Buscar

Governo FHC e a Educação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Fernando Henrique Cardoso
O governo de FHC que teve início em 1995 e término em 2003. Nestes 8 anos de mandato, teve a criação de : Bolsa escola; Sistemas que avaliam o ensino superior e segundos grau; Programa acorda Brasil; Está na hora da escola; ENEM; Programa Nacional Biblioteca de Escola-PNDE; Diversidade na Universidade.
Com pouco tempo para acabar o governo de Fernando Henrique Cardoso, o programa Avança Brasil analisa as promessas que o governo fez e deixou de fazer pela educação, selecionando as principais propostas por níveis e modalidades de ensino.
· Educação Infantil: meta de ampliar ao ano as vagas em creches e pré-escolas; definir diretrizes curriculares nacionais e padrões mínimos de infraestrutura.
· Educação especial: expansão na matrícula de alunos portadores de necessidades especiais.
· Educação de jovens e adultos: houve muitos desacertos, incluindo a queda de analfabetismo na faixa de 15 a 29 anos; o governo não aumentou os recursos para o desenvolvimento de programas de alfabetização, mas em 4 anos foram oferecidos na educação 4 séries inicias do fundamental à 3 milhões de jovens e adultos de 15 a 30 anos.
· Ensino fundamental: meta de 98% das crianças de 7 à 14 anos no ensino fundamental; houve desigualdade regional no acesso à educação; o governo não cumpriu a promessa de elevar 70% o número de concluintes do ensino fundamental e de ampliá-lo; e não cumpriu a meta de eliminar o ensino noturno.
· Ensino médio: a performance do governo deixou a desejar no ensino médio. A meta de alcançar a marca de 10 milhões de alunos em 2002 não foi atingida. No ano de 2001, o Censo Escolar apontou 8,4 milhões de alunos matriculados em escolas públicas e privadas; houve um freio no ritmo de expansão que era de 10%, em média, para 2,7%, no ano de 2000; outras promessas do Avança Brasil para o ensino médio também não foram cumpridas; o governo federal não conseguiu investir R$ 4 bilhões na expansão da rede física de ensino médio e equipar as escolas com computadores, laboratórios e bibliotecas decentes; o investimento prometido ficou pela metade; o governo não conseguiu ainda interligar as escolas em rede nacional; não definiu uma política de valorização dos docentes tampouco adotou, conforme o prometido, um programa de aperfeiçoamento dos professores de ciências e matemática; existia uma carência enorme de bons profissionais nessas duas disciplinas.
· Ensino superior: A meta de ampliar em 30% a matrícula foi atingida; foram mais de 3 milhões de alunos matriculados em todo o sistema, incluindo instituições públicas e privadas (bem acima dos 2,7 milhões previstos no Avança Brasil). Apesar disso, FHC ficou devendo a ampliação do programa de crédito educativo, que não alcançou a meta de beneficiar 15% dos alunos de faculdades privadas; o programa de crédito educativo, o Fies, contemplou até o final de 2002 menos de 10% dos cerca de 2 milhões de alunos que estudam em instituições privadas.
· Formação e valorização do magistério: pelo passado de professor do Presidente da República e do ministro da Educação, Paulo Renato Souza, esperava-se mais dos dois pela categoria; as ações para a formação e valorização do magistério foram restritas; houve ganhos limitados para os professores do ensino fundamental com a criação do Fundef; nas universidades federais, o programa de Gratificação de Estímulo à Docência gerou insatisfações e frustrou esperanças; a ideia de se criar, dentro ou fora das universidades, institutos superiores de educação e de cursos normais superiores, "como parte do processo de renovação e valorização da formação para o magistério", não caminhou no ritmo desejado; o governo ficou devendo a criação de incentivos, como a criação de um crédito educativo nacional, para estimular a melhoria na formação dos docentes de educação básica.
· Conclusões: poucas metas prometidas por FHC para a educação foram integralmente cumpridas. Parte delas, sobretudo as metas quantitativas, foi executada, mas de forma parcial. A criação da Fundef e a aprovação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases), no primeiro mandato, foi um marco importante, pois deu rumo ao que antes estava sem direção. O fundo redistribuiu com maior equidade os recursos destinados ao ensino fundamental. Um dos maiores erros e, ao mesmo tempo, um dos maiores acertos do atual governo foi chamar para si a responsabilidade pela educação. O erro é que o governo federal se colocou como credor de todos os acertos e desacertos das políticas educacionais, inclusive de estados e municípios. O mérito inegável dessa estratégia foi ter incluído a educação como prioritária na agenda da sociedade brasileira.

Continue navegando