Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
As fibras musculares esqueléticas são inervadas por grandes fibras nervosas mielinizadas que se originam nos grandes neurônios motores nos cornos anteriores da medula espinhal. Cada fibra nervosa, depois de penetrar no feixe muscular, se ramifica e estimula 3+ fibras musculares, formando a unidade motora. Cada terminação nervosa faz uma junção neuromuscular, que é uma sinapse entre uma terminação nervosa de um neurônio motor e uma fibra muscular. JUNÇÃO NEUROMUSCULAR Formada pelo terminal axônico pré- sináptico, pela fenda sináptica e pela membrana pós-sináptica da fibra muscular modificada, que é próxima ao terminal axonal. A fibra nervosa forma complexos de terminais nervosos ramificados que se invaginam na superfície extracelular da fibra muscular, formando a estrutura placa motora (região do sarcolema onde se dá o encontro entre o nervo e o músculo). A membrana invaginada é denominada goteira sináptica e o espaço entre o terminal e o sarcolema é denominado espaço sináptico / fenda sináptica. No fundo da goteira existem dobras do sercolema, denominadas fendas subneurais, que aumentam a superfície na qual o transmissor sináptico agirá. No terminal axonal muitas mitocôndrias de fazem presentes, que produzem ATP para a síntese de acetilcolina, que excita membrana da fibra muscular, ela fica armazenada em vesículas sinápticas. No espaço sináptico existe a enzima acetilcolinesterase, que destrói a acetilcolina depois que ela foi liberada das vesículas sinápticas SECREÇÃO DE ACETILCOLINA NOS TERMIANAIS NERVOSOS Quando um impulso nervoso atinge a junção neuromuscular, vesículas de acetilcolina são liberadas nos terminais no espaço sináptico. Na superfície interna da membrana neural existem as barras densas, que possuem, em cada um de seus lados, os canais de cálcio controlados por voltagem, que se abrem quando o potencial de ação é propagado para o terminal, abrindo os cais e os íons cálcio difundem do espaço sináptico para o interior do terminal nervoso (os íons cálcio atraem as vesículas de acetilcolina, permitindo que elas se EXCITAÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO fundem com a membrana neural e lancem a acetilcolina no espaço sináptico, por exocitose). 1 – PA no terminal pré-sináptico 2 – íons cálcio vão para o terminal axônico, promovendo a ativação da proteína cinase dependente da calmodulina-Ca+2, que fosforila a sinapsina 3 – Vesículas de acetilcolina vão para a zona ativa da membrana pré-sináptica 4 – Exocitose da acetilcolina. EFEITO DA ACETILCOLINA NA MEMBRANA PÓS- SINÁPTICA DA FIBRA MUSCULAR PARA ABRIR OS CANAIS IÔNICOS Na membrana da fibra muscular fazem presentes receptores de acetilcolina, que são canais iônico controlados pela acetilcolina. Cada receptor é um complexo proteico, composto pelas subunidades: duas alfas, uma beta, uma delta e uma gama, que são moléculas proteicas. As moléculas proteicas penetram a membrana formando o canal tubular, que fica fechado até que moléculas de acetilcolina se liguem às duas subunidades alfa, causando alteração conformacional que abre o canal. O canal regulado pela acetilcolina, abertos, permitem a passagem de íons negativos, como de sódio, de potássio e de cálcio, mas íons negativos não conseguem. Com a abertura dos canais controlados pela acetilcolina, íons sódio entram na fibra, provocando alteração potencial positiva no interior do sarcolema, denominado potencial da placa motora, que inicia um potencial de ação que se propaga ao longo da membrana muscular, promovendo a contração. DESTRUIÇÃO DA CETILCOLINA LIBERADA PELA ACETILCOLINESTERASE Enquanto a acetilcolina está no espaço sináptico, ela continua ativando os seus receptores. Contudo, ela é removida por meio de destruição pela acetilcolinesterase e pelo fato de que uma pequena quantidade de acetilcolina se difunde para fora do espaço o sináptico, deixando de ser disponível para agir. A rápida remoção da acetilcolina evita a reexcitação continuada do músculo, depois que a fibra muscular se recuperou de seu potencial de ação inicial. POTENCIAL DA PLACA MOTORA E EXCITAÇÃO DA FIBRA MUSCULAR ESQUELÉTICA O influxo de sódio para a fibra muscular quando os canais colinérgicos se abrem causa variação do potencial elétrico no interior da fibra, no local da placa motora, criando um potencial local denominado potencial da placa motora. O aumento no potencial da membrana nervosa é suficiente para iniciar a abertura de mais canais de sódio, iniciando um potencial de ação na membrana da fibra muscular. PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO PARA O INTERIOR DA FIBRA MUSCULAR POR MEIO DOS TÚBULOS TRANSVERSOS O potencial de ação na superfície quase não provoca fluxo de corrente no interior da fibra, devendo a corrente penetrar na fibra. Isso ocorre pela propagação dos potenciais de ação pelos túbulos T. Os potenciais no túbulo T provocam liberação de íons cálcio no interior da fibra muscular e esses íons promovem a contração, processo denominado acoplamento excitação-contração. ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO - CONTRAÇÃO Quando um potencial de ação se propaga pelo sarcolema, a alteração do potencial também se propaga ao longo dos túbulos T para o interior da fibra muscular. O retículo sarcoplasmático é composto pelas cisternas terminais (fazem contato com os túbulos T) e por longos túbulos longitudinais que circundam todas as superfícies das miofibrilas que realmente se contraem. No interior do retículo sarcoplasmático há um excesso de íons cálcio em elevada concentração, muitos liberados quando um potencial de ação ocorre nos túbulos T. O potencial de ação do túbulo T provoca fluxo de corrente para as cisternas do retículo sarcoplasmático no ponto em que tocam o túbulo T. A variação de voltagem, que ocorre à medida que o potencial de ação progride pelo túbulo T, é detectada pelos receptores de di-idropiridina (sensível à voltagem), que são ligados aos canais de liberação de cálcio / receptores de canal de rianodina, presentes no retículo sarcoplasmático. A ativação dos receptores de di- idropiridina promove a abertura dos canais de liberação de cálcio das cisternas e em seus túbulos longitudinais. Os canais ficam abertos liberando cálcio para o sarcoplasma, repercutindo em contração. A contração ocorre enquanto a concentração de cálcio no sarcoplasma permanece elevada. Porém, uma bomba de cálcio, presente no retículo sarcoplasmático, bombeia os íons cálcio de volta para essa organela, que contem a proteína calsequestrina, que pode quelar o cálcio, fazendo com que fique no interior da organela. Na repolarização, ocorre alteração conformacional do receptor di- hidropiridina, o que resulta no fechamento dos canais de liberação dos íons cálcio, que voltam para o RS por meio da bomba de cálcio ATP deoendente. 1 – Acetilcolina é liberada do neurônio motor na junção neuromuscular. 2 – Acetilcolina promove a abertura de canais iônicos na membrana muscular. Com isso, íons sódio entram pelos canais. 3 – Potencial da plana motora desencadeado pela entrada de íons sódio. 4 – Potencial de ação muscular. 5 – O potencial de ação no túbulo T altera a conformação do receptor di-hidropiridina. 6 – Receptor di-hidropiridina abre os canais de rianodina de liberação dos íons sódio do RS e eles entram no sarcoplasma. 7 – Os íons cálcio se ligam à troponina, permitindo a ligação entre a miosina e a actina. 8 – As cabeças de miosina executam o movimento de força. 9 – Os filamentos de actina deslizam em direção ao centro do sarcômero. Contração A tensão muscular aumenta continuamente até um valor máximo à medida em que as interações das pontes cruzadas aumentam. Relaxamento a tensão diminui. Elementos elásticosdo músculo fazem com que o sarcômero retorne ao comprimento de repouso.
Compartilhar