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A hipertensão arterial é uma doença crônica se caracteriza por uma PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg, medida com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões. Antes de tudo a Pressão Arterial (PA) consiste na força exercida pelo sangue sobre a parede do vaso. E essa pressão possui 2 fatores de regulação o débito cardíaco, que corresponde ao volume de sangue ejetado pelos ventrículos e a resistência vascular periférica, que é a força exercida pelo vaso em oposição à passagem do sangue. Esses dois fatores possuem relação direta com a PA, pois se houver um aumento do débito cardíaco, mais volume estará sendo ejetado e, consequentemente, mais sangue irá se chocar com as paredes vasculares, levando a um aumento da PA. Por outro lado, se os vasos começarem a oferecer mais resistência à passagem do sangue, mais contato haverá entre esse e suas paredes, o que também aumenta a PA. FISIOPATOLOGIA 95-97% dos casos de HAS são enquadrados como primários. Já os outros 3-5% dos pacientes apresentam o que conhecemos como HAS secundária, que é quando existe uma doença de base responsável por elevar os níveis pressóricos. Qual o real problema dos altos níveis de pressão? Lembrando que a pressão arterial é a força que o sangue exerce sobre as paredes do vaso, quando a pessoa apresenta uma hipertensão, o choque entre o sangue e a parede é mais intenso e mais constante, o que acaba favorecendo a ocorrência de lesões por todo o sistema cardiovascular e também lesões em órgãos-alvo (LOA). QUADRO CLÍNICO Grande maioria dos casos de HAS se apresenta de forma assintomática e por isso muitas vezes seu diagnóstico acaba sendo em uma consulta qualquer. É importante, na suspeita, investigar o HF, FR, hábitos de vida do pct. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) P4F2 CLASSIFICAÇÃO Medida ambulatorial da PA (MAPA) e medida residencial da PA (MRPA). São considerados hipertensos os indivíduos com . Quando ser sempre validado por medições repetidas, em condições ideais, em duas ou mais visitas médicas em intervalo de dias ou semanas. A PA fora do consultório pode ser obtida através da MAPA ou da MRPA, respeitando-se suas indicações e limitações. A MAPA é melhor preditor de risco CV e de LOA do que a PA do consultório. Além disso, a média ambulatorial da PA de 24 horas demonstrou ter uma melhor relação com eventos não fatais ou fatais. Existem 3 situações que podem afetar a classificação da PA: Efeito do avental branco Ocorre quando o valor da PA no consultório é diferente de quando o paciente está fora dele, desde que essa diferença seja da PAs e/ . Contudo, tal diferença não muda o diagnóstico, ou seja, mesmo com essa variação, um indivíduo normotenso continuará sendo classificado como normotenso e um hipertenso continuará sendo classificado como hipertenso. No entanto, esse efeito pode alterar o estágio da hipertensão e, com isso, influenciar na escolha da terapêutica para o paciente. Hipertensão do avental branco (HAB) e Hipertensão Mascarada (HM) A HAB quando a PA é elevada no consultório, mas é normal fora dele, e HM quando a PA é normal no consultório, mas é elevada fora dele. DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Mudança de estilo de vida (MEV) controle do peso - IMC < 25 Kg/m2, ↓5-20 mmHg a cada 10 kg; padrão alimentar - dieta DASH rica em frutas e vegetais e hipocalóricos e ↓gorduras saturadas e totais, ↓8-14 mmHg; ↓Álcool - máx 30g/dia para ♂ e 15 g/dia para ♀, ↓2-4 mmHg; ↓Sal - <6g de sal/dia = 4 colheres rasas de café, ↓2-8 mmHg; exercício aeróbico - caminhada, 30 min/dia, 3- 5x/semana, ↓4-9 mmHg; ↓tabagismo - ↓RCV quando associado às recomendações anteriores. Tratamento Medicamentoso A maioria dos pacientes hipertensos necessitará de fármacos em adição às modificações do estilo de vida para alcançar a meta pressórica. Em HAS , se falha, ↑dose, trocar medicação ou associar 2ª classe; Em negros, incialmente, optar por diuréticos e BCCs; Reavaliar a cada 4 semanas, se falha, ↑dose, se falha, associar outra classe, caso chegue em terapia tripla, pelo menos 1 deve ser diurético; Se monoterapia em dose mínima há mais de 1 ano + MEV com adequando controle pressórico, permite avaliar retirada da medicação. As cinco principais classes de fármacos anti- hipertensivos são: diuréticos (DIU), bloqueadores dos canais de cálcio (BCC), inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA). A monoterapia pode ser a estratégia anti- hipertensiva inicial para pacientes com HA estágio 1 com risco CV baixo ou com PA 130-139/85-89 mmHg e risco CV alto ou para indivíduos idosos e/ou frágeis.
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