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PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 1 | AULA 3 Perguntas: Respostas: CA De Mama Qual a epidemiologia a respeito do CA de mama? 25,2% de todos os tumores malignos femininos Primeira causa de morte de câncer entre as mulheres (alta morbimortalidade) Embora alta mortalidade tem letalidade baixa Como ocorre o CA de mama? Proliferação anormal, rápida e desordenada das células do tecido mamário em decorrência de alterações genéticas 5 – 10% é hereditário 90% é esporádico (tem muito a ver com o estilo de vida da paciente) ESTILO DE VIDA + HÁBITOS REPRODUTIVOS + MEIO AMBIENTE Depois dos cânceres de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais prevalente no sexo feminino Quais são os fatores de risco para o CA de mama? 1. Gênero (ser mulher é o MAIOR fator de risco) Ser mulher é maior fator de risco, mas não é condição básica 2. Idade (+ idade + risco) 3. Fatores genéticos 4. Mamas densas 5. Menarca precoce (< 12 anos) → Já que até os 13 pode acontecer a telarca. 6. Menopausa tardia (> 55 anos) 7. Carcinoma lobular in situ (8 a 10 X RR) 8. Lesões proliferativas com atipias (3,5 a 5,0 X RR) Quais as características de BRCA1 e BRCA2? São genes supressores de tumor. Ou seja, quando mutados, há diminuição da supressão dos tumores, facilitando sua proliferação. Quando mutados, oferecem mais de 60% de chance de desenvolvimento de câncer de mama O gene BRCA1 quando mutado também está relacionado à maior chance de câncer de ovário Quais são os fatores de risco para CA de mama relacionados com o estilo de vida? 1. Álcool 2. Sedentarismo 3. Obesidade 4. Primeiro filho após os 30 anos ou nuliparidade 5. Amamentação 6. THR (terapia de reposição hormonal) Perigoso em mulheres com histórico de CA de mama na família. 7. Tabagismo é fator de risco para câncer de mama? NÃO!! Cuidado, que isso é uma pegadinha frequente. É para câncer de colo, mas não para câncer de mama Quais sinais e sintomas de CA de mama? 1. Nódulo fixo, endurecido e geralmente indolor 2. Alterações na pele 3. Alterações no mamilo 4. Nódulos na região axilar 5. Descarga papilar O autoexame das mamas não é recomendado para rastreio PH CA DE MAMA E CA DE COLO DE ÚTERO SAÚDE DA MULHER PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 2 | AULA 3 Quais são as características de um tumor suspeito? 1. Insidioso 2. Unilateral 3. Consistência endurecida e pétrea 4. Principal localização: QSE 5. Contornos irregulares 6. Limites imprecisos 7. Aderidos a planos profundos 8. Pouco móvel Quais características da descarga papilar são suspeitas para CA de mama? 1. Espontâneas 2. Unilateral 3. Uniductal 4. Líquido cristalino (água de rocha) ou hemático 5. Sexo masculino Como é feito o rastreamento? Mamografia USG RNM de mamas – ressonância Por que a mamografia é realizada? Melhor exame para diagnóstico precoce e único com impacto de redução de mortalidade Tratamento adequado Melhor qualidade de vida, permite cirurgias menos radicais Aumenta a chance de cura Quando deve ser feita a mamografia? Quando iniciar Intervalo Quando terminar Sociedade brasileira de mastologia 40 anos 1 ano Expec. De vida > 7 anos Sociedade americana de câncer 45 anos 1 ano Expec. De vida > 10 anos Ministério da saúde no Br 50 anos 2 anos 69 anos Sobre a USG podemos dizer que: Não substitui a mamografia Importante exame complementar Importante em pacientes jovens com mamas densas Método de escolha dos programas de rastreamento Sobre a ressonância de mama podemos dizer que: Não está indicada para rastreamento da população em geral Deve ser indicado apenas para mulheres de alto risco Indicações especiais: • Mais cara • Depende da radiologista • Prótese de silicone • Planejamento cirúrgico Quais são as recomendações do ministério da saúde? 1. Exame clínico anual das mamas a partir dos 40 anos 2. Mamografia bianual ente 50-69 anos 3. Rastreamento com exames clínicos das mamas e mamografia ANUAL para mulheres com risco elevado > 35 anos. Como saber se a paciente é alto risco para câncer de mama? BI-RADS mamográfico 0: inconclusivo 1: Sem achados mamográfico, sem sinais de malignidade 2: Achados benignos 3: Achados provavelmente benignos 4: Achados suspeitos de malignidade 5: Achados altamente sugestivos de malignidade 6: Achados com malignidade confirmada Quais são as recomendações da sociedade brasileira de mastologia? 1. Rastreamento mamográfico anual entre 40 -47 anos 2. Rastreamento com ultrassonografia mamográfico complementar para mulheres com mamas densas 3. Rastreamento com ressonância magnética em mulheres com alto risco PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 3 | AULA 3 Qual a classificação do BI-RADS? SO PODE FECHAR O 6 QUANDO SE TEM A BIOPSIA Categoria Conduta Probabilidade de CA 0 Incompleta Necessidade de complementação adicional ou comparação com exames anteriores Não avaliado 1 Negativa Rastreamento habitual Próximo de 0% 2 Achado benigno Rastreamento habitual Próximo de 0% 3 Achado provável- mente benigno Controle em curto intervalo de tempo (semestral ou anual) Entre 1% e 3% 4A Baixa suspeita Diagnóstico tecidual Entre 3% e 10% 4B Moderada suspeita Diagnóstico tecidual Entre 10% e 50% 4C Alta suspeita Diagnóstico tecidual Entre 50% e 95% 5 Altamente suspeito Diagnóstico tecidual Superior a 95% 6 Biopsia positiva Tratamento Não se aplica Como é diagnosticado o BI-RADS ultrassonográfico? BI-RADS ULTRASSONOGRÁFICO 0: Inconclusivo 1: Normal 2: Achados benignos 3: Achados provavelmente benignos 4: Achados suspeitos de malignidade 5: Achados altamente sugestivos de malignidade 6: Achados com malignidade confirmada Quais são as malignidades do câncer de mama? 1. Cistos complexos 2. Tumores filoides 3. Carcinoma lobular in situ Diagnostico incidental Marcador de risco aumentado 4. Carcinoma ductal in situ 5. Carcinoma ductal infiltrante Mais comum Estudos de receptores hormonais O exame padrão ouro para o diagnóstico de Câncer de Mama é: Core Biopsy → Também chamada de "Biópsia por Agulha Grossa" é o exame de escolha para a definição do diagnóstico de Câncer de mama. Sempre que o tratamento de escolha for a cirurgia conservadora, ou seja, a setorectomia (retirada de apenas um setor da mama), a conduta seguinte para a continuação do tratamento deve obrigatoriamente conter: 1. Se o tratamento de escolha for a setorectomia, obrigatoriamente após a paciente deverá realizar radioterapia. Em caso de contra indicação para radio terapia como gestantes em primeiro ou segundo trimestre de gestação, o tratamento de escolha não pode ser setorectomia, mas a mastectomia radical 2. A quimioterapia estará indicada apenas se houver positividade de malignidade no linfonodo sentinela CA De Colo De Útero Qual a epidemiologia do CA de colo de útero? O CA de colo de útero é a 3° neoplasia mais frequente entre mulheres brasileiras Apenas 2% são diagnosticadas em estágios iniciais Na grande maioria das vezes é precedida de lesão intraepitelial tratável Esta relacionadas a infecção de HPV com subtipos oncogênicos (16 e 18 – 70% dos casos) Estima-se que 70% das mulheres com vida sexualmente ativa vão adquirir HPV ao longo da vida Quais são os fatores de risco para CA de colo de útero? 1. Presença de HPV (subtipo, carga viral, infecção única ou múltipla) 2. Coitarca < 16 anos 3. Múltiplos parceiros 4. Multiparidade 5. Tabagismo (imunidade) PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 4 | AULA 3 6. Uso de contraceptivos orais (não usa o preservativo) 7. Imunossupressão Descreva o HPV (papiloma vírus humano) DNA vírus O risco oncogênico depende do seu subtipoFamília papillomaviridae Baixo risco oncogênico: 6, 11, 26, 42, 44, 54, 70, 73 Alto risco oncogênico: 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 66 A integração do genoma viral ao genoma humano esta associado ao HPV de alto risco A evolução das lesões por HPV depende de: 1. Do tipo de tecido/local acometido 2. Carga viral 3. Presença da infecção 4. Tabagismo 5. Fatores nutricionais 6. Fatores genéticos 7. Estado imunológico do hospedeiro *É um fator necessário, mas não suficiente para o desenvolvimento do câncer de colo de útero. Como o vírus se comporta após a infecção? Fase aguda → infecção latente → infecção ativa → progressiva Semanas depois de infectar o indivíduo o vírus se replica, podendo evoluir ou não para o câncer, depende da imunidade do indivíduo. Ele pode levar de 10 a 30 anos para se desenvolver O vírus se replica em 70% das infecções são combatidas pelo sistema imune. 0,9% dos casos evoluem para câncer de colo de útero. Qual a prevenção primária para o CA de colo de útero? Esta relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV Uso de preservativos Vacinas Qual grupo não entra no esquema vacinal para HPV? Gestantes, porém, podem fazer preventivo normalmente Qual a prevenção secundária para o CA de colo de útero? Diagnóstico precoce através do preventivo Rastreamento O que é importante se destacar sobre as vacinas para o HPV? 2 tipos de vacinas Bivalente (HPV 16 e 18) Quadrivalente (6,11,16,18) Para o Ministério da Saúde: • Adolescentes de 9 a 14 anos antes do contato sexual • É recomendado vacinar mesmo com o primeiro contato ao HPV por conta de uma melhor resposta imunológica Como é feito o rastreio do CA de colo de útero? 1. Papanicolau (citologia oncótica) 2. Colposcopia 3. Biópsia de colo (anatomia patológica) 4. Teste para HPV Sobre o Papanicolau, o que é importante destacar? Exame de RASTREIO de baixo custo Ministério da Saúde recomenda: Entre 25 – 64 anos se iniciada a vida sexual, uma vez por ano. Se dois exames negativos passam a ser feito trienal. Incidência muito baixa em menores de 25 anos. Não deve ser feito se: • 70 anos sem atividade sexual e com amis de 3 exames normais na última década • Ausência de doença pré-neoplásica invasiva • Histórico de periodicidade e exames já realizados • Histerectomia por doença benigna • Quando a mulher foi submetida a histerectomia por motivo de causa maligna, ela deve continuar realizando uma rotina de rastreamento. PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 5 | AULA 3 Quando para de fazer o Papanicolau? 64 anos (02 exames consecutivos negativos nos últimos 5 anos Sem rastreio :com > 64 anos: 2 exames (1-3 anos) Quais são os achados normais do Papanicolau? 1. Alterações celulares benignas 2. Inflamação 3. Metaplasia escamosa imatura 4. Reparação 5. Atrofia com inflamação 6. Alterações recorrentes de radiação ou quimioterapia 7. Achados microbiológicos cacos, lactobacillus e outros bacilos Quais são os achados anormais do Papanicolau? 1. Células escamosas atípicas de significado indeterminado Possivelmente não neoplásicas (ACS-US) Não se podendo afastar lesão de alto grau (ASC-US) 2. Células glandulares de significado indeterminado (AGC) – cytobrush; 3. Células atípicas de origem indefinida (AOI) 4. Lesão de baixo grau (LSIL) 5. Lesão de alto grau (HSIL) 6. Carcinoma microinvasor Quais são os achados normais da colposcopia? 1. Epitélio escamoso original (maduro ou atrófico) 2. Epitélio colunar (ectopia) 3. Epitélio escamoso metaplásico: Cisto de Naboth Orifícios glandulares 4. Deciduose da gravidez Quais são os achados anormais da colposcopia? ACHADOS MENORES 1) Epitélio acetobranco tênue 2) Mosaico fino 3) Pontilhado fino ACHADOS MAIORES 1) Epitélio acetobranco denso 2) Orifícios glandulares espessados 3) Mosaico grosseiro 4) Pontilhado grosseiro 5) Sinal de margem interna 6) Sinal de crista (sobrelevação) 7) Margem demarcada) O que pode ser visto na anatomia patológica? LIE – BG Lesão de baixo grau NIC I Células com núcleo aumentado e hipercromático, cromatina bem distribuída ou glandular e cavitação perinuclear Coilocitose LIE-AG Lesão de alto grau NIC II ou NIC III Células imaduras isoladas em placas ou sincícios com relação N/C aumentada. Presença de hipercromasia, núcleos com cromatina grosseiramente granular. Quais são as lesões pré-neoplásicas de epitélio escamoso? NIC I: Lesão intraepitelial, escamosa de baixo grau (LSIL) NIC II ou III: Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL) Células escamosas atípicas (ASC) de significado indeterminado (ASC – US) ou células escamosas atípicas que não permitem excluir uma lesão intraepitelial escamosa de alto grau (ASC – H) Carcinoma escamoso in situ Quais os tratamentos das lesões pré- neoplásicas Lesões de baixo grau: conduta expectante, acompanhamento Lesões de alto grau: cirurgia clássica, laser ou eletrocirurgia O que devemos identificar no CA de colo? Tamanho e profundidade da lesão Disseminação local Exame físico não faz parte do estadiamento Importante identificar tipo histológico • A partir de 5mm não é mais cirúrgico, e sim com radioterapia PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 6 | AULA 3 Quais são os possíveis quadros clínicos do CA de colo? 1) Assintomáticos Importância da prevenção Lesões subclínicas assintomáticas 2) Estádios avançados Sangramento vaginal Dores abdominais Secreção vaginal anormal Problemas urinários intestinais Principal sintoma clínico do câncer de colo uterino: Sinusorragia: O sangramento à relação sexual é o principal sintoma dos pacientes com câncer de colo. O principal diagnóstico diferencial é o com a ectopia do epitélio cervical fisiológica, que também cursa com sangramento na relação sexual. Exame de imagem que é mais acurado do que o toque retal para o estadiamento clínico do câncer de colo é: A Ressonância Magnética é o melhor exame para o estadiamento do câncer do colo, sendo ótimo para avaliar o comprometimento de paramétrio, o que é muito importante para a decisão do tratamento, se cirúrgico ou apenas quimio + radioterapia Imagem Medsimple
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