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Anatomia SNC e Níveis de Consciência

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Carolina Amorim – Tutoria – UC8 
PROBLEMA 1: ANATOMIA DO SNC E NÍVEIS DE CONSIÊNCIA
Objetivos: 
1. Revisar a anatomia macroscópica do Sistema Nervoso 
Central e relacionar com sua função. 
2. Entender a embriologia do Sistema Nervoso Central 
(estrutura, divisões e cronologia). 
3. Explicar os níveis de consciência e escala de Glasgow 
(reflexo da pupila*). 
4. Compreender o processo de formação e os tipos de 
memória. 
1° OBJETIVO 
Revisar a anatomia macroscópica do Sistema Nervoso 
Central e relacionar com sua função. 
O Sistema Nervoso Central é dividido em: 
▪ Encéfalo: cérebro e cerebelo. É envolvido por 
membranas chamadas meninges, cuja função é 
proteger o encéfalo e a medula contra choques 
mecânicos. 
▪ Medula Espinal: tronco encefálico (Mesencéfalo, 
Ponte e Bulbo) - A medula espinal conecta-se com 
o encéfalo por meio do forame magno do occipital 
e está envolvida pelos ossos da coluna vertebral. 
O SNC é aquele que se localiza dentro do esqueleto axial 
(cavidade craniana e canal vertebral) e processa muitos tipos 
diferentes de informações sensitivas. Também é a fonte dos 
pensamentos, das emoções e das memórias. A maioria dos 
sinais que estimulam a contração muscular e a liberação das 
secreções glandulares se origina no SNC. 
Sistema Nervoso Periférico: 
▪ Nervos: espinais e cranianos 
▪ Gânglios e terminações nervosas 
O SNP é aquele que se encontra fora do esqueleto axial 
Obs.: Essa distinção, embora geralmente utilizada, não é 
perfeitamente exata, pois como é óbvio, os nervos e raízes 
nervosas, para fazer conexão com o SNC, penetram no 
crânio e no canal vertebral. Além disso, alguns gânglios 
localizam-se dentro do esqueleto axial. 
Divisão embriológica: 
Prosencéfalo: Telencéfalo e Diencéfalo – Cérebro 
Mesencéfalo: Mesencéfalo 
Rombencéfalo: Metencéfalo – Cerebelo e Ponte 
Mielencéfalo – Bulbo 
TELENCÉFALO 
Esta é a parte que as pessoas chamam de “cérebro” mas, na 
realidade, já na formação embriológica, a vesícula ou 
dilatação telencefálica quase que se subdivide em 2 (direita 
e esquerda), e que juntas recobrem quase que totalmente o 
diencéfalo. 
A maior parte da substância cinzenta fica por fora (córtex 
cerebral), com espessura de 1 a 4 mm. 
Os autores admitem que tem bilhões de neurônios (alguns 
chegam até 25 bilhões), mas um número exato fica bem 
difícil. O restante da substância cinzenta fica dentro da 
substância branca, na forma de núcleos. O córtex cerebral é 
considerado como uma das áreas mais importantes do 
Sistema Nervoso (SN). 
▪ Núcleos Principais (da Base): caudado, putâmen, 
globo pálido, claustrum, acumbens, complexo 
amigdalóide. 
▪ Centro Branco Medular: apresenta a coroa radiada 
e a cápsula interna e outras cápsula menores 
(externa e extrema); além das comissuras, sendo a 
maior o corpo caloso. 
O hemisfério direito controla a metade esquerda do corpo e, 
vice-versa. É o que se pode chamar de dominância cruzada, 
com relação ao corpo. 
Geralmente o hemisfério esquerdo é dominante. Esta 
“dominância” deve-se às funções da linguagem estarem 
situadas, na grande maioria das pessoas, do lado esquerdo, 
e não a relação sensório-motora somática destra ou sinistra 
(canhota). 
Mesmo nas pessoas “canhotas”, as fibras comissurais 
(principalmente o corpo caloso), transmitem informações 
para o lado oposto, para interpretação do estímulo. 
▪ Hemisfério direito: é de relação espacial, 
habilidades musicais, artísticas, reconhecer 
fisionomias 
▪ Hemisfério esquerdo: é mais verbal (linguagem) e 
raciocínio matemático. 
Cada hemisfério cerebral apresenta 3 faces, 3 pólos e 5 
grandes regiões ou lobos. 
o Faces: 
 Carolina Amorim – Tutoria – UC8 
o Súpero-lateral 
o Medial 
o Inferior 
o Pólos: 
o Frontal 
o Temporal 
o Occipital 
o Lobos 
1. Frontal: fica na parte da frente do crânio, é 
responsável pelo planejamento de ações, bem 
como o pensamento abstrato. Ainda nestes 
encontra-se o córtex Motor e o córtex pré-frontal. 
- Córtex motor: está relacionado a motricidade voluntaria. 
- Córtex pré-frontal: está relacionado com o planejamento 
de comportamentos e pensamentos complexos, a atividade 
básica desta área cerebelar é resultado de pensamentos e 
ações em acordo e metas. 
Apresenta na face dorsolateral os sulcos: 
o Sulco Pré-central: mais ou menos paralelo ao sulco 
central e muitas vezes dividido em dois segmentos 
o Sulco Frontal superior: inicia-se geralmente na 
porção superior do sulco pré-central e tem direção 
aproximadamente perpendicular a ele 
o Sulco Frontal inferior: partindo da porção inferior 
do sulco pré-central, dirige-se para frente e para 
baixo. 
Apresenta na face medial os sulcos: 
o Sulco do corpo caloso: começa abaixo do rostro do 
corpo caloso, contorna o tronco e o esplênio do 
corpo caloso, onde continua, já no lobo temporal, 
com o sulco do hipocampo 
o Sulco do cíngulo: tem curso paralelo ao sulco do 
corpo caloso, do qual é separado pelo giro do 
cíngulo. Termina posteriormente, dividindo-se em 
dois ramos: ramo marginal (se curva em direção à 
margem superior do hemisfério), e o sulco 
subparietal (continua posteriormente na direção do 
sulco do cíngulo. 
Apresenta os giros: 
o Giro frontal superior: Localiza-se entre os sulcos 
frontal superior e frontal inferior. 
o Giro Frontal Inferior (Giro de Broca): Centro Motor 
da Fala – na maioria das pessoas no esquerdo. É 
subdividido em ramos anterior e ascendente do 
sulco lateral, em três partes (orbital, triangular e 
opercular). Se localiza abaixo do sulco frontal 
inferior. 
2. Parietal: está na parte superior do cérebro, 
possibilitam a percepção de sensações como tato, 
dor e calor. Por ser responsável em receber 
estímulos obtidos com o ambiente externo, 
representa todas as áreas do corpo 
Apresenta os sulcos: 
o Sulco pós-central: quase paralelo ao sulco central, 
é frequentemente dividido em dois segmentos, que 
podem estar mais ou menos distantes um do outro 
o Sulco intraparietal: muito variável e geralmente 
perpendicular ao pós-central, com o qual pode 
estar unido, estende-se para trás para terminar no 
lobo occiptal. Ele separa o lóbulo parietal superior 
do lóbulo parietal inferior. 
Apresenta os giros: 
o Giro pós-central: entre os sulcos central e pós-
central, onde se localiza uma das mais importantes 
áreas sensitivas do córtex, área somestésica 
 
3. Occipital: fica localizado na parte inferior do 
cérebro e processa estímulos visuais que 
decodificam e classificam em cores, tamanhos, 
formas etc. 
Apresenta na face medial os sulcos: 
o Sulco calcarino: inicia-se abaixo do esplênio do 
corpo caloso e tem um trajeto arqueado em direção 
ao polo occipital. Nos lábios do sulco calcarino 
localiza-se a área visual, também chamada área 
estriada por que o córtex apresenta uma estria 
branca visível a olho nu. 
o Sulco parietoocciptal: muito profundo, separa o 
lobo occipital do parietal e encontra, em ângulo 
agudo, o sulco calcarino. 
Apresenta os giros: 
o Giro complexo: tem forma triangular e está entre o 
sulco parietoccipital e o sulco calcarino 
 
4. Temporal: se localiza próximo as orelhas e é 
responsável por processar estímulos auditivos que 
permite reconhecer diferentes sons e sua origem. 
Apresenta na face dorsolateral os sulcos: 
o Sulco temporal superior: inicia-se próximo ao polo 
temporal e dirige-se para trás, paralelamente ao 
ramo posterior do sulco lateral, terminando no lobo 
parietal 
o Sulco temporal inferior: paralelo ao sulco temporal 
superior, geralmente formado por duas ou mais 
partes descontinuas 
Apresenta na face medial os sulcos: 
o Sulco occípito-temporal 
o Sulco colateral 
o Sulco do hipocampo 
Apresenta os giros: 
o Giro temporal superior: está entre os sulcos lateral 
e temporal superior 
 Carolina Amorim – Tutoria – UC8 
o Giro temporal médio: está entre os sulcos temporal 
superior e temporal inferioro Giro temporal inferior: está abaixo do sulco 
temporal, se limita com o sulco occipito-temporal, 
geralmente situado na face inferior do hemisfério 
cerebral. 
o Giro Temporal Transverso Anterior: Centro da 
Audição 
 
- Ínsula. 
Com se percebe, os 4 primeiros lobos têm relação óssea e 
recebe os nomes dos ossos, mas o 5º lobo (ínsula), por ficar 
recoberto pelos outros lobos, fica isolado, como que 
“ilhado” na própria massa cerebral, daí o nome de ínsula 
(ilha pequena). Isto se deve ao fato que a ínsula é uma região 
bem mais antiga que as outras e, durante o desenvolvimento 
embriológico, os outros lobos passam por cima dele, 
encobrindo-o, isolando-o. 
No córtex cerebral vamos encontrar várias áreas 
responsáveis por diversas funções: 
o Giro Pré – Central: Centro Motor do Corpo 
Humano. Fica entre o sulco central e o sulco pré-
central 
o Giro Pós – Central: Centro Sensitivo e Gustativo do 
Corpo Humano 
o Giro Frontal Inferior (Giro de Broca): Centro Motor 
da Fala – na maioria das pessoas no esquerdo. É 
subdividido em ramos anterior e ascendente do 
sulco lateral, em três partes (orbital, triangular e 
opercular). Se localiza abaixo do sulco frontal 
inferior. 
o Giro Temporal Transverso Anterior: Centro da 
Audição 
o Lóbulo Parietal Inferior: Centro Associativo da 
Linguagem – maioria no esquerdo 
o Rinencéfalo: Centro da Olfação 
o Lobo Occipital: Centro da Visão 
o Giro Hipocampo: Centro Primário da Memória 
o Todo o Encéfalo: Centro Secundário da Memória 
o Centro dos Instintos e Emoções – Sistema Límbico: 
várias áreas encefálicas: giro límbico, lobo frontal, 
tronco encefálico, diencéfalo, cerebelo 
 
 
 
Na Face Medial: 
1. Corpo caloso: tem a função de estabelecer uma 
conexão entre os hemisférios cerebrais direito e 
esquerdo, permitindo a transmissão de 
informações entre eles. A maior das comissuras 
 Carolina Amorim – Tutoria – UC8 
inter-hemisféricas, é formado por grande número 
de fibras mielínicas, que cruzam o plano sagital 
mediano e penetram de cada lado no centro branco 
medular do cérebro, unindo áreas simétricas do 
córtex cerebral de cada hemisfério. Se divide em 
tronco, esplênio, joelho, rostro do corpo caloso, 
que termina na comissura anterior (uma das 
comissuras inter-hemisféricas) 
 
2. Fórnix: feixe complexo de fibras que, entretanto, 
não pode ser visto em toda a sua extensão em um 
corte sagital do cérebro. É constituído por duas 
metades laterais e simétricas, afastadas nas 
extremidades e unidas entre si no trajeto abaixo do 
corpo caloso. 
 
 
3. Septo Pelúcido: está entre o corpo caloso e o fórnix 
e separa os dois ventrículos laterais. É constituído 
por delgadas lâminas de tecido nervoso 
Morfologia dos ventrículos laterais 
Os hemisférios cerebrais possuem cavidades revestidas de 
epêndima e contendo liquido cerebroespinal, os ventrículos 
laterais esquerdo e direito, que se comunicam com o III 
ventrículo pelo respectivo forame interventricular. Exceto 
por este forame cada ventrículo é uma cavidade 
completamente fechada, cuja capacidade varia de um 
indivíduo para outro, e apresenta sempre uma parte central 
e três cornos que correspondem aos três polos do 
hemisfério. 
As partes que se projetam nos lobos frontal, occipital e 
temporal são, respectivamente, os cornos anterior, 
posterior e inferior. Com exceção do corno inferior, todas as 
partes do ventrículo lateral têm o teto formado pelo corpo 
caloso, cuja remoção expõe amplamente a cavidade 
ventricular. 
DIENCÉFALO 
Compreende as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, 
epitálamo e subtálamo, todas em relação com o III 
ventrículo. 
III VENTRÍCULO: O fluido cerebroespinhal entra no terceiro 
ventrículo vindo dos dois ventrículos laterais, pelo Forame 
de Monro. O líquido sai do ventrículo através do aqueduto 
de Sylvius. 
Se comunica com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral, e 
com os ventrículos laterais pelos respectivos forames 
interventriculares. 
No assoalho do III ventrículo, dispõem-se, de diante para 
trás: quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos 
mamilares, pertencentes ao hipotálamo. 
A parede posterior do ventrículo, muito pequena é formada 
pelo epitálamo, que se localiza acima do sulco hipotalâmico. 
Saindo de cada lado do epitálamo e percorrendo a parte 
mais alta das paredes laterais do ventrículo, há um feixe de 
fibras nervosas, as estrias medulares do tálamo, onde se 
insere a tela corioide que forma o teto do III ventrículo. 
A partir da tela corioide do III ventrículo, invaginam-se na luz 
ventricular os plexos corioides do III ventrículo. 
A parede anterior do III ventrículo é formada pela lâmina 
terminal, fina lâmina de tecido nervoso que une os dois 
hemisférios e se dispõe entre o quiasma óptico e a comissura 
anterior. 
TÁLAMO: É uma área muito importante do cérebro, 
relacionada sobretudo com a sensibilidade. São duas massas 
volumosas de substância cinzenta, de forma ovoide, 
dispostas uma de cada lado na porção laterodorsal do 
diencéfalo. 
▪ Extremidade anterior: apresenta uma eminência, o 
tubérculo anterior do tálamo 
▪ Extremidade posterior: é maior que a anterior e 
apresenta uma grande eminência, o pulvinar, que 
se projeta sobre os corpos geniculados lateral e 
medial 
- Corpo geniculado medial: faz parte da via auditiva 
- Corpo geniculado lateral: faz parte da via óptica 
Obs.: ambos são considerados por alguns autores como 
constituindo uma divisão do diencéfalo denominada 
metatálamo. 
▪ Face superior: faz parte do assoalho do ventrículo 
lateral 
▪ Face medial: forma a maior parte das paredes 
laterais do III ventrículo. 
▪ Face lateral: separada do telencéfalo pela cápsula 
interna, compacto feixe de fibras que liga o córtex 
cerebral a centros nervosos subcorticais e só pode 
ser vista em secções ou dissecações do cérebro 
▪ Face inferior: continua com o hipotálamo e o 
subtálamo. 
Funções: 
a) Sensibilidade: todos os impulsos sensitivos, antes 
de chegar ao córtex, param em um núcleo talâmico, 
fazendo exceção apenas os impulsos olfatórios. 
 Carolina Amorim – Tutoria – UC8 
Tem, assim, papel de distribuir às áreas específicas 
do córtex impulsos que recebe das vias sensoriais. 
Entretanto, a sensibilidade talâmica, ao contrário 
da cortical, não é discriminativa e não permite, por 
exemplo, o reconhecimento da forma e do 
tamanho de um objeto pelo tato. 
b) Motricidade: através dos núcleos ventral anterior e 
ventral lateral, interpostos, respectivamente, em 
circuitos palidocorticais e cerebelocorticais 
c) Comportamento emocional: através do núcleo 
dorsomedial com suas conexões coma a área pré-
frontal 
d) Memória: através do núcleo do corpo anterior e 
suas conexões com os núcleos mamilares do 
hipotálamo 
e) Ativação do córtex: através dos núcleos talâmicos 
inespecíficos e suas conexões com a formação 
reticular fazendo parte do Sistema Ativador 
Reticular Ascendente (SARA) 
Núcleos do tálamo: 
▪ Núcleo medial dorsal 
▪ Núcleos mediais 
▪ Núcleos geniculados medial e lateral 
▪ Pulvinar 
▪ Núcleos anteriores 
▪ Núcleos intralaminares 
▪ Núcleo lateral dorsal 
▪ Núcleo lateral posterior 
▪ Núcleo ventral anterior 
▪ Núcleo ventral posterior 
▪ Núcleo ventral lateral 
HIPOTÁLAMO: é a parte do diencéfalo que se encontra 
abaixo do tálamo. Possui várias subdivisões e núcleos, 
incluindo a zona periventricular, zona medial e a zona lateral. 
▪ Face anterior: ele se estende superiormente para a 
lâmina terminal, e se funde com certas estruturas 
olfativas, na região da substância perfurada anterior. 
▪ Face medial: forma a parede do III ventrículo abaixo 
do nível do sulco hipotalâmico 
▪ Face posterior: o hipotálamo se funde com o tálamo 
ventral, e através deste com o tegmento do 
mesencéfalo. 
▪ Face inferior: o hipotálamo está relacionado a 
estruturas do assoalho do terceiro ventrículo. Essas 
são o túber cinéreo, oinfundíbulo e os corpos 
mamilares, que são considerados parte do 
hipotálamo. 
Inclui: 
▪ Área pré-óptica: envolvida na regulação da 
temperatura 
▪ Núcleos mamilares: auxiliam na memória e cognição 
como parte do circuito de Papez 
▪ Núcleo paraventricular: um importante centro de 
controle autonômico 
▪ Núcleo supraquiasmático: controle do ritmo 
circadiano 
▪ Núcleo arqueado (ou infundibular): fornece inibição 
da secreção de prolactina para a glândula hipófise e 
está envolvido no controle da fome 
▪ Núcleo posterior: envolvido na regulação da 
temperatura 
▪ Núcleo anterior: forma parte do sistema hipocampal 
da memória episódica 
▪ Núcleo dorsomedial: auxilia na regulação do ritmo 
circadiano 
▪ Núcleo ventromedial: serve como centro da 
saciedade para regulação do comportamento 
relacionado a alimentação e peso corporal 
▪ Hipotálamo lateral: auxilia na coordenação da 
deglutição. Lesões nessa área levam a afagia e 
adipsia 
▪ Núcleo supra-óptico: facilita a secreção de 
vasopressina para osmorregulação 
▪ Núcleo tuberomamilar: única fonte de neurônios 
histamínicos 
▪ Núcleo tuberal lateral: envolvido na regulação da 
alimentação e metabolismo 
▪ Núcleo intermédio: regula o sono 
 
EPITÁLAMO: está localizado na parte superior e posterior do 
diencéfalo e contém formações importantes, a habênula e a 
glândula pineal. 
▪ Habênula: está situada de cada lado no trígono da 
habênula e participa da regulação dos níveis de 
dopamina via mesolímbica, principal área de prazer 
do cérebro. Ela pertence ao sistema límbico. 
▪ Glândula pineal: é a principal fonte de melatonina, 
que é a responsável pelas funções atribuídas à 
glândula pineal. Ela é sintetizada pelo pincalócitos a 
partir da serotonina e o processo de produção é 
ativado pela noradrenalina liberada pelas fibras 
simpáticas. Durante o dia, as fibras têm pouca 
atividade e os níveis de melatonina na pineal e na 
circulação são muito baixos, entretanto, durante a 
noite, a inervação simpática da pineal é ativada, 
liberando noradrenalina, e os níveis de melatonina 
circulante aumentas cerca de dez vezes. 
Obs.: esse ritmo não é intrínseco à pineal, pois decorre da 
atividade rítmica do núcleo supraquiasmático do 
 Carolina Amorim – Tutoria – UC8 
hipotálamo, transmitida à pineal através da inervação 
simpática. 
Obs.: A melatonina tem função antigonadotrópica, inibindo 
as glândulas do hipotálamo, sincroniza o ritmo circadiano de 
vigília-sono, regula a glicemia (inibe a secreção de insulina 
nas células beta das ilhotas pancreáticas), regula a morte 
celular por apoptose, tem ação antioxidante e regula o 
sistema imune. 
SUBTÁLAMO: é uma pequena área situada na parte 
posterior do diencéfalo na transição com o mesencéfalo, 
limitando-se superiormente com o tálamo, lateralmente 
com a cápsula interna e medialmente com o hipotálamo. 
Ele inclui núcleos e substância cinzenta como a zona incerta, 
núcleo reticular e o núcleo perigeniculado. A zona 
incerta fornece estimulação por ácido gama-aminobutírico 
(GABAérgica) para o tálamo, enquanto o núcleo 
reticular fornece regulação GABAérgica para o feixe 
talamocortical. Coletivamente, o núcleo pré-geniculado e o 
núcleo geniculado lateral formam o complexo geniculado 
lateral. 
CEREBELO 
O cerebelo e o cérebro são os dois órgãos que constituem o 
sistema nervoso supressegmentar. Tanto o cerebelo quanto 
o cérebro apresentam um córtex que envolve um centro de 
substância branca (o centro medular do cérebro e corpo 
medular do cerebelo), onde são observadas massas de 
substância cinzenta (os núcleos centrais do cerebelo e os 
núcleos da base do cérebro). 
Anatomicamente, o cerebelo é dividido em três lobos: 
▪ lobo anterior 
▪ posterior 
▪ flóculonodular. 
Existem duas fissuras que realizam essa divisão, a fissura 
primária, que divide o lobo anterior e posterior, e a fissura 
póstero-lateral que separa o lobo flóculonodular do lobo 
posterior. 
Importantes estruturas do cerebelo são as tonsilas ou 
amígdalas cerebelares, localizadas na porção inferomedial 
do cerebelo, e que se projetam sobre a face dorsal do bulbo. 
Obs.: Em situações de hipertensão intracraniana, pode 
ocorrer a herniação dessas tonsilas em direção ao forame 
magno, e consequentemente ocorre a compressão do bulbo. 
Essa compressão pode levar a morte, pois no bulbo temos 
importantes centros, como por exemplo, o centro 
respiratório. 
 
Se dividir o cerebelo, baseada nas conexões do córtex com 
os núcleos centrais, dá a base para divisão funcional, em 
três partes: 
▪ Vestibulocerebelo: compreende o lobo 
floculonodular e tem conexões com o núcleo 
fastigial e os núcleos vestibulares 
▪ Espinocerebelo: compreende o vérmis e a zona 
intermédia dos hemisférios e tem conexões com a 
medula 
▪ Cerebrocerebelo: compreende a zona lateral e 
tem conexões com o córtex cerebral 
 
 Carolina Amorim – Tutoria – UC8 
 
Funções: 
▪ Manutenção do equilíbrio e da postura: se fazem 
basicamente pelo vestíbulo-cerebelo, que promove 
a contração adequada dos músculos axiais e 
proximais dos membros, de modo a manter o 
equilíbrio e a postura normal, mesmo nas 
condições em que o corpo se desloca. 
▪ Controle do tônus muscular: um dos sintomas de 
descerebelização é a perda do tônus muscular, que 
pode ocorrer também por lesão dos núcleos 
centrais. Sabe-se que esses núcleos, em especial o 
dendeado e interposto mentem, mesmo na 
ausência de movimento, certo nível de atividade 
espontânea. Essa atividade, agindo sobre os 
neurônios motores das vias laterais (trato 
corticoespinal e rubroespinal) é também 
importante para a manutenção do tônus. 
▪ Controle dos movimentos voluntários: o 
mecanismo através do qual o cerebelo controla o 
movimento envolve duas etapas: 
- Planejamento do movimento: é elaborado no 
cerebrocerebelo, a partir de informações trazidas, 
pela via córtico-ponto-cerebelar, de áreas do córtex 
cerebral ligadas a funções psíquicas superior (áreas 
de associação) e que expressam a “intenção” do 
movimento 
- Correção do movimento já em execução. 
▪ Aprendizagem motora: admite-se que o cerebelo 
participa desse processo através das fibras 
olivocerebelares, que chegam ao córtex cerebelar 
como fibras trepadeiras e fazem sinapses 
diretamente com as células de Purkinje 
▪ Funções não motoras: estudos de neuroimagem 
funcional demonstraram que o cerebelo participa 
também de funções congnitivas, executadas 
principalmente pelo cerebrocerebelo. 
 
MEDULA 
MESENCÉFALO: localiza-se entre o diencéfalo e a ponte, e é 
atravessado por um canal conhecido como aqueduto 
cerebral ou aqueduto de Sylvius, que conecta o terceiro ao 
quarto ventrículo permitindo a passagem do líquido 
cefalorraquidiano (LCR). 
Dorsalmente a este canal encontra-se o teto do IV 
ventrículo, enquanto ventralmente ao aqueduto encontram-
se os pedúnculos cerebrais. Esses pedúnculos se dividem em 
porção ventral que é a base do pedúnculo e porção dorsal 
que é o tegmento. 
 
Os pedúnculos são dois feixes de fibras, calibrosos, que 
surgem na borda superior da ponte e penetram no cérebro. 
Entre os dois pedúnculos existe a fossa interpeduncular. 
Existe também a substância negra, formada por melanina, e 
dessa substância delimitam-se sulcos, sendo dois 
longitudinais, um sulco lateral (o sulco lateral do 
mesencéfalo) e um sulco medial (sulco medial do pedúnculo 
cerebral). O sulco medial possui uma grande importância, 
pois é dele que emerge o III par craniano, o nervo 
oculomotor. 
O teto do mesencéfalo contém algumas estruturas 
posteriores importantes e conhecidas que são os colículos. 
▪ Colículos: são quatro eminências arredondadas, 
que formam a lâmina quadrigêmea, sendo dois 
colículos superiores e dois colículos inferiores. De 
cada colículo inferior, emerge o quarto par, o nervo 
troclear. Assim, o nervo troclear emerge abaixo do 
colículo inferior, contorna o mesencéfalo, e surgeventralmente entre o mesencéfalo e a ponte. 
https://blog.jaleko.com.br/puncao-liquorica-e-analise-do-liquor-lcr/
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 Carolina Amorim – Tutoria – UC8 
 
Além do surgimento do VI par inferiormente aos colículos 
inferiores, os colículos possuem ainda outras funções. Isso 
porque esses se ligam aos corpos geniculados (estruturas do 
diencéfalo). O colículo inferior se liga ao corpo geniculado 
medial e faz parte da via auditiva. Já o colículo superior se 
liga ao corpo geniculado lateral e está envolvido na via 
óptica. 
No mesencéfalo temos também a presença do núcleo rubro, 
localizado posteriormente à substância negra do 
mesencéfalo e superiormente à decussação dos pedúnculos 
cerebelares superiores. 
O núcleo rubro apresenta duas porções: 
▪ Porção caudal: envolvida no sistema alternativo de 
motricidade 
▪ Porção rostral: a principal constituinte do núcleo, e 
essa faz conexão com o cerebelo, com o núcleo 
olivar inferior e conexões corticais, estando 
envolvida em padrões de aprendizagem motora. 
 
PONTE: localiza-se entre o mesencéfalo e o bulbo. Situada 
ventralmente ao cerebelo, repousa sobre a parte basilar do 
osso occipital e o dorso da sela túrcica. Possui inúmeros 
feixes que convergem e formam o pedúnculo cerebelar 
médio, um de cada lado, e esses penetra no hemisfério 
cerebelar correspondente. Na superfície ventral da ponte, 
existe um sulco importante, o sulco basilar, que aloja a 
artéria basilar. 
A região da ponte é muito rica quando se fala de nervos 
cranianos, pois muitos emergem nessa região. No limite 
entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio emerge um 
par muito importante, o quinto par. O nervo 
trigêmeo possui duas raízes que emergem nessa região, uma 
raiz maior, que é a raiz sensitiva, e uma raiz menor, a raiz 
motora. 
Na transição entre ponte e bulbo, existe o sulco 
bulbopontino, também emergem alguns pares. Entre a 
ponte e a pirâmide do bulbo, emerge o sexto par, o nervo 
abducente. 
Lateralmente, próximo ao flóculo do cerebelo, emerge o 
oitavo par, o nervo vestibulococlear. E medialmente ao 
nervo vestibulococlear, emerge o sétimo par, o 
conhecido nervo facial, envolvido, dentre diversas funções, 
na motricidade dos músculos da face. Entre o VII e o VIII par, 
surge a raiz sensitiva do nervo facial, o nervo intermédio. 
BULBO: Importante já ressaltar a importância do bulbo. O 
bulbo é uma estrutura importantíssima no nosso organismo, 
sendo chamado de centro vital. Isso porque, nele se localiza 
o centro respiratório que faz a regulação do ritmo 
respiratório. Além desse controle essencial, no bulbo 
localiza-se também o centro vasomotor e o centro do 
vômito. Especialmente pelo centro respiratório e centro 
vasomotor, lesões nessa região são perigosíssimas, como 
uma lesão de base de crânio, pois a ausência de atividade 
desses centros pode levar à morte. 
É também conhecido como medula oblonga, é uma das 
estruturas que compõe o tronco cerebral. Sua forma é 
semelhante a um cone, e a extremidade menor “desse cone” 
é contínua com a medula espinal. 
Superiormente, o bulbo limita-se com a ponte, pelo sulco 
bulbopontino onde emergem vários pares cranianos, como 
já conversamos. 
Na superfície do bulbo, podemos ver alguns sulcos e esses se 
continuam na medula espinal. São esses sulcos que 
delimitam as porções anterior, lateral e posterior do bulbo, 
e na medula os correspondentes são os funículos. 
Havendo essa separação, na área anterior do bulbo existe a 
fissura mediana anterior, e lateralmente a essa fissura, 
existem as pirâmides, que são eminências alongadas. 
As pirâmides bulbares são formadas por um feixe de fibras 
nervosas descendentes, que fazem a ligação entre as áreas 
motoras cerebrais e os neurônios motores da medula. Essas 
fibras (que formam o trato corticoespinal), na região mais 
terminal do bulbo, se cruzam, formando a decussação das 
pirâmides (tenho certeza que você já ouviu falar sobre isso). 
Quando estudamos lesões nervosas, por exemplo, é de suma 
importância saber se aquela estrutura lesionada, como um 
trato, decussa ou não nas pirâmides bulbares, pois isso vai 
determinar o lado de acometimento – ipsilateral ou 
contralateral à lesão). Devido à decussação das pirâmides, o 
hemisfério cerebral esquerdo controla o lado direito do 
corpo, e vice versa. 
Na área lateral do bulbo, existem dois sulcos, o sulco lateral 
anterior e sulco lateral posterior. Entre esses sulcos, 
podemos observar a oliva bulbar, uma eminência oval e 
composta por substância cinzenta do núcleo olivar inferior. 
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Imagem 9: Nessa imagem podemos ver a ponte e o bulbo. 
Observe no bulbo algumas estruturas que conversamos. A 
oliva bulbar, como uma eminência arredondada. A 
pirâmide bulbar, uma eminência alongada, e que decussa, 
ou seja, cruza. 
No sulco lateral anterior, emerge o nervo hipoglosso. 
Do sulco lateral posterior emergem raízes que formam 
o nervo glossofaríngeo e o nervo vago, além de fibras que 
formam a raiz craniana do nervo acessório. 
As partes posteriores da ponte e do bulbo formam o 
assoalho do quarto ventrículo, a fossa romboide, e não 
poderíamos deixar de falar dessa região pois é nele que 
estão localizadas diversas estruturas importantes. O locus 
ceruleus que possui hormônios produtores de melanina, e 
nos mantém em vigília. A área vestibular que contêm 
neurônios envolvidos na via auditiva. O trígono do nervo 
vago, que contém o núcleo desse nervo, e está envolvido no 
peristaltismo. O trígono do hipoglosso, que também contém 
o núcleo do mesmo 
nervo, e está envolvido com a motricidade da língua. A área 
postrema relacionada ao reflexo do vômito. E o colículo 
facial, formado por fibras do nervo facial. 
 
2° OBJETIVO 
Entender a embriologia do Sistema Nervoso Central 
(estrutura, divisões e cronologia). 
O sistema nervoso é formado a partir do folheto embrionário 
ectodérmico. O princípio dessa formação consiste no 
espessamento do ectoderma, situado acima da notocorda, 
formando a placa neural por volta do 20º dia. 
 
As primeiras indicações do desenvolvimento do sistema 
nervoso aparecem durante a terceira semana, já que a placa 
neural e o sulco neural se desenvolvem no aspecto posterior 
do embrião trilaminar. Dos três folhetos embrionários é o 
ectoderma aquele que está em contato com o meio externo 
e é deste folheto que se origina o sistema nervoso. O 
primeiro indício de formação do sistema nervoso consiste 
em um espessamento do ectoderma, situado acima da 
notocorda, formando a chamada placa neural. A placa neural 
cresce progressivamente, torna-se mais espessa e adquire 
um sulco longitudinal denominado sulco neural, que se 
aprofunda para formar a goteira neural. 
 
Os lábios da goleiraneural se fundem para formar o tubo 
neural. O ectoderma não diferenciado, então, se fecha sobre 
o tubo neural, isolando-o assim do meio externo. No ponto 
em que este ectoderma encontra os lábios da goteira neural, 
desenvolvem-se células que formam de cada lado uma 
lâmina longitudinal denominada crista neural, situada 
dorsolateralmente ao tubo neural. 
Obs.: O tubo neural dá origem a elementos do sistema 
nervoso central, enquanto a crista dá origem a elementos do 
sistema nervoso periférico, além de elementos não 
pertencentes ao sistema nervoso 
CRISTA NEURAL: Após sua formação, as cristas neurais são 
contínuas no sentido craniocaudal e rapidamente, 
entretanto, elas se dividem, dando origem a diversos 
fragmentos que vão formar os gânglios espinhais, situados 
na raiz dorsal dos nervos espinhais. 
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Neles se diferenciam os neurônios sensitivos, 
pseudounipolarcs, cujos prolongamentos centrais se ligam 
ao tubo neural, enquanto os prolongamentos periféricos se 
ligam aos dermátomosdos somitos. 
Os elementos derivados da crista neural são os seguintes: 
gânglios sensitivos; gânglios do sistema nervoso autônomo 
(viscerais); medula da glândula supra-renal; paragânglios; 
melanócitos; células de Schwann: anfícitos; células C da 
tireóide: odontoblastos. 
Entretanto, pesquisas mais recentes demonstraram que 
algumas estruturas tidas como derivadas do ectoderma na 
realidade se originam da crista neural, como a dura-máter, a 
aracnóide e algumas partes do crânio. 
TUBO NEURAL: O fechamento da goteira neural e, 
concomitantemente, a fusão do ectoderma não diferenciado 
é um processo que se inicia no meio da goteira neural e é 
mais lento nas suas extremidades. 
Assim, em uma determinada idade, temos tubo neural no 
meio do embrião e goteira nas extremidades. Mesmo em 
fases mais adiantadas, permanecem nas extremidades 
cranial e caudal do embrião dois pequenos orifícios, que são 
denominados, respectivamente, neuróporo rostral e 
neuróporo caudal. Estas: são as últimas partes do sistema 
nervoso a se fecharem. 
Paredes do tubo neural: O crescimento das paredes do tubo 
neural não é uniforme, dando origem às seguintes 
formações: 
a) duas lâminas alares; 
b) duas lâminas basais; 
c) uma lâmina do assoalho; 
d) uma lâmina do teto. 
Separando, de cada lado, as lâminas alares das lâminas 
basais há o chamado sulco limitante. O conhecimento destas 
formações é importante porque os seus derivados, no 
adulto, obedecem a uma certa disposição topográfica e 
funcional. Assim, das lâminas alares e basais derivam 
neurônios e grupos de neurônios (núcleos) ligados, 
respectivamente, à sensibilidade e à motricidade, situados 
na medula e no tronco encefálico. 
Nas lâminas basais diferenciam-se os neurônios motores, e 
nas lâminas alares fazem conexão os prolongamentos 
centrais dos neurônios sensitivos situados nos gânglios 
espinhais. 
O sulco limitante pode ser identificado mesmo no sistema 
nervoso do adulto e separa formações motoras de 
formações sensitivas. As áreas situadas próximo ao sulco 
limitante relacionam- se com a inervação das vísceras; as 
mais afastadas inervam territórios somáticos (músculos 
esqueléticos e formações cutâneas). 
Dilatações do tubo neural: Desde o início de sua formação, 
o calibre do tubo neural não é uniforme. A parte cranial, que 
dá origem ao encéfalo do adulto, torna-se dilatada e 
constitui o encéfalo primitivo, ou arquencéfalo; a parte 
caudal, que dá origem à medula do adulto, permanece com 
calibre uniforme e constitui a medula primitiva do embrião. 
No arquencéfalo distinguem-se inicialmente três dilatações, 
que são as vesículas encefálicas primordiais denominadas: 
prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Com o 
subseqüente desenvolvimento do embrião, o prosencéfalo 
dá origem a duas vesículas, telencéfalo e diencéfalo. O 
mesencéfalo não se modifica, e o rombencéfalo origina o 
metencéfalo e o mielencéfalo. 
O telencéfalo compreende uma parte mediana, da qual se 
evaginam duas porções laterais, as vesículas telencefálicas 
laterais. A parte mediana é fechada anteriormente por uma 
lâmina que constitui a porção mais cranial do sistema 
nervoso e se denomina lâmina terminal. As vesículas 
telencefálicas laterais crescem muito para formar os 
hemisférios cerebrais e escondem quase completamente a 
parte mediana e o diencéfalo. 
O diencéfalo apresenta quatro pequenos divertículos: dois 
laterais, as vesículas ópticas, que formam a retina; um 
dorsal, que forma a glândula pineal; e um ventral, o 
infundíbulo, que forma a neurohipófise. 
Cavidade do tubo neural: A luz da medula primitiva forma, 
no adulto, o canal central da medula ou canal do epêndima 
que no homem é muito estreito e parcialmente obliterado. 
A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo. 
A cavidade do diencéfalo e a da parte mediana do 
telencéfalo formam o III ventrículo. 
A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o 
aqueduto cerebral (ou de Sylvius), que une o III ao IV 
ventrículo. A luz das vesículas telencefálicas laterais forma, 
de cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo 
pelos dois forames interventriculares (ou de Monro). Todas 
estas cavidades são revestidas por um epitélio cuboidal 
denominado epêndima e, com exceção do canal central da 
medula, contêm um líquido denominado líquido cérebro-
espinhal, ou líquor. 
FLEXURAS: A primeira flexura a aparecer é a flexura cefálica, 
que surge na região entre o mesencéfalo e o prosencéfalo. 
Logo surge, entre a medula primitiva e o arquencéfalo, uma 
segunda flexura, denominada flexura cervical. Ela é 
 Carolina Amorim – Tutoria – UC8 
determinada por uma flexão veritral de toda a cabeça do 
embrião na região do futuro pescoço. Finalmente aparece 
uma terceira flexura, de direção contrária às duas primeiras, 
no ponto de união entre o meta e o mielencéfalo: a flexura 
pontina. Com o desenvolvimento, as duas flexuras caudais se 
desfazem e praticamente desaparecem. Entretanto, a 
flexura cefálica permanece, determinando, no encéfalo do 
homem adulto, um ângulo entre o cérebro, derivado do 
prosencéfalo, e o resto do neuro-eixo 
3° OBJETIVO 
Explicar os níveis de consciência e escala de Glasgow 
(reflexo da pupila*). 
COMA: Estado caracterizado pela ausência de despertar, no 
qual o paciente permanece de olhos fechados, inconsciente, 
não podendo ser despertado por nenhum estímulo e não 
tendo percepção de si mesmo nem do meio ambiente. Este 
estado é provocado por falha do sistema reticular ativador 
ascendente (SRAA), sistema controlador do ciclo sono-vigília 
e responsável pela manutenção da consciência. O 
comprometimento do SRAA resulta de lesões cerebrais 
agudas, graves, bilaterais ou difusas, corticais ou 
subcorticais, talâmicas ou do tegmento paramediano. Por 
questões práticas, o estado de coma se caracteriza 
clinicamente por falha na abertura ocular quando 
estimulado, resposta motora que se restringe a movimentos 
de retirada e resposta verbal ausente ou resumida a sons 
não verbais. 
CONSCIÊNCIA: Consciência significa capacidade de 
percepção do próprio indivíduo e dos estímulos 
provenientes do meio ambiente, sendo uma experiência de 
grande magnitude e complexidade (Williams, 1894). 
A consciência possui dois componentes fundamentais: o 
despertar e o conteúdo. 
Ambos são necessários para a manutenção da consciência. 
O despertar, ou vigília, depende da integridade do sistema 
reticular ativador ascendente formado por grupos neuronais 
do tegmento do troncoencefálico que se projetam 
diretamente para núcleos intralaminares talâmicos e daí 
para neurônios corticais bilateralmente (SRAA). O conteúdo 
da consciência consiste na capacidade cognitiva individual 
(funcionamento específico relacionado à atenção, memória, 
intenção, humor, emoção e processamento executivo) e 
depende da integridade funcional do córtex cerebral e suas 
conexões subcorticais. Portanto, alterações do tronco 
encefálico ou de ambos hemisféricos cerebrais podem 
causar alteração no nível de consciência e no seu conteúdo. 
Níveis de consciência: 
 
a) Sonolência: Caracteriza-se por uma condição em 
que o paciente permanece adormecido, mas 
desperta e responde adequadamente aos 
estímulos externos sonoros. Volta a adormecer tão 
logo os estímulos cessam. 
b) Obnubilação: Estado confusional em que os 
estímulos externos são mal interpretados 
resultando em desorientação e dificuldade para 
atender adequadamente aos comandos, além de 
dificuldade de reconhecer pessoas ou ambientes. 
Pode se alternar com períodos de sonolência ou 
torpor 
c) Delírio: Estado de desorientação, irritabilidade, 
percepção prejudicada do ambiente e dos 
estímulos externos. Podem ocorrer alucinações 
visuais e auditivas. Frequentemente associado a 
distúrbios metabólicos, intoxicação exógena, 
abstinência ao álcool e drogas e quadros infecciosos 
do sistema nervoso central. 
d) Torpor: Nível de consciência que antecede o coma. 
Difere deste pela obtenção do despertar através de 
estímulos dolorosos, vigorosos e repetidos. A vigília 
dura muito pouco tempo e o paciente logo retorna 
à sua condição prévia. Não há resposta verbal 
adequada. 
e) Coma: Condição em que o despertar é impossível 
de se obter, mesmo através de estímulos físicos 
externos vigorosos ou fisiológicos internos. Há 
perda da percepção do meio e de si mesmo. Não há 
evidência de ciclo sono-vigília no 
eletroencefalograma. 
SÍNDROME DE VIGÍLIA ARRESPONSIVA: o termo “estado 
vegetativo” vem sendo abandonado e substituído por 
Síndrome de vigília arresponsiva. Nesse estado, o indivíduo 
volta parcialmente ao estado de alerta, mas não interage 
com o ambiente. O cérebro mantém suas funções 
automáticas, que proporcionam reflexos de sucção ou 
movimentos das córneas, porém, sem nenhuma atividade 
voluntária por parte do paciente. 
 Carolina Amorim – Tutoria – UC8 
COMA ESTRUTURAL: A situação é causada por traumatismo 
ou acidente vascular cerebral (AVC), que promove alteração 
física no tecido do cérebro (edemas ou perda de massa 
encefálica). Os traumatismos cranianos, provocados por 
acidentes, geram uma lesão no sistema responsável por 
receber e distribuir os sinais nervosos para outras partes do 
cérebro, mantendo o indivíduo em estado de alerta. 
COMA NÃO ESTRUTURAL: É o coma originado por falhas 
metabólicas, que ocorrem pelo excesso ou falta de uma 
substância no sangue, afetando o consumo de energia 
cerebral. Entre as situações que podem levar a esse tipo de 
coma estão a hipoglicemia ou excesso de glicose em 
pacientes com diabetes, intoxicações por álcool ou outras 
substâncias ou a falta de oxigênio em episódios de asfixia. 
COMA INDUZIDO: O coma induzido é um procedimento 
médico reversível, realizado com o uso de medicamentos, 
geralmente em cirurgias de grande complexidade, no 
tratamento de pacientes internados em Centros de Terapias 
Intensivas (CTIs) e em casos de hipertensão intracraniana e 
epilepsia, por exemplo 
ESTADO MINIMAMENTE CONSCIENTE: os pacientes não se 
encontram em estado vegetativo, mas apresentam sério 
comprometimento da consciência, não se comunicam de 
forma consciente, mas têm noção de si mesmo e do meio 
ambiente. O paciente pode apresentar seguir comandos 
simples, resposta gestual ou verbal do tipo sim ou não, fala 
inteligível e comportamento motor ou afetivo em resposta a 
estimulo emocional. 
ESTADO CONFUSIONAL AGUDO: ocorre a restauração da 
capacidade de usar objetos de forma funcional e há 
recuperação da comunicação verbal, o paciente apresenta-
se confuso e desorientado e está propenso a episódios de 
agitação psicomotora, a performance cognitiva encontra-se 
prejudicada. 
MUTISMO ACINÉTICO: o paciente apresenta incapacidade 
de seguir os comandos verbais, de falar e de se envolver em 
algum comportamento dirigido a uma meta. 
SÍNDROME DO CATIVEIRO: quadro de quadriplegia e 
anartria resultante de lesão grave das vias dos tratos 
corticoespinhal e corticobulbar. A lesão provoca dano 
motor, mantém o ciclo sono-vigília normal e as funções 
cognitivas. O paciente se apresenta afônico, quadriplégico e 
de olhos abertos. 
ESTADO VEGETATIVO: apresenta ciclo sono-vigília intacto, 
mas está incosciente de si mesmo e do meio ambiente, os 
pacientes são desprovidos de vida intelectual e atividade 
social. 
o Persistente: mais de 30 dias após lesão. 
o Permanente: irreversível, após 3 meses da lesão 
não traumática ou 12 meses da lesão traumática. 
 
 
ESCALA DE GLASGOW: 
 
O objetivo era fornecer uma metodologia de atendimento 
que apontasse tanto a profundidade do dano neurológico 
quanto a duração clínica de inconsciência e coma, auxiliando 
no prognóstico da vítima e na prevenção de eventuais 
sequelas. 
Originalmente, na ECG a gravidade do comprometimento 
neurológico era analisada por meio de três parâmetros: 
abertura ocular, respostas verbais e, resposta motora. 
Recentemente, em abril de 2018, a escala original foi 
atualizada com a inclusão da avaliação da reatividade 
pupilar, podendo agora variar de 01 a 15, diferentemente da 
original, que variava de 03 a 15. Algumas nomenclaturas 
também foram alteradas na última atualização, como por 
exemplo: De: “Estímulo doloroso” Para: “Estímulo físico à 
pressão”. A explicação desta alteração está no fato de que a 
ideia não é a de um estímulo doloroso qualquer, mas sim de 
 Carolina Amorim – Tutoria – UC8 
uma resposta à pressão em locais específicos, como no leito 
ungueal, na região do trapézio e na incisura supraorbitária. 
“Palavras inapropriadas” ⟶ “Palavras” 
“Sons incompreensível” ⟶ “Sons”. 
“Retirada Inespecífica” ⟶ “Flexão Normal”. 
“Decorticação” ⟶ “Flexão Anormal”. 
“Descerebração” ⟶ “Extensão”. 
Todas estas mudanças visam a simplificação do processo e 
sua aplicabilidade, focando na praticidade e fornecendo 
subsídios para uma melhor avaliação da gravidade e 
prognóstico. 
INDICADORES 
São quatro os indicadores utilizados nessa escala: 
▪ Abertura ocular 
▪ Resposta Verbal 
▪ Resposta Motora 
▪ Reatividade Pupilar 
ABERTURA OCULAR (ESCALA ORIGINAL): 
A pontuação varia de 1 a 4. 
(4) Abertura Espontânea: abre os olhos sem a necessidade 
de estímulo externo 
(3) Abertura ao som: abre os olhos a partir de estímulos 
verbais. 
(2) Abertura à pressão: paciente abre os olhos após 
estímulos. 
(1) Abertura Ausente: não responde aos estímulos 
anteriores e os olhos permanecem fechados. 
(NT) Não testável 
RESPOSTA VERBAL (ESCALA ORIGINAL): 
A pontuação varia de 1 a 5. 
(5) Resposta Verbal Orientada: orientado em tempo, espaço 
e pessoa. 
(4) Resposta Verbal Confusa: indivíduo consegue conversar, 
responde às perguntas de forma incorreta ou desorientada. 
(3) Palavras Inapropriadas: não consegue falar em frases, 
interage através de sons ou por vezes, com blasfêmias. 
(2) Sons ininteligíveis: resposta ausente, somente gemidos. 
(1) Ausente: não produz sons, após vários estímulos, 
inclusive dolorosos. 
(NT) Não testável. 
RESPOSTA MOTORA (ESCALA ORIGINAL): 
A pontuação varia de 1 a 6. 
(6) Resposta Motora à Ordem: cumpre ordens de atividade 
motora (duas ações) como apertar a mão do profissional e 
colocar a língua para fora. 
(5) Resposta Motora Localizadora: Localiza e procura 
interromper fonte de estímulo doloroso. 
(4) Flexão normal: a mão não alcança a fonte do estímulo, 
mas há uma flexão rápida do braço ao nível do cotovelo e na 
direção externaao corpo. 
(3) Flexão anormal: a mão não alcança a fonte do estímulo, 
mas há uma flexão lenta do braço na direção interna do 
corpo. 
(2) Extensão: há uma extensão do braço ao nível do cotovelo. 
(1) Resposta Motora Ausente: não há resposta motora 
mesmo perante a estímulos dolorosos. 
(NT) Não testável. 
RESPOSTA PUPILAR (ATUALIZAÇÃO 2018): 
A pontuação varia de -2 a 0. 
(-2) Inexistente: nenhuma pupila reage ao estímulo de luz 
(-1) Parcial: apenas uma pupila reage ao estímulo de luz. 
(0) Completa: as duas pupilas reagem ao estímulo de luz. 
(NT) Não testável 
Após a soma dos pontos dos fatores originais da escala, o 
médico ou enfermeiro avaliará como a pupila reage a 
estímulos luminosos. Se ambas as pupilas reagirem à luz, a 
soma da escala se mantém. Se apenas uma pupila reagir, 
subtrai-se um ponto da escala. Caso nenhuma das pupilas 
reaja, dois pontos são subtraídos da somatória 
FÓRMULA APLICADA: 
Pontuação final = Abertura ocular [1 a 4] + Resposta verbal 
[1 a 5] + Resposta motora [1 a 6] – Reatividade Pupilar [0 a 
2] 
 
 Carolina Amorim – Tutoria – UC8 
CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO E PONTUAÇÃO 
Na prática, incialmente deve-se identificar se o paciente está 
em condições para a aplicação da ECG. Por exemplo, 
pacientes visivelmente alcoolizados, que fizeram uso de 
drogas ou medicações que possam levar a alteração do nível 
de consciência, prejudicam sua aplicação. 
Se a soma dos resultados ficar entre 13 e 15, a lesão é 
considerada leve. Entre 9 e 12, é moderada, mas se o 
resultado pertencer ao intervalo entre 3 e 8, a lesão é grave 
e necessita de intubação orotraqueal para proteção de via 
aérea. 
Uma pontuação de 8 ou menos na ECG configura uma 
definição geralmente aceita de coma ou lesão cerebral 
grave. Pacientes com lesão cerebral que tenham uma 
pontuação ECG de 9 a 12 são categorizados como tendo 
“Lesão moderada” e indivíduos com escore ECG de 13 a 15 
são designados como tendo “lesão leve”. 
▪ Pontuação < 3: Coma. Significa que a pessoa não 
abre os olhos, não fala nem se mexe ou reage a 
estímulos. 
▪ Pontuação = ou > 8: Considerado um caso crítico 
nas alterações dos níveis de consciência. Indicada a 
intubação orotraqueal para proteção da via aérea. 
▪ Pontuação = ou > 9: Não há necessidade de 
proteção da via aérea, porém é necessária 
avaliação seriada para acompanhamento da 
evolução do paciente. 
▪ Pontuação = 15: É o máximo da escala. Significa que 
a pessoa abre os olhos espontaneamente, fala 
coerentemente e obedece a comandos para se 
movimentar 
Por exemplo, o escore 9 pode ser atribuído tanto a uma 
pessoa que abre os olhos quando recebe a ordem, não fala 
e apenas emite sons e tem flexão normal (a soma do escore 
neste exemplo seria 3 + 2 + 4 = 9), como a uma pessoa que 
só abre os olhos com estímulos físicos à pressão, conversa 
de forma desorientada e tem flexão anormal (2 + 4 + 3 = 9). 
Com o Glasgow < 9 não se pode garantir que o paciente terá 
reflexos de tosse, mesmo que os parâmetros vitais, como 
saturação, estejam bons, nesse caso é necessária a 
intubação para proteger a via aérea e evitar que esse 
paciente broncoaspire. 
Obs.: O grau 3 na Escala de Glasgow, entretanto, não indica 
morte cerebral. Mas, segundo médicos, não é comum 
pacientes com esse grau de lesão retomarem a consciência. 
Segundo o ECG, quando é necessário fazer suporte 
respiratório (invasivo e não invasivo- IOT, CPAP, BIPAP)? 
Se o resultado pertencer ao intervalo entre 3 e 8, a lesão é 
grave e necessita de intubação orotraqueal para proteção de 
via aérea. 
INCLUSÃO DE “CRITÉRIO NÃO -TESTÁVEL” 
Sabemos que nem todos os pacientes são susceptíveis a 
serem avaliados da forma como a antiga Escala de Glasgow 
propõe. Por exemplo: pacientes amputados não 
necessariamente terão uma avaliação fidedigna da Resposta 
motora; pacientes que apresentam surdez não serão 
responsivos a comandos verbais. Considerando essas 
necessidades tão individuais, além das pontuações nos 
critérios previamente estabelecidos, podemos agora marcá-
los como “NÃO TESTÁVEL” (NT). 
NOVA ESCALA DE COMA DE GLASGOW 
 
4° OBJETIVO 
Compreender o processo de formação e os tipos de 
memória. 
Divide-se de antemão as memórias em dois grandes grupos. 
Um chamado memória filogenética e o outro ontogenética. 
▪ Memória filogenética: é armazenada na bagagem 
genética, e promove comportamentos que são 
então selecionados, é passada pelo registro 
 Carolina Amorim – Tutoria – UC8 
genético do ser humano. É exemplo disso, a atitude 
do recém-nascido de procurar o seio materno para 
sua alimentação. 
▪ Memória ontogenética: enfoque dos estudos 
neurofisiológicos, é adquirida em vida (mesmo que 
intrauterina), é essencial para a sobrevivência dos 
animais que a possuem, mas não são repassadas 
geneticamente. A memória ontogenética, por sua 
vez, possui diversas subdivisões. Uma interessante 
maneira de classificar estas subdivisões envolve 
dois critérios. Um critério é o tempo de duração da 
memória e o outro a sua natureza. 
Quanto ao tempo as memórias podem ser classificadas em 
ultrarrápida, de curta duração e de longa duração. A 
memória ultra rápida dura apenas alguns segundos. A de 
curta duração tem duração um pouco maior, podendo se 
estender por alguns minutos. A de longa duração, como é 
sabido, pode durar até mesmo uma vida inteira. 
Pode-se distinguir dois tipos de memória: memória recente, 
que permite a retenção de informações durante pouco 
tempo (horas ou dias), e memória remota, ou permanente, 
na qual esta retenção pode permanecer por vários anos. 
A memória remota é muito estável e mantém-se inalterada 
mesmo após danos cerebrais graves, enquanto a memória 
recente é mais lábil e pode ser comprometida em várias 
situações patológicas. Não se sabe exatamente onde são 
armazenadas as informações no caso da memória remota, 
mas admite-se que isso ocorra em áreas de associação do 
neocortex. 
Sabe-se, entretanto, que a memória recente depende do 
sistema límbico, que está envolvido nos processos de 
retenção e consolidação de informações novas e 
possivelmente também em seu armazenamento temporário 
e transferência para áreas neocorticais de associação para 
armazenamento permanente. 
Embora a participação do sistema límbico, em especial do 
hipocampo e da amígdala, no processo de consolidação da 
memória recente e sua transformação em memória remota 
seja hoje geralmente aceita, não se sabe exatamente como 
isto se faz. A hipótese mais tradicional é a memória recente 
sendo armazenada temporariamente no hipocampo e na 
amígdala, sendo depois transferida para o neocortex para 
armazenamento permanente. 
Outra hipótese é que a memória recente já de início estaria 
no neocortex, onde seria gradualmente consolidada e 
transformada em memória remota por ação do hipocampo 
e da amígdala, agindo através de suas conexões com o 
neocortex. 
Quanto a natureza a memória pode ser subdividida em três 
subtipos: 
▪ Explícita: aquela e ser chamada de declarativa 
o Episódica: é a memória neurológica de 
fatos sequenciados, com referência 
temporal (os acontecimentos de uma 
partida de futebol por exemplo). Quando 
envolve eventos datados, relacionados ao 
tempo. Usamos a memória episódica, por 
exemplo, quando lembramos do ataque 
terrorista em 11 de setembro. 
o Semântica: envolve informações 
atemporais (time que o indivíduo torce, 
nome de seus conhecidos). Abrange a 
memória do significado das palavras 
A memória explícita (declarativa) armazena e evoca 
informação de fatos e de dados levados ao nosso 
conhecimento através dos sentidos e de processos internos 
do cérebro, como associação de dados, dedução e criação de 
ideias. Esse tipo de memória é levado ao nível consciente 
através de proposições verbais, imagens, sons etc. 
A memória declarativa inclui a memória de fatos vivenciados 
pela pessoa (memória episódica) e de informaçõesadquiridas pela transmissão do saber de forma escrita, visual 
e sonora (memória semântica). 
o Evocação consciente 
o Flexível 
 
▪ Implícita: que não faz sentido evocá-la por meio de 
palavras. Não precisa ser verbalizada (declarada). É 
a memória para procedimentos e habilidades, por 
exemplo, a habilidade para dirigir, jogar bola, dar 
um nó no cordão do sapato e da gravata, etc. Pode 
ser de quatro subtipos: 
o Memória implícita de representação 
perceptual: se refere a informações 
sensoriais que são gravadas e que não é 
associado significado, é uma memória pré-
consciente. Considera-se que a memória 
pode ser evocada por meio de "dicas" 
(fragmentos de uma imagem, a primeira 
palavra de uma poesia, certos gestos, 
odores ou sons). 
o De procedimentos: envolve hábitos e 
habilidades. Conhecemos os movimentos 
necessários para dar um nó em uma 
garvata, nadar, dirigir um carro, sem que 
seja preciso descrevê-lo verbalmente 
o Associativa: é o que permite o 
armazenamento de informações que 
 Carolina Amorim – Tutoria – UC8 
ligam estímulos e respostas mutuamente. 
Empregamos a memória associativa, por 
exemplo, quando começamos a salivar 
pelo simples fato de olhar para um 
alimento apetitoso, por termos, em algum 
momento de nossa vida associado seu 
aspecto ou cheiro à alimentação. 
o Não associativa: quando pela repetição 
do estimulo se atenua ou hipersensibiliza 
uma resposta a memória em questão. 
Usamos a memória não associativa 
quando, sem nos darmos conta, 
aprendemos que um estímulo repetitivo, 
por exemplo, o latido de um cãozinho, não 
traz riscos, o que nos faz relaxar e ignorá-
lo. 
A memória implícita armazena dados relacionados à 
aquisição de habilidades mediante a repetição de uma 
atividade que segue sempre o mesmo padrão. Nela se 
incluem todas as habilidades motoras, sensitivas e 
intelectuais, bem como toda forma de condicionamento. A 
capacidade assim adquirida não depende da consciência. 
o Automática, pouco processamento 
consciente. 
o Inflexível, estreitamente relacionadas às 
condições originais em que o aprendizado ocorreu. 
Córtex pré-frontal: determina o conteúdo da memória 
operacional que será selecionado para armazenamento, 
conforme a relevância da informação, tem relação acesso às 
áreas das memórias curta e longa para averiguar a 
necessidade do armazenamento. 
 
Ao se reconhecer rostos familiares sem que saiba explicar o 
porquê, fez-se uso da memória implícita. Um terceiro tipo é 
a memória operacional.

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