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RESUMO MICHEL FOUCAULT

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RESUMO MICHEL FOUCAULT
O propósito é fazer uma reflexão sobre o que Foucault define como poder disciplinar. Ele faz uma pesquisa que procurou identificar o que ele acreditava como sendo ao contrário do que a teoria política moderna afirmava, a verdadeira expressão do poder na modernidade. Tem-se então como objetivo o estudo das características do poder. 
Para o autor, os reformadores penais entenderam que o modo de punição típico era condenável por varias razões, em primeiro lugar por uma questão humanitária, também porque era politicamente perigoso, pois barbariza a população e já não tem capacidade de promover controle, prevenindo a criminalidade no contexto de uma sociedade capitalista.
Devido a isso, esses reformadores fazem uma proposta do que seria um sistema penal adequado, e propõem princípios gerais. Para começar, partem de um pressuposto que o ser humano age com objetivo de maximizar seu prazer, a pena então deveria representar um desprazer maior do que o benefício pela atividade. Em segundo lugar, não é necessário um castigo corporal, a pena deve estimular no individuo a culpa, vergonha... então é mais um constrangimento psíquico. Deve ser também um efeito preventivo, fazer com que outras pessoas se sintam constrangidas a não cometer o crime. A regra da certeza perfeita traz 2 exigências: a vida social deve ser policiada, os cidadãos tem que saber que estão sendo vigiados; o poder do Estado tem que ser controlado, fazendo com que não se viole direitos fundamentais. Além disso, o governo deve ser de leis e não de homens. Por fim, deveria te rum trabalho preciso no sentido de definir quais condutas seriam crime, e o juiz deveria levar em consideração características especificas de cada individuo para especificar o tipo de pena.
Afinal, os reformadores penais rejeitam a prisão porque la se tem a privação da liberdade, além de que a pena é cumprida em uma instituição opaca a visibilidade pública, não circulando socialmente, podendo assim também não se saber as condutas dos agentes do Estado, pois não haveria uma prestação de contas. 
Mas se a prisão não era o melhor recurso para as punições, porque foi vitoriosa? A prisão é resultado de uma mudança na sociedade, cuja logica de política era soberana. Na sociedade moderna, o corpo não deixou de ser instrumento de controle, mas o modo com que o poder disciplinar lida é diferente do que como o poder soberano lidava (queria neutraliza-lo). 
O poder disciplinar quer controlar os mínimos detalhes sobre o individuo, não o impedindo de realizar ações, mas disciplina-lo. habita-lo a fazer certas tarefas ( e para isso as instituições se utilizaram de sanções negativas e positivas), ao mesmo tempo em que adestrar o individuo significa torna-lo capaz, dócil. O objetivo do poder disciplinar é fazer com que o individuo se adeque ao procedimento, traze-lo para dentro de uma normalidade e fiscaliza-lo para que ele continue assim. Mas não é um controle como se fazia na monarquia, de maneira esporádica, mas é um controle constante/vigilante. 
Na soberania quanto mais o individuo abre mão do seu poder, mais da poder ao Estado. também, a soberania é sempre um poder que demanda da validade jurídica (procedimento adequado e autoridade competente). E por fim, é um poder monótomo, pois se realiza sempre da mesma forma para disciplinar o corpo. 
Já a disciplina, seu poder está difuso na sociedade, qualquer um pode exercer o poder disciplinar, o exercendo sem validade jurídica, seu objetivo não é impedir, a disciplinar quer incentivar, é mais premiar do que punir.
O poder disciplinar significa os controles dos corpos no espaço, então ou ele distribui esses corpos no espaço ou interna eles em instituições disciplinares. Com o auto grau de urbanização, o espaço deve ser fiscalizado para observar se todos estão realizando as atividades que deveriam realizar. Também, observa-se a fiscalização pelo tempo, estabelecendo horários. Assim como busca integrar as ações humanas, existe uma coletividade.
Para esse poder funcionar são necessários alguns recursos, o primeiro é o de vigilância hierárquica, observando se os corpos estão realizando suas funções até o ponto que ninguém mais precisa vigiar, pois os próprios indivíduos estarão se policiando e identificar a anormalidade, se algo deve ser ajustado. Outro recurso, é a sanção normalizadora que são criadas pela vida em sociedade, para ajustar o individuo no que é considerado normal. 
Todos no espaço disciplinar passam por um processo que define a identidade da pessoa, se tem informações acerca do desempenho daquela pessoa, esse registro identifica e individualiza cada um. 
Focault vê na medicina 2 formas de controle: o controle da peste (porque ela pode se propagar para todas as pessoas caso não se tenha medidas sanitárias), para seu controle haviam fiscais verificando se as pessoas estavam se comportando sanitariamente bem para não pegar a peste; o controle da lepra, os leprosos eram excluídos da sociedade em certo tempo, é uma forma de neutralização, ele alega que é uma forma de controle mas não do ponto de vista disciplinar. 
Foucault tem uma visão da penitenciaria, ele afirma que ela se tornou vitoriosa até aqui porque está em um contexto de promover disciplina e que a disciplina atenderia aos objetivos de uma sociedade que agora tem que produzir, mas ele afirma que ela está em crise desde o seu surgimento. Segundo ele, a prisão ainda existe porque ela faz crer que lá dentro estão os protagonistas das lesões mais profundas praticadas na sociedade, ocorre que na verdade la estão os protagonistas oriundos de uma classe social, então ela oculta as ilegalidades que ocorrem na sociedade.

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