FILOSOFIA DO DIREITO E DIREITOS HUMANOS A2

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FILOSOFIA DO DIREITO E DIREITOS HUMANOS A2 
1. Tomando por base o pensamento de Aristóteles, é possível afirmar que a justiça distributiva é uma proporção? Explique, resumidamente.
Sim, a justiça distributiva é uma proporção geométrica, pois a Justiça para Aristóteles é uma ação concreta que possui por finalidade ser justa ou injusta, que considera ser justo agir com as demais virtudes. Dividindo a justiça em dois sentidos: a justiça universal e a justiça particular. Entende-se por justiça universal uma virtude geral que se encontra em todas as demais virtudes, ou seja, é o comprimento de uma lei que é tida como justa e a justiça particular é dividida em distributiva, corretiva e reciprocidade, sendo distributiva "dar a cada um o que é seu segundo mérito de forma proporcional", ou seja, a proporcionalidade é considerada um meio-termo entre o excesso e a falta, pois o mérito é a delimitação dessa proporção que caracteriza o justo e o injusto. 
2. É possível afirmar que, para Kelsen, a norma hipotética fundamental é uma norma dotada de conteúdo, situada no vértice da pirâmide, no mesmo nível da constituição federal, norma da qual adquire fundamento? Explique, resumidamente.
Para Kelsen, a norma hipotética fundamental fundamenta a validade objetiva das normas, pois é considerada a razão de todas as demais e do ordenamento jurídico, ou seja, é um pressuposto de validade da Constituição; como também não atribui nenhum tipo de conteúdo para a norma hipotética fundamental, também conhecida como Grundnorm. Entretanto, é importante ressaltar que a referida norma não é uma imposição, pois é um pressuposto derivado da própria norma que configura uma admissibilidade para a unidade do sistema.
3. É possível afirmar que, para Kelsen, a norma jurídica deve ser justa? Explique, resumidamente.
Kelsen sustenta que a justiça é um valor formado por uma norma jurídica, ou seja, diz respeito a um esquema de interpretação de conduta, sendo justa a conduta que está de acordo com a norma e injusta a conduta quando contraria uma norma jurídica, portanto, em sua Teoria Pura do Direito, Kelsen propõe conhecer o direito em sua efetividade, estrutura e funcionalidade, excluindo a norma jurídica que não é o seu objeto, pois o seu objeto é o funcionamento efetivo do Direito e não a concepção de justiça.