Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Cirurgia Pré-protética Objetivo: Preparar o ambiente bucal para receber uma prótese, independentemente do tipo. Regularização da região de assentamento protético, proporcionando base firme livre de protuberâncias e irregularidades ósseas, inserções musculares altas, hiperplasias e dentes sem suporte ósseo. Quais tecidos que regulariza? Tecido ósseo Tecido mole (mucosa, freio, inserções musculares) Dentes OBJETIVOS DO TRATAMENTO Função ideal o Mastigação o Fonação Estética aceitável (muitas vezes precisa fazer regularização óssea para entregar uma estética boa) o Tipo de prótese Manutenção no tempo o Higiene do paciente o Acompanhamento ÁREA PROTÉTICA IDEAL Ausência de condições patológicas (e sem bridas) Relação entre arcos apropriada (altura e oclusão entre os arcos) Dimensão e configuração do rebordo alveolar apropriadas (regularidades) Ausência de irregularidades no rebordo (tecido mole e duro) Quantidade de mucosa ceratinizada adequada (fornece para o paciente qualidade de mastigação) Profundidade de fundo de vestíbulo adequada (para encaixar a prótese) PLANO DE TRATAMENTO Relação Cirurgião Dentista e Protesista BASEADO EM... Queixa principal do paciente Expectativas do paciente Avaliação do paciente o Plano de tratamento ósseo o Plano de tratamento tecidos moles o Tipo de prótese Ai sim determinar o: PROCEDIMENTO CIRÚRGICO Paciente não quis extrair: faz tratamento de canal e sepultamento das raízes para a gengiva cobrir. Observar também: CARACTERÍSTICA DO PACIENTE Risco do paciente (paciente de risco?) Relação entre os dentes (vai ter que compensar? Vai ter que fazer elas mais vestibularizadas? Se tive relação de topo a topo precisa mudar essa relação)) Osso remanescente (se permite intervenções para implantes) Tecido mole ( é suficiente para suportar a prótese?) Vestíbulo (profundidade do vestíbulo adequada?) Relação intermaxilar (tipo de mordida) Patologias (fibroma traumático...) CIRÚRGIAS DO TECIDO ÓSSEO Partem desde o aumento ósseo até a regularização/remoção do tecido ósseo. CIRÍRGIA ÓSSEA Alveoloplastia simples associada a exodontias (remoção dos dentes e regularização óssea) Alveoloplastia intraseptal (remoção dos septos) Redução da tuberosidade Exostoses e espinhas ósseas Redução da crista milo-hióidea Remoção de bordas cortantes bucais (rebordo em lâmina de faca), para possibilitar a instalação de uma prótese ou implante naquela região. AVALIAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA Essas imagens mostram um desnivelamento entre as regiões ósseas. Região anterior mais alta e posterior mais baixa, isso dificulta a confecção de uma prótese que se encaixe e tenha adaptação, por isso a necessidade de regularizar o rebordo. Precisa-se avaliar o paciente. RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS E CEFALOMÉTRICAS Seio maxilar (seio maxilar pneumatizado- não tem mais osso. Se for colocar implantes precisa fazer levantamento de seio nessa região) Forâmenes mandibular e mentual Estrutura óssea Rebordo fininho. Possibilidade: colocar uma placa de reconstrução para colocar implantes e colocar uma protocolo (prótese sobre implantes) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Ausência de distorção Localizações exata dos reparos anatômicos (fácil de localizar também onde deve-se fazer as reconstruções) ALVEOLOPLASTIA + EXODONTIAS MULTIPLAS 1. Incisão intrasulcular 2. Descolamento (freer ou molt n°9) 3. Aplicação de técnicas de exodontia 4. Remoção de irregularidades ósseas Pinça goiva, ou Broca de desgaste (baixa rotação) Lima para osso (regularização) 5. Plastia do tecido mole. (regularização, se removeu vários dentes não precisa de papila, retira as papilas para o tecido se aproximar melhor) 6. Sutura simples, contínua simples ou festonada - Removo as pontas do alvéolo com alveolótomo para conseguir fechar o tecido e não formar espiculas e traumatizar o tecido. Com a pinça goiva remo-se as pontinhas do alvéolo. Posteriormente vem com a lima para osso regularizando, dando um acabamento. Remove as papilas, deixando o tecido mais reto e regular, promovendo o fechamento e uma adaptação melhor das bordas, evitando que fique com resto de tecido sobrando (o que geraria irregularidades no tecido) Outro caso: - Remove os septos com alveolotomo!! Aí vem com uma maxicute em BR e vai passando até regularizar. - Quando ficar bem baixinho vem com a lima para osso dando uma regularizada. Remove as papilas com bisturi ou tesoura e sutura. ALVEOLOPLASTIA DE REBORDO EM LÂMINA DE FACA - Rebordo muito fininho. Faz a incisão sobre o rebordo e regulariza. Broca em peça de mão ou alveolótomo e vai removendo as partes mais cortantes até deixar praticamente plano. Quando tiver plano, na altura do tecido ósseo ao lado, faz a sutura. (simples ou contínua festonada) ALVEOLOPLASTIA + PRÓTESE IMEDIATA CIRURGIA DE MODELOS - Moldagem do paciente - Montagem em articulador - Cirurgia do modelo - Confecção do guia cirúrgico em acrílico transparente (faz moldeira individualizada tipo PT) - Orientar remoção de tecido ósseo e mole - Confecção de prótese imediata baseado no modelo. Cirurgia de modelo: pega o modelo de gesso, remove os dentes e remove a quantidade de osso que se planeja remover cirurgicamente. Exodontia e alveoloplastia convencional Guia cirúrgico e prótese imediata em solução estéril (PVPI) Lavar ambos com soro fisiológico Manter na mesa cirúrgica Antes de suturar experimentar o guia cirúrgico e se tiver comprimindo alguma região realizar as ostectomias necessárias para a instalação do guia cirúrgico Sutura Instalação prótese (faz reembasamento com um material mais mole para causar menos trauma na região e adaptar melhor a prótese) - Reembasa a prótese e protege os tecidos por ser mais mole. Mantém mais firme. EXODONTIA + REGULARIZAÇÃO + IMPLANTE - Paciente com uma discrepância óssea muito grande. - Fazer enxertos nessa região e tentar com que fique parecida e fazer implante. - Necessário fazer um aumento de seio maxilar. Planejamento: Opção 1: Instalação de implantes em região de maxila direita, mantendo os remanescentes maxilares. Opção 2: Exodontia total superior + PT provisória imediata + prótese protocolo após cirurgia de segundo estágio Opção 3: Exodontia total superior + prótese protocolo com carga imediata Faz a regularização óssea até chegar na altura do rebordo : Instalação do Guia Cirúrgico para instalar os implantes e eles saírem na posição correta na oclusal/incisal dos dentes: Instalou 6 implantes. - Foi feita moldagem, instalação de pilares, colocação de cicatrizadores, e envia para o protético. Pós-operatório: Moldagem, prova da barra, prova dos dentes em cera, prova dos dentes em definitivo e instalação da prótese tipo protocolo. REGULARIZAÇÃO DE REBORDO MANDIBULAR + IMPLANTE REDUÇÃO TUBEROSIDADE MAXILAR Criar espaço protético Retenção da prótese fica dificultado Plastia óssea e de tecido mole Incisão, remoção do fragmento ósseo e plastia. Regularização de tecido mole e duro: Faz sutura: EXTOSES ÓSSEA Retenção protética Ulceras por compressão do tecido Podem ser causadas por apertamento, por questões biológicas. TÓRUS EM PALATO MAXILAR Paciente usou prótese com sistemade sucção muito grande e formou esse tórus. (nesse caso sabemos a causa do tórus, em outros casos não tem como) Faz uma incisão em duplo Y (incisão no centro do tórus e um Y em cima e embaixo – extremidades) Tórus dificulta a estabilização da prótese. Foi feita uma osteotomia (remoção de osso por partes). Com cinzel e martelo remove os fragmentos. Foi feita uma regularização do palato, fechou a lesão. E com 60 dias nem tem cicatriz. TÓRUS MAXILAR Fez uma incisão linear e uma relaxante, descolamento. Pode ser feito com a maxicute ou cinzel e martelo. Suturou. REMOÇÃO CRISTA MILOHIOIDEA E ESPINHAS MANDIBULARES Milohioideo está inserido nessas cristas (espinhas mandibulares na região posterior) Muitas vezes quando o paciente tem perda dentária e uma perda óssea muito acentuada, essa crista fica pontuda, porque ela não vai ser reabsorvida porque é nela que o músculo se insere. Faz-se uma incisão linear, com um alveolotomo vai-se lá na região e regulariza essa pontinha da espinha mandibular. Isso é em casos muito graves, onde o paciente tem uma perda excessiva em região posterior de mandíbula CIRURGIA DE TECIDO MOLE Quando tem que se remover o tecido mole? Hipermobilidade (quando o tecido é muito móvel, se toca nele e ele se movimenta) Anomalias de rebordo Redução da tuberosidade maxilar Hiperplasia Frenectomia Vestibuloplastia - Trauma por prótese e gerou esse tecido AVALIAÇÃO DOS TECIDOS Inspeção, palpação Ex. radiográfico e modelos Tecido queratinizado suficiente para receber a prótese Vestíbulo, inserções de freios e bridas (poque as vezes temos algumas inserções musculares muito baixas e impossibilitam fazer uma prótese total adequada. Precisa remover) Assoalho bucal (se tem profundidade para receber prótese) Rebordos alveolares (a espessura) Relação intermaxilar (Cirurgia ortognática? – Quando se tem discrepância muito grande entre maxila e mandíbula e não consegue-se corrigir apenas com próteses totais.) VESTIBULOPLASTIA Epitelização secundária o Tendência a recidiva, pois não se mexe em inserções musculares. o Fundo de vestíbulo em “V” o Quantidade de mucosa lábio-alveolar livre que se precisa avaliar. Se tiver muita quantidade no lábio vai causar um problema grande, pois vai acabar contraindo esse lábio causando uma deicência do lábio (lábio pode ficar evertido para fora ou até invertido – um pouco para dentro) Faz uma incisão linear na mucosa no lábio, divide o retalho (tecido conjuntivo e mucosa) até chegar numa profundidade de vestíbulo adequada e ao invés de ressuturar o tecido que se incisou, sutura em fundo de vestíbulo, aumentando a profundidade do fundo de vestíbulo. (técnica por epitelização secundária). - Paciente tem a inserção muscular bem alta. Pega-se essas inserções musculares e inciso lá e vai-se dividindo o retalho com incisões lineares. E ao invés de pegar e suturar ela mais baixa, vai-se entrando com a lâmina do lado (aprofundando o periósteo) para esse tecido ir soltando e ficando mais livre. Nesse caso foi usado um guia parafusado para estabilizar o tecido, porque não tinha como suturar muito profundo. O corte é esse em vermelho, mas em vez de sutura borda com borda, sutura onde está o ponto vermelho, aprofundando o vestíbulo. Outra técnica de VESTIBULOPLASTIA: Recidiva de 50% Readaptação de tecidos Aumento previsível em vestibuloplastia submucosa Faz-se uma incisão linear bem na região, faz a liberação com a divulsão (para um lado e para o outro) até liberar as camadas musculares e conseguir fazer a passagem do Mold para um lado e oara o outro. Vai se liberando as camadas musculares fazendo com que o tecido ganhe mobilidade. Traciona-se o lábio do paciente para cima e vai-se liberando o tecido para ele ir ganhando mobilidade. Quando mais mobilidade o vestíbulo for aprofundando mais, melhor. Quando libera-se a camada de periósteo, usa-se Gota (moldeira personalizada que se coloca e parafusa), porque ela vai estabilizar os tecidos moles lá de cima. Vai manter os tecidos moles estáveis da região. Deixa a moldeira por 14 dias para estabilizar os tecidos moles e eles se reinserirem mais alto. 15 dias. Nota-se uma diferença na tensão dos tecidos. Na 1° imagem o paciente apresentava os tecidos bem tensos, o freio bem tenso. Na 2° imagem os tecidos estão muito mais relaxados. A cor ficou mais saudável, pois na primeira imagem tracionava tanto que deixava a região isquêmica. - Com um bisturi elétrico vai liberando as camadas musculares para ficar mais solto ainda. Vê-se como foi liberado o tecido. Faz o reembasamento da prótese Manipulação do material soft e colocado na prótese, de um lado e do outro, e colocado na boca do paciente e aperta e espera ele secar. V Vai ficar bem adaptado. Remove os excessos empurra para a parte superior, fazendo os movimentos musculares, como se tivesse moldando um PT, para ela não ficar presa. Retira os excessos com a tesoura e passa Gleizer (brilho que faz a impermeabilização dessa resina e não permite que ela fique reabsorvendo líquidos e o gosto da comida) Após 2 dias: cicatrização por 2° intenção, com a formação da camada de fibrina sobre a região. Readapta a prótese, tira os excessos e dá polimento. (reembasada com resina acrílica) e colocou ela dentro da boca. REMOÇÃO DE HIPERPLASIA FIBROSA Tecido mole reacional pela pobre adaptação de uma prótese. Tecido como resposta a má adaptação vai gerando esses tecidos hiperplásicos. Epitelização secundária (não vai unir bordas quando elas são grandes) Prótese com condicionamento de tecido no pós cirúrgico. (para que a prótese fique bem melhor adaptada e deixe os tecidos na posição que se quer) Provocada por falta de tecido queratinizado insuficiente para inserção de prótese (mucosa alveolar não foi feita para receber carta, precisa da mucosa queratinizada para suportar) Alta recidiva (quando não tira o fator causal, precisa fazer uma nova prótese no final da cicatrização) Remove a hiperplasia totalmente de forma superficial sem tirar o periósteo e sem expor o osso, vai deixar o periósteo aderido por baixo. Vai cicatrizar por 2° intenção. O máximo que coloca é uma prótese com material reembasador. APROFUDAMENTO DE VESTÍBULO Quando se tem associação de hiperplasia fibrosa e ausência de fundo de vestíbulo. Nesse caso faz uma cirurgia dupla. E vai deixar por epitelização secundária. Remove as hiperplasias fibrosas. Pode suturar na parte do periósteo, mas não tem necessidade. Coloca uma PT no paciente, com um reembasador forte, para que mantenha esse tecido estabilizado. Fixa a prótese com o parafuso, faz com que a prótese fique bem adaptada. Exemplo de paciente com rebordo raso: Faz a cirurgia de modelo, faz a moldeira individual. Remoção da fibrose e instala a prótese no palato, parafusada, para ela empurrar o tecido e manter o tecido na região. Depois de 14/21 dias foi removido o molde e já tem uma cicatrização por 2° intenção. PLASTIA DO TECIDO MOLE Remove o cordão fibroso que o paciente tem na vestibular, faz uma sutura normal. E envia para o patologista. Remoção de hiperplasia: Pré-operatório Conduta – Remoção da causa Tira toda a parte que ela causando hiperplasia. Pede para o paciente parar de usar ou usar ela readaptada. Após a remoção da causa a hiperplasia diminuiu A hiperplasia que ficou, persistindo,remove-se cirurgicamente. Peça encaminhada para análise histopatológico. Faz uma sutura bem simples na região, só para fechar. Encaminha o paciente para o protesista. Cirurgia na região do tuber: Excesso de tecido na região do tuber: Faz a incisão em cunha na região do tuber, e faz o fechamento dela com sutura, unindo as bordas. Diminuiu o volume e agora consegue-se assentar a prótese. Quando tem volume ósseo e tecidual, faz os dois procedimentos. Considerações finais: Conhecimento da anotomia normal Indicações cirúrgicas Abordagem segundo a queixa principal do paciente.
Compartilhar