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Aula 06: Preparos cavitários indiretos posteriores ➔ Confeccionar as restaurações fora da boca, geralmente em casos de restaurações muito extensas e contínuas: Restaurações extensas, contínuas e insatisfatórias: dificuldade em reanatomizar, devolver funcionalidade, contatos oclusais e contorno adequado nesses casos. PREPARO CAVITÁRIO: Em casos como esse, é indicado que o paciente faça um preparo mais amplo, de forma que seja possível confeccionar o material fora da boca. MOLDAGEM E MODELO: encaminhar para o laboratório que irá realizar a confecção da restauração (restauração indireta - feita em outro local). TEMPO DE ESPERA: proteger a estrutura com material temporário (exposição de túbulos dentinários) - obrigatoriamente passar por esse processo, para manter a funcionalidade do dente, enquanto há a confecção da restauração indireta (laboratório); CIMENTAÇÃO: da restauração definitiva sob os preparos; Caso inicial X Caso final: Cobertura das cúspides com cerâmica - mais resistente. 1. Restauração Inlay Indireta: A restauração está contida no preparo (dentro do dente), podendo ou não recobrir as cúspides mas, nunca todas as cúspides (MO/DO/MOD); As paredes têm que ter espessura; (Bibliografia: Garone & Burger, 1998) - Abertura e profundidade (desgaste) além do limite interferem na escolha de uma restauração direta: abertura além de ⅓ da da distância intercuspídea, profundidade maior que 3mm - pensar em restauração indireta; - A carga que incide sobre o dente também interfere no tipo de restauração (direta ou indireta); - Estrutura remanescente precisa ser resistente às cargas mastigatórias, para que seja feita a escolha entre inlay e onlay; Inlay com envolvimento de uma cúspide que não estava resistente às cargas. ● Preparo cavitário - Inlay: MO, OD, MOD - Caixa oclusal - Expulsividade - Parede pulpar - Caixa proximal - Retoques finais Caixa oclusal: ➔ Fresa 3131*/4137/4138 (kg soresen); ➔ Abertura da caixa oclusal ➔ Profundidade: 1,5 - 2,0mm - na realidade clínica, o que determina a profundidade é o caso clínico; ➔ Distância vestibulo-lingual: 3mm - mínimo (istmo oclusal) ➔ Expulsidade: 10 graus ➔ Parede pulpar: côncava Caixa proximal: ➔ Fresa 3131/4137 (mais longa)*/4138 (geralmente utilizada para preparos de cora total, pois é mais fina)/2133 ➔ Abertura da caixa proximal ➔ Distância áxio-proximal (cervical): 05, - 1,0mm; ➔ Distância vestibulo-lingual: 3,5mm; ➔ Paredes vestibular e lingual: 0,5mm nas ameias; ➔ Expulsidade dupla: cervical para oclusal / axial para proximal - forma de conveniência para adaptar materiais na cervical; Retoques finais; OBS: a fresa 3131 - 4mm de comprimento, ou seja, a profundidade da caixa oclusal representa mais da metade da fresa; além disso, a ponta arredondada é ideal para confecção dos ângulos arredondados; Passo-a-passo do vídeo: 1. Desgaste da caixa oclusal: - Com a broca 3131, inclinada em 45º para distal, inicia-se o desgaste utilizando o ângulo da fresa (se utilizar a parte plana da extremidade, pode causar muito atrito), até ser possível a fresa ficar posicionada de forma paralela ao plano oclusal: - Define-se a profundidade e acompanha, com a fresa em paralelo, o plano oclusal para confeccionar a caixa oclusal: 2. Caixa proximal: - Na distal, que não possui dente ao lado, já pode realizar o rompimento da parede distal. - Fresa 3131: colocar na caixa proximal, um pouco acima da gengiva, paralelamente a caixa oclusal, que deve ser expulsiva. - Na mesial, aproximar o máximo possivel, sem romper, com a fresa 3131. - Com a fresa 2133/4138, entrar em 45º em direção a gengiva, ao chegar abaixo do ponto de contato, inclinar a fresa para vestibular e palatina para dar expulsividade a caixa. 3. Adequação do preparo - Com a fresa 2200 (ponta de lápis), liberar o contato entre os dentes. - Refazer a caixa proximal (mesial). - Redefinindo a parede gengival, a expulsividade da palatina e da vestibular. - Dupla expulsividade. - Arredondamento dos ângulos. - Inclinação das paredes palatina e vestiibular para ser possível a visualização da parede pulpar. - Um bom preparo permite a visaulização de todas as paredes. ➔ O que pode guiar a quantidade de desgaste do dente? Conhecimento da mm da fresa; ➔ Vantagens: Economia de tempo; Qualquer sistema restaurador estético indireto; ➔ Desvantagens: Contato e contorno difíceis; Domínio da técnica; 2. Restauração Onlay Indireta: A restauração contém o preparo e deve cobrir todas as cúspides funcionais (cúspides que recebem a carga oclusal), protegendo a estrutura dental remanescente. - Nos superiores: cúspides palatinas rebecem a carga oclusal; - Nos inferiores: cúspides vestibulares recebem a carga oclusal; ● Preparo cavitário - Onlay: passo-a-passo do vídeo Seguindo o passo-a-passo do preparo inlay, após a confecção da caixa oclusal, das caixas proximais e da adequação do preparo. - Utilizando a 2133 inclinada para dentro, realiza-se o desgaste nas cúspides. - Realizar o recorte da cúspide palatina (cúspide funcional), inclinando a fresa para um lado e depois para o outro, mantendo a forma piramidal da cúspide. - Realizar o chanfro: circundar a cúspide palatina, a 1mm de profundidade, com a 2133, até cair na caixa proximal. - Acabamento para retirar ângulos vivos do preparo. - O preparo quando finalizado deve permitir ver todas as estruturas. 3. Restauração Indireta Overlay: A restauração contém o preparo e deve recobrir todas as cúspides, protegendo a estrutura dental remanescente e recuperando o plano oclusal; O término cervical no meio do dente; Desvantagem: estética - linha de junção; área de adesão menor que na coroa total; ● Preparo cavitário - Overlay: Desgaste oclusal: ➔ Fresa 2133; ➔ Sulcos de orientação: 1,5 a 2mm; ➔ Vertentes internas e externas; ➔ União de sulcos de orientação; Confecção do chanfro: ➔ Fresa 2133; ➔ Paredes vestibular, lingual e proximais: 1mm; ➔ Expulsividade; Retoques finais: ➔ Biselados proximais: 2200; ➔ Alisamento das paredes cavitárias: 2133F (arredondar ângulos); Passo-a-passo do vídeo: 1. Desgaste da caixa oclusal: - Sulco de orientação nas cúspides: palatina (1,5mm) e vestibular (1mm). - Desgaste para redução das cúspides, mantendo a forma. - Redução das vertentes externas: fresa inclinada em 45º, - Slice: deixar espaço para a fresa passar. - Confecção do chanfro: determinar inicialmente a altura e profundidade, depois circundar o dente inteiro. - Acabamento arredondando os ângulos vivos. 4. Coroa total: A restauração contém o preparo e deve recobrir todas as cúspides, protegendo a estrutura dental remanescente e recuperando o plano oclusal; O término cervical a nível gengival; O que diferencia a coroa total da overlay é o posicionamento do cavossuperficial gengival. Utiliza-se fio de afastamento gengival para uma boa moldagem; Mais difícil de visualizar a adaptação e o excesso da cimentação; Mais difícil de higienização; Estabilidade maior que na overlay = área de adesão cervical; ● Preparo cavitário - Coroa total: passo-a-passo do vídeo Mesmo preparo da overlay, diferenciando na altura do chanfro: fresa 4138 (longa); - Definir profundidade do chanfro: contornar a gengiva; - No caso de uma área estética, utilizar fio retrator gengival para aprofundar um pouco mais o chanfro. - Deve ser possível visualizar todo o chanfro, todas as paredes circundantes ao final do preparo. - Arredondamento dos ângulos vivos.
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