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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BELÉM INSTITUTO DE TECNOLOGIA - ITEC FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA - FEQ ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL Belém - PA Fev./2021 2 MIGUEL FERNANDO SARAIVA MAIA ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL. Belém - PA 3 Sumário 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 4 2. MÉTODOS ESPECTOMÉTRICOS ........................................................ 5 2.1. ESPECTROSCOPIA ATÔMICA ..................................................................... 5 2.1.1. ESPECTROMETRIA ATÔMICA ÓPTICA ................................................... 5 2.1.2. ESPECTROMETRIA DE MASSA ATÔMICA .............................................. 6 2.1.3. ESPECTROMETRIA ATÔMICA DE RAIO X ............................................... 7 2.2. ESPECTROSCOPIA MOLECULAR ............................................................... 7 2.2.1. ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO MOLECULAR NO UV- VISÍVEL ................................................................................................................. 7 2.2.2. ESPECTROMETRIA MOLECULAR NO INFRAVERMELHO ..................... 8 3. Cromatografia ...................................................................................... 9 3.1. CROMATOGRAFIA GASOSA ....................................................................... 9 3.2. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA .................................. 9 3.3. CROMATOGRAFIA EM FLUIDO SUPERCRÍTICO ..................................... 10 4. ELETROQUÍMICA ............................................................................... 10 4.1. POTENCIOMETRIA ...................................................................................... 11 4.2. COULOMETRIA ........................................................................................... 11 5. CONCLUSÃO ...................................................................................... 12 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 13 Fev./2021 4 1. INTRODUÇÃO A química analítica discorre de métodos e técnicas de determinação quantitativa e qualitativa da composição química dos elementos de uma amostra. Os métodos analíticos podem ser classificados como métodos clássicos e métodos instrumentais. A química analítica usa desses métodos para a identificação e determinação das espécies que compõe uma determinada amostra. Neste trabalho tem se como objetivo discorrer sobre as técnicas instrumentais utilizadas na química analítica. As técnicas de análise química instrumental podem ser divididas em três grandes áreas principais: cromatografia, eletroquímica e espectroscopia. 5 2. MÉTODOS ESPECTOMÉTRICOS De acordo com Skoog(2002), os métodos espectrométricos abrangem um conjunto de métodos de análise baseados em espectroscopia molecular e atômica. Espectroscopia é um termo científico geral para estudar a interação entre vários tipos de radiação e matéria. Historicamente, a interação de interesse era a interação entre radiação eletromagnética e matéria, mas hoje em dia, a espectroscopia foi estendida para incluir Interação com outras formas de energia. Por exemplo, ondas acústicas e feixes de partículas, como elétrons e íons. os métodos espectrométricos mais comumente usados utilizam a radiação eletromagnética, as faixas do espectro eletromagnético mais utilizadas são a luz visível e o calor radiante sendo as mais facilmente reconhecíveis e as menos utilizadas incluem os raios gama, raios x, ultravioleta, micro-ondas e a radiofrequência (Skoog,2002). 2.1. ESPECTROSCOPIA ATÔMICA Existe 3 tipos de principais de métodos espectrométricos para a identificação de elementos presentes em amostras e para a determinação de suas concentrações a espectrometria óptica, a espectrometria de massa e a espectrometria de raios x. 2.1.1. ESPECTROMETRIA ATÔMICA ÓPTICA Segundo Skoog(2002), a espectrometria atômica óptica é baseada em medidas da luz emitida ou absorvida pelos elementos de uma amostra, ou seja, pelos espectros atômicos ópticos. Na espectrometria óptica, os elementos que compõem uma amostra são convertidos em átomos gasosos ou em íons elementares por um processo chamado de atomização, é composta pela espectroscopia de absorção atômica e da florescência atômica e pela espectroscopia da emissão atômica (Skoog,2002). Um método conveniente para a descrição dos processos nos quais estão baseados os métodos da espectroscopia atômica é o diagrama de níveis de energia para elétrons mais externos. 6 Skoog(2002). 2.1.2. ESPECTROMETRIA DE MASSA ATÔMICA Segundo Skoog(2002), a espectrometria de massa é uma ferramenta versátil amplamente utilizada para identificar os elementos presentes nas amostras e determinar suas concentrações. Quase todos os elementos da tabela periódica podem ser determinados pela espectrometria de massa. A espectrometria de massa atômica possui vantagens quando comparada com a espectrometria atômica óptica, dentre elas estão os limites de detecção que para muitos elementos são três ordens de magnitude maior; espectros consideravelmente simples, o que facilita a interpretação; e a possibilidade da medição de razões isotópicas atômicas. Entre as desvantagens estão o custo da instrumentação e alguns tipos de interferência (Skoog,2002). As etapas de uma análise por espectrometria de massa atômica perpassam a atomização; a conversão de uma fração substancial dos átomos formados na atomização em um feixe de íons(comumente de carga unitária positiva); a separação dos íons formados na etapa anterior, com base na razão da massa pela carga, representada por (m/z), onde m é a massa do íon em unidade de massa atômica e z é sua carga e , por fim, a contagem de íons de cada tipo ou medida da corrente iônica produzida quando os íons da amostra atingem um transdutor adequado (Skoog,2002). 7 2.1.3. ESPECTROMETRIA ATÔMICA DE RAIO X Assim como a espectroscopia óptica a espectrometria atômica de raios X é baseada nas medidas de emissão, absorção, emparelhamento, fluorescência e difração da radiação eletromagnética. Os métodos de fluorescência e absorção de raios X são amplamente utilizados em análise quantitativa e análise qualitativa de todos os elementos da tabela periódica que têm maior número atômico de que o sódio (Skoog,2002). Os raios X pertencem a uma faixa eletromagnética com curto comprimento de onda, é produzida pela aceleração ou pela desaceleração de elétrons de alta energia ou pelas transições de elétrons dos orbitais internos dos átomos. As fontes de raios X produzem frequentemente tanto um espectro de linha como um contínuo, ambos são importantes para análise (Skoog,2002). 2.2. ESPECTROSCOPIA MOLECULAR 2.2.1. ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO MOLECULAR NO UV- VISÍVEL De acordo com Skoog(2002), a espectroscopia da absorção molecular é baseada na medida da transmitância T ou absorbância A de soluções contidas em células transparentes tendo um caminho óptico de b cm. Comumente, a concentração c de um analito absorvente é relacionada linearmente à absorbância, conforme a equação a seguir: Lei de Beer. Skoog(2002). Normalmente a transmitância e a absorbância não podemser medidas laboratorialmente porque o analito precisa estar contido em um recipiente transparente onde ocorre interferência no resultado já que ocorre reflexão ar/parede, assim como, parede/solução. Para compensar esses efeitos, a potência do feixe transmitido pela solução é comparada com a potência do feixe transmitido por uma célula idêntica que contêm apenas o solvente. A transmitância e a absorbância experimentais que se comparam as verdadeiras são obtidas através das equações: 8 Skoog(2002). Skoog(2002). 2.2.2. ESPECTROMETRIA MOLECULAR NO INFRAVERMELHO Em conformidade com Skoog(2002), a região espectral do infravermelho é convenientemente dividida em radiação no infravermelho próximo, médio e distante. As técnicas, métodos e aplicações baseados nessas três regiões espectrais são consideravelmente diferentes. Medidas no infravermelho próximo são feitas com fotômetros e espectrofotômetros, suas principais aplicações ocorrem na análise quantitativa de materiais industriais e agrícolas, assim como, no controle de processos. Medidas no infravermelho médio são feitas por instrumentos do tipo de transformada de Fourier e a principal aplicação é para análise orgânica qualitativa, atualmente, a espectrometria no infravermelho médio está começando a ser usada para análise quantitativa de amostras complexas por espectrometria de absorção e de emissão. Medidas no infravermelho distante são feitas, comumente, com espectrômetros com transformada de Fourier. Segue uma tabela com as principais aplicações da espectroscopia no infravermelho. 9 Skoog(2002). 3. Cromatografia Segundo Amorim(2019), a cromatografia inclui uma variedade de métodos importantes que permitem aos cientistas separar componentes muito semelhantes de misturas complexas. Muitas dessas separações não podem ser alcançadas por outros meios. Em todas as separações cromatográficas, a amostra é transportada pela fase móvel, que pode ser gasosa, líquida ou fluido supercrítico. A fase móvel é então forçada através de uma fase estacionária fixa e imiscível colocada na coluna cromatográfica ou superfície sólida. As duas fases são selecionadas de modo que os componentes da amostra sejam distribuídos em vários graus entre a fase móvel e a fase estacionária. 3.1. CROMATOGRAFIA GASOSA De acordo com Skoog(2002), na cromatografia gasosa, a amostra é evaporada e injetada no topo de uma coluna cromatográfica. A eluição é realizada fluindo um gás inerte que serve como fase móvel. Ao contrário da maioria dos outros tipos de cromatografia, a fase móvel não interage com as moléculas do analito. Sua única função é passar o analito pela coluna cromatográfica. Os tipos de cromatógrafos a gás são: cromatografia gás-sólido e cromatografia gás-líquido. A cromatografia gás-sólido é baseada em uma fase estacionária de fase sólida, onde a retenção dos analitos é o resultado da adsorção física. Por outro lado, a cromatografia gás-líquido é baseada na distribuição de analitos entre uma fase gasosa móvel e uma fase líquida imóvel em uma superfície sólida inerte (Skoog, 2002). 3.2. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA Segundo Skoog(2002), a cromatografia líquida de alta eficiência é a técnica analítica de separação mais usada. Dentre os motivos da grande 10 popularidade da técnica estão a sua sensibilidade, a fácil adaptação de determinações quantitativas acuradas, a adequação à separação de espécies não voláteis e sua grande aplicabilidade a substâncias de interesse da indústria, ciência e para o público. A cromatografia líquida pode ser dividida em quatro tipos básicos de cromatografia, os quais têm como fase móvel um líquido, que são: cromatografia de partição; cromatografia de adsorção; cromatografia de troca iônica e a cromatografia em gel (Skoog,2002). 3.3. CROMATOGRAFIA EM FLUIDO SUPERCRÍTICO A cromatografia em fluido supercrítico é um híbrido da cromatografia gasosa e da cromatografia líquida que combina algumas das principais características de cada. A cromatografia em fluido supercrítico permite a separação e a determinação de um grupo de compostos que não são convenientemente tratados por cromatografia líquida ou gasosa, pois compatibiliza as vantagens da cromatografia líquida de alta eficiência e da cromatografia gasosa. Esses compostos podem ser definidos como: os compostos não-voláteis ou termicamente lábeis de forma que os processos de cromatografia gasosa não são aplicáveis; e compostos que não possuem grupos funcionais que possibilitem a detecção por técnicas espectroscópicas ou eletroquímicas em pregadas em cromatografia líquida (Amorim,2019). Os fluídos supercríticos são formados a partir do aquecimento de um gás acima de sua temperatura crítica ou pela compressão de líquido acima de sua pressão crítica(Amorim,2019). 4. ELETROQUÍMICA A eletroquímica analítica inclui um conjunto de métodos de análise quantitativa com base nas propriedades elétricas da solução de analito que participa de uma célula eletroquímica. As técnicas de eletroanálise podem fornecer limites de detecção excepcionalmente baixos para caracterização eletroquímica e uma grande quantidade de informações que descrevem certos sistemas. Essas informações incluem estequiometria e velocidade de transferência de carga interfacial, velocidade de transferência de massa, o grau de adsorção e de quimissorção e as velocidades constantes de equilíbrio de reações químicas (Skoog,2002). 11 4.1. POTENCIOMETRIA Os métodos de análise de potencial são baseados em um conjunto de métodos de análise instrumental projetados para determinar a concentração medindo a diferença de potencial de uma célula eletroquímica. Os eletrodos devem ser conectados entre si para que a transferência de elétrons e o movimento iônico ocorram espontaneamente na bateria eletrônica. O equipamento necessário para o método potenciométrico é simples e barato e inclui um eletrodo de referência, um eletrodo indicador e um dispositivo de medição de potencial (Skoog,2002). 4.2. COULOMETRIA A coulometria pode ser dividida em três métodos de eletroanálise que se baseiam na redução ou oxidação do analito por um período suficiente para garantir sua conversão quantitativa ao novo estado de oxidação. Estes métodos são a coulometria de potencial constante, a coulometria de corrente constante e a eletrogravimetria. Nos dois procedimentos coulométricos a quantidade de eletricidade necessária para concluir a eletrólise serve como medida da quantidade de analito presente, por outro lado, nos métodos eletrogravimétricos, o produto da eletrólise é pesado conforme se deposita em um dos eletrodos. Esses métodos possuem, geralmente, seletividade e velocidade moderadas e em muitos casos eles estão entre os métodos mais exatos e com maior precisão e apresentam como vantagem a não necessidade de calibração contra padrões, ou seja, a função que relaciona a grandeza medida e amassa de analito pode ser deduzida teoricamente (Skoog,2002). 12 5. CONCLUSÃO A química analítica fornece métodos para determinar quais elementos e substâncias estão presentes em uma determinada amostra e em quais quantidades ou proporções. Seu caráter interdisciplinar é um grande indicativo de sua importância, desse modo, é essencial a aplicação de técnicas analíticas instrumentais no processo de análise química, seja porque o uso dessas técnicas implica em um maior controle sobre o processo de análise, seja pela credibilidade que a utilização das técnicas analíticas instrumentaisagrega ao processo químico analítico. As técnicas analíticas instrumentais têm se desenvolvido técnica e tecnologicamente, de modo a se tornarem mais autônomas e precisas, o que corrobora com o aumento da confiabilidade no processo de análise química e seus resultados. 13 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Skoog, Douglas A. Princípios de Análise Instrumental / Douglas A. Skoog, F.James Holler e Timothy A. Nieman: trad. Ignez Cracelli ...[et al.]. – 5.ed. -Porto Alegre: Bookman, 2002. AMORIM, A. F. V. Química: métodos cromatográficos. 1 ed. Fortaleza: editora da universidade estadual do Ceará. 2019.
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