pelos reflexos nervosos do SNP. Histologia do intestino grosso ↝No intestino grosso, a camada mucosa não contém pregas, exceto no reto, e não contém vilosidades. ↝As criptas intestinais (Lieberkuhn) são longas e caracterizadas por terem células caliciformes e células que liberam muco. ↝As células absortivas são de formato colunar curtas e irregulares. ↝O intestino grosso exerce as funções de absorção de água, fermentação, formação de massa fecal e produção de muco. ↝A absorção de água é passiva, com transporte de sódio pelas células epiteliais. ↝A lâmina própria é rica em células linfóides e nódulos que se estendem até a camada submucosa. ↝O tecido linfóide está relacionado com as bactérias do intestino grosso. ↝A camada muscular é constituída pela camada circular, longitudinal e a camada muscular que se unem, formando as tênias do cólon (intestino grosso). ↝Na região anal, a camada mucosa forma dobras longitudinais, as colunas retais. ↝Acima da abertura anal, a mucosa intestinal é substituída por epitélio pavimentoso estratificado. Patologias que afetam o trato digestório ↝A pirose ou azia: é uma dor que reflete a regurgitação do conteúdo gástrico para dentro do esôfago inferior, dando a sensação de queimação. ↝Para evitar essa situação, exige-se do esôfago que uma onda de contração peristáltica responda à deglutição, distensão esofágica, ou ao relaxamento do esfíncter esofágico após o reflexo de deglutição. ↝Esse problema pode levar à esofagite de refluxo, em que o ácido inflama a mucosa do esôfago, causando lesões na parede esofágica. ↝A Eructação, quando há a dificuldade de digestão ou indigestão, acompanhada de distensão abdominal, eructação (arrotos), náuseas ou azia. ↝A eructação são os barulhos ou arrotos decorrentes da dificuldade de digestão. ↝Pode ser sinal de refluxo gastroesofágico ou gastrite, sendo ainda o primeiro sintoma da úlcera péptica (estômago ou duodeno) e até do câncer. ↝O soluço: é um reflexo que ocorre por um espasmo do diafragma no momento da inspiração com o concomitante fechamento da glote. ↝Geralmente, o soluço vem acompanhado de ruído característico. ↝Na prática clínica, há algumas pessoas que, após evento clínico neurológico, passam a apresentar soluços persistentes. ↝Náusea, enjoo, cinetose: é um incômodo na parte superior do abdome que vem acompanhado de um impulso para vomitar. ↝A náusea pode ser um efeito secundário associado a medicamentos ou um .u°sintoma da doença. ↝Refeições pesadas podem causar náusea, que pode ser um sintoma de problemas de fígado ou uma situação mais grave, como o vírus da hepatite. ↝A náusea pode se manifestar nos primeiros meses da gravidez. ↝Vômito ou emése: expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. ↝Pode ocorrer nas doenças do labirinto, intoxicações, obstruções intestinais e como resposta do organismo a dores muito intensas. ↝Flatulência: expulsão de ar pela região anal que pode ser ruidosa ou não e pode ter um cheiro fétido. ↝Origina-se nos gases ingeridos com a alimentação e, em menor parte, nos gases acumulados durante a digestão, ou na decomposição dos resíduos orgânicos dentro do intestino. ↝A intensificação de sintomas acontece em pessoas ansiosas, que falam ao comer ou que comem muito rápido, ou ainda em pessoas que sofrem de parasitoses intestinais. ↝Meteorismo: se deve ao fato de engolir ar ao se alimentar ou falar, ou seja, a uma aerofagia inconsciente ou a uma sensibilidade exagerada aos alimentos que produzem gases. ↝Síndrome de Zollinger–Ellison ou hipergastrinemia: é uma patologia endócrina caracterizada por aumento na secreção do hormônio gastrina, fazendo com que o estômago produz ácido clorídrico em excesso. ↝Uma das consequências da acidez aumentada é a formação de úlceras pépticas (gástrica e duodenal) na maioria das pessoas. ↝Geralmente, essa patologia é causada por um tumor (gastrinoma) que aparece no duodeno ou no pâncreas. ↝Esofagite de refluxo: quando a produção de ácido clorídrico pelo estômago, ao invés de realizar a função digestiva, retorna para a região esofágica, devido a uma falha na válvula cardíaca (situada entre o esôfago e estômago), danificando a mucosa. ↝Hérnia de hiato: é uma patologia em que há fraqueza do músculo diafragma que divide o abdômen do tórax. ↝O hiato esofágico é o espaço do músculo que faz com que o esôfago penetre na cavidade abdominal na direção do tórax, o que se denomina hérnia de hiato. ↝Gastrites e úlceras gástricas: são lesões causadas pela liberação de ácido gástrico que inflama a mucosa, danificando-a. ↝A diferença entre gastrite e úlcera é que a úlcera pode ser decorrente de uma gastrite não curada, ou ainda de uma evolução do quadro de gastrite. ↝A diarreia: é o aumento do número de evacuações com a sintomatologia de fezes amolecidas ou até mesmo líquidas durante as evacuações. ↝Constipação ou "prisão de ventre": dificuldade para evacuar devido ao endurecimento ou ainda ao grande volume das fezes. ↝Ambos causam dor devido ao maior esforço para defecar, originando as fissuras anais e até hemorróidas. Assimilando ↝A região do intestino grosso não possui vilosidades nem enzimas digestivas. ↝Somente há a produção de muco para facilitar a passagem das fezes pela região do ânus, sem danificar a mucosa do cólon. Exemplificando ↝O soluço caracteriza-se por um ato inspiratório muito forte, que acontece devido a uma contração involuntária (espasmo) e repetida do músculo diafragma e da musculatura intercostal externa. ↝Esse movimento é interrompido por um fechamento repentino das pregas vocais, que suspende a troca de ar, produzindo um ruído. ↝Tal ruído é explicado pelo espasmo do diafragma, que passa pela glote e laringe, provocando a brusca passagem de ar inspiratório. Medicamentos e o trato digestório ↝Diferentes patologias podem afetar o trato gastrointestinal, e daí a dificuldade para manutenção de um equilíbrio orgânico que não venha trazer consequências para o funcionamento de células, tecidos e órgãos do trato digestório. ↝A diarreia é uma forma de evacuação rápida, com fezes em estado líquido. ↝Como o conteúdo das fezes é formado por grande quantidade de água, a maioria dos casos de diarreia é resultado de distúrbios do transporte intestinal de água, íons e eletrólitos. ↝Busca-se, desta forma, o entendimento da etiologia da doença para que se facilite o tratamento. ↝As causas podem envolver carga osmótica do intestino, a secreção aumentada de água e eletrólitos, e a liberação plasmática de proteínas e líquidos da mucosa. ↝Ainda, alterações da motilidade intestinal, com aceleração do trânsito intestinal ou redução da absorção de líquidos. ↝Um ou mais processos podem estar envolvidos na etiologia da diarreia, resultando em maior perda de água pelo organismo. ↝A maioria das pessoas tem a ocorrência como uma doença benéfica, que não necessita de tratamento e avaliação. ↝Em casos mais graves, quando há desidratação e distúrbios eletrolíticos, crianças, idosos e lactantes necessitam de reidratação oral, já que essa é uma medida segura para doenças agudas seguidas de diarréia. ↝Assim, as misturas de íons e glicose se tornam balanceadas para que se evite a desidratação. ↝O tratamento farmacológico da diarreia está ligado às pessoas que têm os sintomas persistentes e bastante significativos. Medicamentos usados na diarreia ↝Carboximetilcelulose: são agentes colóides que absorvem água e aumentam o volume fecal, usados na diarreia branda e síndrome do intestino irritável. ↝Em seu mecanismo de ação, eles podem atuar como géis, modificando a consistência e viscosidade das fezes. ↝Bismuto: trata a conhecida diarreia do viajante. ↝Quando a pessoa apresenta sintomas devido às alterações na alimentação diária, usa-se essa medicação. ↝Ainda fala-se em efeitos anti-inflamatórios, anti secretórios e até antibióticos contra o Helicobacter pylori, causadora de úlceras. ↝O efeito colateral que pode aparecer é o enegrecimento das fezes. ↝Probióticos: causam alterações na flora intestinal necessária para a saúde, podendo aparecer devido ao uso de medicamentos