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04/10/2020 1 Anatomofisiologia Tegumentar e a Bioquímica do envelhecimento PROF. MS ALINE KELLER MESTRE EM CIÊNCIA FARMACÊUTICAS PRESIDENTE DO GT DE ESTÉTICA CRFES FARMACÊUTICA ESTETA FARMACÊUTICA CLÍNICA Pele A pele é um sistema tegumentar que recobre o corpo Possui diversas funções Termorregulação Proteção e defesa orgânica Funções táteis (calor, frio, pressão, dor e tato) Pele É um meio de eliminação de toxinas Corresponde a cerca de 12 a 16% do peso corporal Forma barreira Produção de vitamina D Produção de melanina Principal órgão de comunicação com o exterior 04/10/2020 2 Pele 64% de água 33% de ptn estruturais 1% de albumina e globulinas 0,7% mucinas e mucóides 2% de gordura 0,5% de pigmento EPIDERME 04/10/2020 3 EPIDERME 04/10/2020 4 CAMADA BASAL Células: Queratinoblastos, melanócitos e células de Merkel Camada mais profunda da epiderme; Contem 70% de água (semelhante a derme) Rica em cisteína que ao ser oxidada forma cistina para síntese de queratina que confere resistência. CAMADA GERMINATIVA CAMADA BASAL É a camada mais profunda da epiderme, localizada mais perto da derme. Camada colunar ou cubóide de células que repousam na membrana basal ou lamina basal. Células: Queratinoblastos, melanócitos e células de Merkel Intensa atividade mitótica. As células basais são as células reprodutivas da epiderme. Sua atividade mitótica provê as camadas celulares mais superficiais da epiderme. A renovação da epiderme leva cerca de 21 a 28 dias CAMADA BASAL As células da camada basal se dividem rapidamente produzindo novos queratinócitos que se movem para a superfície, formando as camadas mais superficiais da epiderme. A camada basal também é chamada GERMINATIVA. 10 a 25% das células da Camada Basal são melanócitos que estendem suas prolongacões (dendríticas) até a camada espinhosa. 04/10/2020 5 MELANÓCITO Localizados na camada basal da epiderme ou na junção dermo- epidérmica. Responsáveis pela produção de melanina http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11601655 MELANÓCITO Dendritos ↑ pela exposição ao radiação UV MELANÓCITO Prolongamentos citoplasmáticos Penetram no citoplasma das céls do estrato espinhoso (Transferência grânulos de melanina) Citoplasma queratinócitos Grânulos Proteção do DNA 04/10/2020 6 Melanogênese Os melanócitos contêm melanossomas, que são organelos subcelulares do tipo lisossomo, nos quais os pigmentos da melanina são sintetizados e armazenados antes da distribuição aos queratinócitos circundantes. Os melanossomas requerem um número de proteínas enzimáticas e estruturais específicas para amadurecer e tornar-se competentes para produzir melanina(tirosinase (TYR), a proteína 1 relacionada à tirosinase (TYRP1 ), Tautomerase DOPA ou proteína-2 relacionada à tirosinase (TYRP2)). 04/10/2020 7 Os melanossomas produzem dois tipos de melanina: eumelanina, um polímero insolúvel marrom-preto ou escuro; e feomelanina, um polímero solúvel vermelho- amarelo, formado pela conjugação de cisteína ou glutationa. Embora três enzimas (TYR, TRP-1 e TRP-2) estejam envolvidas na via da melanogênese, apenas a TYR é necessária exclusivamente para a melanogênese. O TYR é produzido apenas por células de melanócitos. Após sua síntese e consequente processamento no retículo endoplasmático e Golgi, é trafegado para melanossomos, em que o pigmento da melanina é sintetizado. Do ponto de vista estrutural, dois íons de cobre, cada um rodeado por três histidinas, são responsáveis pela atividade catalítica da TYR . Três estados diferentes do sítio ativo foram relatados na formação de pigmentos: formas oxi, met e desoxi. Melanogênese 04/10/2020 8 CÉLULAS DE MERKEL Localizada na camada basal da epiderme Prolongamentos entre os queratinócitos e Aderidos por desmossomos Nervos sensitivos mielínicos – atravessam a lâmina basal e se aproximam da cel de Merkel Célula Merkel + terminação nervosa = Complexos Células de Merkel-Axônio. Células mecanorreceptoras (ponta dos dedos) 04/10/2020 9 CÉLULAS DE MERKEL CAMADA ESPINHOSA As células se diferenciam da camada basal e se tornam polígonos irregulares cubóides grandes Ligadas por extensões citoplasmáticas denominadas DESMOSSOMAS e tonofilamentos Mantém a coesão das células = resistência Além das organelas usuais pode-se observar a formação de grânulos lamelares ligados a membrana CAMADA ESPINHOSA É formado por cerca de 4 a 8 camadas de células ligadas por tonofilamentos proteicos elásticos Entre os queratinócitos encontram-se as Células de Langerhans, muito numerosas nesta camada Células da CE ainda recebem nutrientes por difusão da derme e a medida que as células se dirigem a superfície elas morrem e seu protoplasma frouxo se torna queratinizado – rígido Está presente também nesta camada o 7- dehidrocolesterol= substância precursora de vit. D 04/10/2020 10 CAMADA ESPINHOSA Tonofilamentos- extensões citoplasmáticas CÉLULAS DE LANGERHANS 04/10/2020 11 CÉLULAS DE LANGERHANS CAMADA GRANULOSA CAMADA GRANULOSA Consiste de 4 camadas de células poligonais e achatadas com núcleo central e muito maiores Possui citoplasma rico em grânulos de querato- hialina livres e fosfolipídios Início da liberação dos grânulos lamelares ricos em lipídios que preenchem os espaços intercelulares (ceramidas) 04/10/2020 12 CAMADA GRANULOSA Os lipídios lamelares liberados são importante fator de proteção da pele contra os agentes agressores do meio ambiente O início do processo de queratinização leva as células à morte É chamada GRANULOSA pois as células desta camada possuem grânulos ricos em precursores de queratina (querato-hialina) CAMADA GRANULOSA A melanina sintetizada por melanócitos passa para os queratinócitos e protege a pele da radiacão UV Na epiderme também encontram-se as células de Merkel (presentes nas mãos e pés com função mecanoreceptora). CAMADA LÚCIDA- PELE ESPESSA Consiste de várias camadas de células achatadas e mortas e queratinizadas Degeneração do núcleo celular e poucos fragmentos da membrana nuclear e celular ainda visíveis Presente nas palmas das mãos e plantas dos pés Aumento da resistência. Proteção 04/10/2020 13 CAMADA LUCIDA CAMADA CÓRNEA Células completamente preenchidas por filamentos de queratina (células córneas) embebidas numa densa matriz proteica Impossível a identificação de células individuais pois o núcleo já não pode ser identificado CAMADA CÓRNEA Células achatadas e espaços intercelulares preenchidos com lipídeos que mantém as células juntas numa membrana contínua Células queratinizadas em constante descamação 10 a 15 camadas celulares. (pele afro = até 28 camadas) A proteção do corpo pela epiderme se deve em especial a funcionalidade do estrato córneo 04/10/2020 14 Camada córnea É a camada mais externa da pele A penetração de cosméticos na pele está associada a proteínas e lipídeos do EC, e depende de sua composição EC possui 30% de água ligada (pessoas normais) Psoríase e xerodermia: 25% Constituição EC: lipídeos hidrofóbicos neutros, glicoesfingolipídeos Camada córnea 04/10/2020 15 Junção Dermo-Epidermica JUNÇÃO DERMO- EPIDERMICA Função: fornecer ancoragem e adesão da epiderme com a derme Filamentos de ancoragem Composição da lâmina basal: macromoléculas colagênicas: tipos IV e VII macromoléculas não-colagênicas: laminina, fibronectina, entactina, heparan-sulfato) Sintetizada pelos queratinócitos basais e fibroblastos dérmicos 04/10/2020 16 DERME DERME DERME É a camada mais espessa de tecido conjuntivo ao qual a EPIDERME está ligada. Apoio a epiderme Espessura : 1 a 2 mm (3mm na palma das mãos e solas dos pés) DERME Composição Composto por células e matriz extra celular Cél mesenquimais Fibroblastos Plamócitos Macrófagos Mastócitos Leucócitos 04/10/2020 17 Matriz Extra celular Fibrilar Fibras colágenas Fibras reticulares Fibras elásticas Não fibrilar- Substância fundamental Glicosaminoglicanos Proteoglicanos Glicoproteínas DERME FUNÇÕES: Sustentação e elasticidade Preenchimento Defesa contra microorganismos Nutrição da epiderme (rica em vasos sanguíneos) 04/10/2020 18 DERME SUBDIVIDADE EM DERME PAPILAR E RETICULAR DERME DERME PAPILAR Camada mais externa e mais próxima a epiderme formada de tecido conjuntivo frouxo e contém projeções digitais (papilas dérmicas) que estão em contato com a EPIDERME Papilas Dermais contem receptores de Meissner (tato suave) e terminações sensoriais discóides (Discos de Merkel). Poucas fibras colágenas e raras de elastina 04/10/2020 19 DERME PAPILAR As PD contém redes vasculares que nutrem a EPIDERME (avascular) e ajudam na termorregulação Contraindo ou dilatando a vasculatura observam-se os efeitos de retenção ou dissipação de calor DERME PAPILAR É fina com saliências e depressões Fibrilas de colágeno, poucas fibras de elastina Rica em células Fibroblastos DERME RETICULAR Camada mais profunda e mais espessa da derme, cerca de 4/5 da derme Formada de tecido conjuntivo irregular denso contendo espessos filamentos de fibras colágenas entrelaçadas e fibras de elastina que se depositam em diversas direções. 04/10/2020 20 DERME RETICULAR A DERME RETICULAR é rica em vasos sanguíneos e terminações nervosas que contém terminações sensoriais de tato (Corpúsculo de Paccini para pressão profunda) dor, calor, frio e etc 04/10/2020 21 Fibroblastos Fibroblastos São as células mais comuns no tecido conjuntivo propriamente dito Produzem substância fundamental amorfa e fibras. fibroblastos: células jovens: intensa atividade. fibrócito: células maduras: menor, fusiforme, atividade diminuída. Se estimulados podem voltar a sintetizar Fibroblastos 04/10/2020 22 Tipos De Colágeno: Tipo I: Derme*, dentina, tendão, cartilagem fibrosa Tipo II: Cartilagens elásticas e hialina, Tipo III: artérias, útero, músculo liso, fígado, linfonodos, baço, tecido conjuntivo reticular* Tipo IV: lâminas e membranas basais* Colágeno Proteína extra-celular organizada em fibras solúveis com grande poder tensor A molécula de colágeno é composta de 3 cadeias de polipeptídeos Forma de um “cigarro” – redondo e comprido Composto de 19 aminoácidos diferentes aa exclusivos: hidroxiprolina e hidroxilisina Alta cc de glicina 04/10/2020 23 Formação do RNAm de cadeia alfa Síntese da cadeia alfa de formação do pró-colágeno Os peptídeos de registro alinham as cadeias em forma de tripla hélice-Pró colágeno Transporte do pró colageno em vesículas – Complexo de GOLGI Hidroxilação de aa Prolina e Lisina Dependente de Vit. C Alinhamento dos peptídeos Empacotamento do pro- colageno solúvel em vesículas Através das vesículas são transportados Para superfície da célula Descarga de pro colágeno no meio extra celular A enzima procolágeno peptidase quebra Peptídeos transformando em TROPOCOLÀGENO A lisil-oxidase forma ponte entre as moléculas tropocolágeno 04/10/2020 24 Colágeno A variação na sequência de aminoácidos dessas cadeias levou à descrição de 28 moléculas de colágeno, as quais se apresentam como moléculas individuais ou associadas em redes, fibrilas ou até fibras 04/10/2020 25 Fibras Elásticas 04/10/2020 26 Substância Amorfa-MEC Ácido hialurônico: GAG responsável pela hidratação da SFA (auto-hidratação) e envoltórios de células Condroitin Sulfato: GAG presente em envoltórios celulares e SFA (auto-hidratação) Heparan sulfato: GAG (auto-hidratação) Queratan sulfato: GAG (auto-hidratação) espalhada em toda derme Dermatan sulfato: GAG (auto-hidratação) MEC PELE 04/10/2020 27 Macrófagos Após os fibroblastos, os macrófagos são as células mais comuns no tecido conjuntivo Os macrófagos são oriundos dos monócitos que migraram do sangue para o tecido conjuntivo. A transformação de uma célula na outra envolve um maior desenvolvimento do retículo endoplasmático rugoso e do Golgi para a síntese de enzimas lisossômicas, um aumento no número de lisossomos e no tamanho da célula Macrófago Os macrófagos são capazes de fagocitar e digerir bactérias, restos celulares e substâncias estranhas Eles secretam colagenase, elastase e enzimas que degradam glicosaminoglicanos, facilitando a migração pela matriz extracelular. Liberam ainda lisozima, que destrói a parede das bactérias. Durante a fagocitose, produzem espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio, como o superóxido, o óxido nítrico e o radical hidroxila, Que são quando em excesso provocam um estresse oxidativo MACRÓFAGOS 04/10/2020 28 Plasmócitos São mais numerosos no tecido conjuntivo do tubo digestório, nos órgãos linfoides e em áreas de inflamação crônica Originam-se dos linfócitos B após entrarem em contato com o antígeno e produzem anticorpos, que são as imunoglobulinas (Ig), também denominadas gamaglobulinas São células grandes (10 a 20μm de diâmetro) Plasmócito Mastócito Os precursores dos mastócitos originam- se na medula óssea, circulam no sangue por um curto período e entram no tecido conjuntivo, onde se diferenciam e duram alguns meses Os mastócitos são numerosos no tecido conjuntivo da pele, dos sistemas digestório e respiratório e da cápsula dos órgãos, localizando-se preferencialmente na vizinhança dos vasos sanguíneos 04/10/2020 29 Mastócito São células grandes (20 a 30μm de diâmetro), ovoides, com núcleo esférico e central e citoplasma preenchido com grânulos basófilos, que contêm os mediadores químicos da reação alérgica e do processo inflamatório RESPOSTA IMUNITÁRIA - CITOCINAS 04/10/2020 30 INERVAÇÃO Estímulos do meio ambiente Terminações nervosas livres Terminações nervosas encapsuladas Corpúsculo de Meissner Corpúsculo de Pacini Corpúsculo de Rufinni Terminações nervosas livres e Encapsuladas ANEXOS CUTÂNEOS 04/10/2020 31 Glândula sudorípara Écrinas (merócrinas) Função: Termorregulação Desenvolvidas ao nascimento e estimuladas por calor, exercícios e situações emocionais. Glândula Sudorípara Apócrinas Função: Termorregulação Ativadas na puberdade e estimuladas situações emocionais. Glândula sebácea Produz e libera sebo para a lubrificação do pelo e da pele, constituindo portanto a fase oleosa do filme hidrolipídico (FHL*) Ativada na puberdade por alterações hormonais desta fase, e podem ser estimuladas pelo consumo de alimentos muito calóricos ricos em gorduras ou açúcares, mas também pela testosterona endógena 04/10/2020 32 Filme Hidrolipídico Proteção contra desidratação Estabelecimento de uma barreira contra agressores externos Manutenção da acidez da pele, que tem um pH de 5 a 5,5 garantindo assim a manutenção da presença da flora saprófita da nossa pele impedindo a invasão por agentes externos Obs: outras moléculas capazes de reterem água: aminoácidos (40%) Íons de sódio (Na), potássio (K), magnésio (Mg) (18%) Ácido 2-pirrolidona 5-carboxilico (12%) ácido lático (12%) ureia (6 a 7%) entre outros Filme Hidrolipídico Perda de água transepidérmica O processo de perda de água transepidérmica (TEWL ou ―Transepidermal Water Loss‖) é um processo que ocorre a nível cutâneo consistindo numa libertação contínua de moléculas de água para a atmosfera pelo processo de difusão e evaporação, sendo contudo um processo controlado Fatores que contribuem para a alteração deste são o clima, gênero, idade e eventuais lesões cutâneas. 04/10/2020 33 Vitamina D A absorção do fóton UVB pelo 7-DHC promove a quebra fotolítica da ligação entre os carbonos 9 e 10 do anel B do ciclo pentanoperidrofenantreno,formando uma molécula secosteroide, que é caracterizada por apresentar um dos anéis rompidos. Essa nova substância, a pré-vitamina D3, é termoinstável e sofre uma reação de isomerização induzida pelo calor, assumindo uma configuração espacial mais estável, a vitamina D3 (ou colecalciferol). A energia dessa nova conformação tridimensional da molécula a faz ser secretada para o espaço extracelular e ganhar a circulação sanguínea. Vitamina D O sistema endocrinológico vitamina D é constituído por um grupo de moléculas secosteroides derivadas do 7-deidrocolesterol, incluindo a forma ativa 1,25- diidroxi-vitamina D (1,25(OH)2D), seus precursores e metabólitos, sua proteína transportadora (DBP), seu receptor nuclear (VDR) e as enzimas do complexo do citocromo P450 envolvidas nos processos de ativação e inativação dessas moléculas. Os efeitos biológicos da 1,25(OH)2D são mediados pelo VDR, um fator de transcrição ativado por ligante, presente em quase todas as células humanas, e que pertence à família de receptores nucleares. 04/10/2020 34 Benefícios da Vit D Além dos clássicos papéis de reguladora do metabolismo do cálcio e da saúde óssea, as evidências sugerem que a 1,25(OH)2D module direta ou indiretamente cerca de 3% do genoma humano, participando do controle de funções essenciais à manutenção da homeostase sistêmica, tais como crescimento, diferenciação e apoptose celular, regulação dos sistemas imunológico, cardiovascular e musculoesquelético, e no metabolismo da insulina. Microbioma → Epiderme (superfície): descamação e desidratação periódica; → Microrganismos estão mais associados às glândulas sudoríparas (infância inativa; puberdade funcional); → Folículo piloso: habitat ideal para anaeróbios; → Secreção das glândulas ricas em uréia, aminoácidos, sais, ácido láctico e lipídeos. → Predominância de Propionibacterium granulosum, P. acnes, Peptococcus spp., Peptostreptococcus spp.; seguido de Staphylococcus, Streptococcus, Corynebacterium, Brevibacterium, Actinobacter; fungos e leveduras. Laboratório de Anaeróbios 04/10/2020 35 Dréno, B et al. “Microbiome in healthy skin, update for dermatologists.” Jornal da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia: JEADV vol. 30,12 (2016): 2038-2047. doi: 10.1111 / jdv.13965 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE PELE 04/10/2020 36 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE PELE Existem vários métodos adotados de classificação da pele: 1) Classificação consoante a cor da pele 2) Classificação de Fitzgerald 3) Classificação consoante a textura da pele método este que divide a peleem fina, normal e espessa 4) Classificação consoante as excreções. Adota-se esta por ser a maiscomum, usada também pela praticidade, mesmo restringindo-se a pele facial (Neto, 2013, Roberts, 2009). PELE NORMAL Na verdade, o melhor exemplo de uma pele normal é a de um bebé. A pele dita normal é aquela que não é uma pele seca, oleosa, sensível, sendo uma pele sem qualquer tipo de anomalia CARACTERÍSTICA FISIOLÓGICAS DE UMA PELE NORMAL ASPECTO CLÍNICO DE UMA PELE NORMAL FILME HIDROLIPÍDICO EQUILIBRADO SEM RUGAS PROCESSO DE QUERATINIZAÇÃO NORMAL, PELE NORMAL A FINA SEM POROS ABERTOS VASCULARIZAÇÃO NORMAL( NÃO VISÍVEL) SEM COMEDÕES PELE SECA O conceito de pele seca é igualmente controverso, pois geralmente diz-se―seca devido às sensações que transmite, nomeadamente, efeito de pergaminho, a falta de elasticidade havendo sensação de repuxamento e a descamação contínua. A pele pode ser seca por: Perda de água transepidérmica =Pele desidratada Redução da produção de lípídios = Pele alípica 04/10/2020 37 PELE SENSÍVEL CARACTERÍSTICA DE UMA PELE SENSÍVEL MANIFESTAÇÃO CLINICA DA PELE SENSÍVEL ESPESSURA DA PELE- FINA VERMELHIDÃO TEZ CLARA PRURIDO SISTEMA IMUNITÁRIO REATIVO ARDOR PRODUÇÕES SEBÁCEAS E SUDIRÍPARAS DIMINUÍDAS ROSÁCEA Classificação de Fitzpatrick 04/10/2020 38 Folículo piloso 04/10/2020 39 • O tamanho e o volume do folículo está relacionado com o número de células da Papila dérmica 04/10/2020 40 5-DHT Reduz a expressão genica de bcl-2( regulador de apoptose) Apoptose das células da papila dérmica Miniaturização do folículo Redução da fase anágena Redução de fatores de crescimento( IGF-1, FGF-7, VEGF e KGF) 04/10/2020 41 Então............ FGF e IGF estimulam proliferação de células da Papila dérmica DHT inibe expressão do gene BCL-2 (regulador de apoptose) Micro RNA 31 e 22 estão relacionados com a modulação do folículo O tamanho do folículo está diretamente relacionado com o Número de células da papila dérmica O número de células da papila e sua atividade está diretamente relacionada à espessura do fio e com sua produção ENVELHECIMENTO 04/10/2020 42 ENVELHECIMENTO Processo de degeneração progressiva e diferencial, afetando todos os seres vivos tendo como momento final a morte do organismo Fases da vida: a fase de crescimento e desenvolvimento, a fase reprodutiva e por fim, a fase de senescência (fase de declínio funcional de qualquer organismo). PROCESSOS BIOQUÍMICOS E MORFOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO Similarmente a outros órgãos também a pele sofre a perda ou alterações das suas funções normais. Por ser um órgão de proteção e estando constantemente em contato com o meio externo, acumula todas as ações do meio ambiente, resultando assim mudanças físicas, químicas e mecânicas no seu funcionamento (Zouboulis e Makrantonaki, 2011). Segmentos da pele mais expostos a fatores estimuladores de envelhecimento: FACE PESCOÇO MÃOS TIPOS DE ENVELHECIMENTO Intrínseco O envelhecimento intrínseco ou cronológico é dependente do tempo, e resulta do processo de senescência natural, depende principalmente de caracteres hereditários e regulação hormonal. Extrínseco É dependente de fatores externos, entre os principais temos as radiações solares (fotoenvelhecimento), o tabaco, poluição. 04/10/2020 43 CAMADA DA PELE ALTERAÇÕES CLÍNICAS EPIDERME • DIMINUIÇÃO DA CAPACIDADE DE RENOVAÇÃO CELULAR • MENOR ATIVIDADE DAS CÉLULAS DE LANGERHANS • MENOS MELANÓCITOS • MENOR CAPACIDADE MITÓTICA DAS CÉLULAS BASAIS • REDUÇÃO DA JDE DERME • MENOR ATIVIDADE DE FIBROBLASTOS • REDUÇAÕ DE COLÁGENO E ELASTINA • DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE CÉLULAS • DIMINUIÇÃO DO SISTEMA ANTIOXIDANTE ENDÓGENO ANEXOS CUTÂNEO • REDUÇÃO DA PRODUÇÃO DE MELANINA NOS PELOS • QUEDA DE PELO OU CABELO • REDUÇÃO DA MICROCIRCULAÇÃO • REDUÇÃO DA PRODUÇÃO DE SUOR E SEBO • DIMINUIÇÃO DAS SENSAÇÕES( REDUÇÃO DE CORPÚCULO DE PACINI E MEISSNER) Alterações histológicas e estruturais da constituição do sistema tegumentar com o ENVELHECIMENTO INTRÍNSECO FUNÇÕES COMPROMETIDAS PELO ENVELHECIMENTO Função de barreira permeável e proteção mecânica Epiderme Redução da permeabilidade - Perda progressiva de lipídios do estrato córneo devido a incapacidade de síntese de colesterol Vulnerabilidade a infecções - Redução da liberação de IL-1 e hormônios sexuais (estrógenos e progesterona) tornando a pele vulnerável a infecções Redução dos queratinócitos - Redução da capacidade de queratinização e acúmulo de células na superfície, resultando em espessamento cutâneo; Cicatrização de feridas e renovação celular Expressão desregulada de MMPs - Aumento da expressão (degradação proteica) e redução da expressão (acúmulo de proteínas); Diminuição da Angiogênese - Desaparecimento do plexo cutâneo, vasodilatação dos poucos vasos que sobram no plexo subpapilar por fotoenvelhecimento. Diminuição do tamanho dos vasos por envelhecimento. 04/10/2020 44 Glândulas Sebáceas – Produção de Sebo Hipotrofia das glândulas sebáceas - A menopausa causa alterações endócrinas que reduzem o tamanho das glândulas sebáceas até cessar a função aumentando a incidência de prurido e dermatites; Glândulas Sudoríparas – Produção de Suor Hipotrofia das glândulas sudoríparas - Menor secreção de suore menor sensibilidade térmica Obs: O exercício aeróbico retarda o efeito do envelhecimento sob as glândulas sudoríparas Sistema Imunitário Redução da população de Células de Langerhans – Diminuição da função fagocitária e de reconhecimento de antígenos Redução de IL-1 - Sem esta interleucina, outros fatores não podem mediar a resposta inflamatória tornado a pele vulnerável a infecções 04/10/2020 45 Síntese de Vitamina D Redução da síntese de Vitamina D - Diminuição da exposição solar, de aporte na dieta, redução da espessura da pele(redução de 7-DHC) Concluindo, com o envelhecimento há uma redução significativa na produção da vitamina D. Sendo necessário a implementação, ao nível da população idosa, de um suplemento de vitamina D e cálcio (Zouboulis e Makrantonaki, 2011, Gilchrest, 2006). ENVELHECIMENTO EXTRÍNSECO São fatores influentes e geradores de alterações significativas ao nível cutâneo conduzindo a manifestações clínicas de envelhecimento Radiação UV e IV Tabagismo Poluição ambiental Estilo de vida (exercício físico em excesso, alimentação não equilibrada, consumo de álcool) Estresse fisiológico e físico. Alterações histológicas e estruturais da constituição do sistema tegumentar com o ENVELHECIMENTO EXTRINSECO CAMADA DA PELE ALTERAÇÕES CLÍNICAS E FISIOLÓGICAS EPIDERME • MENOR ATIVIDADE DAS CÉL DE LANGERHANS • ALTERAÇÃO DE ATIVIDADE DOS MELANÓCITOS • AUMENTO DA ESPESSURA. ESPESSAMENTO ACTÍNEO( SOL) POR AUMENTO DA MITOSE E DIMINUIÇÃO DA DESCAMAÇÃO DO ESTRATO CÓRNEO • ACHATAMENTO DA JDE DERME • FIBRAS DE ELASTINA SOFREM PROCESSO DE ELASTOSE SOLAR, PROLIFERANDO DE FORMA AMORFA • DEGRADAÇÃO DA FIBRAS DE COLÁGENO EPLO AUMENTO DAS MMP • AUMENTO DE CITOCINAS INFLAMATÓRIAS • AUMENTO DE EROS • REDUÇÃO DE ATIVIDADE DOS FIBROBLASTOS 04/10/2020 46 Fontes de EROS Radiação eletromagnética Aparelhos eletrônicos como celulares, televisão, rádios e wi-fi emitem radiações nocivas à pele, que agridem e envelhecem precocemente. Todas as pessoas expostas diariamente a esses dispositivos, especialmente aquelas que utilizam celulares abusivamente, precisam estar protegidas contra essas agressões, capazes até mesmo de provocar alterações biológicas. Envelhecimento Takahashi Y, Fukushima Y, Kondo K,Ichihashi M,2017. Facial skin photo-aging and development of hyperpigmented spots from children to middle-aged Japanese woman. DOI: 10.1111/srt.12380 Mutação Genética Depósito de melanina 04/10/2020 47 ESTRESSE OXIDATIVO 04/10/2020 48 METALOPROTEINASES Fatores que estimulam as MMPs Citocinas Estresse de cisalhamento Estresse oxidativo Radiação Ultravioleta Radiação Infravermelha Calor Estiramento 04/10/2020 49 MMP E TIMPS METALOPROTEINASES 04/10/2020 50 Telômeros Os telômeros são sequências genéticas presentes nas extremidades cromossômicas e são responsáveis pela manutenção da integridade do genoma. O comprimento dos telômeros é um resultado do efeito combinado do estresse oxidativo, inflamação e replicação repetida de células nele, e assim formando uma associação entre o comprimento dos telômeros e o envelhecimento cronológico e doenças relacionadas. Assim, a diminuição do comprimento dos telômeros foi considerada importante para determinar tanto as variações na longevidade quanto as doenças relacionadas à idade em um indivíduo. 04/10/2020 51 Transcriptase reversara Reparação do DNA Redução da capacidade de reparo do DNA - Com a baixa capacidade de reparo de mutações do DNA ocorre redução da síntese de proteínas da derme Manifestações visuais Rugas, flacidez, perda de elasticidade e perda de expressões Em alguns casos podem surgir melanomas benignos, dermatite seborreica e angiomas 04/10/2020 52 Perda de volume Outro fator que contribui para o aspecto do envelhecimento facial é a atividade cinética dos músculos que desenvolvem as rugas dinâmicas. Além disso ocorre uma perda da capacidade de internalização de triglicérides no adipócitos e a maturação destes. Desta forma ocorre a perda de volume na face, reduzindo a sustentação da pele. A perda de volume que resulta da diminuição e do reposicionamento da gordura facial, assim como o remodelamento ósseo, são considerados componentes fundamentais no envelhecimento facial. Com essas alterações, o formato da face tende a se tornar achatado e côncavo. Para o rejuvenescimento facial além da necessidade de diminuir as rugas, é preciso também restaurar e proporcionar volume ao contorno facial. Observando a rota bioquímica da síntese de triglicerídeos (Figura 2), nota-se que a enzima G3PDH é extremamente importante, pois representa o último passo para conversão em triglicérideos. Quanto mais abundante a enzima G3PDH, maior produção de triglicerídeos e, por conseguinte, o preenchimento facial será mais efetivo e duradouro. 04/10/2020 53 Receptores PGC-1a, um coativador que está diretamente envolvido na adipogênese e age modulando a expressão gênica, regulando a taxa de maturação dos adipócitos e, ao interagir, torna-se um proliferador de peroxissomas causando aumento no volume de lípideos acumulados nas áreas desejadas. 04/10/2020 54 MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 04/10/2020 55 04/10/2020 56 Mapeamento genético da pele Teste de DNA onde se pesquisam 14 polimorfismos em 10 genes diferentes relacionados à saúde e ao processo de envelhecimento/ adoecimento da pele Leitura do Laudo 04/10/2020 57 EPHX1- Epoxido hidrolase1 Substâncias poluentes 04/10/2020 58 GLICOSE FRUTOSE Açúcares O processo de Glicosilação pode ser definido como a adição enzimática de açucares a sítios específicos na superfície de proteínas e lipídios, que, conforme a especificidade da molécula orgânica acontecerá em seu sítio. Assim, a glicosilação leva à formação de glicoproteínas Essa reação possui alta importância funcional, visto que confere estabilidade, heterogeneidade e maior solubilidade às moléculas glicosiladas, sendo essencial para a adesão e sinalização celular e para o enovelamento proteico. 04/10/2020 59 Exemplos de glicoproteínas: Muitos hormônios como o folículo-estimulante, gonadotrofina coriônica e luteinizante presentes nas mulheres; imunoglobulina e as diversas secreções presentes nos tecidos mucosos. As glicoproteínas sulfatadas como componentes das membranas basais Envolvidas na adesão celular Glicação (produtos finais de glicação avançada) Glicação refere-se ao processo não enzimático de proteínas, lipídios ou ácidos nucléicos ligados covalentemente a moléculas de açúcar, geralmente glicose ou frutose Reação de Maillard Hemoglobina gicada e frutosamina 04/10/2020 60 Metabolismo da glicose A glicose é um carboidrato (açúcar) do tipo monossacarídeo. Ele é um dos mais importantes carboidratos, sendo usado como fonte de energia primária pela maior parte dos organismos, de bactérias ao ser humano, além de fazer parte de importantes vias metabólicas. A regulação da glicose no corpo é feito através da ação conjunta dos hormônios insulina e glucagon. A insulina é produzida pelas chamadas células-beta do pâncreas e é responsável pela diminuição dos níveis de glicose no sangue. Esse hormônio atua facilitando a absorção da glicose pelas células dos músculos esqueléticos, do fígado e do tecido adiposo. Nesses tecidos, a insulina ainda promove a união de moléculas de glicose para a formação de glicogênio, constituindo uma reserva energética. Já o glucagon é produzido pelas células-alfa do pâncreas e realiza o processo inverso a insulina, aumentando os níveis de glicose no sangue. Isso ocorre pela estimulação da quebra do glicogênio em moléculas de glicose. 04/10/2020 61 Gliconeogênese é o processo através do qual precursores como lactato, piruvato, glicerol e aminoácidos são convertidos em glicose. Durante o jejum, toda a glicose deve ser sintetizadaa partir desses precursores e por ação do glucagon Metabolismo hepático HEPATÓCITOS- PRINCIPAL CEL DO FÍGADO GLICOGÊNIO GLUCAGON GLICOGENÓLISE E EXPORTA A GLICOSE PARA CS GLISOSES GLICONEOGÊNESE (FONTE aa E GLICEROL) PIRUVATO MITOCONDRIA- FORMAÇÃO DE ATP GLICOGENO GÊNESE GLICÓLIS E INSULINA TECIDO ADIPOSO Principal célula: Adipócito Peso corporal Mulher: 20-25% Homem: 10-15% 04/10/2020 62 Tecido Adiposo Sua função vai além do armazenamento e liberação de energia. Estudos mais recentes demonstram que o tecido adiposo é capaz de secretar substâncias com efeitos biológicos importantes, as ADIPOCINAS. As adipocinas agem como sinais endócrinos para regular a homeostase energética, incluindo a auto regulação do crescimento e desenvolvimento do adipócito, assim como a homeostasia do corpo todo. As adipocinas identificadas até o momento, são altamente variadas e compreende proteínas relacionadas ao sistema imune, como as citocinas clássicas - o fator de necrose tumoral-α (TNF- α) e interleucina-6 (IL-6), fatores de crescimento (fator transformador do crescimento β – TGF-β). Outras adipocinas estão envolvidas na angiogênese (fator de crescimento endotelial vascular – VEGF), homeostase glicêmica (adiponectina, leptina), homeostase vascular (inibidor do ativador de plasminogênio 1 – PAI-1) e na regulação da pressão sangüínea (angiotensinogênio) 04/10/2020 63 Via do metabolismo de Quilomicrons 04/10/2020 64 Transporte de Lipídeos O transporte é feito pelas lipoproteínas, que são solúveis, sua porção externa é hidrossolúvel. Transportadores Quilomicrons Proteínas densas(VLDL-LDL- HDL) Quilomicrons transportam triacilgliceróis e colesterol provenientes da dieta Proteínas densas transportam os TAG e colesterol que vem do fígado TAG da Dieta - enterócitos( onde será sintetizado o quilomicra) - quilomicra recém sintetizado vai para Linfa e logo depois para circulação. Porém ao ir para a circulação a parte externa do quilomicra recebe a APOE e APO CII do HDL, que tem um saco proteico que armazena apo E. Neste momento o Quilomicra será chamado de Maduro e já pode ser metabolizado. Na parede de vasos próxima ao tecido adiposo e ao tecido muscular teremos as lipases sintetizadas por eles. A LPL permite a quebra do TAG do quilomicra, e quem permite esta quebra é a APO CII. Que quebra esse TAG em ácido graxo e glicerol. 04/10/2020 65 O ácido graxo será armazenado no adipócito e o glicerol fica livre na CS. Se o quilomícron for sintetizado pela LPL muscular ele será armazenado no músculo e irá virar fonte de energia. Logo depois a APO CII é devolvidas para o HDL. Este quilomicron ainda com APO E carrega o restante de TAG que ficou em seu interior para o fígado. Esse TAG será quebrado dentro do fígado em Ac graxo e Glicerol. O fígado então junta isso e forma uma nova lipoproteína o VLDL O VLDL então volta para corrente sanguínea e doa seu TAG para o HDL. Em seguida se transforma em LDL. LDL volta para o fígado e então é feito a sua endocitose . 04/10/2020 66 Sistema Endócrino Visão geral Função: Regulação Homeostasia Crescimento Reprodução Estresse crônico Sistema endócrino Formado por glândulas: Exócrinas: com ductos, Ex.: sebácia e sudorípras Endócrinas: Sem ductos. Ex.: hipófise tireóide e supra rena 04/10/2020 67 As funções do corpo são reguladas por dois grandes sistemas: Sistema nervoso Sistema Endócrino Podemos chamar de sistema neuro-endócrino O SN influencia diretamente a produção de hormônios da glândula hipofisária e supra renais. Através do estimulo do hipotálamo. k1 Hormônios “substância produzida por glândulas especializadas ou grupo de células e transportada pelo sistema circulatório para induzir respostas específicas em outros tecidos” Dependendo de onde atue é classificado em: Parácrino Endócrino Autócrino Outros Mensageiros químicos: Neurotransmissores ( produzidos por neurônios e agem em outras cel através de sinapse) Neuro-hormônios ( Tb produzidos pelos neurônios e agem em tec alvos Citocinas( prod pelo sistema imune e tb age em outras cel.) Classificação de hormônios Proteicos Hidrofílicos. Ex.: GH Esteróides Hidrofóbicos Ex.: hormônios sexuais Derivados do aa tirosina Ex.: hormônios da tireóide Slide 204 k1 kalunga; 01/05/2019 04/10/2020 68 Eixo hipotálamo - hipófise Principal eixo de regulação hormonal Hipotálamo O hipotálamo estimula a glândula hipófise a liberar os hormônios gonadotróficos (FSH e LH), que atuam sobre as gônadas, estimulando a liberação de hormônios gonadais na corrente sanguínea. Os hormônios gonadais são detectados pela pituitária e pelo hipotálamo, inibindo a liberação de mais hormônio pituitário, por feed-back. Como a hipófise secreta hormônios que controlam outras glândulas e está subordinada, por sua vez, ao sistema nervoso, pode-se dizer que o sistema endócrino é subordinado ao nervoso e que o hipotálamo é o mediador entre esses dois sistemas. O hipotálamo também produz outros fatores de liberação que atuam sobre a adeno-hipófise, estimulando ou inibindo suas secreções. 04/10/2020 69 Neuro-hipófise Produz também os hormônios ocitocina e ADH (antidiurético), armazenados e secretados pela neuro-hipófise. Glândulas x Hormônios Hipófise Hormônio de crescimento Adrenocorticotropina Hormônio tireoestimulante Hormônio folículo estimulante Hormônio Luteinizante Prolactina Vasopressina Ocitocina Córtex adrenal Cortisol Aldosterona Glandula Tireóide Tiroxina e triiodotironina Calcitonina 04/10/2020 70 Ilhotas de Langerhans do Pâncreas Insulina Glucagon Ovários Estrógenos Progesterona Testículos Testosterona Hipófise ou pituitária Localiza-se na base do encéfalo, em uma cavidade do osso esfenóide. Tem o tamanho aproximado de um grão de ervilha e possui duas partes: o lobo anterior (adeno-hipófise) e o lobo posterior (neuro- hipófise). Hormônios x glândulas Além de exercerem efeitos sobre órgãos não-endócrinos, alguns hormônios, produzidos pela hipófise são denominados trópicos (ou tróficos) porque atuam sobre outras glândulas endócrinas, comandando a secreção de outros hormônios. 04/10/2020 71 Tireotrópicos: atuam sobre a glândula endócrina tireoide. Adrenocorticotrópicos: atuam sobre o córtex da glândula endócrina adrenal (supra-renal) Gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas. Somatotrófico: atua no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também aumenta a utilização de gorduras e inibe a captação de glicose plasmática pelas células, aumentando a concentração de glicose no sangue (inibe a produção de insulina pelo pâncreas, predispondo ao diabetes). São eles...... Ilhotas de Langerhans As chamadas ilhotas de Langerhans, presente no pâncreas, secretam dois hormônios: insulina e glucagon, que atuam no metabolismo da glicose. 04/10/2020 72 Adrenais ou supra-renais Cortisol: Tem múltiplas funções metabólicas para o controle do metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras Aldosterona: Reduz a excreção de sódio pelos rins e aumenta a excreção de potássio. São glândulas localizadas sobre os rins, divididas em duas partes independentes – medula e córtex - secretoras de hormônios diferentes, comportando-se como duas glândulas. O córtex secreta três tipos de hormônios: os glicocorticóides, os mineralocorticóides e os androgênicos. Tireóide Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobre as cartilagens da laringe e da traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), aumentam a velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo, elevando a taxa metabólicae a geração de calor. Estimulam ainda a produção de RNA e a síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento, maturação e desenvolvimento. A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireoide, participa do controle da concentração sanguínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma sanguíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos. 04/10/2020 73 Paratireóide São pequenas glândulas localizadas na região posterior da tireoide. Secretam o paratormônio que regula a concentração do íon cálcio no líquido extracelular controlando a absorção de cálcio do intestino, a excreção de cálcio pelos rins e a liberação de cálcio a partir dos ossos. HORMÔNIOS DA TIREÓIDE Metabolismo dos Macronutrientes Carboidratos e Lipídios REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DOS HORMONIOS DA TIREÓIDE 04/10/2020 74 Efeitos dos Hormônios da Tireóide sobre Mecanismo Específicos 1)Aumento do Metabolismo Basal AUMENTO DE T4 e T3 Aumenta o metabolismo basal por 60 a 100% 2)Redução do Peso Corporal AUMENTO DE T4 e T3 Nem sempre ocorre, pois T4 e T3 aumentam o apetite para compensar a variação do metabolismo T3 E T4 Estimula o metabolismo de Carboidratos ↑ captação de glicose pela célula, glicólise e gliconeogênese ↑ absorção pelo TGI, secreção de insulina Estimula o metabolismo de Lipídeos ↑ lipólise ↓ acúmulo de gordura corporal ↑ [ ] de ácido graxos no sangue →↑ da oxidação de ácido graxos T3 E T4 1)Efeito sobre os lipídeos plasmáticos AUMENTO DE T4 e T3 ↓ a [ ] de colesterol, fosfolipídeo e triglicerídeos no plasma, embora ↑ ácido graxos DIMINUIÇÃO DE T4 e T3 ↑ a [ ] de colesterol, fosfolipídeo e triglicerídeos no plasma Hipotireoidismo →↑ a [ ] de colesterol →aterosclerose 04/10/2020 75 Hipertiroidismo Sinais e sintomas de hipertireoidismo -Glândula aumentada -Sensação de calor - Aumento da transpiração - Fraqueza muscular - Mãos trêmulas - Batimentos cardíacos acelerados - Cansaço / fadiga - Perda de peso - Diarreia ou evacuações frequentes - Irritabilidade e ansiedade - Problemas dos olhos, tais como irritação ou desconforto - Irregularidade menstrual - Infertilidade As causas menos comuns de hipertireoidismo incluem: Nódulos tireoidianos: tumores na glândula tireoide, que podem secretar excesso de hormônio tireoidiano. Tireoidite subaguda: uma inflamação dolorosa da tireoide tipicamente causada por vírus. Tiroidite linfocítica: uma inflamação não-dolorosa causada pela infiltração de linfócitos (um tipo de célula branca do sistema imune) na tireoide. Tireoidite pós-parto: tireoidite que se desenvolve logo após o término da gravidez Tireoidite de Hashimoto Hipotireoidismo Alguns dos principais sinais de hipotireoidismo são: Dificuldade para acordar. Sonolência diurna. Intestino preso. Unhas quebradiças. Pele seca. Ganho leve de peso (dificilmente, passa de 5 kg). Queda de cabelo. Alteração menstrual. Unhas quebradiças. Dificuldade de raciocínio. 04/10/2020 76 • Nos adultos, o hipotireoidismo é causado geralmente por uma inflamação denominada tireoidite de Hashimoto, uma homenagem ao médico japonês Hakaru Hashimoto, que a descreveu pela primeira vez em 1912. Por motivos ainda desconhecidos, o nosso organismo passa a produzir lentamente anticorpos contra a própria glândula tireoide, o que resulta na sua destruição progressiva. Causas e consequências do hipotireoidismo Já nas crianças, o hipotireoidismo congênito é o mais comum. Ou seja, os bebês já nascem com déficit na produção dos hormônios T3 e T4 e, se também não forem rapidamente diagnosticados e tratados, podem ter cretinismo – um tipo de deficiência mental e física com implicações no crescimento e no aprendizado. O teste do pezinho, feito nos primeiros dias de vida do bebê a partir de gotinhas de sangue retiradas do calcanhar, é realizado para detectar, entre outras doenças, o hipotireoidismo nos recém-nascidos. CORTISOL Metabolismo de Macronutrientes Carboidratos e Lipídios 04/10/2020 77 CORTISOL Metabolismo dos Macronutrientes Carboidratos e Lipídios EIXO HIPOTALAMICO HIPOFISÁRIO Cortisol no metabolismo de carboidratos Funções dos Glicocorticoides Cortisol (hidrocortisona) → 95% atividade glicocorticóide Estímulo da Gliconeogênese → formação de Carboidratos a partir de proteínas pelo fígado Cortisol ↑ enzimas necessárias para conversão de aminoácidos em glicose pelas células hepáticas Cortisol provoca mobilização de aminoácidos a partir dos tecidos extra-hepáticos principalmente nos músculos ↑ [ ] plasmática de aminoácidos para gliconeogênese no fígado levando a formação de glicose 04/10/2020 78 Cortisol no metabolismo de carboidratos Redução da utilização celular de Glicose Cortisol →↓ NADH para formação de NAD+ A oxidação de NADH é necessária para a glicólise →↓ utilização Glicose pela célula Elevação da [ ] Sanguínea de Glicose e “Diabetes Adrenal” Cortisol no metabolismo de lidídeos Mobilização de Ácidos Graxos – Semelhante a mobilização de aminoácidos pelos músculos, o cortisol. Mobiliza ácidos graxos do tecido adiposo possivelmente pelo menor transporte de glicose para as células adiposas → ↑ [ ] de ácidos graxos livres no plasma → ↑ oxidação de ácido graxos pelas células e geração de energia (principalmente em jejum e outros estresses) Conservação da glicose como fonte de energia Obesidade causada por Excesso de Cortisol ↑ de cortisol → ↑ deposição de gordura no tórax e cabeça (“giba de búfalo” / “face em lua cheia”) → Causado por ↑ ingestão alimentar 04/10/2020 79 Síndrome de Cushing Aumento de cortisol Aumento de acúmulo de gordura na região da costas, pescoço e abdome Perda de gordura dos braços e pernas Face de “lua cheia” Aparecimento de estrias Acne Infertilidade Obesidade Multifatorial Genética Comportamental Patologias e distúrbios funcionais Desequilíbrio entre ingesta e gasto energético 04/10/2020 80 Papel da leptina A leptina é uma proteína composta por 167 aminoácidos, e possui uma estrutura semelhante às citocinas, do tipo interleucina 2 (IL-2), sendo produzida principalmente no tecido adiposo. Meia-vida plasmática é de 30 minutos Leptina x Hipotálamo Num primeiro plano, a leptina é um componente integral do complexo sistema fisiológico que regula o armazenamento, o equilíbrio e o uso de energia pelo organismo. Além deste papel, a leptina sinaliza e modula o estado nutricional do organismo para outros sistemas fisiológicos. Este segundo aspecto é evidente diante dos seus efeitos inibitórios sobre o conjunto de alterações neuroendócrinas secundárias à privação alimentar. Outro papel da leptina que vai além da sua atividade na regulação do peso corporal é a possibilidade dela ser o sinal bioquímico que informa o cérebro que as reservas energéticas são suficientes. Hipotálamo x apetite Grupos de neuropeptídios: Anorexígeno e orexígeno Alfa-MSH e CART NPY e AgPR Interagem com sinais de leptina, insulina, grelina. Controle alimentar 04/10/2020 81 Responsável pelo controle da ingestão alimentar, atuando em células neuronais do hipotálamo – NRP Y Promove a redução da ingestão alimentar e o aumento do gasto energético, além de regular a função neuroendócrina e o metabolismo da glicose e de gorduras Sintetizada também na glândula mamária, músculo esquelético e epitélio gástrico. 04/10/2020 82 A leptina reduz o apetite a partir da inibição da formação de neuropeptídeos relacionados ao apetite, como o neuropeptídeo Y, e também do aumento da expressão de neuropeptídeos anorexígenos (hormônio estimulante de α-melanócito (α-MSH), hormônio liberador de corticotropina (CRH) e substâncias sintetizadas em resposta à anfetamina e cocaína. Saturaçã o dos receptor es Grelina A grelina é composta de 28 aminoácidos com uma modificação octanóica no seu grupo hidroxilsobre a serina 3, que é essencial para o desempenho de sua função liberadora de GH. Produzida pelo sistema gastro intestinal 04/10/2020 83 Estudos em modelos animais indicam que esse hormônio desempenha importante papel na sinalização dos centros hipotalâmicos que regulam a ingestão alimentar e o balanço energético Os níveis de grelina são influenciados por mudanças agudas e crônicas no estado nutricional, encontrando-se elevados em estado de anorexia nervosa e reduzidos na obesidade. A grelina está diretamente envolvida na regulação a curto prazo do balanço energético. Níveis circulantes de grelina encontram-se aumentados durante jejum prolongado e em estados de hipoglicemia, e têm sua concentração diminuída após a refeição ou administração intravenosa de glicose 04/10/2020 84 Dúvidas: labeaute.br@gmail.com https://www.instagram.com/alinekellercs/
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