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GLOSSÁRIO Epidemiologia: epi (sobre) + demos (população) + logos (estudo) → estudo que ocorre sobre a população. • Estuda a doença na população e não no indivíduo. • Causa da doença e quais fatores a provocaram. • Identificação do agente causador + fatores → medidas de tratamento, prevenção e controle das enfermidades infectocontagiosas. CONCEITOS GERAIS Agente etiológico: agente causador da doença; desencadeia os sinais e sintomas de determinada enfermidade. Antigenicidade: capacidade que uma substância tem de se ligar aos componentes do sistema imune, chamamos essa substância de antígeno. Ciclo biológico: todas as relações que mantêm o parasito e seu ciclo; inclui os hospedeiros do parasito, meios de disseminação ou propagação entre os hospedeiros. Convalescência: período de recuperação da doença; restabelecimento do organismo durante certo tempo. Diagnóstico: ato de determinar e conhecer a natureza de uma doença pela observação dos seus sintomas e sinais; conclusão do médico ao qualificar a doença de acordo com os sinais detectados. Diagnóstico diferencial: possíveis explicações para os sinais e sintomas do paciente. Doença de notificação obrigatória: é qualquer doença que a lei exija que seja comunicada às autoridades de saúde pública em sua suspeita ou ocorrência; a notificação deverá ser realizada imediatamente do conhecimento do caso confirmado, não podendo ultrapassar 24 horas. Os dados permitem às autoridades monitorizar a doença e permitem antecipar possíveis surtos. Foco: local onde se concentra a fonte transmissora de uma doença. Fômite: é qualquer objeto inanimado ou substância capaz de absorver, reter e transportar organismos contagiantes ou infecciosos (germes a parasitas), de um indivíduo a outro Forma aguda: é fase da doença que surge após a infecção; este momento os sintomas clínicos são mais nítidos; período de definição: o paciente se cura, passa para a fase crônica ou morre. Forma crônica: é a fase é que se segue à fase aguda, na qual o paciente apresenta sintomas clínicos mais discretos; equilíbrio entre os hospedeiros e o agente etiológico e, usualmente, a resposta imunológica é bem elevada. Forma sub-aguda: estágio um pouco mais avançado da doença, quando a infecção se desenvolve por cerca de um ou dois meses, devido à falta de tratamento adequado. Hospedeiro acidental: parasita outro hospedeiro que não o seu normal. Hospedeiro definitivo: aquele no qual o parasita atinge a maturidade ou passa a sua fase de reprodução sexuada. Hospedeiro doméstico: animal doméstico que atual como hospedeiro para outro organismo. Hospedeiro domiciliar Hospedeiro intermediário: apresenta o parasita em sua fase larvária ou assexuada Hospedeiro peridomiciliar Hospedeiro primário: hospedeiro definitivo. Hospedeiro silvestre Hospedeiro terminal: encerra o ciclo de transmissão. Hospedeiro natural ou reservatório: hospedeiro de outra espécie, que alberga o agente etiológico de determinada doença e o elimina para o meio exterior com capacidade infectante, ou seja, é o animal que aloja algum tipo de parasita sem que esse seja prejudicado, por exemplo, o barbeiro (Doença de Chagas) que aloja em seu organismo o Trypanosoma cruzi. Imunogenicidade: capacidade que uma substância tem de induzir uma resposta imunológica, chamamos essa substância de imunógeno. Infectividade: capacidade que tem certos organismos de penetrar e de se desenvolver ou de se multiplicar no novo hospedeiro, ocasionando infecção Letalidade: número de óbitos por determinada causa e o número de indivíduos que foram acometidas por tal doença Manifestação clínica: são os sinais e sintomas de uma determinada doença; febre é uma manifestação clínica de uma infecção. Morbidade: taxa de indivíduos portadores de determinada doença dentro de um grupo específico. Mortalidade: refere-se ao conjunto dos indivíduos que morreram num dado intervalo do tempo; representa o risco ou probabilidade que qualquer indivíduo na população apresenta de poder vir a morrer. Natalidade: relação entre o número de nascidos vivos e o total da população em um dado lugar, num dado período de tempo. Patogenia: modo como os agentes etiopatogénicos agridem o organismo e os sistemas naturais de defesa reagem, surgindo assim, lesões e disfunções das células e tecidos agredidos, produzindo-se a doença Patogenicidade: capacidade de um agente biológico causar doença em um hospedeiro suscetível. Período de incubação: tempo que um vírus ou bactéria leva para se proliferar no organismo após invadi-lo, até surgirem os primeiros sintomas da doença. Período de transmissibilidade: intervalo de tempo durante o qual uma o animal infectado elimina um agente biológico para o meio ambiente ou para o organismo de um vetor hematófago, sendo possível, portanto, a sua transmissão a outro hospedeiro. Período pré-patente: período decorrido entre a invasão (penetração) do agente etiológico no organismo até o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente (formas jovens iniciais como ovos, larvas, oocistos). Período prodrômico: sucede o período de incubação e apresenta sinais e sintomas inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico nesse período (exemplo de tosse, febre, mal estar); tem curta duração, geralmente alguns dias, e alta transmissibilidade. Portador: indivíduo infectado que não manifesta os sintomas da doença. Há dois tipos de estado portador: portadores silenciosos, que retém sua infecciosidade, e portadores latentes, que não são infecciosos. Potencial zoonótico: transmissível de um animal ao homem. Profilaxia: conjunto de medidas utilizadas para prevenir o aparecimento de doenças, as quais variam conforme a enfermidade. Programas de controle: operações desenvolvidas com o objetivo de reduzir a incidência e/ou prevalência da doença a níveis muito baixos. Quarentena: isolamento de indivíduos ou animais sadios pelo período máximo de incubação da doença, contado a partir da data do último contato com um caso clínico ou portador ou da data em que esse comunicante sadio abandonou o local em que se encontrava a fonte de infecção. Na prática, a quarentena é aplicada no caso das doenças quarentenárias. Sacrifício Surto: ocorrência epidêmica, na qual, os casos estão relacionados entre si, atingindo uma área geográfica delimitada ou uma população restrita a uma instituição: colégios, quartéis, creches. Susceptibilidade: disposição para sentir contrair enfermidades. Transmissão direta: transferência rápida do agente etiológico, sem a interferência de veículos. Transmissão indireta: transferência do agente etiológico por meio de veículos animados ou inanimados. Tríade epidemiológica: modelo tradicional de causalidade das doenças transmissíveis - a doença é o resultado da interação entre o agente, o hospedeiro suscetível e o ambiente. Vacina atenuada: o vírus encontra-se ativo (enfraquecido) porém, sem capacidade de produzir a doença. Vacina inativada: contém o vírus inativado por substâncias químicas ou físicas. Variabilidade: capacidade de submeter-se a variações ou mudanças. Vetor biológico: serve de local para a multiplicação de um agente causador de doenças; vetor no qual ocorre uma fase do desenvolvimento de determinado agente etiológico; erradicando-se o vetor biológico, desaparece a doença que transmite. Vetor mecânico: é aquele em que o agente causador da doença não se multiplica e não se desenvolve nesse local, sendo o vetor apenas uma forma de transporte. Viremia: presença de vírus no sangue circulante em um ser vivo Virulência: o grau de patogenicidade de um agente infeccioso, que se expressa pela gravidade da doença, especialmente pela letalidade e pela proporção de casos com sequelas. Zoonose: infecção ou doença infecciosa transmissível de homens a animais e vice-versa.
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