imunológica longa e é mediada por anticorpos. É ativada pelos antígenos, que são exclusivos e únicos de cada patógeno. A imunidade adaptativa pode ser ativa ou passiva, à ativa é induzida após o contato com antígenos externos e à passiva é baseada em anticorpos pré-formados em outro hospedeiro FONTE: LEVINSON, W. Microbiologia médica e imunologia. 12 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014 e ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A.H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 8ᵃ Edição. Elsevier, 2015. 3) Diferenciar as linhas de defesa e seus componentes As linhas do sistema imunitário três de defesa incluem barreiras físicas e químicas, respostas inatas não específicas, e respostas adaptáveis específicas. Barreira física e química Composta pela pele e as membranas mucosas. Além disso, os componentes que são segregados pela pele ou mucosa, tal como o suor, saliva, rasgos, mucosos, ajudam a fornecer uma barreira básica contra os micróbios patogênicos de invasão. Resposta inata não específica Entra em ação quando o microrganismo passar pela primeira linha de defesa (barreira física). Envolve o processo de fagocitose, que inclui macrófagos , neutrófilos , monocitos e células dendríticas. Há também o processo de inflamação, que envolve basófilos e eosinófilos. Além da presença de células natural killer, que são formadas prontas para reconhecer e matar as células cancerígenas e células infectadas por certos vírus. Resposta adaptável específica Envolve principalmente dois tipos dos glóbulos brancos (linfócitos) - linfócitos de B e linfócitos de T. Os linfócitos B estão envolvidos em respostas imunes com anticorpos (imunidade humoral), e os linfócitos T estão envolvidos em respostas imunes comunicadas pelas células, como mostrado também na figura 1. FIGURA 1 : Principais componentes das respostas imunes inatas e adaptativas que contribuem para a imunidade humoral (mediada por anticorpos) e celular (mediada por células). FONTE : LEVINSON, W. Microbiologia médica e imunologia. 12 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014 FONTES: LEVINSON, W. Microbiologia médica e imunologia. 12 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014 e ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A.H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 8ᵃ Edição. Elsevier, 2015. 4) identificar os órgãos primários e secundários do sistema imune (Função) Órgãos linfóides primários: Timo e medula óssea Nestes órgãos ocorre a produção de linfócitos, Linfócitos T amadurecem no timo e linfócitos B amadurecem no fígado fetal e na medula óssea. Órgãos linfóides secundários: Baço e linfonodos locais que os linfócitos interagem entre si, com células acessórias e com antígenos. Assim, as respostas imunes celular e humoral ocorrem nos órgãos linfóides periféricos, onde são geradas células efetoras e de memória. Portanto, a função destes órgãos é maximizar o encontro entre linfócitos e substâncias estranhas, permitindo o surgimento das respostas imunológicas. FONTES: ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A.H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 8ᵃ Edição. Elsevier, 2015 5) Diferenciar célula mieloide e linfoide As duas principais categorias de leucócitos são as linhagens linfoide e mieloide A célula mielóide é o precursor de macrófagos, granulócitos, mastócitos e células dendríticas do sistema imune inato, como mostrado na figura 2 pelos quadros rosa. A célula linfóide dá origem aos linfócitos específicos do sistema imune adaptativo (Linfócitos B e T) e também à célula natural killer (NK), como mostrado nos quadros azuis da figura 2. FIGURA 2 : Todos os elementos celulares do sangue, incluindo as células do sistema imune, derivam das células-tronco hematopoiéticas (HSCs) pluripotentes da medula óssea. Fonte: MURPHY, Kenneth. Imunobiologia de Janeway. 8. ed. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2014. FONTES : ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A.H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 8ᵃ Edição. Elsevier, 2015 e MURPHY, Kenneth. Imunobiologia de Janeway. 8. ed. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2014. 6) Explicar como funciona a memória e especificidade do sistema imunológico À especificidade o sistema imunológico acontece na resposta adaptativa, que reconhece os diferentes antígenos e produz uma resposta imunológica específica para cada um. E isso acontece porque os linfócitos têm receptores de membrana que podem distinguir pequenas diferenças na estrutura dos antígenos. A memória imunológica acontece porque cada exposição a um antígeno estimula a formação de células de memória de vida longa, que se desenvolvem através da diferenciação dos linfócitos T e B. Essas células de memória conseguem gerar respostas rápidas e intensas quando expostas à seu antígeno especifico. Como podemos ver na figura 3, Antígenos X e Y induzem a produção de diferentes anticorpos (especificidade) e a resposta secundária ao antígeno X é mais rápida e maior do que a resposta primária, uma vez que existem as células de memória, produzidas na primeira vez que o corpo foi exposto ao antígeno. Figura 3 : Especificidade, memória e contração das respostas imunes adaptativas. FONTE : ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A.H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 8ᵃ Edição. Elsevier, 2015 FONTES : LEVINSON, W. Microbiologia médica e imunologia. 12 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014 e ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A.H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 8ᵃ Edição. Elsevier, 2015.