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31/08 – 03/08 Grupo A1 Apg - S2P1 - "Cabeça Cheia" Abertura Tutor: Gláucio Mazetto Siqueira. Coordenadora: Vitória Oliveira Secretária: Marya Eduarda Laboissiere 1. Termos desconhecidos: X 2. Tema: Meninges e Liquor 3. Hipóteses: a) Qual é a estrutura, formação e função das meninges? b) Quais são as fisiologias (origem, fluxo e definição) do liquor e seu acúmulo? c) Como é a embriologia / histologia das meninges e do liquor? 4. Conclusão: Concluímos que é o aumento anormal do fluido cefalorraquidiano é dentro da cavidade craniana, acompanhado de expansão dos ventrículos cerebrais, alargamento ósseo, sobretudo da testa e atrofia encefálica. Podemos observar que as meninges são membranas que revestem e protegem o encéfalo, incluindo o tronco encefálico, e a medula espinhal. As meninges consistem de três camadas (a dura-máter, a aracnoide, e a pia-máter), dentro da meninge circula um liquido que é responsável pelo transporte de metabolitos, neurotransmissores e nutrientes, ajudando na defesa (imunidade) do sistema nervoso central, esse liquido é o liquor. Voltado ao problema da semana, podemos observar que a imagem apresenta um acumulo deste líquido, ocasionando um quadro hidrocefálico. 5. Objetivos: Compreender a estrutura, formação e função das meninges; Entender a fisiologia (origem, fluxo e definição) do líquor e seu acúmulo; Entender a embriologia / histologia das meninges e do líquor (células ependimárias e plexo coroides); Resenha Meninges: As meninges são membranas conjuntivas que envolvem o SNC. Elas constituem 3 coberturas membranosas concêntricas.: dura- máter, aracnoide e pia-máter. A aracnoide e a pia-máter, que no embrião constituem um só folheto são, por vezes, consideradas como uma formação única, a leptomeninge. ou meninge fina. A dura-máter constitui a paquimeninge, ou meninge espessa. O conhecimento da estrutura e da disposição das meninges é muito importante, não só para a compreensão de seu importante papel de proteção dos centros nervosos, mas também porque elas podem ser acometidas por processos patológicos, como infecções (meningites) ou tumores (meningiomas). Além do mais, o acesso cirúrgico ao sistema nervoso central envolve, necessariamente, contato com as meninges, o que toma o seu conhecimento muito importante para o neurocirurgião. 31/08 – 03/08 Grupo A1 Dura Máter (paquimeninge): Meninge mais externa, espessa e compacta. Tecido conjuntivo denso não modelado (fibroblastos e fibras de colágeno) Parte óssea (em contato com a calota craniana). Lâmina Perióstea e Lâmina Meníngea. Parte em contato com a aracnoide → Local de fácil clivagem → Espaço subdural (espaço estreito que separa a dura-máter da aracnoide) não existe em condições normais Parte craniana → Tem continuidade com periósteo dos ossos da caixa craniana Parte espinal → Separada do periósteo das vértebras → Forma-se entre os dois o espaço peridural/ epidural (entre a dura- máter e o osso). → Espaço peridural contém: veias delgadas, tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. A superfície interna da dura-máter (e externa do canal vertebral) é formada por epitélio simples pavimentoso (camada única de células bem achatadas) de origem mesenquimatoso. Protege o tecido nervoso subjacente. Protege os nervos cranianos ao formar uma bainha que recobre cada nervo craniano por uma curta distância quando este atravessa um for forames do crânio. A dura-máter também guarnece cada nervo espinal com uma bainha protetora. Ela se separa em algumas regiões: → Pregas Durais: fixam o encéfalo no crânio → Seios durais: transportam líquor e sangue venoso. A principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar. É radicalmente inervada e toda ou quase toda sensibilidade intracraniana se localiza aqui. É responsável pela maioria das dores de cabeça. Aracnóide (leptomeninge): 2 partes: 1. Contato com a dura máter, forma de membrana 2. Traves que ligam a aracnoide com a pia -máter Intermediação entre a dura-máter e a pia-máter Tecido conjuntivo sem vasos sanguíneos Superfícies revestidas por epitélio simples pavimentoso. Meninges na lâmina histológica Córtex cerebral em baixo Parte mais escura: pia-máter; Espaço subaracnóide, que tem as trabéculas que comunicam aracnoide e pia-máter Vasos sanguíneos (BV). Não consegue ver a dura-máter porque é um local de fácil clivagem 31/08 – 03/08 Grupo A1 As cavidades entre traves conjuntivas formam o espaço subaracnóideo. Preenchido por líquor. Comunica-se com os ventrículos cerebrais Não tem comunicação com o espaço subdural. “Colchão hidráulico”: protege o SNC de trauma Tem expansões que perfuram a dura – máter → Saliências em seios venosos → Dilatações fechadas: as vilosidades da aracnoide. As vilosidades (granulações) aracnoideas tem como função: Transferir líquor (LCR) pro sangue (reabsorver o líquor produzido no plexo coroide). Pia Máter (leptomeninge): Muito vascularizada ( diferente da duramáter e da aracnoide). Camada mais interna e delgada. Aderida ao tecido nervoso ( contato íntimo), acompanhando as irregularidades na superfície. Não fica em contato com células ou fibras nervosas (neurônio). Entre pia-máter e elementos nervosos: separação por prolongamentos de astrócitos (permitem a formação de uma barreira entre o sangue e o cérebro. Desenvolvimento das Meninges: Embriogênese das Meninges: entre os dias 20º ao 35º. Desenvolvem-se da Crista Neural e do Mesênquima. Circundando o Tubo Neural Granulação aracnoide. Camada da aracnoide penetrando a camada da duramáter e formando uma dilatação fechada cheia de capilares que vão permitir a reabsorção do líquido cefalorraquidiano. Córtex cerebral – letra C – região mais cinza Pia-máter – letra P – camada fininha Espaço entre as meninges Aracnoide – letra a – tecido conjuntivo mais frouxo Espaço subaracnóideo com as traves (trabéculas aracnoides) 31/08 – 03/08 Grupo A1 (primórdio do encéfalo e da medula espinhal). A Camada Externa originará a Dura- Máter. A Aracnoide e a Pia-Máter constituem a Camada Interna (pia-aracnoide). Espaços preenchidos por Líquido separam as Duas Camadas e geram o Espaço Subaracnóideo. A origem da pia-máter e aracnóidea partir de uma camada única é indicada no adulto pelas trabéculas aracnoides, as quais são delicadas e numerosas fibras de tecido conjuntivo que passam entre a pia e a aracnoide. Barreira Hematoencefálica: Barreira funcional Menor permeabilidade dos capilares sanguíneos do tecido nervoso. Dificulta a passagem de substâncias do sangue para o tecido nervoso. Proteção contra alguns antibióticos, agentes químicos, toxinas.... Controle duplo: 1. Barreira sangue-cérebro 2. Barreira sangue-líquor →Principais componentes estruturais: Capilar, endotélio capilar do tecido nervoso (formado por junções oclusivas fortes), prolongamento do astrócitos. Formações especificas da meninge: Plexos Coroides Dobras da pia-máter para dentro dos ventrículos Ricas em capilares fenestrados e dilatados, que permitem a troca de substancias do sangue com o Líquor nos ventrículos. Provocam saliência para o interior dos ventrículos Localização: Teto do 3 e 4 ventrículos e parte dos ventrículos laterais. 31/08 – 03/08 Grupo A1 Principal função: secretar líquido cefalorraquidiano → Importante para o metabolismo do sistema nervoso central → Protege contra traumas C – Capilares nas dobras de pia-máter E – Epitélio cúbico simples Componentes: tecido conjuntivo frouxo da pia-máter, células transportadoras de íons, revestimento de epitélio simples, cúbicoou colunar baixo Líquido Cefalorraquidiano (LÍQUOR): Também chamado de líquido cerebrospinal (LCS) É um líquido claro (límpido e incolor), semelhante ao plasma sanguíneo, porém com menor quantidade de proteínas. Normalmente, apresenta de 0 a 4 leucócitos por mm3 e uma pressão de 5 a 20 cm de água. Banha o encéfalo e a medula espinal, fornecendo proteção ao SNC Quantidade estimada no adulto: 100-150 ml Produzido continuamente nos plexos coroides: 500 ml/dia Reabsorvido nas vilosidades aracnoides Renovado a cada 7/8 horas (troca 4x no dia) Densidade próxima da H20, (1,004 - 1,008). Baixa. Raras células descamadas. Funções: → Proteção mecânica ∙ Tampão fluido ∙ Absorção de impacto → Flutuabilidade ∙ Peso médio do cérebro: 1,4 kg - 1,5kg. ∙ Peso em suspensão: 25 – 50 gramas. → Prevenção de isquemias ∙ Melhora perfusão. ∙ Explicação: ∙ A circulação cerebral começa de baixo p cima, e o cérebro fica sobre a circulação cerebral e sobre o polígono de Willis. Se tivesse 1,5 kg em cima desses vasos, você ia obstruir, criar obstrução ao fluxo e produzir isquemia no tecido nervoso. ∙ Quando você deixa só de 25 a 50 gramas, você melhora muito a perfusão e evita a isquemia. → Suprimento nutricional e homeostase do tecido nervoso. ∙ Distribuição de substâncias. ∙ Permite ajustar a pressão intracraniana (PIC) para adaptação a estados alterados. ∙ Ex: massa craniana (tumor crescendo. Ajusta a PIC para que não cause grandes danos. → Fatores neuroendócrinos → Limpeza de metabólitos ∙ Permite retirada de produtos do metabolismo pela reabsorção 31/08 – 03/08 Grupo A1 Desenvolvimento do Líquor: Líquor: começa a se formar durante a 5ª semana. Formação do Liquor: Cerca de 80 a 90% do liquor é produzido por células especializadas, as células ependimárias, no interior dos ventrículos laterais, e o restante é produzido por células semelhantes, nos terceiros e quartos ventrículos. O conjunto das células ependimárias, de seu tecido de suporte e dos vasos sanguíneos associados é coletivamente denominado plexo corióideo. Os plexos corióideos são formados a partir de invaginações de vasos sanguíneos e da pia-máter para o interior dos ventrículos, produzindo, assim, um núcleo de tecido conectivo vascularizado, coberto pelas células ependimárias. Circulação do Liquor: Trajeto: Ventrículos Laterais -> Forame Interventricular -> 3º Ventrículo -> Aqueduto do Mesencéfalo -> 4º Ventrículo -> Canal Central da Medula (menor quantidade em adultos) -> Aberturas Laterais e Mediana -> Espaço Subaracnóideo (Ao Redor do SNC) *Transporte facilitado por Cílios das Células Ependimárias Drenagem: Vilosidades Aracnóideas formam as Granulações Aracnóideas, que penetram a Dura-Máter até os Seios Durais, nos quais o Líquor é absorvido e cai na Circula na Circulação Venosa (Veia Jugular Interna). 31/08 – 03/08 Grupo A1 31/08 – 03/08 Grupo A1 Espaços Intracranianos/Ventrículos: Vestígios Embrionários do Tubo Neural (Tubo Oco) revestidas internamente por Células Ependimárias, preenchidos por Líquor. Ventrículos Laterais: “1º e 2º Ventrículos”, em cada Hemisfério Cerebral, separados pelo Septo Pelúcido abaixo do Corpo Caloso. 3º Ventrículo: Pequena Cavidade no Centro do Diencéfalo entre as duas metades do Tálamo. Comunica-se com os Ventrículos Laterais pelo Forame Interventricular. 4º Ventrículo: Localizado entre a Ponte e o Bulbo, na base do Cerebelo. Comunica-se com o 3º Ventrículo pelo Aqueduto do Mesencéfalo. Ele é contínuo com o Canal Ependimário (que se estende por todo comprimento da Medula até o Ventrículo Terminal) e com o Espaço Subaracnóideo (2 Aberturas Laterais e 1 Mediana). 31/08 – 03/08 Grupo A1 Embriogênese das Cavidades do SNC: 3ª Semana: Desenvolvimento do Tubo Neural (União das Pregas neurais, formando um Tubo Oco, revestido por Neuroectoderma). Divisões do Tubo Neural e Estruturas Derivadas: Tela Coróidea (Membrana Vascular que reveste o Teto dos Ventrículos) Prolifera-se e se invagina para o Ventrículo, formando o Plexo Coroide. Curiosidade Hidrocefalia: O aqueduto do mesencéfalo pode se apresentar bloqueado ao nascimento ou após ele, em função de um tumor no encéfalo, por exemplo. Caso as aberturas do quarto ventrículo ou do aqueduto do mesencéfalo estejam ocluídas, o LCS vai gradativamente acumulando-se no interior dos ventrículos, resultando em uma condição chamada hidrocefalia interna (hidrocefalia não comunicante). Isso ocorre porque a produção de LCS continua, apesar da oclusão das suas vias de passagem. Assim, a quantidade de liquido aumenta no interior do 31/08 – 03/08 Grupo A1 encéfalo, causando pressão, o que comprime o tecido nervoso e dilata os ventrículos. Essa compressão do tecido costuma resultar em danos irreversíveis ao encéfalo. Se os ossos do crânio não estiverem completamente ossificados, a pressão pode, ainda, causar deformações graves na cabeça. A hidrocefalia interna pode ser tratada por meio da colocação de um tubo de drenagem entre os ventrículos e a cavidade abdominal, o que elimina a elevação da pressão no encéfalo. Entretanto, esse procedimento aumenta o risco de ocorrerem infecções encefálicas, e o tubo deve ser trocado à medida que o paciente cresce. Uma hemorragia subaracnóidea pode bloquear o retorno do LCS à circulação sanguínea. Se o LCS se acumular no espaço subaracnóideo, a condição e ́ chamada hidrocefalia externa (hidrocefalia comunicante). Nesta condição, a pressão é aplicada externamente ao encéfalo, comprimindo os tecidos neurais e podendo causar danos. A hidrocefalia externa geralmente tem resolução sem tratamento. Etiologia: 1. Obstrução de passagem -> mal- formações congênitas, tumor, cicatriz após traumatismos 2. Secreção excessiva -> neoplasias benignas (mais rara) 3. Vilosidades aracnoideas microscópicas, granulações aracnoideas macroscópicas -> absorção 31/08 – 03/08 Grupo A1 Referências: 1. SanarFlix [homepage da internet]. [acesso em 01/09/2020] 2. MACHADO, Ângelo B.M.; HAERTEL, Lúcia Machado. Neuroanatomia funcional. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2006 3. VanPutte CL, Regan JL, Russo AF. Anatomia e fisiologia de Seeley. 10ª ed. Porto Alegre: AMGH; 2016. 4. Famema [homepage da internet]. [acesso em 03/09/2020]. Sistema Nervoso (Parte 1). https://www.famema.br/ensino/embriologia/sistemaneurologico.php https://www.famema.br/ensino/embriologia/sistemaneurologico.php
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